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Pelo Ano Novo, Anita recebeu um belo presente do Avô: um calendário com estampas coloridas.
- Que lindo calendário! Vamos pendurá-lo na
parede-diz o Pedro.
- Sabem quantos meses tem o calendário da Anita?
O calendário da Anita tem doze meses. O primeiro mês chama-se Janeiro, e começa com as festas do Ano Novo. Nesse dia toda a família se reúne em
volta do pinheiro iluminado.
- Muito Bom Ano, queridos Pais! diz Anita.
- E muitas felicidades! - acrescenta o Pedro.
Todos se abraçam. Distribuem-se presentes. Anita
recebe um relógio de pulso, Pedro uns patins e
Pantufa um cestinho todo bonito, com uma almofada.
Fevereiro tem só vinte e oito dias: é com a pressa
de despachar o Inverno … Mas o Inverno é que não
se quer ir embora. A neve cai. A geada reluz nos beirais dos telhados, e os pardais andam aflitos com o frio.
Anita arranjou uma casinha de madeira e colocou-a
no pomar. Assim, os pássaros já têm onde se abrigar.
Depois de Fevereiro vem Março. É o mês da Primavera. O melro assobia, assobia … mas, por mais que se rale, a Primavera chega sempre atrasada.
Mesmo assim, é altura de tratar da horta, e depressa ! A Anita e o Pedro semeiam os legumes.
É tão bom jardinar! …
Mau! … Se o Pantufa continua a fazer buracos no chão, temos de o prender na casóta !
Mas que é isto?…
… Não ouvem os sinos? … Sinos da cidade, sinos
das aldeias …
É a festa da Ressurreição. Abril voltou à Terra.
- Vi a Primavera! -anuncia uma andorinha …
- Anda no cerejal … -canta o cuco.
Que grandes e que lindos são os ovos de Páscoa!
Há ovos de chocolate e ovos de açúcar, para a Anita,
para o Pedro, para todos os meninos seus amigos …
O jardim da Anita está em flor.
- Não cheiro bem? - pergunta o lilás.
-Reparem, reparem como eu cresço! –exclama o malmequer, esticando muito o pé.
- Que bem que se está ao sol… -suspiram os lírios.
A macieira espalha ao vento uma chuva de pétalas.
Os pintos correm atrás das borboletas. A Anita e o
Pedro vieram ao jardim apanhar flores para fazer uma
surpresa aos Pais.
É Maio, Maio florido.
Em Maio tudo está alegre: as aves, as flores, as fontes.
Hoje é dia de festa: são os anos da Mãe.
A Anita e o Pedro chamam-na à sala de visitas,
para lhe oferecerem um lindo ramo de junquilhos.
- Querida Mamã, havemos de ser sempre muito seus amigos! - e a Anita abraça a mãe de todo o coração.
Junho. Os dias já são compridos. O Sol queima.
O carreiro de formigas corre na poeira do atalho.
O lavrador anda a ceifar a erva.
Está calor, calor! Já é Verão.
O Pai tirou do sótão as cadeiras de lona e o guarda-sol. A Anita vestiu o vestido de linho e pôs o chapéu de palha. As flores têm sede. Toca a regá-las!
As cerejas e as ginjas põem-se muito vermelhas.
Quem não gosta de brincos de cerejas?
A Anita e o irmão treparam à cerejeira. Lá no alto,
o vento canta e o sol dança por entre as folhas.
- Vamos encher o cesto?
- Vamos, e amanhã ajudamos a Mamã a fazer as
compotas para o Inverno.
julho! Vivam as férias!
O Pai da Anita comprou uma roulotte. Anita, Pedro e Pantufa-toda a família-foram acampar na serra. A estrada atravessa as matas e joga às escondidas com as aldeias.
Lá no alto, na montanha, o pastorzinho guarda o
rebanho, o rio corre alegremente, e Barbicha, a cabrinha, salta de pedra em pedra.
No mês de Agosto, a seara, lá em baixo, no vale,
está madura. O lavrador ceifa o trigo. Os molhos,
encostados uns aos outros, parecem cabaninhas de telhado de palha, com uma abertura por onde se pode entrar.
E se fôssemos brincar às escondidas?
Anita e Pedro nunca se divertiram tanto. Que belo
dia de férias !
Mas já as andorinhas se reúnem nos fios telegráficos.
- O Inverno está à porta … Vamo-nos chegando…
- Eu cá, fico! - diz o pintarroxo.
O lavrador vindima as uvas e leva-as ao lagar.
