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Enchidos e Salsicharia de Portugal
Portugal, é um país cheio de tradições.
Os seus enchidos é uma delas.
E porque sabemos que só perduram as coisas boas,a qualidade dos enchidos portugueses passará à história.
Conheça os mais tradicionais.
Alheira de Mirandela
Enchido tradicional fumado, cujos principais ingredientes são a carne e gordura de porco, a carne de aves (galinha e/ou peru) e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau doce e/ou picante. Podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça, a carne de vaca e o salpicão e/ou o presunto envelhecidos.
É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco.
O uso da menção Produto Específico obriga a que o enchido seja produzida de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, o processo de produção.
Comercialmente este enchido pode apresentar-se acondicionado em embalagens de cartão, de plástico ou de PVC, ou de outros materiais próprios para entrar em contacto com géneros alimentícios, em atmosfera normal, controlada ou em vácuo. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a menção Produto Específico. A Alheira de Mirandela deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.
História
Foi inventado pelos judeus como artimanha para escaparem às malhas da Inquisição.
Como a sua religião os impedia de comer carne de porco, eram facilmente identificáveis pelos seus perseguidores pelo facto de não fazerem nem fumarem os habituais enchidos de porco.
Assim, substituiram a carne de porco por uma imensa variedade de carnes, que incluíam vitela, coelho, peru, pato galinha e por vezes perdiz, envolvidos por uma massa de pão que lhes conferia consistência.
A receita acabaria por se popularizar entre os cristãos, mas estes juntavam-lhe a omnipresente carne de porco.
Hoje, as mais afamadas são as de Mirandela, mas por toda a Beira Alta e Trás-os-Montes se fazem alheiras artesanais de excelente qualidade.
Geralmente são fritas em azeite e servidas com legumes cozidos.
Mas também podem ser estufadas, depois de envolvidas em couve lombarda.
Bucho
A designação refere-se ao enchido típico da Beira Alta, já que em Trás-os-Montes se dá o nome de butelo à mesma preparação.
É composto por diversas carnes de porco, incluindo por vezes uma
certa quantidade de ossos tenros, o que confere ao enchido um sabor muito especial.
Pode ainda incluir arroz, ou pão, sendo o tempero essencial conseguido pela vinha de alhos.
Utiliza a tripa larga do porco.
Se for fumado, pode ser consumido algum tempo depois da confecção.
Uma variante ao bucho, exclusivo da Beira Baixa, é o maranho,
em que a matéria prima já não é o porco, mas sim o cabrito ou o borrego.
As carnes são ligadas com arroz, juntando-se o salpicão, presunto, toucinho, tudo temperado com alhos, cebolas, vinho, azeite, salsa e hortelã.
Como não são fumados, os maranhos devem ser comidos imediatamente após a confecção.
Cacholeira Branca de Portalegre
É um enchido tratado por escaldão, constituído basicamente por fígado e outros orgãos internos e gorduras macias de porco da Raça Alentejana, adicionados de sal e, por vezes, alhos secos e cominhos. O invólucro é tripa natural seca, obtida exclusivamente do intestino delgado e do intestino grosso de porco. Apresenta-se em forma de ferradura, cilíndrico, apertado por torção e/ou atadura, com comprimento até 50 cm. Aspecto castanho escuro, acinzentado brilhante, consistência semi-mole, invólucro sem roturas e bem aderente à massa. Diâmetro de 30 a 50 mm. Ao corte oblíquo apresenta massa homogénea, perfeitamente ligada, de aspecto marmoreado, de cor castanha-acinzentada de diversas tonalidades. O sabor é agradável, suave ou delicado, pouco salgado, sui generis. Aroma agradável e sui generis. Gordura brilhante, aromática e de sabor agradável.
Já em 1750, numa memória paroquial, estes produtos eram referidos.
O uso da Indicação Geográfica obriga a que a Cacholeira Branca seja obtida de acordo com as regras constantes do Caderno de Especificações, o qual inclui designadamente as condições de criação do porco da Raça Alentejana em regime extensivo ou semi-extensivo, as suas condições de abate e desmancha, bem como as regras de transformação, marcação e acondicionamento.
