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As autoridades ucranianas denunciaram a morte de duas pessoas na região de Donetsk e três em Kherson na sequência de ataques russos durante a noite, que danificaram instalações de distribuição de energia em Odessa, no Mar Negro.
Duas das mortes ocorreram na cidade de Kostyantinivka, em Donetsk, localizada perto da linha da frente e que tem sido um dos objetivos das forças russas na região.
Em Kherson, na região que permanece sob controlo ucraniano, foram registadas três vítimas mortais.
A região de Kherson é dividida pelo rio Dnieper, sendo a margem oriental controlada pela Rússia e a margem ocidental pela Ucrânia.
As áreas próximas da linha da frente estão sob confrontos constantes de diversos tipos de artilharia, aparelhos aéreos não tripulados (drones), bombas aéreas e mísseis.
A infraestrutura danificada em Odessa foi alvo de ataques com drones de longo alcance lançados pelas Forças Armadas russas durante a noite contra o principal porto marítimo da Ucrânia.
A Ucrânia foi invadida pela Rússia em 2014, anexando a Península da Crimeia.
Em 2022, Moscovo lançou uma ofensiva militar de grande escala contra todo o território ucraniano.
Jornalista ucraniano aborda alegada filha de Putin: "O teu pai matou…"
O jornalista ucraniano Dmytro Sviatnenko abordou Luiza Rozova, a alegada filha ilegítima de Vladimir Putin, que mora em Paris. O ucraniano confrontou a jovem de 22 anos com o que se está a passar em Kyiv e questionou: "Apoia-lo?"
Um jornalista ucraniano encontrou-se em Paris, França, com Yelizaveta Krivonogikh ou, como é mais conhecida, Luiza Rozova, filha bastarda do presidente russo, Vladimir Putin.
Abordada numa rua em Paris, o jornalista Dmytro Sviatnenko questionou a jovem de 22 anos, em russo, sobre a guerra na Ucrânia, filmando-a.
"Há três semanas, o teu pai matou o meu irmão. Como consegues viver numa Europa cheia de ódio?", perguntou o jornalista ucraniano, citado pelo portal de notícias ucraniano Censor.Net.
Luiza Rozova, alegada filha de Putin, pediu que não a filmassem, uma vez que não havia dado autorização para o fazerem.
No entanto, o jornalista continuou: "Bem, sabes que, neste momento, Kyiv está sem energia elétrica. E, neste exato momento, estão a soar as sirenes de ataques aéreos. Nós também não demos o nosso consentimento para isto".
"Qual é a tua opinião sobre as políticas do teu pai? Apoia-lo?", questionou Sviatnenko, tendo a jovem respondido: "O que é que tenho a ver com isso?".
O jornalista voltou a perguntar se a jovem apoiava as políticas de Putin e a resposta foi a mesma.
"Ele é teu pai. No mínimo, poderias ligar para ele agora mesmo e dizer: 'Pai, para de bombardear Kyiv'", disse o jornalista, que chegou a dizer à jovem que lhe pagaria um bilhete de avião para ir até à capital ucraniana, mas que por causa do "pai não há voos para a Ucrânia".
Depois de alguma troca de argumentos, Luiza Rozova afirmou: "Infelizmente, não há nada que possa fazer. Sinto muito. Acho que conversámos o suficiente. Lamento muito que tudo esteja a acontecer desta forma. Não sou a responsável por esta situação. Fico feliz por ter tido a coragem de vir falar comigo, mas, infelizmente, não posso ajudar de maneira nenhuma. Desejo-lhe uma boa noite".
De acordo com o jornalista ucraniano, a alegada filha bastarda de Putin trabalha numa pequena galeria de arte em Paris chamada Galerie L. No dia em que a confrontou, Sviatnenko contou que a galeria estava a inaugurar uma exposição.
Depois de fechada a galeria, a jovem de 22 anos e uns colegas permaneceram naquele local a beber até às 23h00 locais.
O jornalista afirmou ainda que, durante a sua conversa com Luiza, percebeu que um dos homens que estava com ela parecia ser um guarda-costas.
Quem é Luiza Rozova?
Pouco antes da Rússia invadir a Ucrânia, Luiza ter-se-á mudado para Paris e formou-se na Escola ICART de Gestão Cultural e Artística em junho de 2024. Na altura, ao deixar a Rússia, lamentou não poder passear pela sua "amada São Petersburgo" e viria a eliminar todas as contas nas redes sociais, onde partilhava uma vida glamorosa.
Nascida a 3 de março de 2003, acredita-se que Luiza é fruto de um breve relacionamento amoroso entre o presidente da Rússia e Svetlana Krivonogich, uma antiga empregada de limpeza que se tornou uma das mulheres mais ricas da Rússia. A mulher terá sido amante de Putin no final dos anos 1990 e no início dos anos 2000.
As alegações sobre a identidade do pai de Luiza foram divulgadas pela primeira vez em 2020 pelo projeto investigativo crítico ao Kremlin 'Proekt'.
Luiza Rozova tinha eliminado todas as suas contas nas redes sociais em 2022, pouco antes da invasão russa à Ucrânia. Agora, ressurgiu online com várias publicações enigmáticas que parecem dirigidas ao alegado pai.
De notar que Vladimir Putin tem duas filhas, Maria e Katerina Putina, fruto do seu casamento com Lyudmila, de quem se divorciou em 2013. Tem também dois filhos com a ginasta olímpica Alina Kabaeva, que foi sua amante durante mais de 20 anos.
Cessar-fogo na Ucrânia? Ainda não há "acordo"
Na terça-feira, o encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, não produziu "qualquer acordo" sobre os territórios ocupados na Ucrânia.
Contudo, o conselheiro diplomático russo, Yuri Ushakov, salientou que a discussão, que durou cerca de cinco horas, foi "útil" e "construtiva", ao mesmo tempo que frisou que "ainda há muito trabalho a fazer".
Nessa linha, vários líderes europeus sublinharam a necessidade de se alcançar uma "paz justa e duradoura" para a Ucrânia, comprometendo-se a "trabalhar para voltar a acender as luzes".
