Criminosos Célebres!

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Ishikawa Goemon (1558-1594)

Um dos maiores bandidos japoneses, Ishikawa Goemon ficou mais conhecido pelo modo cruel como morreu do que pela quantidade de pessoas que matou. Adorado pelo povo por roubar ouro aos ricos e dividir com os pobres.
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Certo dia, Ishikawa resolveu invadir o castelo para matar o senhor feudal, Toyotomi Hideyoshi, tido como um déspota pela população. Só que acabou sendo apanhado pelos samurais do monarca, que não tiveram a menor simpatia pelo ladrão que roubava aos ricos para dar aos pobres. Ishikawa foi condenado à morte, mergulhado no caldeirão de óleo a ferver.
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Não há muitos registos históricos sobre sua vida, muito do que se conta sobre ele vem da cultura popular japonesa, principalmente das peças do teatro kabuki.



 

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Charles "PrettyBoy" Floyd (1904-1934) - Inimigo Público Nº 1

Ingressado no mundo do crime, após de revoltar com o assassinato do pai, Pretty Boy foi mais uma figura odiada pela polícia e idolatrado pelo povo. Foi responsável por dezenas de assaltos aos bancos, onde rasgava os papéis de hipotecas, deixando muita gente livre das dívidas.
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Charles Arthur "PrettyBoy" Floyd foi um famoso ladrão de bancos americano, tendo operado no Centro Oeste e Sudoeste dos Estados Unidos. As suas façanhas criminosas ganharam ampla cobertura da imprensa na década de 1930. Participou do famoso Massacre de Kansas City em 1933, ao liderar a tentativa de resgate do bandido Frank Nash, enquanto estava sendo escoltado por agentes do FBI para um novo estabelecimento prisional.

Tido como inimigo público nº 1 nos Estados Unidos, foi morto por agentes do FBI, no dia 22 de Outubro de 1934. A sua popularidade era tal que cerca de 20.000 pessoas compareceram ao funeral para dar o último adeus ao seu benfeitor.
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Floyd foi uma figura popular na cultura
norte-americana, sendo no fundo, uma
vítima dos tempos difíceis da Grande
Depressão nos Estados Unidos.
 
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Salvatoire Giuliano (1922-1950) - O Robin Hood da Sicília

Além do currículo no mundo do crime, alguns ficaram famosos também pela beleza e simpatia. É o caso de Salvatoire Giuliano, membro de um bando da Sicília que roubava e matava a torto e a direito. Com centenas de integrantes, o grupo liquidou cerca de 200 pessoas. Esperto, Salvatoire compartilhava o dinheiro roubado com as pessoas da comunidade, que ficavam agradecidas, oferecendo-lhe protecção no caso de ele e o seu bando serem perseguidos pelas autoridades policiais. O galã foi morto enquanto dormia, suspeita-se que pelo próprio primo, que estaria ao serviço da Máfia.
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Salvatore Giulino ganhou destaque na desordem que se seguiu à invasão aliada da Sicília em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. Em Setembro do mesmo ano, Giuliano tornou-se um fora da lei após ter disparo e matado um polícia que tentou prendê-lo por contrabandear alimentos no mercado negro, quando 70% do abastecimento alimentar da Sicília era fornecido dessa forma.

Salvatore Giuliano era conhecido no campo político por fazer parte de um movimento que lutava pela independência da Sicília. Consta que foi responsável pelo Massacre Portella della Ginestra, um dos mais violentos episódios da história da Itália, quando 11 pessoas foram mortas e 27 ficaram feridas durante as celebrações do 1 de Maio de 1947, na Sicília.

