Portal Chamar Táxi

Conferência sobre doenças neurodegenerativas amanhã na Gulbenkian

Grunge

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Ago 29, 2007
Mensagens
5,124
Gostos Recebidos
0
Conferência sobre doenças neurodegenerativas hoje na Gulbenkian

Doenças más, o que está a ser feito para as tratar e como se pode utilizar a imaginação como limite prático para as investigações em laboratório são alguns dos tópicos de Tiago Fleming Outeiro para a conferência "Vacas loucas, leveduras neuróticas e regresso ao futuro", que vai ter lugar hoje às 18h no auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. O ciclo "Na Fronteira da Ciência" recebe o subdirector do Ciência Hoje e investigador do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa para uma 3ª sessão de descodificação da ciência desta vez sobre doenças como Alzheimer, Parkinson ou a doença das "vacas loucas", a importância da levedura "Saccharomyces cerevisiae" em laboratório e a esperança última na tecnologia.

Durante a conferência, o investigador vai explicar as alterações na estrutura de várias proteínas associadas às doenças neurodegenerativas e como a investigação tem vindo a explorar leveduras e outros organismos modelo para a base molecular destas doenças. Tiago Fleming Outeiro vai abordar também os novos avanços tecnológicos na área, que acredita poderem ser a chave para melhores terapêuticas e talvez a cura destas patologias.

"Se, ao mesmo tempo, formos capazes de perceber e dominar a biologia por forma a sermos capazes de desenvolver novas tecnologias a partir do que está à nossa frente, como Fleming foi capaz de fazer em relação à penicilina, então podemos ficar descansados pois o futuro será risonho", explica o investigador.

No âmbito de um ciclo de divulgação científica dirigido sobretudo ao público escolar, Tiago Fleming Outeiro espera ajudar a "descomplexar" um tema que continua muitas vezes a ser tabu na sociedade e que precisa de mais trabalho científico e de mais apoio da população.

"Em Portugal há uma tendência para as pessoas se 'esconderem' quando lhes é diagnosticada uma destas doenças, ou para 'protegerem' os seus entes queridos. Penso que é importante falar de forma aberta sobre estas doenças, já que todos temos uma grande probabilidade de as vir a desenvolver", afirma Tiago Fleming Outeiro.

"É necessário pensar em conjunto sobre como lidar com estes problemas, como podemos ser úteis, como podemos ajudar a investigação, participando em estudos, procurando os investigadores, apoiando as suas iniciativas", refere ainda o investigador.

O futuro das terapêuticas para as doenças neurodegenerativas, concluiu Tiago Fleming Outeiro, deve passar por novas abordagens científicas. "É sermos capazes de ter imaginação, criatividade, e conhecimento para ultrapassar problemas, juntando áreas distintas. É sermos capazes preencher lacunas mas também de as encontrar, algo que não é nada fácil", salienta.
 
Topo