Kyiv reclama ataques a porto no Mar de Azov e refinaria russa em Samara
A Ucrânia reivindicou hoje ataques contra o porto de Temiruk, no Mar de Azov, na região russa de Krasnodar, e uma refinaria na região de Samara, informou hoje o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.
O porto de Temiruk é utilizado por navios porta-contentores e embarcações que transportam gás natural liquefeito e produtos químicos, infraestruturas consideradas estratégicas para a logística russa, segundo um comunicado das autoridades militares ucranianas.
A refinaria de Samara, que processa entre sete e 8,9 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano, também foi alvo dos ataques.
De acordo com Kyiv, as Forças Armadas russas estão entre os principais utilizadores dos produtos refinados naquela instalação.
O Estado-Maior ucraniano acrescentou ainda que uma outra refinaria, situada na região russa de Saratov, foi forçada a suspender totalmente a produção após um ataque ucraniano no início do mês.
Uma criança morreu durante ataque russo com 137 drones na Ucrânia
As forças militares da Federação Russa atacaram território ucraniano com 137 drones desde a tarde de quinta-feira, segundo as autoridades de Kyiv, e uma criança morreu e várias pessoas ficaram feridas na província Dnipropetrovsk (sudeste).
Daquelas aeronaves telepilotadas, 90 eram aparelhos 'kamikaze' (autodestrutivos) Shahed, de fabrico iraniano, tendo as defesas antiaéreas da Ucrânia destruído 80, enquanto outros 57 causaram danos em 13 localizações não especificadas pela Força Aérea ucraniana.
Um menino de 12 anos morreu num dos impactos, no distrito de Sinelnikove, ao passo que uma mulher de 37 anos e um homem de 39 ficaram feridos no distrito de Nikopol, igualmente atingidos no ataque com drone.
Rússia e Ucrânia protagonizam diariamente ataques deste género às infraestruturas de produção e distribuição de energia e também às vias de comunicação e de transportes, registando-se 'apagões' e disrupções de serviços em ambos os lados.
"Ou libertamos territórios com ação militar, ou ucranianos retiram-se"
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou "libertar" os territórios do leste da Ucrânia pela força se as tropas de Kyiv não se retirarem da zona, numa entrevista divulgada hoje por uma televisão indiana.
"Agora tudo chegou a um ponto crítico e tudo se resume a uma só coisa: ou libertamos os territórios através da ação militar, ou as tropas ucranianas retiram-se e abandonam o país", disse Putin.
O líder russo referia-se à Rússia, por considerar que as regiões de Donetsk e Lugansk, que constituem o chamado Donbass, pertencem à Federação Russa.
A entrevista ao canal India Today foi gravada em Moscovo na quarta-feira, véspera da partida de Putin para uma visita de dois dias a Nova Deli, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Putin reuniu-se hoje em Nova Deli com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
A Rússia patrocinou desde 2014 uma guerra separatista em Donetsk e Lugansk, que declararam unilateralmente a independência e pediram a integração na Rússia.
Um pedido de auxílio das duas autoproclamadas repúblicas esteve na origem direta da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, que deu início à guerra em curso entre os dois países outrora parceiros na União Soviética.
Moscovo declarou Donetsk e Lugansk como parte da Federação Russa em 30 de setembro de 2022, juntamente com Zaporijia e Kherson, que juntou à Crimeia, anexada em 2014, mas sem o reconhecimento ucraniano e internacional.
A retirada do Donbass, a renúncia ucraniana a ingressar na NATO, as garantias de segurança e as reparações russas no pós-guerra são algumas das questões que dividem as duas partes nas negociações sob mediação dos Estados Unidos.
O processo foi marcado nos últimos dias por reuniões do enviado especial norte-americano Steve Witkoff com Putin na Rússia, e do negociador ucraniano Rustem Umerov nos Estados Unidos, sem que, para já, tenha sido alcançado um acordo.
Putin aproveitou a entrevista ao India Today para abordar as negociações com Washington e reconheceu que Moscovo não concorda com algumas partes do plano proposto pelo Presidente Donald Trump.
O líder russo assegurou que tiveram de rever "cada ponto" do documento apresentado em Moscovo por Steve Witkoff.
Embora tenha confirmado as discrepâncias, Putin optou pela cautela e assinalou que era prematuro detalhar que aspetos não convinham a Moscovo.
"Dizer agora o que não nos convém ou até onde poderíamos chegar a um acordo é prematuro, já que poderia perturbar o modo de funcionamento que o Presidente Trump está a tentar estabelecer", justificou.
A Rússia controla atualmente quase 20% do território ucraniano, incluindo a totalidade da região de Lugansk e 80% de Donetsk.
O exército russo realizou nos últimos dias operações militares em Donetsk, onde, segundo Moscovo, conquistou o bastião de Pokrovsk.
Rússia lançou 149 drones de longo alcance contra Ucrânia desde domingo
A Rússia lançou, entre a tarde de domingo e a manhã de hoje, 149 drones de longo alcance contra o território ucraniano, dos quais 131 foram neutralizados pelas defesas ucranianas, segundo a Força Aérea da Ucrânia.
De acordo com o relatório sobre o ataque da Força Aérea, 131 drones foram neutralizados em várias regiões do norte, sul e leste da Ucrânia e outros 16 atingiram 11 locais que não estão especificados no documento.
Do total de drones lançados pelos russos, cerca de 90 eram drones kamikaze Shahed, uma tecnologia iraniana que a Rússia adquiriu no início da guerra e agora produz de forma cada vez mais massiva no seu próprio território.
De acordo com a conta X Shahed Tracker, que analisa os dados publicados diariamente pelo Exército ucraniano sobre o uso deste tipo de drones pela Rússia, as defesas da Ucrânia intercetaram 84% dos Shahed lançados pelos russos em novembro.
Os drones Shahed têm entre os seus principais alvos as infraestruturas elétricas ucranianas.
Devido aos ataques praticamente diários da Rússia contra o setor elétrico ucraniano e as suas capacidades de geração e distribuição, o país foi obrigado a introduzir cortes de energia em todo o país para racionar o abastecimento.