O massacre Portella della Ginestra

Em 1 de Maio de 1947, centenas de camponeses na sua maioria pobres, reuniram-se em Portella della Ginestra, a três quilómetros da cidade de Piana degli Albanesi, no caminho para San Giuseppe Jato, para o desfile internacional tradicional do Dia do Trabalhador. Às 10h 15m, o secretário do partido comunista de Piana degli Albanesi começou a falar à multidão quando o tiroteio começou. Mais tarde, foi determinado que as metralhadoras foram disparadas a partir das colinas circundantes, bem como por homens a cavalo. O total de baixas totalizaram 11 pessoas mortas, incluindo 4 crianças. Cerca de 33 pessoas ficaram feridas.

O ataque foi atribuído ao bandido e separatista líder Salvatore Giuliano. O seu objectivo era punir os esquerdistas locais devido aos resultados eleitorais recentes. Numa carta aberta, Salvatore Giuliano tomou inteira responsabilidade pelos assassinatos e alegou que só queria que os seus homens abrissem fogo sobre as cabeças da multidão. A morte tinha sido um erro.

Até ao massacre, Giuliano tinha sido considerado por muitos como um moderno Robin Hood, que roubava e até mesmo raptava sicilianos ricos para ajudar a população pobre da Sicília. O tiroteio de crianças e camponeses em Ginestra, porém, indignaram os seus antigos admiradores, e uma recompensa de 3 milhões de liras (cerca de 13.200 dólares em 1947) foi oferecido pelo governo italiano para a captura de Giuliano. O massacre criou um escândalo nacional.

Salvatore Giuliano foi morto em 5 de Julho de 1950, por motivo ainda por esclarecer. O historiador Eric Hobsbawm descreveu-o como o primeiro bandido a ser protagonista nos meios de comunicação social modernos.
 
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Phoolan Devi (1963-2001) - Rainha dos Bandidos

A turbulenta história da indiana Phoolan Devi, a Rainha dos Bandidos, começou na adolescência, quando passou a viver com um bando. Só que eles doavam parte dos lucros aos pobres, ganhando a protecção da comunidade.

Phoolan nasceu no dia 10 de Agosto de 1963, pertencente à casta shudra, de uma família do clã mallaah (barqueiros), na pequena aldeia de Gorha ka Purwa no Estado do Uttar Pradesh. Era a segunda filha de uma família muito pobre de quatro meninas e um menino. Foi casada com 11 anos com um homem com o triplo da idade, a troco de um pequeno dote e passou a uma rotina de espancamentos, sendo violentada e forçada a um árduo trabalho no campo. Já adolescente, passou a ser assediada por jovens de um clã (jati) poderoso na região, pertencente à casta (varna) dos guerreiros ou nobres (kshatriya). Para fugirem da acusação, eles acusam-na de tentar seduzi-los, fazendo com que fosse expulsa da aldeia. Recusada também pela família paterna, é abrigada por um parente próximo até ao dia em que sua casa é invadida por um grupo de assaltantes que vieram raptá-la. Presa nas montanhas, alguns começam a solidarizar-se com seu sofrimento.

O líder da gangue é morto por um membro do grupo de nome Vikram, que se torna o protector de Phoolan. Ambos assumem a dianteira do grupo e começam a atacar o comércio e as castas superiores. A sua sorte muda novamente, com o assassinato de Vikram, praticado por dois irmãos do clã Thakur, da casta Kshatriya. Alcançando o controlo do grupo, os thakur prendem-na por três semanas, período durante o qual foi violentada por todo o clã. Na sua fuga é auxiliada pelos Mallah (canoeiros). Phoolan regressa às montanhas, ganhando a protecção e liderança do grupo Mallah, e começa a atacar o comércio da região.
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Durante três anos, Phoolan cruzou as terra dos do Estado de Uttar Pradesh, fazendo justiça às vítimas de violação, e roubando aos ricos para dar aos pobres. Phoolan casou e aprendeu a ler e a escrever. Desde 1982, passou 11 anos na prisão, sem acusação formal ou julgamento.