A Cacholeira Branca de Portalegre deve apresentar-se pré-embalada de origem, inteira, devendo a rotulagem, para além de cumprir a legislação em vigor, mencionar obrigatoriamente a Indicação Geográfica. Deve ainda ostentar a Marca de Certificação, aposta pela respectiva entidade certificadora.
A área geográfica de transformação está limitada a todos os Concelhos do Distrito de Portalegre.
Chouriça de Carne de Vinhais
Enchido fumado, de formato cilíndrico, em forma de ferradura com 30 a 35 cm de comprimento, de cor castanha clara, e é feito com carne e gordura de porco, da raça Bísara ou produto de cruzamento desta raça. A carne e a gordura utilizadas é devidamente condimentada com sal, vinho tinto ou branco da região, água, alho, colorau doce e/ou picante e louro. Para o enchimento é utilizada tripa delgada de porco ou de vaca. Este enchido tem um sabor agradável, sui generis e aroma fumado.
A carne de porco, consumida em fresco ou conservada em enchidos, é desde sempre a um elemento fundamental na dieta alimentar das populações da Terra Fria Transmontana, havendo registos da produção da Chouriça de Carne ou Linguiça, como é conhecida na região, desde o século XVIII.
O uso da Indicação Geográfica obriga a que a Chouriça de Carne de Vinhais seja obtida de acordo com as regras constantes do Caderno de Especificações, o qual inclui designadamente as condições de criação do porco da Raça Bísara em regime semi-extensivo, as suas condições de abate e desmancha, bem como as regras de transformação, marcação e acondicionamento.
A Chouriça de Carne de Vinhais deve apresentar-se inteiro, em porções ou fatiado, casos em que terá de ser pré-embalado na origem. A rotulagem, para além de cumprir a legislação em vigor deve mencionar, obrigatoriamente, a Indicação Geográfica. Deve ainda ostentar a Marca de Certificação, aposta pela respectiva entidade certificadora.
A área geográfica de transformação está circunscrita aos Concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Torre de Moncorvo, Vila Flôr e Vinhais.
Portugal, é um país cheio de tradições.
Os seus enchidos é uma delas.
E porque sabemos que só perduram as coisas boas,a qualidade dos enchidos portugueses passará à história.
Conheça os mais tradicionais.
Alheira de Mirandela
Enchido tradicional fumado, cujos principais ingredientes são a carne e gordura de porco, a carne de aves (galinha e/ou peru) e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau doce e/ou picante. Podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça, a carne de vaca e o salpicão e/ou o presunto envelhecidos.
É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco.
O uso da menção Produto Específico obriga a que o enchido seja produzida de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, o processo de produção.
Comercialmente este enchido pode apresentar-se acondicionado em embalagens de cartão, de plástico ou de PVC, ou de outros materiais próprios para entrar em contacto com géneros alimentícios, em atmosfera normal, controlada ou em vácuo. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a menção Produto Específico. A Alheira de Mirandela deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.
História
Foi inventado pelos judeus como artimanha para escaparem às malhas da Inquisição.
Como a sua religião os impedia de comer carne de porco, eram facilmente identificáveis pelos seus perseguidores pelo facto de não fazerem nem fumarem os habituais enchidos de porco.
Assim, substituiram a carne de porco por uma imensa variedade de carnes, que incluíam vitela, coelho, peru, pato galinha e por vezes perdiz, envolvidos por uma massa de pão que lhes conferia consistência.
A receita acabaria por se popularizar entre os cristãos, mas estes juntavam-lhe a omnipresente carne de porco.
Hoje, as mais afamadas são as de Mirandela, mas por toda a Beira Alta e Trás-os-Montes se fazem alheiras artesanais de excelente qualidade.
Geralmente são fritas em azeite e servidas com legumes cozidos.
Mas também podem ser estufadas, depois de envolvidas em couve lombarda.
Bucho
A designação refere-se ao enchido típico da Beira Alta, já que em Trás-os-Montes se dá o nome de butelo à mesma preparação.
É composto por diversas carnes de porco, incluindo por vezes uma
certa quantidade de ossos tenros, o que confere ao enchido um sabor muito especial.