Pelo menos dois mortos em ataques russos a Kherson. Há cinco feridos
Pelo menos duas pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas em ataques realizados pelo Exército russo contra zonas da província de Kherson, no sul da Ucrânia, desde a segunda-feira.
O governador da província, Prokudin Alexander, declarou na rede social Telegram que a região tem sido afetada pelo "terror dos drones inimigos, ataques aéreos e fogo de artilharia" desde a segunda-feira.
"As forças russas atacaram infraestruturas vitais e áreas residenciais, incluindo vários edifícios e vivendas. Também danificaram uma quinta, veículos e um gasoduto", afirmou Alexander.
Na segunda-feira, as forças russas também atacaram Donetsk, provocando três mortos e 16 feridos, como explicou o governador da província, Vadim Filashkin, em um comunicado.
As províncias de Kherson e Donetsk estão parcialmente ocupadas desde a invasão russa, assim como Lugansk e Zaporijia.
Todas foram anexadas pela Rússia em outubro de 2022, uma medida não reconhecida pela comunidade internacional, após a anexação da península da Crimeia por Moscovo em 2014.
Na Rússia, pelo menos nove pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas num ataque com um drone realizando pelo Exército ucraniano contra a cidade de Cheboksary, capital da República da Chuvashia, disseram hoje as autoridades russas.
O governador da região, Oleg Nikolaev, informou que vários edifícios residenciais foram danificados no ataque e afirmou que todos os feridos foram levados para um centro médico, onde estão a "receber toda a assistência médica necessária".
As equipas de emergência estão no local a avaliar os danos e a prestar assistência aos residentes, muitos dos quais tiveram de ser temporariamente abrigados em escolas, segundo a agência de notícias russa Interfax.
Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia indicou que mais de 100 drones ucranianos foram abatidos pelos sistemas de segurança russos.
Pelo menos dois mortos em ataques russos a Kherson. Há cinco feridos
Pelo menos duas pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas em ataques realizados pelo Exército russo contra zonas da província de Kherson, no sul da Ucrânia, desde a segunda-feira.
O governador da província, Prokudin Alexander, declarou na rede social Telegram que a região tem sido afetada pelo "terror dos drones inimigos, ataques aéreos e fogo de artilharia" desde a segunda-feira.
"As forças russas atacaram infraestruturas vitais e áreas residenciais, incluindo vários edifícios e vivendas. Também danificaram uma quinta, veículos e um gasoduto", afirmou Alexander.
Na segunda-feira, as forças russas também atacaram Donetsk, provocando três mortos e 16 feridos, como explicou o governador da província, Vadim Filashkin, em um comunicado.
As províncias de Kherson e Donetsk estão parcialmente ocupadas desde a invasão russa, assim como Lugansk e Zaporijia.
Todas foram anexadas pela Rússia em outubro de 2022, uma medida não reconhecida pela comunidade internacional, após a anexação da península da Crimeia por Moscovo em 2014.
Na Rússia, pelo menos nove pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas num ataque com um drone realizando pelo Exército ucraniano contra a cidade de Cheboksary, capital da República da Chuvashia, disseram hoje as autoridades russas.
O governador da região, Oleg Nikolaev, informou que vários edifícios residenciais foram danificados no ataque e afirmou que todos os feridos foram levados para um centro médico, onde estão a "receber toda a assistência médica necessária".
As equipas de emergência estão no local a avaliar os danos e a prestar assistência aos residentes, muitos dos quais tiveram de ser temporariamente abrigados em escolas, segundo a agência de notícias russa Interfax.
Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia indicou que mais de 100 drones ucranianos foram abatidos pelos sistemas de segurança russos.
Ministros da UE em Lviv para impulsionar adesão ucraniana ao bloco
Os ministros com a pasta dos Assuntos Europeus do bloco comunitário reúnem-se entre quarta-feira e quinta-feira na cidade ucraniana de Lviv para impulsionar o processo de adesão do país à União Europeia (UE) que continua bloqueado pela Hungria.
Apesar de um relatório divulgado recentemente pela Comissão Europeia considerar que a Ucrânia - país que está há quase quatro anos a tentar debelar uma invasão da Federação Russa - está "fortemente empenhada" no caminho de adesão à UE e que está a reformar o país, Budapeste continua a ser a 'pedra no sapato', respetivamente nas negociações dos capítulos obrigatórios.
Diplomatas dinamarquês disseram à Lusa que a reunião tem como propósito avançar no processo de adesão da Ucrânia, após a obtenção do estatuto de país candidato em 2022.
A reunião de dezembro visa, assim, desbloquear essas negociações, congeladas pelo veto do governo húngaro, numa votação que é feita por unanimidade.
A Hungria, que justifica a posição com preocupações políticas e culturais, tem vindo a opor-se à adesão do país à UE.
O governo ultranacionalista húngaro, liderado por Viktor Orbán, alega que Kiev não respeita plenamente os direitos da minoria húngara que vive na região da Transcarpátia, nomeadamente em questões linguísticas e educativas.
Além disso, Budapeste tem mantido uma postura crítica face às sanções europeias contra a Rússia e à política externa da UE relativamente ao conflito na Ucrânia, procurando preservar interesses energéticos e diplomáticos próprios.
Esta posição tem criado tensões dentro do bloco comunitário, atrasando o consenso necessário para avançar com o processo de adesão ucraniano.
A Ucrânia foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Russos deportados por EUA chamados para exército ao chegarem a Moscovo
Vários russos deportados pelos Estados Unidos receberam notificações para se alistarem no exército, que combate na Ucrânia desde 2022, ao aterraram hoje no aeroporto de Moscovo, noticiaram órgãos de comunicação social locais.
As notificações obrigam-nos a apresentarem-se num centro de recrutamento militar, segundo o jornal eletrónico Agentstvo, considerado subversivo pelas autoridades da Rússia.
Desconhece-se o número exato de deportados que chegaram à capital da Rússia, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Os passageiros fizeram escala no Cairo juntamente com cerca de 50 iranianos, também deportados pelos Estados Unidos, depois de terem partido de Mesa (Arizona) no domingo, 07 de dezembro.
