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Notícias Breves dos Pobres Portugueses em Portugal e no Estrangeiro!

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Grupos Excluídos da Sociedade Portuguesa!

Pobreza Infantil!

Segundo o Eurostat, mais de meio milhão de crianças portuguesas estão em risco de pobreza ou exclusão social. Em cada casa, em cada família onde reina o desemprego e salários muito baixos, há seguramente crianças pobres. O desemprego, a precariedade de emprego, salários que não permitem uma vida digna às famílias são as causas que precisam de ser revistas, são problemas que devem mobilizar a sociedade. Há crianças que chegam doentes ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, por terem fome, porque os seus pais estão desempregados e não têm dinheiro para comida, nem para medicamentos.
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Este vídeo contém imagens chocantes das famílias que perderam tudo, devido ao agravamento do estado de
pobreza a que chegaram, em consequência das medidas de austeridade do governo, que insiste em sacrificar
os mais desprotegidos, especialmente casos de crianças a passar fome em Portugal.

Imigrantes Romenos e Búlgaros passam dificuldades em Portugal!

A partir dos anos 90 com a entrada milhares de ciganos romenos no nosso país, muitos deles sendo ciganos e de pouca instrução, não conseguem arranjar trabalho, dedicando-se à mendicidade e vivendo na pobreza. Muitos deles usam crianças e deficientes para pedir esmolas as pessoas.
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Neste vídeo aborda-se as dificuldades de imigrantes romenos e búlgaros em Portugal.
 
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Idosa de 99 anos de idade pede esmola em Portugal para ajudar família!!!

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Mães Desempregadas!

Susana, Ana Paula e Adriana são mães e desempregadas. Três casos que são o retrato de milhares de mulheres em Portugal. Estas são as histórias das mães coragem do século XXI. Estas são mães heroínas, longe de guerras, mas que travam uma luta diária: pôr comida na mesa para os filhos!

A voz doce de Susana!

A voz doce de Susana é talvez, reflexo de quem trabalhou muito tempo com crianças. Exerceu a actividade de Educadora de Infância, e está há três anos afastada da profissão. O desemprego cresceu a par com a filha, Rafaela. Depois de ter trabalhado em várias creches e jardim-de-infância, Susana Santos, actualmente com 37 anos de idade, viu o contrato acabar e não lhe ser renovado. A notícia foi chocante, pelo facto de ter sido despedida de uma instituição católica. Susana, grávida de sete meses e meio, estava internada quando foi despedida. Entretanto, conseguiu arranjar um emprego no aeroporto em part-time, que durou até Janeiro de 2013.

Hoje vive com 419 euros de subsídio de desemprego e 35 euros do abono da filha, que tem que chegar para pagar os 250 euros da renda da casa, mais água, luz e gás.

Como o pai da Rafaela também não pode ajudar muito, vai-lhe valendo o avô da Rafaela que é um santo, e que não deixa que falte nada à neta de dois anos, mas a mãe tem pena de não poder variar mais na alimentação da menina, de não ter oportunidade de comprar borrego, por exemplo, que é mais caro.

Susana recebe ainda a ajuda da Instituição de Solidariedade Ajuda de Mãe. Nesta instituição de solidariedade de Lisboa, em 2012, foram apoiadas 1126 mães, 571 estavam desempregadas, mas há ainda uma fatia de cerca de 20% com vínculos de grande precariedade.

Dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) referentes ao mês de Março de 2013, mostram que estavam inscritas nos centros de emprego 368.174 mulheres:
- 59.291 mulheres têm o ensino superior, mais 33% por cento do que em Março de 2012, altura em que 44.500 mulheres licenciadas procuravam emprego.

