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Exposição de gravuras de Dalí inaugura galeria em Lisboa
Uma exposição de cem gravuras das aguarelas de Salvador Dalí inspiradas na Divina Comédia de Dante assinala dia 18 de Abril a abertura de uma nova galeria do Centro Português de Serigrafia no Centro Cultural de Belém (CCB).
O «Inferno», o «Purgatório» e o «Paraíso» titulam as gravuras da série de aguarelas da visão do pintor Salvador Dalí (1904-1989) sobre esta alegoria poética de Dante (1265-1321), um dos maiores poetas renascentistas, que a terá criado entre 1307 e 1321, reflectindo uma cosmovisão medieval.
A Divina Comédia, escrita em tercetos, inspirou inúmeros artistas na ilustração das visões de Dante sobre o Inferno, o Purgatório e o Paraíso, desde Sandro Botticelli (1445-1510), a Miguel Ângelo (1475-1564), que a colocou nos frescos da Capela Sistina, William Blake (1757-1827) e Gustave Doré (1832-1883).
As cem gravuras das aguarelas de Dalí percorrem também a viagem imaginária de Dante, desde os círculos infernais, acompanhado por Virgílio, até ao centro da terra onde encontra Lúcifer, depois regressando à superfície terrestre, sobe a montanha do purgatório, para, guiado pela sua amada Beatriz, ser admitido no paraíso.
A mostra organizada pelo Centro Português de Serigrafia (CPS) poderá ser vista até 25 de Maio em três espaços desta entidade em Lisboa: o «Inferno» no CCB (nova galeria na Loja nº 7), o «Purgatório» na sede do CPS, a São Bento, o «Paraíso», na Galeria das Twin Towers, em Campolide.
Salvador Dalí criou uma centena de aguarelas entre 1950 e 1960 por encomenda do Governo italiano, no âmbito das comemorações dos 700 anos do nascimento de Dante, mas o pedido foi suspenso por oposição interna e depois retomado em 1959. Com a colaboração dos editores Joseph Foret e Jean Estrade, no atelier deste último foram impressos vários conjuntos de cem gravuras da obra de Dalí, depois apresentados em Paris, em momentos diferentes, nomeadamente, em 1960, o «Inferno», em 1962, o «Purgatório» e, em 1964, o «Paraíso».
Em 1970, no Hotel Meurice de Paris, Salvador Dalí assinou a lápis de cor, a vermelho e a azul, quatro conjuntos das gravuras da Divina Comédia para Joseph Foret, e uma dessas quatro colecções, assinada a vermelho, foi vendida a Giuseppe Albaretto, conjunto que passou a ser propriedade de Roberto Mastella, sócio de Albaretto.
Fundado há duas décadas, o Centro Português de Serigrafia fez até hoje mais de 1.200 edições de obras de 300 diferentes autores nos seus ateliers de serigrafia, gravura, litografia e impressão digital.
Fonte:Lusa
Uma exposição de cem gravuras das aguarelas de Salvador Dalí inspiradas na Divina Comédia de Dante assinala dia 18 de Abril a abertura de uma nova galeria do Centro Português de Serigrafia no Centro Cultural de Belém (CCB).
O «Inferno», o «Purgatório» e o «Paraíso» titulam as gravuras da série de aguarelas da visão do pintor Salvador Dalí (1904-1989) sobre esta alegoria poética de Dante (1265-1321), um dos maiores poetas renascentistas, que a terá criado entre 1307 e 1321, reflectindo uma cosmovisão medieval.
A Divina Comédia, escrita em tercetos, inspirou inúmeros artistas na ilustração das visões de Dante sobre o Inferno, o Purgatório e o Paraíso, desde Sandro Botticelli (1445-1510), a Miguel Ângelo (1475-1564), que a colocou nos frescos da Capela Sistina, William Blake (1757-1827) e Gustave Doré (1832-1883).
As cem gravuras das aguarelas de Dalí percorrem também a viagem imaginária de Dante, desde os círculos infernais, acompanhado por Virgílio, até ao centro da terra onde encontra Lúcifer, depois regressando à superfície terrestre, sobe a montanha do purgatório, para, guiado pela sua amada Beatriz, ser admitido no paraíso.
A mostra organizada pelo Centro Português de Serigrafia (CPS) poderá ser vista até 25 de Maio em três espaços desta entidade em Lisboa: o «Inferno» no CCB (nova galeria na Loja nº 7), o «Purgatório» na sede do CPS, a São Bento, o «Paraíso», na Galeria das Twin Towers, em Campolide.
Salvador Dalí criou uma centena de aguarelas entre 1950 e 1960 por encomenda do Governo italiano, no âmbito das comemorações dos 700 anos do nascimento de Dante, mas o pedido foi suspenso por oposição interna e depois retomado em 1959. Com a colaboração dos editores Joseph Foret e Jean Estrade, no atelier deste último foram impressos vários conjuntos de cem gravuras da obra de Dalí, depois apresentados em Paris, em momentos diferentes, nomeadamente, em 1960, o «Inferno», em 1962, o «Purgatório» e, em 1964, o «Paraíso».
Em 1970, no Hotel Meurice de Paris, Salvador Dalí assinou a lápis de cor, a vermelho e a azul, quatro conjuntos das gravuras da Divina Comédia para Joseph Foret, e uma dessas quatro colecções, assinada a vermelho, foi vendida a Giuseppe Albaretto, conjunto que passou a ser propriedade de Roberto Mastella, sócio de Albaretto.
Fundado há duas décadas, o Centro Português de Serigrafia fez até hoje mais de 1.200 edições de obras de 300 diferentes autores nos seus ateliers de serigrafia, gravura, litografia e impressão digital.
Fonte:Lusa