O presidente da organização Russian America for Democracy in Russia, Dmitri Valuev, disse que ainda não foi possível contactar todos os russos deportados, que aterraram às 02:39 (hora de Moscovo, 23:39 de segunda-feira em Lisboa).
Valuev admitiu anteriormente que havia opositores políticos entre os russos deportados pelos Estados Unidos.
Trata-se, pelo menos, do terceiro voo de russos que foram expulsos dos Estados Unidos desde o início do ano, embora também tenham ocorrido extradições individuais.
Um dos deportados foi o ativista Leonid Melekhin, que já tinha sido detido na Rússia por participar em manifestações e que foi novamente detido ao regressar em julho de 2025, acusado de justificar o terrorismo.
As autoridades russas intensificaram a repressão dos opositores políticos desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, não admitindo críticas à guerra que Moscovo designa oficialmente como uma operação militar especial.
Papa defende urgência de paz "duradoura" na Ucrânia ao receber Zelensky
O Papa defendeu hoje a necessidade de "continuar o diálogo" para alcançar urgentemente uma paz "justa e duradoura" na Ucrânia, durante uma audiência com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de visita a Roma.
Em comunicado, o Vaticano indica que Leão XIV recebeu hoje de manhã Zelensky em audiência, na sua residência em Castel Gandolfo, perto da capital italiana, e aponta que, "durante as cordiais conversas, que se centraram na guerra na Ucrânia, o Santo Padre reiterou a necessidade de continuar o diálogo e expressou o seu desejo urgente de que as atuais iniciativas diplomáticas conduzam a uma paz justa e duradoura".
"Além disso, foram também discutidas as questões dos prisioneiros de guerra e a necessidade de garantir o regresso das crianças ucranianas às suas famílias", completa o comunicado da Santa Sé.
O Presidente ucraniano encontra-se hoje em Roma, onde, à tarde, se reunirá com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, no quadro de uma ronda de contactos com líderes europeus sobre as negociações de paz para a guerra na Ucrânia.
Na segunda-feira, Zelensky reuniu-se em Londres com os líderes britânico, Keir Starmer, francês, Emmanuel Macron, e alemão, Frieddrich Merz, rumando de seguida a Bruxelas, onde se reuniu com os líderes da União Europeia (UE) -- os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen -- e da NATO, o secretário-geral Mark Rutte.
Estes esforços diplomáticos do Presidente ucraniano ocorrem num contexto particularmente delicado para Kiev, depois de a administração norte-americana ter voltado a acusar a Ucrânia de ser um entrave aos seus esforços para alcançar um acordo de paz que ponha fim ao conflito com a Rússia.
Numa conversa com repórteres no domingo à noite, o Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou frustração com Volodymyr Zelensky, alegando que o líder ucraniano ainda não leu a sua mais recente proposta de paz, já discutida com Moscovo, e cujo conteúdo é ainda desconhecido.
Após o encontro com aliados europeus em Londres, Zelesnky sublinhou que não tem nem o direito legal nem moral de ceder território à Rússia, um dos pontos que estará incluído no plano de paz de Trump para pôr fim à guerra na Ucrânia, que começou há quase quatro anos, com o lançamento de uma invasão em grande escala por parte da Rússia, em fevereiro de 2022, contrapondo que apresentará durante o dia de hoje aos Estados Unidos um plano "revisto", que exclua cedência de territórios ucranianos às forças invasoras.
A reunião com a primeira-ministra italiana, grande defensora do papel de intermediação de Donald Trump, está agendada para as 15:00 locais em Roma (14:00 de Lisboa).
Soldados russos cometeram mais de mil homicídios ao regressarem da guerra
Os tribunais russos julgaram mais de 1.000 homicídios cometidos por combatentes russos após regressarem da guerra na Ucrânia, informou hoje o portal de notícias Mediazona.
Os tribunais militares russos receberam 1.045 casos de homicídios cometidos por militares russos fora da zona de combate desde o início da guerra na Ucrânia em 2022, segundo o mesmo portal.
Os crimes ocorrem durante as rotações de soldados ou baixas por ferimentos e lesões sofridas durante a guerra.
Os familiares das vítimas criticaram que os militares acusados recebem reduções de pena ao justificar os seus crimes referindo que as suas vítimas proferiram declarações antipatrióticas, embora estas se baseiem apenas em testemunhos do próprio.
O ex-polícia Mikhail Otroshko, cujo irmão foi assassinado por um soldado russo que combate na Ucrânia, afirmou que este tipo de julgamentos é regido por leis completamente diferentes e criticou os militares, procuradores e juízes que participam nos casos.
"Não sei quem os contrata, quem os nomeia investigadores superiores e de alto escalão", adiantou.
O Mediazona deixou de fora os casos julgados por tribunais civis, que ocorrem quando os acusados perderam o seu estatuto militar no momento em que cometeram o crime, pelo que se calcula que o número seja muito maior.
Assim, o meio de comunicação mencionou casos como os de Grigori Starikov, que assassinou três pessoas, Igor Sofonov, que assassinou seis pessoas numa aldeia da região da Carélia e Vladimir Alexandrov, que violou e matou uma criança de 11 anos na cidade de Yekaterimburgo, nos Montes Urais.
O mesmo portal adiantou que muitos processos são arquivados se as autoridades indicarem que não conseguem localizar o acusado.
O Mediazona aponta que isso se deve ao facto de o militar acusado estar a combater na frente de batalha ou ter falecido durante o julgamento.
Por outro lado, também existem casos rejeitados porque o acusado escapou à condenação ao comprometer-se a combater na frente de batalha, seja durante o julgamento ou após a sentença ter sido proferida, pelo que o processo desaparece dos registos do tribunal.
Deste modo, se o militar acusado for obrigado a pagar uma indemnização mensal à vítima ou aos seus familiares, o pagamento cessa se decidir combater na Ucrânia.
A Mediazona descreve detalhadamente dez exemplos de combatentes processados, nove dos quais escaparam da condenação ao regressarem à frente de batalha, onde muitos deles desapareceram ou ficaram gravemente feridos.
