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Autarca brasileiro defende castrar mulheres porque se gasta muito com creches
Mário Esteves foi expulso do partido Solidariedade após declarações polémicas.
Numa afirmação que surpreendeu e provocou uma vaga de críticas, o autarca de Barra do Piraí, cidade com 92 mil habitantes no sul do estado brasileiro do Rio de Janeiro, defendeu a castração forçada das mulheres para evitar o aumento do número de crianças na sua cidade. A inusitada e ilegal proposta foi feita pelo autarca Mário Esteves, do partido PROS, Partido Republicano da Ordem Social, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante a inauguração de uma nova estrada de acesso ao município.
"O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione, secretário de Saúde? Tem de começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara.", disparou o presidente da Câmara durante o seu discurso, feito há uma semana mas que só agora começou a viralizar depois da grande repercussão nas redes sociais, com a esmagadora maioria das mensagens e dos comentários repudiando a proposta.
E o autarca continuou a defesa da sua proposta, que fere claramente as leis brasileiras e a própria Constituição, entre o espanto de uns e aplausos e risadas de aliados. Na argumentação, Mário Esteves, que aparentemente não suporta o elevado número de crianças que é possível ver por toda a cidade, justifica o que disse com uma suposta preocupação com o que terá de gastar para construir novas creches municipais para acolher as crianças que acabaram de nascer e as que vêm por aí.
"É, no máximo, dois (disparou o autarca referindo-se ao número máximo de filhos que cada mulher deveria ter). Tem que fazer uma lei lá na Câmara. Haja creche para ser construída nos próximos anos. Tem de ter um projecto federal, estadual e municipal, porque precisa, sim, desse controlo", afirmou o autarca, que após a forte repercussão negativa da opinião pública e de várias entidades às suas palavras defendeu-se dizendo que fez a estranha proposta no que classificou como "um momento de descontração", e que quem não entendeu o que ele disse é porque não entende de política.
Mário Esteves foi este domingo expulso do partido Solidariedade. Em nota divulgada no G1, a Direção Estadual do partido disse que as declarações de Mário foram "misóginas, demonstrando total desrespeito pelas mulheres", e que a decisão foi unânime. Afirmou ainda que o Solidariedade "não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer preconceito".
Correio da Manhã

Mário Esteves foi expulso do partido Solidariedade após declarações polémicas.
Numa afirmação que surpreendeu e provocou uma vaga de críticas, o autarca de Barra do Piraí, cidade com 92 mil habitantes no sul do estado brasileiro do Rio de Janeiro, defendeu a castração forçada das mulheres para evitar o aumento do número de crianças na sua cidade. A inusitada e ilegal proposta foi feita pelo autarca Mário Esteves, do partido PROS, Partido Republicano da Ordem Social, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante a inauguração de uma nova estrada de acesso ao município.
"O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione, secretário de Saúde? Tem de começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara.", disparou o presidente da Câmara durante o seu discurso, feito há uma semana mas que só agora começou a viralizar depois da grande repercussão nas redes sociais, com a esmagadora maioria das mensagens e dos comentários repudiando a proposta.
E o autarca continuou a defesa da sua proposta, que fere claramente as leis brasileiras e a própria Constituição, entre o espanto de uns e aplausos e risadas de aliados. Na argumentação, Mário Esteves, que aparentemente não suporta o elevado número de crianças que é possível ver por toda a cidade, justifica o que disse com uma suposta preocupação com o que terá de gastar para construir novas creches municipais para acolher as crianças que acabaram de nascer e as que vêm por aí.
"É, no máximo, dois (disparou o autarca referindo-se ao número máximo de filhos que cada mulher deveria ter). Tem que fazer uma lei lá na Câmara. Haja creche para ser construída nos próximos anos. Tem de ter um projecto federal, estadual e municipal, porque precisa, sim, desse controlo", afirmou o autarca, que após a forte repercussão negativa da opinião pública e de várias entidades às suas palavras defendeu-se dizendo que fez a estranha proposta no que classificou como "um momento de descontração", e que quem não entendeu o que ele disse é porque não entende de política.
Mário Esteves foi este domingo expulso do partido Solidariedade. Em nota divulgada no G1, a Direção Estadual do partido disse que as declarações de Mário foram "misóginas, demonstrando total desrespeito pelas mulheres", e que a decisão foi unânime. Afirmou ainda que o Solidariedade "não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer preconceito".
Correio da Manhã