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Cavalos: os tipos mais populares

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Cavalos: os tipos mais populares

Raças, cor e tipo, as fronteiras na classificação do cavalo

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Ao longo dos séculos, os cavalos têm desempenhado várias funções, desde caça, trabalhos agrícolas até mesmo ao puro entretenimento, como cavalos de circo ou passeio. O desempenho destas tarefas pode ser feito por cavalos de raças distintas.

Assim, o tipo é o nome que se dá ao conjunto de cavalos que mostram ter aptidão para estas funções, enquanto que a raça é estabelecida com a definição de um conjunto de características físicas e psicológicas às quais um cavalo deve obedecer, registadas num Studbook, e baseia-se na linhagem.

Ou seja, sabemos que se cruzarmos dois cavalos da mesma raça, iremos obter um animal da mesma raça, enquanto que para produzir um cavalo de um determinado tipo, muitas vezes são utilizadas raças diferentes.

Existe também uma outra tipificação dos cavalos baseada na cor, ou color breed. Não sendo uma raça, por vezes a invulgar coloração da pelagem do cavalo sobrepõe-se à sua linhagem, é o caso dos Palominos, por exemplo. Como cavalos de raças diferentes, e consequentemente, aparências diferentes, podem nascer desta cor, fala-se antes em tipo e não em raça.

Tipos de acordo com a função

Hunter

Um cavalo usado na caça varia muito em termos de aparência uma vez que não tem peso, altura ou cor definida. Este tipo de cavalos foi desenvolvido pelos britânicos, adaptados aos terrenos ingleses, mas depressa se desenvolveram cavalos para a caça em todo o mundo. Com a adaptação ao terreno, os cavalos deste tipo apresentavam-se com aparências cada vez mais distintas. Contudo os animais devem ser bem proporcionados, com peito profundo e quartos traseiros inclinados. Devem também ter resistência, coragem, velocidade e alguma habilidade para saltos. É importante que os cavalos permitam uma montada confortável e que aguentem o dia inteiro com o peso do cavaleiro, mantendo o bom ritmo de caça. Os Irlandeses são famosos pela produção deste tipo de cavalos. Apesar de não haver uma “receita” para se fazer um bom Hunter, as raças mais utilizadas são o Puro Sangue Inglês, o Cleveland Bay e o Irish Draught.

Cob

Este tipo de cavalos não deve ser confundido com raças que têm “Cob” no nome, como o Cob Galês ou Normando. Os cavalos deste tipo são seguros, calmos e confiáveis, bons para crianças, idosos e também pessoas portadoras de deficiências. Não são rápidos, mas são fortes e atléticos. A crina dos cavalos é geralmente cortada rente para que o seu atractivo pescoço arqueado possa ser exibido. As pernas curtas e o peito amplo dão-lhe uma aparência robusta. Geralmente estes cavalos provêm da Inglaterra e da Irlanda.

Existem duas classes de exibição diferentes para os Cobs baseadas no peso: os mais leves, capazes de carregar até 80 kgs, e os mais pesados, os que suportam mais peso, são exibidos separadamente. Existe ainda uma terceira classe, o Cob de trabalho, na qual se pede ao cavalo que execute uma série de saltos de obstáculos, ao estilo do Hunter.

Hack

O Hack é o cavalo de elegância suprema. Muito popular entre a nobreza do século XIX, o objectivo da criação deste cavalo era a beleza e não a rapidez. O Hack geralmente é um cavalo de sangue quente: ou Puro Sangue Inglês (PSI) ou cruzado de PSI, por vezes Anglo-Árabe, mas é mais leve, tem menos densidade óssea, e de estatura mais baixa. O Hack não deve ter falhas ao nível da conformação, presença, temperamento e treino – deve permitir uma montada confortável. Em eventos, também são avaliadas as andaduras do cavalo – passo, trote e galope – e o próprio juiz monta o cavalo para exibir o animal. Pode ser visto em qualquer cor sólida. Pela sua beleza e temperamento nobre, os Hacks ficaram conhecidos como os aristocratas do mundo equídeo.

Pónei de Pólo

Até 1919, os cavalos usados no pólo não podiam ultrapassar os 144 cm, sendo por isso póneis. Após a abolição desta regras, foi introduzido sangue do Puro Sangue Inglês, tornando os Póneis de Pólo mais altos. Assim, apesar de serem apelidados de pónei, hoje em dia, estes cavalos têm em média entre 150 e 155 cm. De facto, não são póneis, mas são cavalos de baixa estatura, raramente ultrapassando 1,60 m. Contudo, são capazes de aguentar um desporto extremamente físico, rápido e muito duro: o Pólo. Pensa-se que este desporto nasceu na Pérsia há mais de 2500 anos, mas foi apenas introduzido no Ocidente no século XIX. Hoje em dia, a Argentina é a produtora do que se considera os melhores póneis de pólo do mundo.

Um Pónei de Pólo necessita de ser rápido no campo: acelerar, abrandar e virar quase bruscamente, mas também manter o equilíbrio e a suavidade necessárias para que o cavaleiro consiga acertar na bola.


Tipos segundo a coloração

Palomino

Conhecidos pela sua cor dourada que percorre todo o corpo, os Palominos são altamente procurados. A crina deve ser branca, creme ou prateada, os olhos são castanhos ou pretos e pode haver branco na cabeça e na parte inferior das pernas. A produção de Palominos é extremamente complexa, uma vez que no cruzamento de dois cavalos deste tipo a possibilidade de sair um Palomino é apenas de 50%. A cor surge em diversas raças, sobretudo norte-americanas – Morgan, Quarto de Milha e Saddlebred – mas também surge espontaneamente no Pónei Galês da Montanha, de origem inglesa.

Em Espanha, o tipo é conhecido como “Isabella”, uma vez que a Rainha Isabel incentivou a criação destes cavalos durante a Idade Média. Pensa-se que o nome do tipo está relacionado com Juan de Palomino, a quem Cortés ofereceu um cavalo com esta coloração.

Apesar de terem uma das mais belas pelagens, os Palominos não podem ser só belos cavalos e a conformação não deve ser negligenciada.

Pinto

Apesar de este tipo estar muito ligado à raça Paint Horse, a diferença é a de que Pinto pode ser qualquer cavalo que apresente determinadas pelagens, enquanto que para se ser considerado Paint Horse, por vezes a linhagem sobrepõe-se à pelagem.

O Pinto deve ter um dos seguintes padrões:

* Tobiano – Marcas brancas arredondadas na zona do pescoço e do peito. As marcas podem-se prolongar pelo dorso ou flancos. As cores da cabeça assemelham-se à de uma pelagem simples e deve ser escura. As patas devem ser brancas e a cauda é geralmente bicolor;
* Overo – Marcas irregulares, umas maiores, outras mais pequenas, que se posicionam mais concentradas em algumas partes do corpo, sendo o cavalo mais escuro do que branco. As marcas brancas não devem ultrapassar o dorso. A cabeça é branca com marcas escuras. Pelo menos uma das patas deve ser escura. Estes cavalos podem apresentar olhos azuis.
* Tovero – Combina características das pelagens anteriores.

O Paint Horse pode ter uma dessas pelagens, mas também pode apresentar uma cor sólida. Isto porque para ser considerado Paint, deve resultar do cruzamento entre Paint Horse e uma das seguintes raças: Puro Sangue Inglês, Quarter Horse e Paint Horse. Caso resulte destas cruzas e apresentar cor sólida, o cavalo é aceite como Paint Horse.


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