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Missão para reparar o telescópio Hubble

ecks1978

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Um minuto apenas após as 19h00 (hora de Lisboa), a tão esperada e várias vezes adiada (até cancelada) missão de reparação e manutenção do telescópio espacial Hubble vai finalmente partir. Pelo menos a meteorologia parece estar de feição na Florida, fora algum imprevisto de última hora 11 astronautas partem para fazer cinco passeios espaciais que porão o telescópio preferido de todos os seres humanos a funcionar melhor do que nunca.
O Hubble, que obtém imagens do Universo na zona da luz visível ao olho humano no espectro electromagnético, está mesmo a precisar de reparações. A antena tem um buraco do tamanho de uma bala de uma arma de calibre 22, diz o “Washington Post”. E três dos seis giroscópios, que estabilizam a posição do observatório, deixaram de funcionar. Um “router”, como os das redes de computadores que distribuem o tráfego de dados, deixou também de trabalhar, mas há um “backup”.

O telescópio espacial que já nos mostrou imagens como os célebres Pilares da Criação (uma região onde estão a nascer estrelas, na Nebulosa da Águia), de 1995, em que surgem castelos de nuvens coloridas que nos fazem pensar em construções de sonhos, está a ficar lento e, progressivamente, cada vez mais cego. Para continuar a funcionar, precisa dos cuidados dos astronautas, para substituir as peças que deixaram de funcionar e afinar a máquina, em geral.
Mas esta missão esteve para não se realizar nunca – depois da explosão do vaivém Columbia, ao regressar à Terra, a 1 de Fevereiro de 2003, considerou-se que seria demasiado arriscada, que poderia pôr em risco a vida dos astronautas, devido
A insegurança dos vaivéns norte-americanos. A nega gerou um movimento de protesto de fãs anónimos do Hubble, mas também de políticos norte-americanos, e a missão acabou por ser incluída na lista de tarefas que os vaivéns têm de cumprir até serem aposentados, em 2010. A lista é curta mas nem por isso fácil: acabar de construir a Estação Espacial Internacional e, claro, renovar o Hubble.
A questão é que não há nenhum outro telescópio que substitua o Hubble, que veja como ele vê. O Chandra, por exemplo, vê o Universo no espectro dos raios-X, e o Spitzer, outro telescópio orbital, dedica-se ao infravermelho. Só o Hubble se mantém fiel ao espectro da luz visível, com uma sensibilidade 500 milhões de vezes superior à do olho humano.
Nem o telescópio espacial James Webb, que a NASA planeia lançar em 2013 ou 2014, poderá substituir as capacidades do Hubble. O mesmo acontece com os dois telescópios espaciais que a Agência Espacial Europeia (ESA) pretende lançar esta semana, o Herschel e o Planck. O primeiro, que terá o maior espelho (ou lente) alguma vez enviado para o espaço, vai operar no infravermelho, enquanto o Planck, o mais sensível dos dois, vai dedicar-se a observar o Universo em microondas, que transportam fotões (partículas de luz) que restam ainda do Big Bang, o momento em que o Universo nasceu há 13.700 milhões de anos.
Para manter o Hubble em forma, os astronautas são arrastá-lo para dentro do compartimento de carga do Atlantis, com o braço robótico que equipa o vaivém, para estudarem com atenção todos os danos sofridos pelo telescópio em órbita (foi lançado em 1990). Instalar uma nova câmara e um novo espectrógrafo são tarefas certas da lista dos astronautas. Mas algumas reparações serão bem complicadas: incluem entrar dentro de alguns compartimentos (com os enormes fatos espaciais que os astronautas usam para sair para o espaço), desapertar parafusos, substituir circuito…e muitas vezes sem conseguir ver bem o que estão a fazer, em ambiente de microgravidade. Terão de confiar no que ensaiaram vezes sem conta em terra.
 

ecks1978

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Astronautas inspeccionaram estragos na Atlantis

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Os astronautas do vaivém espacial Atlantis inspeccionaram durante dez horas os estragos em algumas telhas de protecção de uma das asas da nave, mas os danos são considerados menores e a missão prossegue de acordo com o previsto.

“Há quatro telhas que apresentam alguns danos que parecem ser de todo menores”, disse aos jornalistas o director de voo, Tony Ceccaci, acrescentando que não existe qualquer perigo de o equipamento de protecção da nave falhar quando esta reentrar na atmosfera terrestre.

“A mesma quantidade de estragos noutra zona da nave seria mais preocupante. Os estragos parecem superficiais e não são muito extensos”, afirmou o chefe da equipa de missões da agência espacial norte-americana, a NASA, Leroy Cain.

Os sensores da nave registaram um choque 106 segundos após a descolagem, mas não se sabe nada quanto à dimensão e ao peso do objecto que colidiu com a Atlantis. As imagens vão continuar a ser analisadas nos próximos dois dias.

