billshcot
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Esta dificuldade acabou por criar uma espécie de corrida a equipamento informático com grande capacidade de processamento. Inicialmente, eram usados os processadores (CPU) dos computadores pessoais. Depois, passou-se para as placas gráficas, dado que os GPU (Graphics Processing Unit) eram mais adequados à tarefa. Atualmente, para minerar bitcoins, é necessário dispor de equipamento na forma de sistemas de chips ASIC (Application Specific Integrated Circuit) desenhados especificamente para processar o algoritmo da bitcoin.
O mais conhecido produtor destes equipamentos é a empresa chinesa Bitmain, que criou a linha de sistemas Antminer. No mercado, começam, porém, a surgir alguns rivais.
Para alimentar instalações gigantescas, que têm milhares destes aparelhos, é preciso muita energia elétrica. Por exemplo, em outubro, a Bitmain anunciou a construção, no Texas, de uma instalação de mineração de criptomoedas, com uma capacidade inicial de 25 megawatts (MW). O objetivo é chegar aos 50 MW, o equivalente ao consumo elétrico de 180 mil a 360 mil portugueses (considerando os últimos dados da Pordata para consumo doméstico per capita).
A escolha do Texas não foi inocente. Este estado norte-americano tem a eletricidade barata, quando comparada com outras localizações. Pelos mesmos motivos, a maior parte dos equipamentos opera na China, devido ao baixo preço da energia. Também a Rússia tem algumas operações de monta, devido ao clima frio que a caracteriza. Para o equipamento operar na máxima eficiência é necessário impedir que sobreaqueça.
Vale a pena minerar criptomoedas menos conhecidas ?
Para um consumidor com um computador pessoal já não é rentável minerar bitcoins, ou outras das principais criptomoedas, há vários anos. Demora muito tempo e consome demasiada energia.
Pode, no entanto, minerar criptomoedas menos conhecidas. Quanto menor o poder de computação dedicado a cada moeda, mais rentável será tentar minerar com equipamento comum. Com o objetivo de democratizar a mineração, algumas criptomoedas anunciam algoritmos desenhados para serem resistentes a ASIC.
73,12
TW/h
É a energia gasta anualmente pela rede bitcoin, o equivalente ao consumo de toda a Áustria.
313
kg de CO2
É o que é gerado na validação de cada transação.
7,08
Dólares
É quanto custava em janeiro uma transação na rede bitcoin.
Há, no entanto, uma desvantagem óbvia: se os fundamentos económicos da bitcoin já são questionáveis, os das criptomoedas menos conhecidas são praticamente inexistentes. Com eventuais exceções para uma ou outra, com características distintivas e aplicações específicas, trata-se de especulação no seu grau mais puro.
Não é recomendado por isso, qualquer moeda virtual em particular para minerar. É como procurar uma agulha num palheiro, dado que estão constantemente a surgir novas, envoltas em promessas irrealistas de constituírem uma revolução tecnológica. As tentativas de manipulação do mercado, para inflacionar os preços, são comuns.
Em suma, é duvidoso de que valha a pena manter um computador ligado propositadamente para este fim.
O que claramente se recomenda é que invista as suas poupanças na compra de criptomoedas e, muito menos, nas mais obscuras.
Quanto vale uma bitcoin em euros -»