Em todos os casos relatados, os soldados estavam embriagados no momento do homicídio e, embora isso seja considerado uma circunstância agravante segundo a lei penal russa, não afetou a sentença.
Por sua vez, os tribunais recusam-se a revelar informações sobre os casos contra militares.
Rússia ameaça com "resposta forte" se Europa destacar militares para Kiev
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, garantiu hoje que "haverá uma resposta forte" a um eventual destacamento militar europeu na Ucrânia ou ao uso de ativos russos para ajudar Kyiv na guerra.
A ideia de que Moscovo quer uma guerra com a Europa "não nos passou pela cabeça, mas responderemos a qualquer ato hostil", afirmou, sublinhando que isso "inclui o destacamento de contingentes militares europeus na Ucrânia".
Também haverá uma resposta se "os bens russos forem apreendidos", como alguns dirigentes europeus exigiram, acrescentou o ministro russo durante uma intervenção feita no parlamento russo.
Lavrov criticou "a mania" de acreditar que "os europeus estão acima de todas as normas, tradições ou leis em vigor noutras partes do mundo", elogiando o Presidente norte-americano, Donald Trump, por dizer que a União Europeia (UE) enfrenta "uma profunda crise" e "caminha na direção errada".
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros de Moscovo, "a UE não consegue aceitar o facto de que a Rússia vai ganhar e alcançar os seus objetivos legítimos", pelo que, defendeu, os líderes europeus "continuam a aderir a políticas fúteis de apoio a Kyiv".
"A Europa ficou cega pelo desejo de infligir uma derrota estratégica à Rússia. Não conseguem imaginar uma situação em que tenham de aceitar a derrota", sublinhou.
As críticas aos líderes europeus foram contrapostas com elogios ao Presidente norte-americano, a quem Lavrov louvou a disponibilidade para "dialogar e resolver o conflito na Ucrânia por meios políticos e diplomáticos", destacando as negociações entre os Estados Unidos e a Rússia realizadas na semana passada.
Segundo o chefe da diplomacia russa, Donald Trump é "o único líder ocidental" que "compreende as raízes da crise" na Ucrânia e a situação atual no país.
"Imediatamente após chegar à Casa Branca, Trump começou a mostrar sinais de que compreendia o que estava a acontecer e as razões que tornam a guerra na Ucrânia inevitável", disse Lavrov, referindo que isso sublinha "as ações hostis" dos seus antecessores contra a Rússia.
"Os Estados Unidos estão a demonstrar uma crescente impaciência, especialmente Trump, que, como já disse, é o único que parece compreender. E esta história está a atingir o seu clímax", afirmou, referindo que o Presidente norte-americano "vê a necessidade de abordar as raízes deste problema".
Lavrov afirmou ainda que Trump se revelou também como "o único líder ocidental que se preocupa com os direitos humanos" em relação a esta questão e que quer abordar a possibilidade de "garantir os direitos das minorias" na Ucrânia.
O Kremlin tem justificado a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, com a necessidade de proteger as minorias russófonas naquele país, argumento que foi usado também para explicar a anexação -- não reconhecida, das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporijia, em setembro de 2022.
Por outro lado, Lavrov criticou também aquilo que chamou de "papel tendencioso" das Nações Unidas em relação à Ucrânia, exigindo que "parem de 'ucranianizar' tudo".
"As questões políticas, de paz, humanitárias e de segurança no âmbito da ONU são mecanismos de influência. Tudo isto está nas mãos dos ocidentais, que, infelizmente, beneficiam com isso. Temos de começar a pensar no futuro da ONU", concluiu.
Militar britânico morre na Ucrânia aos 28 anos. Quem era George Hooley?
George Hooley, de 28 anos, morreu num "trágico acidente" que ocorreu "longe da linha da frente" na Ucrânia. É recordado como "extremamente promissor", "um modelo de profissionalismo" e "um soldado excecional".
Um militar britânico morreu na Ucrânia, na terça-feira, dia 9 de dezembro, devido a um "trágico acidente" que ocorreu "longe da linha da frente" enquanto supervisionava testes sobre "novas capacidades defensivas" de Kyiv, revelou ontem o governo do Reino Unido. Hoje, o Ministério da Defesa revelou a sua identidade, afirmando que se trata de George Thomas Hooley, de 28 anos.
Num comunicado publicado na página oficial do ministério, refere-se que "é com grande pesar que o Ministério da Defesa confirma o falecimento de George Hooley, ocorrido na Ucrânia em 9 de dezembro de 2025". O texto é acompanhado por uma fotografia do militar com a sua cadela, Mabel.
George Hooley "nasceu a 12 de fevereiro de 1997" e "ingressou no Exército em novembro de 2015, frequentando o Centro de Treino de Infantaria em Catterick, onde concluiu o renomado Curso de Seleção Pré-Paraquedista (Companhia P)". "Ao concluir o curso como o melhor aluno da sua turma e ser nomeado 'Campeão da Companhia P', juntou-se ao Regimento de Paraquedistas", é revelado.
Hooley era um "soldado excecional" e um "líder impressionante", com "vasta experiência" operacional". Como "resultado do seu desempenho e potencial excepcionais", o militar "deveria ser promovido em janeiro de 2026". Já "havia servido anteriormente no Afeganistão, em África e no Leste Europeu".
O Governo do Reino Unido afirmou hoje que um militar britânico morreu na Ucrânia devido a um "trágico acidente" que ocorreu "longe da linha da frente", enquanto supervisionava testes sobre "novas capacidades defensivas" de Kyiv.
"Extremamente promissor", "um modelo", "excecional". As homenagens
No mesmo documento, o comandante de Hooley recordou-o como "extremamente promissor". "Todos os membros do Regimento de Paraquedistas lamentam a sua perda; Contudo, a nossa dor é insignificante comparada à dor sentida pela sua família, com quem os nossos pensamentos e orações estão neste momento tão difícil", é ainda citado.
Já o comandante da Companhia salientou que, "se conheceram o George Hooley, com certeza se lembram dele". "George tinha um dom raro: uma profunda bondade e tempo para todos. Fosse um amigo de longa data, um colega ou alguém que acabara de conhecer, ele fazia uma pessoa sentir-se valorizada", afirmou, recordando o militar como "um modelo de profissionalismo".
