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Mundial, ainda nem sequer começou

kok@s

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Direitos humanos em causa. FIFA 'amordaçou' o arco-íris no Qatar


A 'mordaça' imposta pela FIFA no Mundial2022 de futebol, a decorrer no Qatar, impediu 'capitães' de envergar a braçadeira arco-íris, mas não manifestações de solidariedade transversal com a comunidade LGBTQI+ naquele país.

Direitos humanos em causa. FIFA 'amordaçou' o arco-íris no Qatar





Embora para os portugueses a causa tenha sido mais visível quando um adepto invadiu o relvado do Estádio de Lusail, durante o Portugal-Uruguai (2-0), da segunda jornada do Grupo H, 'empunhando' uma bandeira arco-íris -- e vestindo uma t-shirt' com a inscrição "Respect for iranian woman [respeito para as mulheres iranianas]" na parte de trás e "Save Ukraine [salvem a Ucrânia]" na parte da frente -, as manifestações de apoio à comunidade LGBTQI+ do Qatar têm sido inúmeras.


Se Mario Ferri, o adepto italiano, de 35 anos, com historial de invasão de relvados, escolheu uma bandeira com a inscrição 'Pace' (paz, em italiano), uma versão que atravessou vários protestos em Itália, desde a luta anti-armas nucleares ao próprio movimento Pride, a antiga primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, estampou o arco-íris nas mangas do fato, na indumentária escolhida para assistir 'in loco' ao Dinamarca-Tunísia.


Não foi a única: também a ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, 'desafiou' a FIFA ao usar a braçadeira 'One Love', 'vetada' aos futebolistas, quando se sentou ao lado do presidente do organismo, Gianni Infantino, para assistir ao Alemanha-Japão, o jogo que deixou uma das imagens mais fortes deste Mundial: a do 'onze' alemão alinhado, com a boca tapada.


"Com ou sem braçadeira, mantemos a nossa posição", lia-se na fotografia desse momento, publicada 'a posteriori' pela federação alemã na rede social Twitter, que, num texto, explicou que o gesto dos seus jogadores não se tratava de "uma manifestação política".


"Os direitos humanos não são negociáveis. Isso devia ser uma certeza, mas ainda não é o caso. É por isso que esta mensagem é tão importante para nós. Negar-nos a braçadeira é o mesmo que negar-nos termos voz", justificou a DFB, em alusão ao veto da FIFA à braçadeira 'One Love'.


Em setembro, as federações de Países Baixos, França, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Bélgica, Inglaterra e País de Gales uniram-se na vontade de se expressarem com a iniciativa 'One Love', defensora de igualdade, pretendendo envergar simbolicamente, no Qatar, uma braçadeira com aquela inscrição e as cores do arco-íris.


A polémica foi escalando de tom -- com as autoridades do Qatar a manifestarem o seu descontentamento -- e, na véspera do início da competição, a FIFA acabou por 'proibir' o uso daquela braçadeira.


"A FIFA foi muito clara, irá impor sanções desportivas se os capitães usarem as braçadeiras em campo. Como federações nacionais, não podemos pedir aos nossos jogadores que arrisquem sanções desportivas, incluindo cartões amarelos", indicaram as federações de Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos e Suíça, num comunicado conjunto, em 21 de novembro.


Antes da 'capitulação' destas sete seleções, que se assumiram "frustradas" pela inflexibilidade da FIFA, já a França tinha recuado, com o seu 'capitão', o guarda-redes Hugo Lloris, a revelar que não iria usar a braçadeira.


Mas o organismo que superintende o futebol mundial não ficou por aí, iniciando uma verdadeira 'caça' ao arco-íris durante o torneio: o 'capitão' alemão Manuel Neuer viu um árbitro assistente 'inspecionar' a sua braçadeira, para certificar-se que esta não incluía a inscrição 'One Love', enquanto a Bélgica viu recusada a pretensão de usar uma etiqueta com a palavra 'Love' (amor) no equipamento.


As bancadas também não escaparam, com diversos espetadores a relatarem episódios em que foram impedidos de entrar com símbolos arco-íris nos estádios de um país em que a homossexualidade é punida por lei.


Se alguns, como os futebolistas portugueses ou o 'capitão' francês Lloris, preferiram manter-se à margem da polémica, outros como o gaulês Antoine Griezmann mostraram que o futebol também pode ser a montra ideal para defender causas.


"[A comunidade LGBTQI+] terá sempre o meu apoio, independentemente de onde esteja no mundo. Mas sou um futebolista, é a minha profissão. O meu país convoca-me para jogar uma competição e eu venho com muito orgulho. Mas eles terão sempre o meu apoio, todo o meu respeito", declarou, na sexta-feira.




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Ex-dirigente detido no Qatar foi torturado dias antes do Mundial'2022




Abdullah Ibhais denunciou tratamento dos trabalhadores migrantes no Qatar.


