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Feira do Livro: Participação do Grupo Leya continua em dúvida

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Feira do Livro: Participação do Grupo Leya continua em dúvida

A pouco mais de uma semana de a Feira do Livro de Lisboa abrir pairam várias dúvidas quanto a aspectos como o da participação, e em que moldes, do Grupo Leya.

Fonte da Leya disse à Lusa que estão a trabalhar no sentido de participarem na Feira e estarem a decorrer reuniões no sentido de preparar o evento.

Hoje, em comunicado, a APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) desmentiu ter "realizado quaisquer tipo de pressões junto de qualquer entidade, nomeadamente junto da Câmara Municipal de Lisboa" e ser, pelo contrário, "aquela que mais pressões tem sofrido no sentido de conceber um estatuto de privilégio excepcional ao Grupo Leya".

Questionado pela Lusa sobre que tipo de pressões tem sofrido e de quem, o presidente da APEL, António Baptista Lopes, disse virem de "vários quadrantes", que não especificou.

O mesmo responsável reafirmou que, a participar, o Grupo Leya fá-lo-á "dentro do estipulado para a participação na Feira".

Segundo fonte da APEL, estão reservados 23 pavilhões tradicionais para as editoras Leya e "não há qualquer hipótese de uma 'praça Leya', como o grupo liderado por Paes pretendia".

Em declarações à Lusa, o administrador da Porto Editora, Vasco Teixeira, considerou que "seria aviltante que a APEL permitisse que um grupo estivesse na Feira de forma discriminatória para os outros".

Vasco Teixeira acusou a Leya "de querer valorizar o seu grupo à custa da Feira do Livro".

Para o empresário, "o que divide a Leya do resto dos outros editores é uma questão de perspectiva relativamente ao que se entende da feira".

"Para a APEL a Feira do Livro - disse ainda - é uma festa cultural, não é uma feira profissional. Com a Feira pretende-se dar a conhecer a um público o mais alargado possível, de uma forma digna e aberta, o livro".

No comunicado de hoje, a APEL insiste em que "o espírito da Feira do Livro de Lisboa é o de consagrar a promoção do livro e da leitura e não o de favorecer interesses comerciais de uma determinada empresa que grupo editorial".

No mesmo texto, a APEL assinala "que tem vindo a desenvolver todos os esforços" para que a Feira "obtenha sucesso reunindo o maior número de participantes e concedendo-lhes as mesmas condições de participação com equidade e sem discriminação".

Hoje a Câmara de Lisboa reuniu as várias partes envolvidas na Feira mas da reunião "saiu o compromisso de não falar, nem dizer nada do que se passou", disseram à Lusa várias fontes.

"Nós estamos a trabalhar no sentido de ir à feira", referiu fonte da Leya, enquanto que, por parte da APEL, Baptista Lopes indicou que o Grupo Leya não se inscreveu "de acordo com os regulamentos". "Mas vamos a ver", acrescentou.

Vasco Teixeira, da Porto Editora, acusa o Grupo Leya de "instrumentalizar a UEP (União de Editores Portugueses)", onde se encontram inscritas as editoras do grupo, nomeadamente, Editorial Caminho, Publicações D. Quixote, Edições Asa, Texto Editora, GaiLivro e NovaGaia.





Fonte:Lusa
 
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