Pode ainda incluir arroz, ou pão, sendo o tempero essencial conseguido pela vinha de alhos.
Utiliza a tripa larga do porco.
Se for fumado, pode ser consumido algum tempo depois da confecção.
Uma variante ao bucho, exclusivo da Beira Baixa, é o maranho,
em que a matéria prima já não é o porco, mas sim o cabrito ou o borrego.
As carnes são ligadas com arroz, juntando-se o salpicão, presunto, toucinho, tudo temperado com alhos, cebolas, vinho, azeite, salsa e hortelã.
Como não são fumados, os maranhos devem ser comidos imediatamente após a confecção.
Cacholeira Branca de Portalegre
É um enchido tratado por escaldão, constituído basicamente por fígado e outros orgãos internos e gorduras macias de porco da Raça Alentejana, adicionados de sal e, por vezes, alhos secos e cominhos. O invólucro é tripa natural seca, obtida exclusivamente do intestino delgado e do intestino grosso de porco. Apresenta-se em forma de ferradura, cilíndrico, apertado por torção e/ou atadura, com comprimento até 50 cm. Aspecto castanho escuro, acinzentado brilhante, consistência semi-mole, invólucro sem roturas e bem aderente à massa. Diâmetro de 30 a 50 mm. Ao corte oblíquo apresenta massa homogénea, perfeitamente ligada, de aspecto marmoreado, de cor castanha-acinzentada de diversas tonalidades. O sabor é agradável, suave ou delicado, pouco salgado, sui generis. Aroma agradável e sui generis. Gordura brilhante, aromática e de sabor agradável.
Já em 1750, numa memória paroquial, estes produtos eram referidos.
O uso da Indicação Geográfica obriga a que a Cacholeira Branca seja obtida de acordo com as regras constantes do Caderno de Especificações, o qual inclui designadamente as condições de criação do porco da Raça Alentejana em regime extensivo ou semi-extensivo, as suas condições de abate e desmancha, bem como as regras de transformação, marcação e acondicionamento.
A Cacholeira Branca de Portalegre deve apresentar-se pré-embalada de origem, inteira, devendo a rotulagem, para além de cumprir a legislação em vigor, mencionar obrigatoriamente a Indicação Geográfica. Deve ainda ostentar a Marca de Certificação, aposta pela respectiva entidade certificadora.
A área geográfica de transformação está limitada a todos os Concelhos do Distrito de Portalegre.
Chouriça de Carne de Vinhais
Enchido fumado, de formato cilíndrico, em forma de ferradura com 30 a 35 cm de comprimento, de cor castanha clara, e é feito com carne e gordura de porco, da raça Bísara ou produto de cruzamento desta raça. A carne e a gordura utilizadas é devidamente condimentada com sal, vinho tinto ou branco da região, água, alho, colorau doce e/ou picante e louro. Para o enchimento é utilizada tripa delgada de porco ou de vaca. Este enchido tem um sabor agradável, sui generis e aroma fumado.
A carne de porco, consumida em fresco ou conservada em enchidos, é desde sempre a um elemento fundamental na dieta alimentar das populações da Terra Fria Transmontana, havendo registos da produção da Chouriça de Carne ou Linguiça, como é conhecida na região, desde o século XVIII.
O uso da Indicação Geográfica obriga a que a Chouriça de Carne de Vinhais seja obtida de acordo com as regras constantes do Caderno de Especificações, o qual inclui designadamente as condições de criação do porco da Raça Bísara em regime semi-extensivo, as suas condições de abate e desmancha, bem como as regras de transformação, marcação e acondicionamento.
A Chouriça de Carne de Vinhais deve apresentar-se inteiro, em porções ou fatiado, casos em que terá de ser pré-embalado na origem. A rotulagem, para além de cumprir a legislação em vigor deve mencionar, obrigatoriamente, a Indicação Geográfica. Deve ainda ostentar a Marca de Certificação, aposta pela respectiva entidade certificadora.
A área geográfica de transformação está circunscrita aos Concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Torre de Moncorvo, Vila Flôr e Vinhais.