Depois de libertada, em 1996 foi eleita deputada para o parlamento indiano. Lutou pela abolição do trabalho infantil e pelos direitos à educação das castas mais pobres. Reclamava também quota de um terço para as mulheres no governo e no parlamento. Morreu assassinada no dia 25 de Julho de 2001, aos 37 anos de idade, em Nova Deli.
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Phoolan Devi tornou-se símbolo de luta das classes mais baixas e a sua vida foi tema de pelo menos quatro livros e um filme.

Phoolan no cinema
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A vida de Phooolan inspirou o filme "Rainha Bandido", realizado em 1994, por Shehkar Kapur, que mereceu a censura dos conservadores indianos devido às cenas demasiado violentas de violação, nudez e depreciação política. Phoolan Devi não concordou com o filme, tendo apresentado uma petição no tribunal para que o filme não passasse nos cinemas indianos, uma vez que se tratava de uma versão não autorizada da sua vida. O filme foi nomeado para o Óscar de melhor filme estrangeiro.
 

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Quadrilha dos Dalton que deu origem aos Irmãos Dalton da Banda Desenhada!

No período de 1890-1892, os irmãos Dalton foi um dos grupos de foras-da-lei mais perigosos do Oeste Americano. Especializados em roubar bancos e comboios, chegaram a competir com os irmãos Younger, parceiros de Jesse James. Houve relatos de que haviam participado juntos em assaltos, mas os irmão Dalton sempre agiram sozinhos.

A família dos Dalton era do Condado Jackson, Missouri. Lewis Dalton manteve um saloon em Kansas City, no Kansas. Casou-se com Adeline Younger, tia de Cole e Jim Younger. Em 1882, a família morava no noroeste de Oklahoma, então chamado de Território Indígena, e em 1886 mudaram-se para Coffeyville, sudeste do Kansas. Tiveram 15 filhos, dos quais sobreviveram 13 filhos até a maioridade. Os Daltons eram fazendeiros e suspeita-se que a ferrovia tenha tomado as terras da família, o que teria dado início a senda de crimes dos Irmãos Dalton, combinado a outras tragédias, particularmente, a morte de Frank Dalton.

Um dos filhos dos Dalton, Frank, era xerife e foi morto num tiroteio em 1887. Frank era respeitado pela comunidade e conseguia manter os seus irmãos na linha. Foi morto ao perseguir um ladrão de cavalos dentro do Território Indígena. Ao avistar o suspeito em 27 de Novembro de 1887, houve o tiroteio. Como resultado, Frank e dois bandidos morreram, enquanto seu ajudante ficou ferido. Uma semana depois, em 3 de Dezembro de 1887, o mesmo suspeito foi confrontado por outro homem da lei, Ed Stokley, seguindo-se novo tiroteio. Ed Stokley atirou e matou o bandido mas também acabou por morrer.

Talvez como vingança pelo assassinato de Frank, os três irmãos mais jovens, Gratton "Grat" Dalton (nascido em 1861), Bob Dalton (nascido em 1869) e Emmett Dalton (nascido em 1871), tornaram-se homens da lei. Mas em 1890, os irmãos já tinham mudado de lado e tornaram-se bandidos por não terem sido pagos:

Bob sempre foi selvagem e matou um homem pela primeira vez aos 19 anos de idade. Ajudante de xerife alegou ter matado o homem no cumprimento do dever. Alguns suspeitavam que a vítima tinha tentado tirar a namorada dele. Em Março de 1890, Bob foi acusado de contrabandear bebida dentro do Território Indígena, mas não apareceu para o julgamento.
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Em Setembro de 1890, Grat foi preso por roubar cavalos, mas conseguiu escapar da forca. Desacreditados como homens da lei, os Daltons formaram então sua primeira quadrilha.

Daltons Gang

Bob recrutou George "Bitter Creek" Newcomb, Charley Pierce e Blackfaced Charlie Bryant que se juntariam a Emmett. Bryant tinha o apelido que significava "Cara Preta" devido a uma queimadura de pólvora no rosto. Grat fora visitar seu irmão Bill na Califórnia quando o bando fora formado e se juntaria a mesma mais tarde. Outros membros, foram Bill Doolin, Dick Broadwell e Bill Power. O primeiro roubo da quadrilha foi uma casa de jogos em Silver City, no Novo México.