A Atlantis partiu na segunda-feira para uma missão de 11 dias, cujo objectivo é reparar o telescópio espacial Hubble, em órbita há 19 anos, e aumentar o tempo de vida deste em pelo menos cinco anos.

Este voo é considerado mais perigoso do que as outras missões dos vaivém da NASA, uma vez que a órbita do Hubble situa-se a uma altitude mais elevada (563 quilómetros) do que a da estação espacial ISS, o destino habitual dos voos espaciais norte-americanos (300 quilómetros). A NASA estima que as hipóteses de colisão com um detrito espacial são de uma em 221 na órbita do Hubble, contra uma em 300, na órbita da ISS.

O vaivém Endeavour está pronto a ser lançada do centro espacial Kennedy, na Florida, para uma eventual missão de socorro à Atlantis.
 

ecks1978

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Já começou o primeiro passeio espacial para reparar o Hubble

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A mais de 600 quilómetros de altitude sobre a Austrália, os astronautas do vaivém Atlantis começaram já a trabalhar para pôr de novo o telescópio espacial Hubble em forma. Ancoraram o telescópio de 10 metros de comprimento ao compartimento de carga do vaivém, usando o braço robótico da nave, para uma primeira análise.

A primeira saída dos astronautas para fora do vaivém, para começar a meter as mãos na massa nas reparações do Hubble, está agora a começar. Será Grunsfeld, de 50 anos, e o geólogo Drew Feustel, de 43 anos, que faz a sua primeira viagem espacial.

“Este velhinho com 19 anos de espaço ainda está numa forma fantástica”, comentou o astronauta John Grunsfeld, que não é nenhum novato: já participou em duas outras missões para fazer as reparações necessárias para que o Hubble continue a ser o olho da humanidade no Universo, e já fez cinco passeios espaciais para pôr o telescópio em forma.

O exterior do telescópio foi ainda ontem à noite inspeccionado com câmaras instaladas no braço robótico do vaivém – apesar do desgaste da radiação ultravioleta e de vários impactos de detritos espaciais, o Hubble nem está assim em tão mau estado.

Hoje, os astronautas vão remover uma das câmaras do Hubble, para a actualizar e colocar novo equipamento. Vão ter de se empoleirar no braço robótico do vaivém, e instalar protecções para evitar que os painéis solares do telescópio sofram com as vibrações dos trabalhos de recuperação.
 

ecks1978

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Telescópio Hubble volta a ganhar vida

Ao fim de 19anos de vida, o Hubble está pronto a retomar o serviço. A penúltima de cinco saídas de astronautas da Atlantis para reparações decorreu ontem, a 600 km da Terra, numa missão comparável a uma cirurgia cerebral.

Dois astronautas da nave espacial americana Atlantis iniciaram ontem a quarta e penúltima saída orbital destinada à modernização do telescópio Hubble. O objectivo era reparar um dos instrumentos de medição de precisão.

Mike Massimino e Michael Good, ambos com 46 anos de idade, saíram para o espaço às 13.45 horas, para uma jornada de trabalho de seis horas e meia. Sem gravidade a cerca de 600 quilómetros da Terra, os dois homens tinham de efectuar reparações no espectógrafo de imagens do telescópio (Space Telescope Imaging Spectrograph - STIS), um dos instrumentos de observação do Hubble.

O STIS fora instalado no Hubble em 1997, mas estava inactivo desde 2004, depois de uma falha de electricidade. Este aparelho estuda a luz dos astros para determinar a sua temperatura, a sua velocidade e até a sua composição química.

De acordo com a Agência Espacial dos EUA (NASA), esta delicada intervenção é comparável à "cirurgia do cérebro": os astronautas tinham de desaparafusar 11 parafusos minúsculos para aceder aos circuitos avariados. Outro objectivo da saída de ontem era instalar um painel de protecção térmica.

No sábado, os astronautas da Atlantis instalaram com sucesso um novo aparelho: o "Cosmic Origins Spectrograph" (COS), concebido para estudar a estrutura do universo e compreender como é que as galáxias se formaram.

No total, foram programadas para esta missão cinco saídas orbitais, uma por dia. A última tem lugar hoje. Já permitiram concluir três reparações prioritárias no Hubble: a instalação de uma câmara de largo espectro e de um novo computador, bem como a substituição dos giroscópios, peças-chave para garantir a estabilidade do telescópio enquanto regista as imagens.

Depois de 19 anos de carreira, ao longo dos quais transmitiu mais de 75 mil imagens espectaculares dos confins do cosmos e milhões de dados, o Hubble começa a revelar sérios sinais de cansaço.

Os responsáveis da missão da Atlantis, que deve prolongar-se por onze dias no total, esperam que todas estas iniciativas possam prolongar a vida do Hubble por mais cinco anos, até à chegada do seu sucessor, o telescópio James Webb. O elevado risco desta missão levou à mobilização de uma nave de socorro, a Endeavour, pronta a arrancar de urgência do Centro Kennedy.
 
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