Também John Healey, o secretário de Estado para a Defesa do Reino Unido, é citado na nota do ministério, vincando que George Hooley "serviu o país com distinção e profissionalismo". "Ele era um soldado excecional e fará muita falta. Os meus pensamentos estão com a família, os entes queridos e os colegas de George. As homenagens que lhe foram prestadas são um testemunho da sua atitude e capacidade excepcionais".
De recordar que o Reino Unido é um dos países que presta assistência à Ucrânia desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022, que desencadeou o pior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que fez centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados.
Kyiv apresentou a mais recente versão do plano de paz aos EUA
A Ucrânia apresentou hoje aos Estados Unidos a mais recente versão do seu plano para terminar a guerra com a Rússia, adiantaram duas autoridades ucranianas ligadas ao processo.
Kyiv "já enviou" a nova versão do plano para pôr fim ao conflito a Washington, referiu à agência France-Presse (AFP) um alto responsável ucraniano, sem adiantar mais pormenores.
Esta versão mais recente "tem em conta a perspetiva ucraniana, é uma proposta mais abrangente para uma solução adequada para as questões problemáticas", salientou um segundo responsável ucraniano à AFP.
"Não divulgaremos os detalhes enquanto aguardamos a reação do lado americano", acrescentou esta fonte.
A proposta inicial dos Estados Unidos incluía a cedência de territórios ucranianos à Rússia que ainda não tinham sido conquistados e que era considerada por Kyiv e pelos seus aliados europeus como particularmente favorável a Moscovo.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou na terça-feira que o plano foi dividido em três documentos: um acordo-quadro de 20 pontos, um documento sobre garantias de segurança e outro sobre a reconstrução da Ucrânia após a guerra.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu hoje que está pronto para realizar eleições presidenciais na Ucrânia, em resposta às críticas do homólogo norte-americano Donald Trump, mas pediu aos seus aliados que garantam a segurança do processo.
Zelensky adiantou hoje que realizou uma videoconferência com Jared Kushner, enviado dos EUA e genro de Donald Trump, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o CEO da BlackRock, Larry Fink, para discutir a reconstrução da Ucrânia.
"Esta pode ser considerada a primeira reunião do grupo que trabalhará num documento sobre a reconstrução e a recuperação económica da Ucrânia", destacou o chefe de Estado ucraniano, numa mensagem publicada nas redes sociais.
"Atualizámos também as nossas ideias sobre os 20 pontos do documento para o fim da guerra. Trata-se de uma segurança abrangente que determinará a segurança económica e apoiará um ambiente de negócios seguro", acrescentou.
Trump voltou a pressionar Zelensky esta semana para assinar a proposta, inicialmente vista como favorável aos interesses de Moscovo, mas que foi entretanto sujeita a uma revisão de Kyiv.
Apesar dos novos ataques verbais do líder da Casa Branca contra o homólogo ucraniano, Zelensky voltou a agradecer ao "Presidente Trump e à sua equipa pelo trabalho substancial e apoio".
Os líderes da França, Alemanha e Reino Unido falaram hoje por telefone com o Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o plano de paz de Washington, revelou a presidência francesa, sem adiantar detalhes sobre a conversa.
Fonte do Palácio do Eliseu disse à agência France-Presse (AFP) que a chamada durou 40 minutos e teve como objetivo "tentar avançar com as negociações".
Anteriormente, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, estiveram reunidos na segunda-feira com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e transmitiram-lhe o seu forte apoio em relação às propostas da Casa Branca.
Macron e Starmer deverão também presidir a uma nova videoconferência na quinta-feira da "coligação dos dispostos", que reúne países parceiros de Kyiv que poderão fornecer garantias de segurança à Ucrânia em caso de um cessar-fogo com a Rússia.
Empresas dos EUA processadas por exportarem tecnologia para armas russas
Civis ucranianos vítimas de ataques russos apresentaram hoje uma ação judicial contra empresas norte-americanas que acusam de fornecer tecnologia à Rússia para o fabrico de drones e mísseis utilizados na guerra na Ucrânia.
A ação judicial, apresentada pelo advogado norte-americano Mikal Watts numa conferência de imprensa em Washington, alega que vários sistemas de armas russos recuperados na Ucrânia continham 'chips', processadores e outras tecnologias fabricadas por empresas dos Estados Unidos (EUA), apesar das sanções e restrições impostas à Rússia.
Entre as empresas acusadas estão a Texas Instruments, a AMD, a Intel e a Mouser Electronics.
No seguimento de uma investigação na Ucrânia, verificou-se que a tecnologia norte-americana, presente em drones e mísseis como o Kh-101 ou o Iskander-M, tinha sido utilizada em cinco ataques diferentes desde 22 de março de 2023 contra escolas, apartamentos, hospitais e parques infantis ucranianos, provocando várias vítimas.
De acordo com o advogado, esses 'chips' teriam chegado à indústria militar russa através de redes de intermediários e empresas de fachada que operam noutros países, como o Irão ou a China, de modo a contornar os controlos de exportação algo que, segundo os proponentes, têm-no feito há 35 anos em diferentes conflitos.
"Não fazem qualquer esforço para restringir a distribuição destes 'chips'", acrescentou o advogado.
Os queixosos alegaram que Washington não tomou medidas suficientes para impedir o desvio da sua tecnologia para usos ilícitos e que estas empresas estavam "plenamente conscientes" do paradeiro dos seus componentes.
A denúncia surge no meio das negociações de paz para a guerra na Ucrânia impulsionadas pela administração do Presidente norte-americano, Donald Trump.
Kiev e Moscovo estão a negociar com Washington um projeto de plano de paz, mas o texto continua em disputa e não há acordo fechado, em grande parte devido às exigências territoriais da Rússia e à recusa ucraniana em ceder o território ocupado.
"Todos os ucranianos com quem falei consideram este plano um sacrilégio", afirmou Watts, insistindo que acabar com esta venda de 'chips' significaria pôr fim à guerra.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos um morto em ataque russo contra sudeste do país
Pelo menos uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas hoje num ataque das forças russas contra a cidade de Pavlograd, no sudeste da Ucrânia.
