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Civilizações extraterrestres usarão neutrinos e ondas gravitacionais para comunicação?

mjtc

GF Platina
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Vários astrónomos de renome mundial, incluindo o astrónomo real da Grã-Bretanha, Sir Martin Rees, acreditam que civilizações extraterrestres avançadas, em vez de estarem usando diferentes ondas de rádio ou luz visível para se comunicarem, podem estar usando um meio de comunicação totalmente diferente, tal como os neutrinos, ou até mesmo as ondas gravitacionais (que são ondas no tecido do espaço-tempo), ou ainda usando mecanismos de comunicação que ainda nem imaginamos.

Até agora não temos nenhuma evidência que prove não sermos as únicas formas de vida consciente no universo. Todavia, do ponto de vista estatístico, as oportunidades de não haver nenhum outro planeta com vida inteligente são ínfimas. Estima-se que existe cerca de 250 biliões de estrelas só na Via Láctea e mais de 70 sextiliões de estrelas no Universo visível, e muitas dessas estrelas são cercadas por múltiplos planetas. Enquanto isso, no nosso sistema solar de 4,5 biliões de anos existe um universo que estima-se ter de 13,5 a 14 biliões de anos. Especialistas acreditam que há civilizações avançadas lá fora, com pelo menos 1,8 bilião de anos. As oportunidades de haver somente um único planeta em que evoluiu vida no meio de uma imensidão do Universo, parece ser tão incrível, que acreditar nisso é algo completamente irracional.

"Mas então, onde estão eles?" pergunta o físico Enrico Fermi, enquanto almoçava com os seus colegas em 1950. Fermi propôs, se há outras civilizações avançadas, porque então não há evidências da sua existência, como uma nave espacial ou sondas voando pela Via Láctea. A sua questão tornou-se conhecida como o Paradoxo de Fermi. O paradoxo é a contradição entre as altas estimativas da probabilidade da existência de vida e a falta de evidência, ou contacto com tais civilizações.

Devida a extrema idade do Universo, e seu vasto número de estrelas, se planetas como a Terra são típicos, então deveria haver muitas civilizações avançadas lá fora, e pelo menos algumas delas na nossa Via Láctea. Uma outra questão estreitamente relacionada é o grande silêncio, que coloca esta questão: Mesmo se a viagem espacial seja muito difícil, se há vida lá fora, por que não detectamos pelo menos alguns sinais dessas civilizações, tais como transmissões de rádio?

Arthur C. Clarke responde a esta questão: "O facto de não termos ainda descoberto a menor evidência de vidam e inteligência além da Terra, não me surpreende, nem me desaponta. A nossa tecnologia deve ser ridiculamente primitiva; devemos ser como selvagens escutando por batidas de tambores, enquanto o éter ao nosso redor carrega mais palavras por segundo do que eles poderiam emitir numa vida inteira".

Lord Rees, um importante cosmólogo e astrofísico, que é presidente da Sociedade Real Britânica e astrónomo da Rainha da Inglaterra, acredita que a existência de vida extraterrestre possa estar além da compreensão humana. "Eles podem estar olhando para nós bem na nossa frente e simplesmente não os reconhecemos. O problema é que estamos procurando por algo que é muito parecido connosco, presumindo que eles possuam algo como a mesma matemática e tecnologia. Eu suspeito que possa haver vida lá fora e esta ser inteligente, em formas que não podemos conceber. Bem como os chimpanzés não entendem a teoria quântica, ela poderia estar lá com aspectos de realidade que estão além da capacidade do nosso cérebro".

Qual seria a natureza da inteligência extraterrestre, presumindo que ela exista?

Paul Davies, astrofísico da Universidade do Estado do Arizona (E.U.A.), trás um ponto interessante de que é bem provável que civilizações existam sem nunca desenvolverem uma cultura científica. A ciência, tal como a conhecemos aqui na Terra, não existiria sem a combinação de questões filosóficas gregas e o monoteísmo. O ponto fundamental de Davies é o de que não deveríamos tomar uma visão antropocêntrica da possível vida alienígena. Nossa civilização não tem mais de 10.000 anos de idade, o que é um piscar de olhos em termos cósmicos. Pode haver civilizações com um milhão de anos de idade, ou mesmo centenas de milhões de anos, que são avançadas de maneiras que não podemos nem começar a imaginar.

De facto, Davies escreve no seu livro, "O Silêncio Misterioso", a tecnologia avançada pode nem mesmo ser feita de matéria. Ela pode não ter tamanho, nem forma física; não ter fronteiras bem definidas. Ser dinâmica em todas as escalas de tempo e espaço. Ou de forma controversa, não parecer com nada que possamos discernir. Não ser constituída de coisas distintas ou separadas; mas em vez disso, ser um sistema, ou uma subtil correlação de coisas, em alto nível.

Davies pergunta: "São a matéria e a informação tudo o que existe?"

Davies responde: "Há 500 anos, o conceito de um aparelho que manipulava informação, ou o software, seria incompreensível. Poderia haver ainda níveis mais altos, ainda fora de toda a experiência humana, que organiza os electrões? Se houver, este terceiro nível nunca seria manifestado através de observações feitas ao nível de informação, e tão pouco ao nível da matéria".

Deveríamos estar abertos às distintas possibilidade de que a tecnologia extraterrestre avançada de um bilião de anos de idade possa estar operando no terceiro, ou talvez até no quarto ou quinto nível, todos os quais são totalmente incompreensíveis à mente humana no nosso actual estado de evolução.

Frank Drake, o fundador do SETI e criador da Equação de Drake, acredita que a TV a satélite e a revolução digital está fazendo com que a humanidade fique invisível aos extraterrestres, devido à transmissão de sinais de TV e rádio para o espaço. Actualmente a Terra está rodeada por uma bolha de radiação de 50 anos luz de TV analógica, rádio e transmissões de radar. De acordo com Drake, os sinais de TV digital pareceriam como ruído branco para uma raça de alienígena que estivesse nos observando. Embora os sinais já se espalharam o suficiente para alcançar muitas das estrelas próximas, estão rapidamente desaparecendo com o surgimento da tecnologia digital, disse Drake. E se nós já estamos nos tornando invisíveis para os extraterrestres com nossa primitiva tecnologia digital, quem dirá uma civilização alienígena que pode estar tecnologicamente biliões de anos na nossa frente.

Fonte: The Daily Galaxy.
 
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