Nascida no pós-25 de Abril, Susana Santos olha o futuro com apreensão: «Não vejo grandes perspectivas em Portugal, e não fosse a Rafaela ser tão pequenina e tão ligada à família, e fazia as malas rumo ao estrangeiro. Voltámos muitos anos atrás na educação, na saúde. Isto tem que levar uma volta grande, e tem que começar a haver emprego». Por agora, Susana vai mandando currículos enquanto espera pela acção de formação do IEFP.

Empregada de limpeza desempregada

Mãe solteira com uma menina de 8 anos e um menino de 13 anos, Ana Paula Guedes, de 47 anos de idade, quase perdeu a conta ao tempo que está desempregada. Este foi o corolário de uma situação que já vinha sendo precária, porque quando ficou grávida da pequenina, perdeu o posto de trabalho de empregada de limpeza. Contas feitas, Ana Paula está desempregada há cerca de quatro anos.

As contas lá em casa são outras:
- Recebe 200 euros do Estado;
- Soma 80 euros dos abonos;
- 47 euros das limpezas a trabalhar meia hora por dia num centro comercial de Bragança.
Já as despesas são muitas, desde alimentação, água, luz, gás e os 11 euros de renda da habitação social.

«Estico, estico, até não dar mais». E muitas vezes não dá: «Às vezes, faltam aquelas pequeninas coisas, como o pacote do leite ou o iogurte», conta Ana Paula Guedes, mas os filhos não passam fome. «Tiro muitas vezes de mim para dar a eles», diz.

Mulher polivalente!

Palavras que parecem tiradas da boca de Adriana Silva, 40 anos de idade, a morar na Serra das Minas, em Sintra. De quem Adriana nunca se esquece é das filhas, de 13 anos e 15 anos de idade, que deixou na Baía com os avós. Nunca mais esteve com elas, vai fazer seis anos, quando saiu do Brasil com um sonho, de conseguir uma vida melhor. Mas a vida complicou-se. Uma gravidez não planeada trouxe-lhe o Pedro, agora com 4 anos de idade, mas deitou o sonho por terra. Ganhou outra vida, sem esquecer a vida que ficou para trás.

Desempregada há mais de dois anos, com os mesmos 200 euros de rendimento social de inserção que Ana Paula, Adriana contribui com 180 euros para a renda da casa de uma portuguesa que a acolheu. Este mês de Maio de 2013, vai receber 45 euros de abono do Pedro, ao fim de dois anos. O pai do filho em nada contribui.

Por isso, faz milagres, fazendo brigadeiros, bolos e salgados, e alguns trabalhos esporádicos em empresas de catering que lhe vão dando para mandar dinheiro para o Brasil. «Tenho que ajudar os três. Ninguém dá trabalho a uma mulher de 40 anos», diz.

As histórias de Ana Paula e Adriana não vêm descritas nos quadros do Instituto Nacional de Estatística. Lá são só números. E há milhares de números com histórias como estas. Mulheres, mães e desempregadas.

Segundo os dados do Censos 2011, há 416.343 mulheres a viverem sozinhas com os filhos. Destas, 41.000 estão desempregadas.

Uma realidade que as instituições de solidariedade social conhecem bem:
- A Cáritas de Bragança apoia 133 famílias de mães divorciadas ou solteiras, em que a maioria está desempregada ou com trabalhos muito precários.
“Todos os meses temos novos casos de famílias que não conseguem pagar as contas”, diz Joaquina Ramos. Estas mulheres pedem ajuda para pagar luz, água, gás, medicamentos. É por isso que Joaquina Ramos não tem dúvidas em chamar-lhes heroínas, umas lutadoras que passam por muito sofrimento e muita angústia.

O filho de Adriana Silva frequenta o jardim-de-infância do Centro Comunitário e Paroquial do Alto do Forte, e faz lá grande parte das refeições. Pode faltar dinheiro às mães, mas a coordenadora Lídia Leal, não tem dúvidas em afirmar que estas crianças não têm carências afectivas. São crianças bastante cuidadas, de mães que se preocupam e acompanham os filhos. Mulheres que são uma força da natureza. São Mães Coragem!

