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Burros disfarçados de zebras
Diz a sabedoria popular que a necessidade aguça o engenho. Este provérbio não podia ser melhor aplicado do que para aquilo que se passa num parque zoológico em Gaza, na Palestina.
O conflito que desde há longos anos estalou entre o exército israelita e algumas facções armadas locais, para além de provocar centenas de vítimas, desolação e ódio, faz também com que não seja possível manter um parque zoológico com um mínimo de animais – primeiro, porque são caros e a falta de dinheiro não permite a sua aquisição; depois, porque muitos dos animais acabam também eles por ser vítimas do próprio conflito; por último, porque mesmo que alguém os ofereça, estes não podem ser transportados por fronteira terrestre, têm de ser transportados através de reduzidos túneis, o que não permite a passagem de animais de grande ou mesmo de médio porte.
Porque as crianças palestinianas têm os mesmos anseios que todas as outras crianças do mundo, e há no território quem queira, teimosamente, manter o zoo a funcionar, às vezes há que recorrer ao engenho para ultrapassar as dificuldades e tornar o espaço minimamente atractivo e com alguma diversidade de animais.
Como o Zoológico de Marah Land tem falta de animais, mas no território abundam os burros - como é bíblico - os responsáveis do espaço, na impossibilidade de ter zebras (as últimas morreram em consequência do conflito armado), decidiram fazer um verdadeiro trabalho de pintura corporal a dois asnos originalmente brancos, criando riscas pretas nos animais (que ao que parece não se sentirem especialmente preocupados com a sua nova farda), fazendo as delícias de crianças e adultos.
Para decorar os dois burros, foi contratado um artista local que, utilizando tintas de cabeleireiro, conseguiu recriar zebras - exceptuando alguns pormenores que não é possível alterar nos burros, como as orelhas, as crinas e a ponta dos rabos, entre outros pequenos pormenores. Aparentemente, o número de visitas ao espaço aumentou, e sem que fosse esse o objectivo, fez com que as atenções dos meios de comunicação mundiais se centrassem durante alguns minutos no seu zoo. Pode ser que isso traga alguns benefícios - quanto mais não seja, duas zebras verdadeiras, para juntar aos asnos…
Diz a sabedoria popular que a necessidade aguça o engenho. Este provérbio não podia ser melhor aplicado do que para aquilo que se passa num parque zoológico em Gaza, na Palestina.
O conflito que desde há longos anos estalou entre o exército israelita e algumas facções armadas locais, para além de provocar centenas de vítimas, desolação e ódio, faz também com que não seja possível manter um parque zoológico com um mínimo de animais – primeiro, porque são caros e a falta de dinheiro não permite a sua aquisição; depois, porque muitos dos animais acabam também eles por ser vítimas do próprio conflito; por último, porque mesmo que alguém os ofereça, estes não podem ser transportados por fronteira terrestre, têm de ser transportados através de reduzidos túneis, o que não permite a passagem de animais de grande ou mesmo de médio porte.
Porque as crianças palestinianas têm os mesmos anseios que todas as outras crianças do mundo, e há no território quem queira, teimosamente, manter o zoo a funcionar, às vezes há que recorrer ao engenho para ultrapassar as dificuldades e tornar o espaço minimamente atractivo e com alguma diversidade de animais.
Como o Zoológico de Marah Land tem falta de animais, mas no território abundam os burros - como é bíblico - os responsáveis do espaço, na impossibilidade de ter zebras (as últimas morreram em consequência do conflito armado), decidiram fazer um verdadeiro trabalho de pintura corporal a dois asnos originalmente brancos, criando riscas pretas nos animais (que ao que parece não se sentirem especialmente preocupados com a sua nova farda), fazendo as delícias de crianças e adultos.
Para decorar os dois burros, foi contratado um artista local que, utilizando tintas de cabeleireiro, conseguiu recriar zebras - exceptuando alguns pormenores que não é possível alterar nos burros, como as orelhas, as crinas e a ponta dos rabos, entre outros pequenos pormenores. Aparentemente, o número de visitas ao espaço aumentou, e sem que fosse esse o objectivo, fez com que as atenções dos meios de comunicação mundiais se centrassem durante alguns minutos no seu zoo. Pode ser que isso traga alguns benefícios - quanto mais não seja, duas zebras verdadeiras, para juntar aos asnos…
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