Ex-dirigente detido no Qatar foi torturado dias antes do Mundial'2022





Abdullah Ibhais, ex-responsável de comunicação do Comité Supremo do Qatar, órgão responsável pela organização do Mundial'2022, que foi detido após levantar preocupações sobre o tratamento de trabalhadores migrantes, alega ter sido torturado nos dias que antecederam a competição de futebol.


Numa carta, divulgada pela Fair Square e pela Amnistia Internacional, a família de Abdullah Ibhais afirma que este passou quatro dias "em completa escuridão", num "confinamento solitário", depois "de ser agredido fisicamente" e torturado com um ar condicionado.




"Ele estava numa cela de dois metros por um, com um buraco no chão como casa de banho e com temperaturas próximas de zero", indica a carta, citada pelo The Guardian.


"'Eu já estava com vários hematomas (...) temia o pior o tempo todo, pois o ar frio direcionado para mim não parava. Quase não dormi durante esses quatro dias', disse-nos ele”, lê-se na carta.


A família está agora a pedir a intervenção das Nações Unidas, depois de Abdullah Ibhais ter esgotado todas as vias legais no Qatar.



Recorde-se que Abdullah Ibhais foi detido, pela primeira vez, em 2019. O responsável alegou ter encontrado 200 trabalhadores no Education-City Stadium e no Al Bayt Stadium que não tinham água potável e não eram pagos há quatro meses.


Abdullah Ibhais foi depois afastado da comunicação do Comité Supremo do Qatar, acusado de fraude relativamente a um contrato de produção de conteúdos para as redes sociais do Mundial'2022, e posteriormente condenado a uma pena de prisão de cinco anos.


Abdullah Ibhais, de ascendência palestina e jordana, rejeitou sempre as acusações e acabou por ser libertado sob fiança. No entanto, foi novamente detido, no passado mês de novembro, devido a represálias por defender os direitos dos trabalhadores migrantes no país, segundo o próprio.


A Fair Square denunciou que Abdullah Ibhais pediu ajuda à FIFA antes de ser preso, tendo enviando "mensagens diretamente para membros da equipa de direitos humanos" do organismo.


"A dado momento, no entanto, eles simplesmente desapareceram", afirmou.


Anteriormente, num comunicado enviado ao The Guardian, a FIFA diz ter falado com Abdullah Ibhais por "várias vezes", assim como com as autoridades do Qatar, prometendo "continuar a acompanhar este assunto atentamente".


Na carta agora divulgada, a família do antigo dirigente também aponta críticas ao organismo regulador do futebol: "A FIFA é cúmplice da prisão de Abdullah e o silêncio da FIFA está a destruir a nossa família".


"Estamos a pedir à FIFA que assuma a responsabilidade e finalmente reconheça esta farsa dos direitos humanos. Apelamos às autoridades do Qatar pela libertação imediata de Abdullah e pedimos a todas as organizações de direitos humanos, jornalistas, ativistas, jogadores e ao público do Mundial que peçam a liberdade de Abdullah", rematam.




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Qatar desvaloriza a morte de mais um trabalhador: "Faz parte da vida"


Diretor executivo reforçou que o Mundial tem sido um "sucesso", apesar das críticas.


Qatar desvaloriza a morte de mais um trabalhador: Faz parte da vida





O diretor executivo do Campeonato do Mundo de 2022, Nasser Al Khater, desvalorizou, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, os relatos de que mais um trabalhador migrante terá morrido durante a construção das infraestruturas da prova, que decorre no Qatar.


"Estamos a meio de um Mundial e estamos a ter um Mundial de sucesso, e isto é algo de que querem falar, agora?", atirou o dirigente, quando confrontado com o caso, em declarações reproduzidas pelo portal britânico The Athletic.


"A morte é uma parte natural da vida, aconteça no trabalho ou durante o sono. Um trabalhador morreu. As nossas condolências à família, mas é estranho que seja algo no qual se queiram concentrar logo na primeira pergunta", completou.


O incidente em causa, terá ocorrido durante a fase de grupos da competição, quando o trabalhador, de origem filipina sofreu um acidente como uma empilhadora, no de correr dos trabalhos de restauração no resort de luxo onde ficou hospedada a seleção da Arábia Saudita.


A reação de Nasser Al Jhater surge depois de, na véspera, a FIFA se ter mostrado, em forma de comunicado, "profundamente triste com esta tragédia", prometendo uma nova reação "assim que os processos relevantes em relação ao falecimento do trabalhador forem concluídos".




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Jornalista Grant Wahl morre no Qatar. Irmão acredita em assassinato


O irmão do profissional que estava a cobrir o Campeonato do Mundo alegou que o homem foi alvo de um assassinato por ter usado uma camisola com as cores do arco-íris, em alusão à comunidade LGBT, à entrada de um estádio, há cerca de duas semanas.