Fonte: TVI 24
 
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Lamentos de um Desempregado!

Eu tenho a solução para a crise 2012-2013

Portugal, estou a falar sério, encontrei a saída para crise porque a necessidade me obrigou a pensar como sair do poço, e no dia 15 de Setembro assisti ao presente no futuro: os portugueses em 2030, acima de tudo vi no dia 15 de Setembro, um povo revoltado, angustiado, sufocado com as austeridades, com a maldita crise.

No dia 15 não tinha o que comer, frigorífico estava vazio, fui para a cama e não conseguia dormir, talvez com fome ou talvez com medo do que tinha para dar de comer aos meus filhos, não conseguia deixar de pensar, o sono não veio e eu pensava, e confesso eu chorava e pensava, tenho que dar comer aos meus filhos, tenho que arranjar trabalho, mas como se este pais esta em crise de tanto pensar fui iluminado com uma solução para a crise, sério mesmo.

EU TENHO A SOLUÇÃO PARA A CRISE UMA FÓRMULA QUE A PARTIR DO FINAL DO ANO 2013 ESTAMOS FORA DESTA CRISE.

Depois pensei como fazer chegar a solução para a crise aos nossos políticos, a televisão ao povo, A TODO PORTUGAL.
Eu não estou a procura de nada mesmo, não quero dinheiro, fama ou protagonismo, só quero encher meu frigorífico com comida e arranjar trabalho.
Mas acima de tudo quero que PORTUGAL SAIA DA CRISE E EU TENHO A SOLUÇÃO PARA ATÉ AO FINAL DE 2013 PORTUGAL ESTEJAM FORA DA CRISE, E OS PORTUGUESES TENHAM UM SORRISO NA CARA E ORGULHO DE VIVER EM PORTUGAL.
Para fazer chegar a mensagem, claro pensei no Facebook, espero que seja PELO MENOS OUVIDO E MESMO VIVENDO NO INTERIOR DE PORTUGAL TENHA A OPORTUNIDADE DE PASSAR A PORTUGAL A SOLUÇÃO PARA ESTA CRISE.

Esta conta foi criada para Portugal sair do POÇO!!!

Poço que o nosso governo ainda anda a escavar, acreditem o rumo que este pais leva nem daqui a 10 anos estamos fora da crise, pelo menos os pobres, porque neste andar daqui a 10 anos a classe média desapareceu e só existirá 3% de MUITO RICOS e 97% de POBRES, esta crise está acabar com o povo, esta crise esta a ser paga com nosso suor, com nosso sangue, com nossa fome, esta crise esta a ser paga por nós, vai ser paga por nossos filhos e muito provavelmente por nossos netos!!!

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

Esta conta foi criada porque eu tenho a fórmula para Portugal sair da crise até ao final de 2013, e tenho obrigação de ajudar este povo, este pais que vive governado por uma serie de governos consecutivos acumulando erros que mandato após mandato, dia após dia, acabam com nossas casas com nossas famílias com nossas vidas!!!

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

O povo esta a vender as casas, os carros, o ouro, os bens pessoais para comer, para dar de comer aos filhos, porque este pais não tem trabalho, porque este pais não tem dinheiro!!!!!!!!

ONDE ESTÃO OS CULPADOS????? ONDE ESTÃO????

QUEM ESTA A PAGAR COM AUSTERIDADE SOMOS NÓS, MAS QUEREMOS SABER ONDE ESTÃO OS CULPADOS?????????

NA CAMPANHA ELEITORAL, BLÁ...BLÁ...BLÁ...

CAMPANHA COM BEIJINHOS E ABRAÇOS AO POVO, MUITAS PROMESSAS, MUITOS COMPROMISSOS, POR UM PORTUGAL MELHOR, BLÁ...BLÁ...