O governador ucraniano da região, Vladislav Haivanenko, afirmou em comunicado que um homem de 71 anos morreu num ataque com drones russos durante a última madrugada.
Outras quatro pessoas ficaram feridas e cinco casas foram atingidas, uma das quais ficou completamente destruída.
As tropas russas lançaram um ataque de grande escala contra a cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, danificando instalações de distribuição de energia e provocando cortes na rede elétrica civil.
Um relatório da Força Aérea da Ucrânia disse que a Rússia lançou cerca de 80 drones nas últimas horas, sendo que 64 foram abatidos. Por outro lado, o Ministério da Defesa russo indicou que foram detetados um total de 90 aparelhos aéreos não tripulados do Exército ucraniano, a maioria sobre Bryansk, perto da fronteira, mas também sobre Yaroslavl e Moscovo.
Sobre o alegado ataque ucraniano não foram reportadas vítimas ou danos materiais, até ao momento.
Ucrânia reivindica reconquista de localidades e Zelensky felicita soldados
As tropas ucranianas reivindicaram hoje a reconquista de duas localidades perto da cidade de Kupiansk e em Kharkiv, tendo o Presidente da Ucrânia felicitado os soldados envolvidos na ofensiva.
Numa mensagem na rede social Telegram, a brigada ucraniana Khartia adiantou ter recuperado um nó ferroviário crucial na região de Kharkiv (nordeste da Ucrânia) que a Rússia disse ter capturado em novembro.
O anúncio surge num contexto de intensa atividade diplomática no Ocidente destinada a pôr fim à guerra, desencadeada há quase quatro anos pela invasão russa da Ucrânia.
As tropas ucranianas "efetuaram uma rutura até ao rio Oskil, cortando as linhas de abastecimento do inimigo" e "libertaram" as aldeias de Kindrachivka e Radkivka, bem como bairros a norte de Kupiansk,
A unidade integra o agrupamento criado por Kyiv para "eliminar" a penetração russa nesta zona, segundo a mesma fonte.
Num vídeo publicado nas redes sociais, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse ter visitado as tropas ucranianas na região da cidade estratégica de Kupyansk.
"Dei os parabéns aos soldados. Agradeço a cada unidade e a todos que estão a lutar, a todos que estão a destruir o ocupante", frisou Zelensky.
O exército russo lançou a sua invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e ocupa atualmente 20% do território do país vizinho no leste e no sul, incluindo várias zonas da região de Kharkiv.
Após vários meses de ocupação russa, a cidade de Kupiansk, que tinha 55 mil habitantes antes da guerra, foi reconquistada em setembro de 2022 pelo exército ucraniano, que então empurrou as tropas de Moscovo dezenas de quilómetros para trás.
Em novembro passado, a Rússia afirmou tê-la retomado. A Ucrânia, que desmentiu, denuncia regularmente as tentativas de Moscovo de promover uma narrativa de derrota ucraniana, nomeadamente durante contactos com Washington, que se apresenta como intermediário nas negociações de paz.
"Os russos atuam de forma muito mais eficaz no espaço informativo do que qualquer um dos nossos parceiros e difundem informações que não refletem a realidade", declarou Zelensky quinta-feira a jornalistas.
"Temos de contrariar grandes absurdos", acrescentou.
Zelensky afirmou ainda na quinta-feira que Washington exige que Kyiv aceite concessões territoriais significativas à Rússia no leste da Ucrânia e pretende obter um acordo o mais depressa possível.
Segundo a análise da agência noticiosa France-Presse (AFP), baseada em dados fornecidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), dos Estados Unidos, o exército russo realizou em novembro o seu maior avanço na frente na Ucrânia em um ano.
"Uma múmia". Os últimos dias da jornalista ucraniana morta em cativeiro
Viktoria Roshchina, uma jornalista ucraniana, morreu após mais de um ano em cativeiro, na Rússia. Agora, um soldado ucraniano, libertado no versão, recordou quando se cruzou com a jovem a caminho de uma prisão. "Conseguia ver que já fora uma rapariga bonita, mas transformaram-na numa múmia", disse.
Viktoria Roshchina, a jornalista ucraniana que morreu após mais de um ano sob custódia das autoridades russas, "estava muito, muito magra" e "mal se conseguia manter de pé", durante os seus últimos dias de cativeiro.
O relato é de um soldado ucraniano do regimento de Azov, libertado este verão, em declarações ao "Projecto Viktoria", uma iniciativa de vários meios de comunicação internacionais criada para investigar o desaparecimento da jornalista de 27 anos.
Mykyta Semenov contou que se cruzou com Roshchina durante o transporte para uma prisão no interior da Rússia, confirmando que as suspeitas de que a jornalista morreu depois de ter sido transportada para Sizo-3, uma prisão na cidade de Kizel, perto dos Montes Urais.
Ambos viajaram no mesmo comboio e o soldado viu a jornalista pela primeira vez num corredor, quando a jovem ia para a casa de banho. "Eu vi-a. Ela passou pelo nosso compartimento. Ela usava um vestido de verão azul claro com flores. Também usava ténis de verão com sola branca, um modelo desportivo. E levava um pequeno espelho de maquilhagem", recordou.
Roshchina andava com as mãos atrás das costas e já estava visivelmente debilitada, após ter feito greve de fome quando estava detida noutro estabelecimento russo.
"Parecia que tudo era difícil para ela: caminhar era difícil, comer era difícil, falar era difícil. Parecia que aquele vestido… que o vestido a carregava. A sustentá-la", disse Semenov.
"Estava muito, muito magra. Mal se conseguia manter de pé. Conseguia ver que já fora uma rapariga bonita, mas transformaram-na numa múmia: pele amarelada, cabelo que parecia… sem vida", acrescentou.
O soldado disse que, depois, foi colocado na cela ao lado e que identificou quem era a jovem ao ouvir as suas conversas com os guardas prisionais. Segundo contou, Roshchina conseguiu trocar comida com outros prisioneiros com ajuda dos guardas.