Zzzz… zzzz… zumbe a vespa no pomar. Lá mais
acima, no bosque, o esquilo já anda a fazer a provisão de avelãs para o Inverno.
O Outono chegou. Estamos em Setembro.
O Sol está cansado de brilhar todo o Verão. Foi
ele que fez brotar os rebentos, desabrochar as flores,
alourar o trigo. Se não fosse o sol, não havia maçãs
no pomar nem castanhas no castanheiro. O Sol precisa de ir descansar.
Mas para os meninos as férias acabaram.
A Anita e o Pedro têm de voltar para a escola.
Entretanto, Pantufa irá correr por esses campos fora.
No campo, as castanhas caem dos ramos, o arado
lavra a terra, a erva está toda molhada.
Cá estamos, cá estamos! - grasnam os corvos,
que vêm em nuvens pousar nos sulcos.
Parecem papagaios de papel.
Vão-se embora! - grita Pantufa.
É Outubro, é Outubro! -respondem os corvos,
em ar de troça.
Quando chega Novembro, o vento sopra como
doido, as árvores agitam-se, as folhas secas voam.
Anita e Pedro varrem as ruas do jardim.
- Vou buscar o ancinho à arrecadação – diz Anita.
- E eu o carro de mão - diz o Pedro.
- Eu antes quero correr por cima das folhas ladra o Pantufa. - E muito mais pândego.
Acabou a colheita. As aves debandaram. O Inverno, que todos tinham esquecido, voltou à Terra.
Chegou Dezembro. A festa do Natal aproxima-se.
Na montra da loja de brinquedos armaram outra
vez a árvore de Natal. Anita e Pedro nunca se cansam
de admirar os brinquedos.
- Estás a ver o comboio eléctrico? Anda como os
comboios a sério … Olha o helicóptero …
- E aquela boneca, ali ao pé do palhaço… Que linda!
- Achas que o Menino Jesus me dará uma assim?…
No Inverno, a neve cai, cobrindo os telhados, as ruas
e os jardins. O vento geme nas árvores. Para não sentirem tanto o frio, a Anita e o Pedro atarefam-se a fazer
um grande boneco de neve, de barrete e vassoura na mão.
Toda a gente está satisfeita. Não tarda aí o ano
novo. A Primavera voltará … São os últimos dias do
calendário.
- Que lindo calendário! Vamos pendurá-lo na
parede-diz o Pedro.
- Sabem quantos meses tem o calendário da Anita?
O calendário da Anita tem doze meses. O primeiro mês chama-se Janeiro, e começa com as festas do Ano Novo. Nesse dia toda a família se reúne em
volta do pinheiro iluminado.
- Muito Bom Ano, queridos Pais! diz Anita.
- E muitas felicidades! - acrescenta o Pedro.
Todos se abraçam. Distribuem-se presentes. Anita
recebe um relógio de pulso, Pedro uns patins e
Pantufa um cestinho todo bonito, com uma almofada.
Fevereiro tem só vinte e oito dias: é com a pressa
de despachar o Inverno … Mas o Inverno é que não
se quer ir embora. A neve cai. A geada reluz nos beirais dos telhados, e os pardais andam aflitos com o frio.
Anita arranjou uma casinha de madeira e colocou-a
no pomar. Assim, os pássaros já têm onde se abrigar.
Depois de Fevereiro vem Março. É o mês da Primavera. O melro assobia, assobia … mas, por mais que se rale, a Primavera chega sempre atrasada.
Mesmo assim, é altura de tratar da horta, e depressa ! A Anita e o Pedro semeiam os legumes.
É tão bom jardinar! …
Mau! … Se o Pantufa continua a fazer buracos no chão, temos de o prender na casóta !
Mas que é isto?…
… Não ouvem os sinos? … Sinos da cidade, sinos
das aldeias …
É a festa da Ressurreição. Abril voltou à Terra.
- Vi a Primavera! -anuncia uma andorinha …
- Anda no cerejal … -canta o cuco.
Que grandes e que lindos são os ovos de Páscoa!
Há ovos de chocolate e ovos de açúcar, para a Anita,
para o Pedro, para todos os meninos seus amigos …
O jardim da Anita está em flor.
- Não cheiro bem? - pergunta o lilás.
-Reparem, reparem como eu cresço! –exclama o malmequer, esticando muito o pé.
- Que bem que se está ao sol… -suspiram os lírios.
A macieira espalha ao vento uma chuva de pétalas.
