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Voluntários limparam mata de Montachique
De luvas calçadas e enxada na mão, um grupo de pessoas vai apanhando lixo e arrancando ervas daninhas. Fazem pausas para conversar ou tirar fotografias, mas não há patrão que lhes dê uma descompostura, afinal não passam de voluntários que assinalaram, ontem, o Dia Internacional da Terra com uma operação de limpeza florestal, no Parque Municipal de Cabeço de Montachique, em Loures.
A iniciativa envolveu mais de uma centena de voluntários, trabalhadores das empresas parceiras do projecto Pró-Natura - uma parceria de 25 empresas de diversos ramos de actividade -, que tem como objectivo contribuir para a conservação da natureza e dos recursos florestais e silvestres, bem como a diminuição dos impactos negativos causados pelos incêndios florestais.
Para o presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), Pedro Serra Ramos, "a participação da sociedade civil na preservação da floresta é muito importante". "Estas pessoas, que são florestais por um dia, vão ajudar a alertar aqueles com quem lidam no dia-a-dia para a conservação da Natureza", explica.
Fernando Vale, 54 anos, começou a cortar mato ainda não há meia hora e já está ofegante. "Não estamos habituados a este trabalho, isto cansa", admite o gestor de sinistros da Allianz. Veio do Porto, com três colegas, de propósito para participar nesta actividade, mas, apesar do cansaço, não dá o dia por perdido. "É óptimo. Esta iniciativa obriga-nos, a nós citadinos, a conviver com a Natureza, da qual fazemos parte."
Carlos Monteiro, 28 anos, vendedor numa loja Timberland, destaca que "as empresas têm de ter preocupações ambientais e preservar aquilo que temos de único". Para provar que "vivemos num grande ecossistema", cruza os conhecimentos da sua formação superior em Oceanografia com a limpeza das florestas "Quando as matas não são limpas e ardem, as cinzas acabam por escorrer para o mar, com efeitos negativos".
De uma forma geral, os funcionários das empresas que integram o Pró-Natura consideram que é com estes pequenos gestos que se cria uma consciência ambiental forte.
"Quando as pessoas entram para a empresa, gastam imensos envelopes. Passados uns dias, aprendem a reciclá-los, como nós fazemos", exemplifica Andreia Maurício, 30 anos, encarregada de loja da Coronel Tapioca. Para a funcionária, além da componente ambiental, este tipo de actividade potencia "o convívio entre as pessoas da empresa e de outros grupos".
Apesar de se tratar sobretudo de uma acção simbólica, na qual os vários grupos foram orientados por sapadores florestais, este tipo de operação é útil para o controlo da massa combustível, diminuindo o perigo de ocorrência de incêndio florestal e respectivas emissões de dióxido de carbono.
Outra das preocupações dos participantes na iniciativa foi favorecer o crescimento futuro de árvores e arbustos autóctones em detrimento de espécies invasoras, como o eucalipto e a acácia.
Luís Garcia
JN
De luvas calçadas e enxada na mão, um grupo de pessoas vai apanhando lixo e arrancando ervas daninhas. Fazem pausas para conversar ou tirar fotografias, mas não há patrão que lhes dê uma descompostura, afinal não passam de voluntários que assinalaram, ontem, o Dia Internacional da Terra com uma operação de limpeza florestal, no Parque Municipal de Cabeço de Montachique, em Loures.
A iniciativa envolveu mais de uma centena de voluntários, trabalhadores das empresas parceiras do projecto Pró-Natura - uma parceria de 25 empresas de diversos ramos de actividade -, que tem como objectivo contribuir para a conservação da natureza e dos recursos florestais e silvestres, bem como a diminuição dos impactos negativos causados pelos incêndios florestais.
Para o presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), Pedro Serra Ramos, "a participação da sociedade civil na preservação da floresta é muito importante". "Estas pessoas, que são florestais por um dia, vão ajudar a alertar aqueles com quem lidam no dia-a-dia para a conservação da Natureza", explica.
Fernando Vale, 54 anos, começou a cortar mato ainda não há meia hora e já está ofegante. "Não estamos habituados a este trabalho, isto cansa", admite o gestor de sinistros da Allianz. Veio do Porto, com três colegas, de propósito para participar nesta actividade, mas, apesar do cansaço, não dá o dia por perdido. "É óptimo. Esta iniciativa obriga-nos, a nós citadinos, a conviver com a Natureza, da qual fazemos parte."
Carlos Monteiro, 28 anos, vendedor numa loja Timberland, destaca que "as empresas têm de ter preocupações ambientais e preservar aquilo que temos de único". Para provar que "vivemos num grande ecossistema", cruza os conhecimentos da sua formação superior em Oceanografia com a limpeza das florestas "Quando as matas não são limpas e ardem, as cinzas acabam por escorrer para o mar, com efeitos negativos".
De uma forma geral, os funcionários das empresas que integram o Pró-Natura consideram que é com estes pequenos gestos que se cria uma consciência ambiental forte.
"Quando as pessoas entram para a empresa, gastam imensos envelopes. Passados uns dias, aprendem a reciclá-los, como nós fazemos", exemplifica Andreia Maurício, 30 anos, encarregada de loja da Coronel Tapioca. Para a funcionária, além da componente ambiental, este tipo de actividade potencia "o convívio entre as pessoas da empresa e de outros grupos".
Apesar de se tratar sobretudo de uma acção simbólica, na qual os vários grupos foram orientados por sapadores florestais, este tipo de operação é útil para o controlo da massa combustível, diminuindo o perigo de ocorrência de incêndio florestal e respectivas emissões de dióxido de carbono.
Outra das preocupações dos participantes na iniciativa foi favorecer o crescimento futuro de árvores e arbustos autóctones em detrimento de espécies invasoras, como o eucalipto e a acácia.
Luís Garcia
JN
