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Morre Haroldo Costa, ícone do teatro, da literatura e do carnaval brasileiro, aos 95 anos
Referência na valorização da cultura afro-brasileira, ele construiu uma trajetória marcante no teatro, na literatura e na análise dos desfiles das escolas de samba
Faleceu neste sábado (13), aos 95 anos, Haroldo Costa, ator, escritor, produtor cultural e uma das vozes mais respeitadas do carnaval e do mundo do samba. A notícia foi confirmada pela família em um comunicados nas redes sociais. Haroldo enfrentava problemas de saúde recentemente, mas a causa da morte não foi informada.
Nascido no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1930, Haroldo Costa construiu uma trajetória multifacetada ao longo de mais de sete décadas de carreira. Sua formação artística começou no Teatro Experimental do Negro, onde atuou em clássicos como 'O Filho Pródigo', de Lucio Cardoso, marcando o início de uma trajetória dedicada à valorização da cultura afro-brasileira e popular. Haroldo marcou época ao se tornar o primeiro ator negro a atuar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Haroldo foi integrante fundamental da companhia de danças Brasiliana, com a qual passou cinco anos em turnê pelo mundo, antes de retornar ao Brasil e estrelar, entre outras produções, a peça 'Orfeu da Conceição', de Vinicius de Moraes — parceria que consolidou sua relação com o universo artístico carioca. Também atuou como Jesus no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, e participou de produções cinematográficas como 'Cleo e Daniel' e 'Deu no New York Times'.
Além de sua atuação como intérprete, Haroldo foi um produtor cultural influente, responsável por apresentar espetáculos de caráter essencialmente brasileiro em casas renomadas como o Golden Room do Copacabana Palace e diversas boates cariocas nas décadas de 1960 e 1970.
Sua obra literária reflete uma paixão pela cultura popular e pelo samba. Entre seus livros estão títulos como Fala, Crioulo (1982), Salgueiro: Academia de Samba (1984), Na Cadência do Samba (2000) e 100 Anos de Carnaval no Rio de Janeiro (2001), que se tornaram referência para pesquisadores e amantes da cultura do Carnaval.
No universo televisivo, ele também se destacou como comentarista e especialista em desfiles das escolas de samba, acompanhando e analisando as evoluções do carnaval carioca desde os primeiros anos de cobertura na TV Globo e na extinta TV Manchete. Sua voz e olhar críticos ajudaram a moldar a compreensão do espetáculo como expressão cultural e artística.
A morte de Haroldo Costa provoca uma onda de homenagens no meio cultural. Líderes de escolas de samba, artistas e instituições destacam sua contribuição indispensável para preservar e celebrar as tradições do samba e do carnaval, ressaltando seu legado como escritor, intérprete e formador de opinião.
Homenagens
A Acadêmicos do Salgueiro, escola de coração de Haroldo Costa, publicou uma mensagem emocionante nas redes sociais. A escola caiu nas graças de Haroldo por causa do samba de enredo sobre Chica da Silva, de 1963, que levou a escola da Tijuca ao título.
"Hoje, perdemos um homem. Mas ganhamos a certeza de que sua obra, sua voz e seu legado são eternos. Haroldo Costa foi, é e sempre será nosso Orfeu Negro, aquele que cantou nossa história com profundidade, consciência e alma", informa um trecho da nota.
O Dia
Referência na valorização da cultura afro-brasileira, ele construiu uma trajetória marcante no teatro, na literatura e na análise dos desfiles das escolas de samba
Faleceu neste sábado (13), aos 95 anos, Haroldo Costa, ator, escritor, produtor cultural e uma das vozes mais respeitadas do carnaval e do mundo do samba. A notícia foi confirmada pela família em um comunicados nas redes sociais. Haroldo enfrentava problemas de saúde recentemente, mas a causa da morte não foi informada.
Nascido no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1930, Haroldo Costa construiu uma trajetória multifacetada ao longo de mais de sete décadas de carreira. Sua formação artística começou no Teatro Experimental do Negro, onde atuou em clássicos como 'O Filho Pródigo', de Lucio Cardoso, marcando o início de uma trajetória dedicada à valorização da cultura afro-brasileira e popular. Haroldo marcou época ao se tornar o primeiro ator negro a atuar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Haroldo foi integrante fundamental da companhia de danças Brasiliana, com a qual passou cinco anos em turnê pelo mundo, antes de retornar ao Brasil e estrelar, entre outras produções, a peça 'Orfeu da Conceição', de Vinicius de Moraes — parceria que consolidou sua relação com o universo artístico carioca. Também atuou como Jesus no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, e participou de produções cinematográficas como 'Cleo e Daniel' e 'Deu no New York Times'.
Além de sua atuação como intérprete, Haroldo foi um produtor cultural influente, responsável por apresentar espetáculos de caráter essencialmente brasileiro em casas renomadas como o Golden Room do Copacabana Palace e diversas boates cariocas nas décadas de 1960 e 1970.
Sua obra literária reflete uma paixão pela cultura popular e pelo samba. Entre seus livros estão títulos como Fala, Crioulo (1982), Salgueiro: Academia de Samba (1984), Na Cadência do Samba (2000) e 100 Anos de Carnaval no Rio de Janeiro (2001), que se tornaram referência para pesquisadores e amantes da cultura do Carnaval.
No universo televisivo, ele também se destacou como comentarista e especialista em desfiles das escolas de samba, acompanhando e analisando as evoluções do carnaval carioca desde os primeiros anos de cobertura na TV Globo e na extinta TV Manchete. Sua voz e olhar críticos ajudaram a moldar a compreensão do espetáculo como expressão cultural e artística.
A morte de Haroldo Costa provoca uma onda de homenagens no meio cultural. Líderes de escolas de samba, artistas e instituições destacam sua contribuição indispensável para preservar e celebrar as tradições do samba e do carnaval, ressaltando seu legado como escritor, intérprete e formador de opinião.
Homenagens
A Acadêmicos do Salgueiro, escola de coração de Haroldo Costa, publicou uma mensagem emocionante nas redes sociais. A escola caiu nas graças de Haroldo por causa do samba de enredo sobre Chica da Silva, de 1963, que levou a escola da Tijuca ao título.
"Hoje, perdemos um homem. Mas ganhamos a certeza de que sua obra, sua voz e seu legado são eternos. Haroldo Costa foi, é e sempre será nosso Orfeu Negro, aquele que cantou nossa história com profundidade, consciência e alma", informa um trecho da nota.
O Dia
