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2 - Continuacao Carla Batista

ninakkida

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Não se ouvia nenhum tipo de barulho. Entretanto quando as “bolhas desapareciam, surgia uma imagem que poderia ser de qualquer lugar com ou sem pessoas (a mais importante foi a dos “Mexicanos” que estavam reunidos a volta de uma fogueira). A sensação que eu tive naquele momento foi a de ter sido sugada para dentro da parede até ao local onde a cena se passava. Bolhas – Ver imagens nas paredes. Sons e zumbidos – Acontecia principalmente de noite. Quando estava muito sensível ouvia os sons com o dobro da intensidade mas havia um que me incomodava mais do que os outros. Era um som agudo prolongado que se entranhava nos tímpanos e que dava a sensação de ficar surda. A sua intensidade era tão alta que eu não conseguia ouvir mais nada. Brilho fluorescente no colchão – Acontecia somente de noite. Acordava muitas vezes a meio da noite com a sensação de estar acompanhada e tentava perceber o que era pois parecia-me familiar. Era então que o colchão ficava brilhante ao pé da cabeceira e na zona da almofada. A cor era de um amarelo fluorescente mas ao mesmo tempo era sóbrio pelo que não me incomodava os olhos (o que me marcou mais foi quando uma voz me disse para mergulhar a mão dentro do colchão ao que eu respondi ser impossível. A voz insistiu dizendo “vais conseguir e vais aprender”. Obedeci e vi surpresa a minha mão mergulhar naquele brilho. A Lua projectada nas paredes e no tecto – Acontecia somente de noite. Aparecia na maior parte das vezes em quarto crescente embora por vezes aparecesse cheia. Incomodava-me a sua presença porque eu sabia que não era um reflexo e nem era natural. Podia ver as crateras com todos os pormenores e o brilho da luz do Sol que incidia em certas zonas. Aura – Acontece em qualquer altura. Vejo várias cores luminosas que variam de intensidade consoante o estado de espírito da pessoa. Por vezes tenho que me concentrar para conseguir ver. Se estiver mais sensível a aura aparece quase instantaneamente. Pressentimentos – Acontece em qualquer altura. Surgem em forma de imagem onde a acção irá ocorrer. Os movimentos e os sons são bastante nítidos e a intensidade das cores varia consoante o nível de sensibilidade. É como se estivesse a viver esse momento que por vezes é assustador e que me acompanha durante dias seguidos. Sinto por vezes dor que depende do grau de intensidade e que se manifesta ao longo do dia em que a visão teve lugar. São imagens da alteração climatérica súbita que será causada por eventos muito graves que virão do espaço exterior do planeta e que serão precedidos por eventos geológicos terrestres que quase provocarão a destruição da vida animal e vegetal incluindo a espécie humana. Durante estes eventos haverá a intervenção daqueles que criaram o ser humano que actuarão de forma a preservar a continuidade da evolução. Ouvir pensamentos – Acontece apenas quando estou hipersensível. Quando acontece oiço as vozes das pessoas como se estivessem a falar normalmente comigo o que me leva muitas vezes a responder e quando me dizem que não falaram nada fico envergonhada e a saber que foi um pensamento ou vários que eu ouvi. Uma vez estava em pleno exame de admissão para a universidade quando me deparei com uma questão que eu não conseguia responder. Concentrei-me tanto que passados alguns minutos ouvi a voz da professora que tinha passado naquele momento por mim e que tinha lido a questão que me estava a dar problemas. Reparei contente que ela me tinha dado a resposta correcta. Esperei que a época dos exames acabasse para lhe agradecer a ajuda que me tinha dado ao que ela me respondeu que não tinha dito nada mas que tinha pensado na resposta ao ver-me com dificuldades quando passou por mim. Este exemplo serve para se perceber até que ponto vai a intensidade da voz da pessoa que transmite o pensamento sem saber, o que já me tem livrado de situações incómodas em relação a algumas pessoas que se depararam comigo pelo caminho. Outras ocasiões aconteceram em que respondia ou continuava a frase. Claro que depois me perguntavam como é que eu tinha conseguido ouvir ou adivinhar o que tinham acabado de pensar. Sensibilidade apurada – Acontece quando estou mais sensível. Ao sair á rua os sons que me rodeiam tornam-se mais intensos. O estado de espírito das pessoas que passam por mim é “absorvido” pelo meu próprio espírito o que por vezes me deixa muito mal a nível psicológico. Se estão deprimidas fico deprimida, se têm desgosto fico com desgosto, se estão contentes fico contente. Ou seja, passo a sentir e a sofrer o que as pessoas têm, mas tudo ao mesmo tempo o que é bastante esforço para uma só cabeça e espírito. Concentração de electricidade estática – Acontece quando estou mais sensível. Começa estalos secos nos móveis e nos aparelhos eléctricos que me rodeiam. Quando sinto raiva ou outro sentimento muito negativo em relação a alguém que esteja ao pé de mim, essa pessoa começa a sofrer excesso de carga eléctrica ao ponto dos cabelos começarem a ficar em pé. Um bom exemplo desta situação aconteceu no meu local de trabalho quando uma cliente começou a discutir comigo por causa da balança da frutaria. Ela atacou-me tanto com palavras que comecei a sentir um ódio tão grande em relação á mulher que quando comecei a ter um súbito aumento de temperatura corporal os cabelos dela começaram a ficar em pé. Isto chamou a atenção dos outros clientes e de duas colegas que por ali passavam. Este acontecimento foi comentado durante muito tempo entre colegas até chegar aos ouvidos da gerente de loja. Outras situações ocorreram no armazém e que envolveram a gerente de loja e duas colegas que não se davam muito bem comigo. Deslocação de objectos – Acontece quando estou hiper-sensível. Quando era miúda por vezes deslocava pequenos objectos quando olhava para eles. Na adolescência acontecia quando me revoltava com alguém. Em adulta acontece por vezes quando estou sozinha ou no trabalho. Claro que no trabalho é mais complicado por causa da impressão que se causa aos colegas e aos superiores. Um dia estava no armazém a arrumar a mercadoria que tinha chegado quando a gerente entra. Vinha chateada porque eu não estava na loja e não tinha tido ordem para estar ali. Como não sou miúda nem incompetente não acatava muito bem as ordens dela e mais uma vez ouve discussão. Estava hiper-sensível e não tardou muito que as caixas da Renova começassem a cair para cima dela e quando já não havia mais, as caixas das outras prateleiras também se precipitaram. O susto que apanhou foi tal que desceu as escadas mais depressa do que subiu e eu continuei a fazer o meu serviço. Outra situação ocorreu quando estava com a colega da padaria. Estava uma fornada quase a sair e nós estávamos do lado de fora do balcão a conversar quando resolvi chegar-me mais perto do forno. Quando cheguei perto, a porta que tem uma alavanca forte simplesmente abriu-se sozinha e o forno desligou-se. Ficámos as duas de boca aberta a olhar uma para a outra por causa da maneira como o forno se abriu até que ela me pediu que saísse dali porque estava a assustá-la. Sentir presenças – Acontece em qualquer altura. Muitas vezes quando era miúda sentia a presença de entidades que agora sei o que são. Eram espíritos de pessoas já falecidas que por vezes se manifestavam demonstrando apenas a sua presença e faziam-no de maneira que fosse impossível não reparar onde eles estavam. Também sentia outras presenças que na altura eram mais assustadoras e que me incomodavam muito.
 
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