SENHOR 1º MINISTRO ESTE POVO QUE CUMPRIMENTOU ESTA A PASSAR FOME E CONTINUA O BLÁ ...BLÁ...

Senhor 1º ministro Passos Coelho desde já peço minhas DESCULPAS, você é o visado nos meus comentários, mas o mundo que vivo não sabemos os nomes de todos os ministros, nem todos os ministérios que financiamos esta conta é minha e eu só tenho a 4ª classe (MAS TENHO A SOLUÇÃO PARA A CRISE).

Também foi você que me apertou a mão aqui no comício e dizia PORTUGAL VAI FICAR MELHOR COMIGO NO GOVERNO, por isso e por confiarmos nossas vidas em você, eu vou falar para o nosso 1º ministro Passos Coelho.

Austeridade ++++austeridade em 2013 ++++austeridade em 2014 \2015.

Blá ...Blá ...mas vamos entrar nos mercados em 2013 ++++++austeridade.

Vamos começar a crescer ++++ austeridade e ainda em 2013 vamos ter melhores carros ++++austeridade +++++austeridade.

MAS VAMOS TER QUEM???????

Já percebi, em 2013 os 3% dos ricos vão voltar aos mercados, vão começar a crescer, vão ter carros melhores, E NOS 97% VAMOS TER +++++AUSTERIDADE ++++AUSTERIDADE +++FOME+++ MISÉRIA +++IMPOSTOS -----DINHEIRO----TRABALHO-----SAUDE----EDUCAÇÃO-----ESPERANÇA.

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

PORTUGUESES EU DISSE QUE TENHO A SOLUÇÃO PARA A CRISE E É VERDADE. IREI APRESENTAR AO PAIS NO DIA 5 DE OUTUBRO.

Mas quero lançar um desafio as televisões 3 canais (RTP1, SIC,TVI), ao nosso primeiro ministro Passos Coelho, aos Portugueses e também a Igreja Católica, para estarem disponíveis no dia em que Portugal vai começar a caminhar para sair desta crise sufocante, desta crise que Portugal esta metido, nesta crise que nos meteram e agora vamos ter que paga-la e que não temos culpa !!!

Parabéns aos portugueses que tem aguentado tanta austeridade tantos sacrifícios tanta miséria, PARABÉNS MESMO!!!

Parabéns porque aguentamos durante tanto tempo de austeridade, atras de austeridades sem perder a dignidade, os bons princípios a educação.

PARABENS MESMO !!!..........NAÇÃO VALENTE. NOBRE POVO.

Mas eu tenho FOME, não tenho trabalho, vivo com 175 euros. Tenho certeza que os políticos não SABEM O QUE O POVO ESTA A PASSAR. Afirmo isto porque se realmente tivessem a certeza da realidade, tivessem que numa família com 2 adultos, 2 crianças de 3 anos e 11 meses e vivessem com 175€ por mês, eles faziam o trabalho de casa e inventavam a saída da crise, melhor ainda nunca deixavam um pais chegar a este ponto !!!

Governo e Oposição, Ministros e deputados deste pais: OS PORTUGUESES NÃO MERECEM ISTO!!!

Por vossa CULPA ESTOU A PASSAR FOME, SEM TRABALHO, SEM DINHEIRO, SEM PERSPECTIVAS DE FUTURO.

Por isso, EU SOU O ROSTO DA CRISE, EU SOU A CRISE:
- Procurei trabalho, nada,
- Subsídios, nada,
- Apoios, nada,
- Fui à Segurança Social, Centro de Emprego, NADA,
- Instituições de caridade e solidariedade (Cáritas, rosto) e só ali encontrei um apoio: uma cesta básica por semana, uma roupa para vestir o meu filho de 11 meses que a roupa não dura mais de 3 meses.
Não posso aceitar isto, o povo como eu que trabalhamos que descontamos, não pode viver assim!!! Não podem viver de ESMOLAS!!!