Em 6 de Fevereiro de 1891, após Jack Dalton ter-se juntado aos irmãos na Califórnia, os passageiros da Estrada de Ferro do Sudeste do Pacífico foram assaltados. Os Daltons foram acusados do roubo mas as provas eram poucas. Jack fugiu e Bill foi inocentado mas Grat foi preso, condenado a 20 anos de prisão. Conta-se que Grat foi algemado a um dos ajudantes de xerife enquanto outro os acompanhavam dentro do comboio. Após a locomotiva percorrer alguma distância, um dos polícias adormeceu enquanto o outro conversava com os passageiros. Naquele dia quente, todas as janelas da carruagem estavam abertas. De repente, Grat saltou e atravessou uma das janelas, e caiu no Rio San Joaquin, desaparecendo sob as águas. Grat provavelmente roubou a chave das algemas do homem adormecido e devia saber que o comboio atravessava nesse momento a ponte, pois se tivesse sido antes, certamente estaria morto. Grat encontrou-se com os seus irmãos e juntos voltaram para Oklahoma.
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Entre Maio de 1891 e Julho de 1892, os irmãos Dalton roubaram quatro comboios no Território Indígena. Em 9 de Maio de 1891, foi assaltado um comboio da Santa Fé em Wharton (actual Perry, Oklahoma). Mas o roubo foi fraco, e ao passarem por Orlando, roubaram 8 ou 9 cavalos. Quatro meses depois a Quadrilha dos Dalton roubou 10.000 dólares de um assalto ao comboio em Lillietta, Território Indígena.

Em Junho de 1892, eles pararam outro comboio Santa Fé, em Red Rock, Oklahoma. Blackfaced Charley Bryant e Dick Broadwell dominaram o maquinista e o fogueiro da locomotiva. Bob e Emmett Dalton junto com Bill Power foram até às carruagens de passageiros, roubando-os. Bill Doolin e Grat Dalton subiram no vagão expresso e jogaram o cofre para fora do comboio. O assalto foi pouco lucrativo: poucos dólares no cofre e alguns relógios e jóias dos passageiros. A quadrilha se dispersou depois do roubo de Red Rock e pouco tempo depois Blackfaced Charley foi capturado pelo xerife Ed Short. Ao ser arrastado para a cadeia em Wichita, no Kansas, Blackfaced pegou a arma de um guarda da ferrovia e atirou em Ed Short, que reagiu ao fogo. Acabaram por se matarem um ao outro.
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A quadrilha reapareceu em Julho em Adair, em Oklahoma, próximo da fronteira com Arkansas. Eles se dirigiram para a estação de comboios e saquearam o cofre e o compartimento das bagagens. Depois sentaram-se na plataforma, conversando e fumando, tendo como companhia, as suas espingardas Winchester sobre os joelhos. Quando o comboio das 21h 45m chegou, roubaram também. Os guardas dessa composição, por alguma razão, estavam todos na última carruagem. Abriram fogo contra os bandidos. Mais de 200 balas foram disparadas. Ninguém dos Dalton foi ferido. Três guardas foram alvejados e um médico da cidade acabou morrendo, atingido por uma bala perdida. Os ladrões fugiram, provavelmente se escondendo numa das inúmeras cavernas próximas a Tulsa, em Oklahoma.
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Da esquerda para a direita: Bill Power; Bob Dalton; Grat Dalton e Dick
Broadwell.

O fim da quadrilha dos Irmãos Dalton

A quadrilha poderia continuar a roubar apenas comboios, mas Bob Dalton queria ficar mais famoso do que Jesse James.