"Lembro-me que ela não comia carne. Não sei porquê. Dizia que tinha algum problema de saúde e já não conseguia digerir carne. Então, dava-nos a carne da sua refeição e nós dávamos-lhe legumes, pasta de courgette, coisas desse género", recordou.
Viktoria Roshchina morreu mais de um ano após ter desaparecido
Segundo a imprensa ucraniana, Viktoria nasceu a 6 de outubro de 1996 e a 19 de setembro de 2024, aos 27 anos, mais de um ano após ter sido dada como desaparecida.
Trabalhava como jornalista freelancer para várias publicações ucranianas independentes, incluindo o Ukrainska Pravda e o Hromadske, onde se dedicou à cobertura dos territórios ocupados pela Rússia, incluindo Enerhodar, cidade onde está localizada a central nuclear de Zaporíjia, contou o The New York Times.
Roshchina foi detida pela primeira vez pelas tropas russas em março de 2022, quando fazia uma reportagem no sudeste da Ucrânia, mas foi libertada ao fim de 10 dias. Voltou a desaparecer em agosto de 2023, depois de ter viajado para os territórios ocupados no leste da Ucrânia.
O paradeiro da jornalista permaneceu desconhecido durante nove meses, até à primavera de 2024, altura em que a União dos Jornalistas Ucranianos anunciou que o seu pai, Volodymyr, tinha recebido a confirmação das autoridades russas que Viktoria Roshchina estava "detida no território da Federação Russa".
Viktoria Roshchina morreu no passado dia 19 de setembro, aos 27 anos, mais de um ano após ter sido dada como desaparecida. Segundo a Ucrânia, a jovem jornalista estava sob custódia de autoridades russas.
Corpo da jornalista tinha "numerosos sinais de tortura"
Já em abril deste ano foi revelado que, "de acordo com os resultados do exame médico forense", foram encontrados "numerosos sinais de tortura e maus-tratos no corpo" da jornalista, "nomeadamente escoriações e hemorragias em várias partes do corpo, e uma costela partida", segundo adiantou o chefe do departamento de crimes de guerra do Procurador-Geral da Ucrânia, Yurii Bielousov, num vídeo divulgado pelo meio de comunicação ucraniano Ukrainska Pravd.
Os globos oculares, o cérebro e parte da laringe tinham sido retirados antes de o corpo ser devolvido à Ucrânia, e o osso hioide foi partido. Uma fonte policial ucraniana disse que poderia tratar-se de uma tentativa de encobrir a tortura, enquanto a Rússia alegou que a remoção de órgãos poderá ter-se devido a procedimentos no tratamento de cadáveres.
Zelensky atribuiu a Ordem da Liberdade a Viktoria Roshchina
"Hoje prestamos homenagem póstuma a Viktoria Roshchina. Foi agraciada com a Ordem da Liberdade pela sua convicção inabalável de que a liberdade vencerá tudo. Eterna honra e memória para Viktoria Roshchina", escreveu Zelensky na sua conta da rede social X, onde recordou que a morte da jornalista foi "dolorosa e injusta".
E prosseguiu: "Já tinha sido incluída na lista de troca de prisioneiros. A Rússia tinha prometido libertá-la, mas não cumpriu a sua palavra".
"Viktoria foi uma das pessoas que contou a verdade sobre a guerra. Trabalhou na frente de batalha e nos territórios temporariamente ocupados, arriscando a vida", recordou Zelesnky na sua mensagem, na qual incluiu uma fotografia da jornalista.
Rússia já perdeu mais de 155 mil soldados na guerra na Ucrânia
O Exército russo perdeu mais de 155 mil militares desde o início da invasão da Ucrânia, há quase quatro anos, segundo cálculos hoje divulgados de organizações que compilam mortes confirmadas a partir de fontes abertas.
De acordo com o 'site' informativo Mediazona e o serviço russo da estão televisiva britânica BBC, foram identificados 155.368 nomes de militares russos mortos em combate, um número que tem vindo a crescer sobretudo devido aos voluntários, que representam já um terço das baixas.
Este grupo --- composto por civis sem ligação prévia às Forças Armadas --- tornou-se maioritário nos últimos meses, ao contrário do que ocorria no início da guerra, quando predominavam soldados regulares e, no segundo ano, prisioneiros recrutados nas cadeias.
Muitos destes voluntários são atribuídos a unidades de assalto encarregues de atacar posições ucranianas fortemente defendidas, operações que registam índices de mortalidade particularmente elevados.
O Mediazona e a BBC estimam ainda que o número real de mortos seja muito superior, variando entre 239.000 e 345.000, enquanto meios de comunicação social ocidentais apontam para cerca de 1,3 milhões de baixas totais, incluindo feridos.
As autoridades russas têm restringido a divulgação de dados sobre perdas militares, mantendo-os classificados como segredo de Estado desde 2015, por decreto do Presidente russo, Vladimir Putin.
A última atualização oficial ocorreu em setembro de 2022, quando Moscovo reconheceu 5.937 mortos.
Putin, que continua a apelidar de "heróis" todos os combatentes na Ucrânia, disse recentemente que considera mais digno morrer pelo país do que por alcoolismo ou acidentes rodoviários.
Navio em chamas após ataque russo na região de Odessa.
Um navio incendiou-se após um ataque russo na região ucraniana de Odessa. A embarcação, que será de origem turca, estava no porto de Chornomorsk, um dos três principais do Mar Negro.
Um navio de carga incendiou-se após um ataque russo, esta sexta-feira, dia 12 de dezembro, na região ucraniana de Odessa.
A informação é avançada pela agência Reuters, que cita "duas fontes familiarizadas com o assunto".
Uma destas, afirmou à agência de notícias que a embarcação - identificada como Cenk T - se encontrava no porto de Chornomorsk, um dos três principais do Mar Negro.
Uma fonte disse também à Reuters que a embarcação é de origem turca, não sendo ainda "claro se o ataque teve como alvo deliberado o navio".
Nas redes sociais circulam fotografias e vídeos do navio em chamas -, com indicação de que pertence à Cenk Shipping, uma empresa da Turquia.