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

Se nossos governantes vivessem um ano com o nosso ordenado mínimo 485€ mês , nunca que iam fazer politica desta maneira nunca iam CASTIGAR O POVO COM ESTAS AUSTERIDADES TODAS E TÃO INJUSTAS.

PRIMEIRO MINISTRO, Senhor Passos Coelho, o povo esta a passar fome! Eu estou a passar fome, meus filhos vivem de cesta básica, eu quero trabalhar, eu quero dar comer aos meus filhos!!!

SENHOR 1º MINISTRO ONDE VAMOS PARAR???

SENHOR 1º MINISTRO, CHEGA, EU NÃO QUERO VIVER ASSIM, OS PORTUGUESES NÃO MERECEM VIVER ASSIM!!!

Senhor 1º ministro Passos Coelho , se eu aqui e agora apresentar uma medida sem austeridade nenhuma para o povo e fizer o governo , o país, melhor os contribuintes não gastarem, pouparem 200M€ por ano, você comprometesse comigo com os portugueses a aceitar meu desafio e estar presente no dia 5 de Outubro , quando Portugal ficar a saber a solução para a crise, compromete??????.................................

Eu vou deixar uma medida simples que sendo aplicada em Portugal poupamos mais de 200M€ por anos.

Senhor 1º ministro, se uma rotunda com um jardim cheio de flores , um bonito relvado e ainda com uma cascata de água bem iluminada deve custar aos contribuintes por ano entre despesas de agua luz e manutenção 3\4\5 M€ , quantas rotundas temos em Portugal assim ???? CENTENAS delas!!!

Uma rotunda com despesas anuais de 2000€ x100 rotundas=200000€.

Está aqui como poupar 200M€ aos contribuintes, mas temos mais de 100 rotundas Senhor 1º ministro, temos mais de 1000 rotundas com uma despesa brutal para inglês ver....

Para quê? Para o povo estar a passar fome, vem o turista e diz que bonito, tudo verde, a relva bem aparada, e logo ao lado temos a miséria, um sem-abrigo à fome.

Senhor 1º ministro, uma rotunda com calçada portuguesa, uma caravela bem no meio dura uma vida, não tem manutenção, se quiser eu apresento mais de 20\30 exemplos de rotundas sem despesas adicionais e sem manutenção.

Senhor 1º ministro quer poupar dinheiro, acabem com parte dessas rotundas desnecessárias e dispendiosas!!! Quer começar a ganhar dinheiro com as rotundas ? Quer mesmo?

Eu ensino, venda ou alugue o espaço temporariamente e faça contractos com os pneus Michelin, Goodyear, com a Continental, com os Donuts, com o Mac Donalds, ou com as bolachas Maria, e aproveitem para a publicidade e decoração das cidades se não gosta da ideia pinte só no chão um circulo com cores bem fortes, mas não gastem o dinheiro dos contribuintes só por caprichos de ter uma simples rotunda toda enfeitada. Na Inglaterra, parte das rotundas são pintadas no asfalto, fazem uma simples bolacha e pintam com um circulo amarelo, quando à acidente, as ambulâncias passam por cima sem ficar presas no transito e sem manutenção!!! Isto é um pequeno exemplo de como poupar 200M€ ano.

Tenho mais medidas, SEM AUSTERIDADE PARA O POVO, comprometo com os Portugueses a apresenta nesta conta várias e simples medidas que aplicadas vamos poupar 200M€ ano.

Este é o 1º desafio que faço ao povo Português, mostrem aos nosso governo que temos ideias, soluções e vontade de fazer este pais poupar 200M€ ano. Só servem ideias que realmente façam poupar €€€€€€, SEM AUSTERIDADES!