Em 5 de Outubro de 1892, a Quadrilha dos Dalton tentaria fazer algo que nem mesmo James conseguira: roubar dois bancos em plena luz do dia. Os alvos eram o banco da C.M. Condon & Company e o First National Bank, ambos em Coffeyville, no Kansas. Entraram na cidade usando barbas postiças mas mesmo assim foram identificados por um dos moradores. Enquanto a quadrilha estava ocupada realizando os roubos, os moradores se armaram e se prepararam para uma verdadeira batalha. Quando os bandidos saíram dos bancos, o forte tiroteio foi deflagrado. Ao começarem os tiros, o xerife Charles Connelli correu para a rua e foi atingido e morto. Antes de cair, matou um dos membros da quadrilha. No final, Grat Dalton, Bob Dalton, Dick Broadwell e Bill Power estavam também mortos.

Emmett Dalton recebeu 23 tiros mas sobreviveu, e foi preso no estabelecimento prisional de Lansing, no Kansas, onde ficou durante 14 anos até ser perdoado. Mais tarde, foi para a Califórnia e tornou-se um agente imobiliário, escritor e actor. Morreu em 1937 aos 66 anos de idade.

Bill Doolin, "Bitter Creek" Newcomb e Charlie Pierce foram os únicos sobreviventes da quadrilha, pois não participaram do assalto em Coffeyville. Especulou-se depois que haveria um sexto homem cuidando dos cavalos dos bandidos e que teria conseguido escapar. Diziam que era Bill Doolin. Mas isso nunca foi confirmado.

Emmett Dalton disse anos depois do assalto e após sair da prisão, que o xerife Heck Thomas fora o factor chave na sua decisão de cometer os roubos. Segundo Emmett, Thomas perseguia o bando obstinadamente, fazendo-os se moverem constantemente. Com o dinheiro que esperavam conseguir nos dois bancos, o bando planeavam deixar o território por algum tempo.
 

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Bandidos na Banda Desenhada

Os Célebres Irmãos Dalton

Os bandidos mais infames do velho Oeste Americano são os Irmãos Dalton: Joel, Willliam, Jack e Averell, que infernizam a vida do pistoleiro que dispara mais rápido do que a sua própria sombra: Lucky Luke. Criados em 1951, por Morris, a sua história baseia no bando real, os Dalton Gang.
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A missão dos Irmãos Dalton é assaltar bancos e diligências, mas são sempre apanhados por Lucky Luke. Mas acabam sempre por arranjar maneira de fugirem da prisão. Muitas vezes, os seus assaltos são uma forma de agradar a mãe, uma senhora idosa muito orgulhosa dos seus meninos.

Os Bandidos de Patópolis

Patópolis é uma pequena cidade situada em Calisota, um estado fictício, algures nos Estados Unidos. Don Hugo Rosa, roteirista e cartunista norte-americano, considerado o sucessor artístico de Carl Barks, situa Patópolis na costa oeste dos E.U.A., mas outros autores são vagos ao definir a localização da cidade. O nome original da cidade é Duckburg, que foi traduzido em português para Patópolis. Foi mencionada pela primeira vez em "Walt Disney's Comics and Stories" em 1944, e foi criada por Carl Barks.
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Na história "The Life and Times" de Tio Patinhas, Don Rosa deixa a entender que Duckburg seria inspirada em Eureka, na Califórnia. Calisota, estado fictício dos Estados Unidos criado por Carl Barks, tem a sua origem na mistura de dois nomes de estados norte-americanos: Califórnia e Minesota. Perto de Patópolis, fica a sua vizinha e rival, Gansópolis. As rivalidades das duas cidades estendem-se aos jogos de futebol, onde a equipa de Pátopolis enfrenta Gansópolis, sendo muito populares estes jogos de bola.

Patópolis é a cidade dos bandidos mais famosos da banda desenhada: lar dos Irmãos Metralhas, Mancha Negra, João Bafo de Onça e o Sr. X.
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Os Irmãos Metralha formam uma quadrilha de ladrões atrapalhados que tentam roubar a Caixa Forte do Tio Patinhas, sempre com resultados frustrados. Os Irmãos Metralha foram criados por Carl Barks, e apesar de actuarem independentes, são contratados por Patacôncio para roubar o arqui-rival Tio Patinhas.

