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coral contra dor crónica

maioritelia

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a substância encontrada num coral recolhido nos mares em redor da Green Island, em Taiwan, pode conter a resposta para o de-senvolvimento de novos tratamentos contra a dor neuropática, uma espécie de dor crónica. A substância chama-se capnellene, que deriva do nome em latim do coral: Capnella imbricata.

"Actualmente, há poucos agentes farmacológicos que conseguem ajudar as pessoas que sofrem de dor neuropática, mas acreditamos que estes compostos de- rivados de organismos marinhos podem levar ao desenvolvimento de todo um novo grupo de drogas de grande potencial", explicou Zhi-Hong Wen, da Universidade Nacional de Sun Yat-Sen, em Taiwan.

"Para proporcionar uma melhor qualidade de vida, precisamos de novos fármacos que possam actuar com rapidez e ter funções específicas com poucos efeitos secundários. Além disso, precisamos de uma melhor gestão dos transtornos da dor crónica", acrescentou o principal autor do estudo, publicado na revista British Journal of Pharmacology.

Estima-se que cerca de oito por cento dos europeus sofram de dor neuropática, uma dor aguda ou crónica que resulta normalmente de uma lesão ou disfunção do sistema nervoso.

Investigações recentes mostram que a inflamação neste sistema é um dos principais factores que causam a dor. A inflamação activa as células de apoio que rodeiam as células nervosas, como as microglias ou os astrócitos. Estas, por sua vez, libertam citoquinas que excitam os nervos e causam a sensação de dor. Simples toques na pela ou uma corrente de ar podem traduzir-se em dores intensas.

Muitas vezes este tipo de dor não se consegue controlar com o recurso a analgésicos como a aspirina ou até mesmo a morfina, sendo por isso necessários desenvolver novos tratamentos.

Apesar do químico capnellene ter sido pela primeira vez descrito em 1974, só agora os investigadores começam a apreciar o seu potencial. A equipa de Zhi-Hong Wen descobriu que este componente, tal como outro muito semelhante, reduz as actividades associadas à dor em ratos. Um início promissor, referem.

Esta não é a primeira vez que os cientistas se viram para os corais à procura de novas substâncias que auxiliem na luta contra várias doenças. Muitos consideram mesmo estes ecossistemas, dos mais diversificados do mundo, "o armário de medicamentos do século XXI" (ver caixa). Apesar de ocuparem apenas 0,07% do fundo dos oceanos, são a casa de um quarto das espécies marinhas.
DN
 
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