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Os vaporizadores, por vezes, são associados a uma alternativa um pouco mais saudável aos cigarros convencionais. Porém, um novo estudo concluiu que podem ser mais tóxicos, noticia o Daily Mail.
Investigadores da Universidade da Califórnia, em Davis, testaram sete cigarros electrónicos com sabor, de três das marcas mais populares nos EUA, e descobriram que os vaporizadores descartáveis libertam mais metais tóxicos cancerígenos do que os cigarros tradicionais.
No caso de um deles, a libertação de chumbo durante um dia de utilização era superior a cerca de 20 maços de tabaco.
Os investigadores analisaram os metais no interior de sete tipos de dispositivos descartáveis da ELF Bar, Flum Pebble e Esco.
Utilizando um instrumento para ativar os cigarros electrónicos descartáveis e aquecer o líquido interno, criaram entre 500 e 1500 baforadas para cada dispositivo.
Simularam depois o que seria o equivalente a uma semana de utilização e descobriram que continham os metais pesados níquel, chumbo e antimónio.
Estes metais são utilizados para fabricar as bobinas de aquecimento dos dispositivos, que transformam o líquido dos cigarros electrónicos em vapores que são inalados. Os metais acabam depois por passar para o líquido.
O vapor de três dos dispositivos testados continha níveis de chumbo e níquel acima dos limites de segurança contra o cancro e dois tinham níveis elevados de antimónio (elemento utilizado em pilhas e como retardador de chamas).
Os investigadores afirmaram que, embora só tenham testado três das 100 marcas populares de 'vape', os resultados revelam riscos para a saúde dos adolescentes e jovens adultos, que são os mais susceptíveis de os utilizar.
Estes metais pesados encontrados nos vaporizadores descartáveis estudados, são considerados como potenciais cancerígenos. Todos eles têm sido associados ao cancro do pulmão.
Apesar destas conclusões, a investigação científica neste campo tem sugerido que, mesmo assim, os cigarros convencionais continuam a ser mais perigosos. Isto porque contêm 7000 carcinógenos, ao invés dos 2000 que existem nos vaporizadores.
"O nosso estudo salienta o risco oculto destes novos e populares cigarros electrónicos descartáveis, o que sublinha a necessidade de urgência na aplicação da lei. Estes riscos não são apenas piores do que os de outros cigarros electrónicos, mas, nalguns casos, piores do que os dos cigarros tradicionais", refere Brett Poulin, autor sénior do estudo e professor assistente no Departamento de Toxicologia Ambiental da UC Davis, citado pelo Daily Mail.
"Descobrimos que estes dispositivos descartáveis têm toxinas já presentes no 'e-líquido', ou que estão a ser passados dos seus componentes para os 'e-líquidos' e, em última análise, transferidas para o fumo", acrescenta Mark Salazar, autor principal do estudo, citado pela mesma publicação.
IN:NM