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Algumas histórias contam com mais membros da família, como o Vovô Metralha ou a Titia Metralha, que se juntam à quadrilha, mas em geral com os mesmos resultados desastrosos. Em algumas histórias, são mostrados quatro ou até cinco metralhas, apesar dos metralhas recorrentes serem apenas o trio. Nas histórias produzidas no Brasil nos anos 70 e 80, além do Vovô Metralha que é mostrado sempre com falta de memória, outros parentes ganharam notoriedade, como o Primo Azarado (1313) e o Meio Quilo (1/2), além dos sobrinhos Metralhinhas, rivais dos sobrinhos do Pato Donald.

Um dos vilões mais famosos de Patópolis é o famoso Mancha Negra, tradicional inimigo do Rato Mickey. Conhecido por assaltar bancos e deixar a sua marca pessoal: uma mancha de tinta preta. Apesar de sempre andar coberto, já foi mostrado o rosto do Mancha Negra umas poucas vezes. Rosto se parece muito com o de um de seus criadores, Walt Disney, com seu emblemático bigode.
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A sua primeira aparição ocorreu no arco de história "Outwits the Phantom Blot", de Floyd Gottfredson, publicado em tiras diárias nos jornais em 1939. Esta história foi publicada pela primeira vez no Brasil na revista "O Pato Donald" nº 18, de 1951, com o título "O Fantasma". A primeira história criada no Brasil foi "O Roubo do Fogo Olímpico", publicada na revista "Edição Extra" nº 52, de 1972, com o tema "Pateta Olímpico".

Nos anos 60 ressurge como um dos principais inimigos do Mickey e como galã da bruxa Madame Min, em histórias desenhadas pelo grande artista Paul Murry. A partir dos anos 70, é personagem frequente nas histórias produzidas no Brasil pela Editora Abril, nas quais aparece como vilão as vezes liderando os Irmãos Metralha e enfrentando também o Pateta, o Super-Pateta, e o Tio Patinhas.

Curiosidades:

Mancha Negra é usada como um símbolo por várias torcidas do Brasil e de Portugal, de modo a associar sua cor as das equipas, como a Mancha Alviverde do Palmeiras (onde o vilão é retratado com a cor verde), Mancha azul do Cruzeiro (cuja cor predominante é azul) e Mancha Negra do Vasco da Gama e da Associação Académica de Coimbra (esses com a sua cor original).
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Há também uma escola de samba com o nome GRCES Mancha Verde, também associado com o Palmeiras, que usa também uma versão verde do vilão como seu símbolo.

Arqui-inimigo do rato Mickey e como ladrão de bancos, João Bafo de Onça enfrenta tanto o Mickey como o Pato Donald e o Tio Patinhas. Junto com o Mancha Negra e os Irmãos Metralha, formam os criminosos mais importantes da cidade de Patópolis. O seu parceiro nos roubos é o Escovinha, que surge sempre como uma personagem antipática.
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Bafo surgiu em 1925, no filme de animação feito por Walt Disney "Alice Solves the Puzzle". Em 1927 passa a vilão contracenando com o Coelho Osvaldo. No ano seguinte, já enfrentava Mickey como seu chefe maligno em "Steamboat Willie" (Willie de Barco a Vapor) - um dos primeiros desenhos de animação com som e música da história. Bafo de Onça, inicialmente, era um urso, passando a ser um gato, em 1928. É também uma das personagens mais duradouras da Disney.

Curiosidade: Bafo de Onça foi mascote da Marinha Mercante Americana durante a Segunda Guerra Mundial.

Outro vilão da Disney, é o Sr. X, chefe de um bando de criminosos que conta com X-1, X-2, X-3 e o pássaro X-8. Seus golpes nunca dão certo.
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