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Investigadores da UA desenvolveram novo nanocompósito

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Investigadores da UA desenvolveram novo nanocompósito

Este novo nanocompósito para aplicações biomédicas apresenta uma elevada resistência mecânica e permite a criação de interfaces biocompatíveis com o osso circundante e consequentemente, o crescimento ósseo no nanocompósito.
O Centro de Tecnologia Mecânica e Automação da Universidade de Aveiro (TEMA), em parceria com o CICECO e o Georgia Institut of Technology, desenvolveram um novo nanocompósito para aplicações biomédicas que apresenta uma elevada resistência mecânica e permite a criação de interfaces biocompatíveis com o osso circundante e consequentemente crescimento ósseo no nanocompósito. A inovação não passou despercebida à Nanowerk.com, líder mundial na divulgação de novos desenvolvimentos em nanotecnologia, merecendo destaque na sua edição de 25 de Março, tendo sido ainda publicada na revista com elevado factor de impacto Advanced Functional Materials.

Uma das principais dificuldades na área da cirurgia ortopédica prende-se com a utilização de cimentos (PMMA) para a fixação das próteses. As interfaces criadas com o osso e com a prótese metálica são apenas mecânicas, pelo que com o tempo os movimentos relativos entre o cimento e a prótese e o desgaste produzido no osso conduzem à laxação asséptica da prótese e sua rejeição. Por outro lado, a criação de interfaces biocompatíveis tem sido de difícil implementação dado que a hidroxiapatite, material geralmente utilizado para este fim, apresenta uma fraca resistência à tracção.

A combinação de conhecimentos em nanoestruturas do TEMA e de biomateriais do CICECO, a colaboração de dois reconhecidos cirurgiões ortopedistas a nível nacional e internacional (Doutores Noronha e Fernando Fonseca), que integram também o TEMA, e do Prof. Hamid Garmestani, do Georgia Institut of Technology, tornou possível vocacionar a investigação para a resolução desses problemas reais de extrema importância, permitindo desenvolver um nanocompósito com elevada resistência mecânica e que permite um processo de crescimento ósseo no seu interior.

Para o futuro estão previstos novos desenvolvimentos nesta área com a produção de produtos bioreabsorvíveis de elevada resistência mecânica, estando nas suas pretensões a introdução desses produtos no mercado no próximo ano. Neste sentido, o Centro de Tecnologia Mecânica e Automação está fortemente empenhado no desenvolvimento da área de nanocompósitos, tirando partido das suas competências multidisciplinares e dos conhecimentos existentes a nível nacional na área da medicina com especial ênfase na ortopedia, que permitiram já, nesta primeira fase, a realização de testes mecânicos nos EUA e do desenvolvimento tecnológico na Universidade de Aveiro.

Para breve está prevista a publicação dos resultados dos testes in vivo deste nanocompósito e respectiva análise toxicológica.

Este trabalho decorreu em parceria com o CESAM da Universidade de Aveiro, com a Faculdade de Medicina Veterinária e Departamento de Biologia da Universidade de Évora e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
 
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