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As POPPER´S

Fonsec@

In Memoriam
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Set 22, 2006
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Também conhecidas por beijoqueiras, este tipo de iscos artificiais, têm feito muitos pescadores de achigãs… São fáceis de usar e os resultados imediatos, mesmo para quem não tem muita experiência.
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A amostra
Este tipo de isco artificial, já bastante conhecido entre nós, tem como característica mais evidente o facto de possuir na zona frontal, uma concavidade que caracteriza o seu funcionamento e a identifica de imediato, relativamente á família a que pertence. Com efeito, é a “ boca “ que esta amostra possui que, ao ser utilizada em acção de pesca, produz o som que vai atrair os achigãs e fazer com que a ataquem com violência.
Existem num sem número de modelos, cores e tamanhos. As que se usam habitualmente para pescar achigãs medem entre seis a dez centímetros. As cores mais comuns, são quase sempre claras e bem visíveis – branco, verde alface, amarelo vivo, vermelho, laranja, dourada e prateado, para que facilmente seja detectada pelo peixe. A “boca”, em muitos modelos está pintada de vermelho ou laranja. Em situações de pouca luz ou em dias sem sol, as cores mais escuras são as que produzem melhores resultados.
Os modelos variam muito pouco e embora sejam semelhantes, existem para todos os gostos.



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Manual de utilização
Para que estas amostras produzam o efeito desejado, ou seja, capturar achigãs, (ou outro predador) devem ser “trabalhadas “. Quer com isto dizer que é necessário dar toques com a ponteira da cana, enquanto a amostra está na zona em que pensamos encontrar o peixe, para que se faça ouvir o som produzido pela tal concavidade da amostra.
No lançamento, as preocupações vão para a suavidade da queda do isco na água, e precisão na colocação da amostra no local desejado. Se com as amostras de balsa podemos arriscar uma colocação no local, com versões mais pesadas ou plásticas é conveniente lançar para lá do objectivo, mas de forma a ser possível passar pelo local desejado. Como se imagina, se esta cair ruidosamente, pode de imediato afastar ou assustar o peixe. Se por sua vez, passar algo afastado do local pretendido, podemos não conseguir motivar um achigã para o ataque, uma vez que está muito longe, para justificar a deslocação até lá.

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Após o lançamento, podemos esperar dois ou três segundos antes de começar o trabalhar do isco. Com a ponteira da cana na horizontal ou até um pouco mais baixa, damos um pequeno puxão no fio, - toque de ponteira - de forma a que o isco faça um som parecido com “buuac”. Deve-se evitar que, devido ao excesso de movimento, a amostra salte fora de água. Passados alguns segundos – um ou dois – novo toque de ponteira. Depois outro. E assim sucessivamente até que a amostra chegue até próximo de nós. Este tipo de toques pode-se considerar o mais normal. Contudo, sem considerar as variantes, anormais, existem mil e umas formas de executar este trabalho. Toque - toque – pausa, é outra sequência que podemos tentar, até durante o mesmo lançamento.
Quando a água está espelhada, sem vento, os toques devem ser mais suaves e muitas vezes a pausa é substituída por pequeníssimos toques de ponteira sem a preocupação de produzir som. Basta conseguir “mexer” a amostra, transmitindo a sensação de que se trata de qualquer coisa que está vivo e tenta desesperadamente sair da água, onde caiu. Numa situação de algum vento os toques serão mais enérgicos para que os sons sejam mais audíveis pelo peixe. Nestas condições, a própria ondulação faz mexer a amostra, evitando-se os pequenos toques atrás referidos.

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Quando e onde?
As melhores épocas do ano para estas amostras são sem dúvida a Primavera , final do Verão e princípios do Outono. Em pleno Verão a sua utilização fica praticamente limitada ao princípio e final do dia. Ainda nesta estação, são recomendáveis todo o dia, se este se encontrar nublado ou se por qualquer motivo a água se encontrar um pouco barrenta, ou seja com um pequeno índice de luminosidade a penetrar no meio aquático.
Como em quase todas as amostras que utilizamos, estas também devem ser usadas junto àquilo a que vulgarmente chamamos estruturas, ou seja locais onde se podem concentrar achigãs. Estes locais podem ser árvores caídas dentro de água, zonas rochosas, zonas de vegetação aquática, pilares de pontes, jangadas de captação de água, enfim qualquer alteração no relevo e dê origem a que os achigãs possam disfarçar a sua presença, proporcionando um bom local de emboscada.

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Canas e carretos
A cana que habitualmente se usa para este tipo de amostras é uma cana de acção média (médium action ) e de Spinning. Spinning, é denominação que se dá ao sistema de cana e carreto de tambor fixo, o mais conhecido entre nós. No entanto se a amostra utilizada for algo pesada, como as maiores e construídas em plástico, é aconselhável recorrer a uma cana de acção média-pesada (médium-heavy). A ter em conta que, apesar das canas de uma única peça serem mais incómodas no transporte, dão-nos mais confiança na hora em que mais se exige delas, sendo por isso de recomendar. Para os fios, os diâmetros entre 0.25 –0.28 para o primeiro caso e 0.30 – 0.33 para o segundo. Não nos esqueçamos que o fio de menor diâmetro permite sempre lançamentos mais longos, por oposição a um diâmetro superior.
Neste final de época use e abuse deste tipo de iscos que para muitos pescadores de achigã, são as amostras de superfície por excelência. Divirta-se ao assistir ao ataque de um bom exemplar a uma popper e de pois solte-o vivo, para que depois, outros pescadores também se divirtam.
 
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