Jornalista Grant Wahl morre no Qatar. Irmão acredita em assassinato



O jornalista norte-americano Grant Wahl morreu no Qatar, local onde se encontrava a fazer a cobertura do Mundial 2022, semanas depois de ter sido detido por usar uma camisola com um arco-íris. De acordo com a CNN, o profissional de comunicação terá desmaiado durante o jogo entre a Argentina e os Países Baixos, que decorreu ao final do dia de sexta-feira, conforme mostra uma publicação da Globo na rede social Twitter.


Segundo a organização, cita a CNN, Wahl recebeu “tratamento médico imediato no local”, tendo sido posteriormente transferido para o Hamad General Hospital.


As circunstâncias da morte não são claras, mas o irmão de Wahl alega que o jornalista foi assassinado.


Num vídeo, partilhado nas redes sociais, Eric Wahl revela ser gay, sendo esse o motivo pelo qual o irmão se solidarizou com a comunidade LGBTQ+ ao usar uma camisola com um arco-íris, e conta que o jornalista terá sido alvo de ameaças de morte.


Recorde-se que, no dia 21 de novembro, o jornalista desportivo norte-americano da CBS Sports revelou que foi detido pelas forças de segurança do Estádio Ahmad bin Ali, no Qatar, por usar uma camisola com um arco-íris.


O incidente aconteceu antes da partida entre os EUA e o País de Gales, a contar para o Mundial 2022.


“Os seguranças recusam-se a deixar-me entrar no estádio para o EUA-Gales. 'Tens de mudar a tua camisola. Não é permitido'”, escreveu o jornalista na rede social Twitter, onde se mostrou vestido com a camisola em causa.


O jornalista terá ficado sem telemóvel e continuou a recusar retirar a camisola, tendo sido detido e libertado cerca de meia hora depois.


A homossexualidade é proibida no Qatar. O símbolo do arco-íris tem sido várias vezes usado como forma de exprimir apoio pela comunidade LGBTQ+ no país.



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Agente de segurança morre após "queda fatal" no Argentina-Países Baixos


O homem foi identificado como John Njau Kibue, um jovem de 24 anos do Quénia que se mudou para o Qatar há um ano.


Agente de segurança morre após queda fatal no Argentina-Países Baixos



Novo episódio negro no Mundial do Qatar. Um segurança de recinto morreu, após sofrer uma "grave queda", enquanto trabalhava no Estádio Lusail durante a partida dos quartos de final entre a Argentina e os Países Baixos, segundo noticia o meio de comunicação The Athletic.


O homem foi identificado como John Njau Kibue, um jovem de 24 anos do Quénia que se mudou para o Qatar há um ano.


Os detalhes precisos de como ele caiu ainda não foram esclarecidos, mas o incidente ocorreu depois de a albiceleste ultrapassar os pupilos de Van Gaal nas grandes penalidades.



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Revelada causa da morte de Grant Wahl, o jornalista que morreu no Qatar


A revelação foi feita pela mulher, Céline Gounder, referindo que morreu devido a rutura de aneurisma.


Revelada causa da morte de Grant Wahl, o jornalista que morreu no Qatar



A mulher do jornalista norte-americano Grant Wahl, que perdeu a vida durante o Mundial do Qatar, no passado dia 10 de dezembro, revelou que a causa da morte foi "a rutura de um aneurisma da aorta ascendente".


Os resultados da autópsia foram partilhados por Céline Gounder em comunicado, esta quarta-feira.


"Grant morreu da rutura de um aneurisma da aorta ascendente, não detetado e de crescimento lento, com hemopericárdio. Nenhuma reanimação ou descargas elétricas o podiam salvar. A sua morte não esteve relacionada com a Covid. A sua morte não esteve relacionada com a vacinação. Não houve nada de nefasto na sua morte", pode ler-se ainda.


Wahl, de 48 anos, colapsou na sala de imprensa do estádio enquanto cobria o jogo entre os Países Baixos e a Argentina. Os paramédicos ainda estiveram a tentar reanimá-lo durante meia hora, antes de o transportarem para o hospital local.


O cadáver e os seus pertences foram repatriados na segunda-feira para Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde foi realizada a autópsia. Este acidente cardiovascular consiste na dilatação desta artéria. Quando ocorre essa dilatação, a parede da aorta enfraquece e a pressão no interior gera uma expansão que pode causar sua rutura.


Wahl é um dos três jornalistas que morreram durante a cobertura do Mundial desde o início, a 20 de novembro. O primeiro foi o diretor de desporto da ITV, Roger Pearce, que "morreu repentinamente" no mês passado no seu hotel. O mais recente foi o fotojornalista qatariano Khalid al Misslam, no fim de semana passado.



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