Os pintos correm atrás das borboletas. A Anita e o
Pedro vieram ao jardim apanhar flores para fazer uma
surpresa aos Pais.
É Maio, Maio florido.
Em Maio tudo está alegre: as aves, as flores, as fontes.
Hoje é dia de festa: são os anos da Mãe.
A Anita e o Pedro chamam-na à sala de visitas,
para lhe oferecerem um lindo ramo de junquilhos.
- Querida Mamã, havemos de ser sempre muito seus amigos! - e a Anita abraça a mãe de todo o coração.
Junho. Os dias já são compridos. O Sol queima.
O carreiro de formigas corre na poeira do atalho.
O lavrador anda a ceifar a erva.
Está calor, calor! Já é Verão.
O Pai tirou do sótão as cadeiras de lona e o guarda-sol. A Anita vestiu o vestido de linho e pôs o chapéu de palha. As flores têm sede. Toca a regá-las!
As cerejas e as ginjas põem-se muito vermelhas.
Quem não gosta de brincos de cerejas?
A Anita e o irmão treparam à cerejeira. Lá no alto,
o vento canta e o sol dança por entre as folhas.
- Vamos encher o cesto?
- Vamos, e amanhã ajudamos a Mamã a fazer as
compotas para o Inverno.
julho! Vivam as férias!
O Pai da Anita comprou uma roulotte. Anita, Pedro e Pantufa-toda a família-foram acampar na serra. A estrada atravessa as matas e joga às escondidas com as aldeias.
Lá no alto, na montanha, o pastorzinho guarda o
rebanho, o rio corre alegremente, e Barbicha, a cabrinha, salta de pedra em pedra.
No mês de Agosto, a seara, lá em baixo, no vale,
está madura. O lavrador ceifa o trigo. Os molhos,
encostados uns aos outros, parecem cabaninhas de telhado de palha, com uma abertura por onde se pode entrar.
E se fôssemos brincar às escondidas?
Anita e Pedro nunca se divertiram tanto. Que belo
dia de férias !
Mas já as andorinhas se reúnem nos fios telegráficos.
- O Inverno está à porta … Vamo-nos chegando…
- Eu cá, fico! - diz o pintarroxo.
O lavrador vindima as uvas e leva-as ao lagar.
Zzzz… zzzz… zumbe a vespa no pomar. Lá mais
acima, no bosque, o esquilo já anda a fazer a provisão de avelãs para o Inverno.
O Outono chegou. Estamos em Setembro.
O Sol está cansado de brilhar todo o Verão. Foi
ele que fez brotar os rebentos, desabrochar as flores,
alourar o trigo. Se não fosse o sol, não havia maçãs
no pomar nem castanhas no castanheiro. O Sol precisa de ir descansar.
Mas para os meninos as férias acabaram.
A Anita e o Pedro têm de voltar para a escola.
Entretanto, Pantufa irá correr por esses campos fora.
No campo, as castanhas caem dos ramos, o arado
lavra a terra, a erva está toda molhada.
Cá estamos, cá estamos! - grasnam os corvos,
que vêm em nuvens pousar nos sulcos.
Parecem papagaios de papel.
Vão-se embora! - grita Pantufa.
É Outubro, é Outubro! -respondem os corvos,
em ar de troça.
Quando chega Novembro, o vento sopra como
doido, as árvores agitam-se, as folhas secas voam.
Anita e Pedro varrem as ruas do jardim.
- Vou buscar o ancinho à arrecadação – diz Anita.
- E eu o carro de mão - diz o Pedro.
- Eu antes quero correr por cima das folhas ladra o Pantufa. - E muito mais pândego.
Acabou a colheita. As aves debandaram. O Inverno, que todos tinham esquecido, voltou à Terra.
Chegou Dezembro. A festa do Natal aproxima-se.
Na montra da loja de brinquedos armaram outra
vez a árvore de Natal. Anita e Pedro nunca se cansam
de admirar os brinquedos.
- Estás a ver o comboio eléctrico? Anda como os
comboios a sério … Olha o helicóptero …
- E aquela boneca, ali ao pé do palhaço… Que linda!
- Achas que o Menino Jesus me dará uma assim?…
No Inverno, a neve cai, cobrindo os telhados, as ruas
e os jardins. O vento geme nas árvores. Para não sentirem tanto o frio, a Anita e o Pedro atarefam-se a fazer
um grande boneco de neve, de barrete e vassoura na mão.
Toda a gente está satisfeita. Não tarda aí o ano
novo. A Primavera voltará … São os últimos dias do
calendário.