Vamos falar da iluminação de Natal, na fortuna que é gasta todos os anos mesmo quando temos o povo com fome. Primeiro a paz, alegria, Família a Ceia de Natal, e depois sim as luzes o pisca-pisca, as árvores cheias de cerejas coloridas, isso não é fruta da época, época de austeridade. É bonito mas NÃO MATA A FOME, NÃO AJUDA NAS AUSTERIDADES!!!

Senhor 1º ministro deixe o povo iluminar as cidades, com um sorriso, com um isqueiro, uma vela com felicidade, com uma lanterna, com muita alegria. Senhor 1º ministro o povo queria as luzes apagadas, mas com o subsidio de natal no bolso. EU QUERIA TANTO COMPRAR UM PRESENTE PARA MEUS FILHOS.

QUERO PEDIR DESCULPAS DA MINHA LINGUAGEM, POIS SOU DE UMA FAMÍLIA POBRE, COM POUCOS ESTUDOS E MORO NUMA ALDEIA DO INTERIOR DE PORTUGAL, MAS SOU HONESTO, TRABALHADOR, SOU PAI, MARIDO, UM CIDADÃO REVOLTADO QUE VIVE DE CESTA BÁSICA E PROCURA TRABALHO PARA DAR DE COMER AOS SEUS FILHOS. UM CIDADÃO QUE ESTÁ DESEMPREGADO À 3 MESES E NÃO TEM APOIO DO ESTADO, 3 MESES SEM NADA, MAS NO 1º DIA DE TRABALHO COMECEI A DESCONTAR, ISTO É MISERÁVEL SENHOR 1º MINISTRO, OS MEUS DIREITOS ???????

NÃO, NÃO QUERO VIVER ASSIM!!!

Desculpem por estar sempre a falar de fome, mas estou mesmo com fome, hoje só comi 2 pães de trigo e uma tigela de azeitonas, estou magrinho, magrinho.

POR FAVOR ALGUÉM ME ARRANJA UM TRABALHO????

ESTA CONTA ESTA EM ACTUALIZAÇÃO

https://www.facebook.com/cristinaferreiratvi/posts/426469520744999
 
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RAI mostra Portugal da Austeridade, dos Pobres e dos Ricos!

Portugal visto de fora: RAI Tre mostra o país da pobreza e das desigualdades, dos desalojados às casas de luxo, dos hospitais sem medicamentos e dos salários em atraso! O Negócios Online participa na reportagem da televisão italiana, em que Mário Soares acusa a Alemanha de esquecer-se de duas guerras mundiais que provocou. Retrato de um país entristecido!

"Presa Diretta" é um programa semanal de reportagem de grande audiência da estação italiana RAI Tre. Esta semana, o programa incluiu uma reportagem em Portugal, que a jornalista Lisa Iotti visitou no início do mês de Março de 2012, visitando praças, a Feira da Ladra, restaurantes, lojas de ouro, Alfama, casas de pobres, casas de ricos, hospitais, os escritórios de Mário Soares e também a redacção do Negócios. "A feira da ladra será o último negócio a falir em Portugal", diz um feirante. A reportagem reúne testemunhos de pobreza, de austeridade, de fábricas vazias na margem sul do Tejo, da fila enorme para pedir subsídio na Segurança Social, de cantinas, do Banco Alimentar contra a Fome, dos salários em atraso de quem, assim, não paga a renda e será despejado. "Há em Portugal mais de 1 milhão de famílias em risco de perder as suas casas", diz Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonense. É também o retracto da desigualdade, dos portugueses riquíssimos, das moradias de luxo de Cascais e da Quinta da Marinha, dos campos de golfe.

Hospitais sem dinheiro

No Hospital de Santa Maria, a médica Ana Moleiro diz que o número de doentes está a aumentar, por exemplo, na unidade de doenças respiratórias, porque as pessoas não têm dinheiro para comprar medicamentos. Além do aumento do número de doentes, há uma alteração nos horários das urgências, que deixou de ser homogéneo, relata. Há doentes que só vão às urgências depois do horário de trabalho, porque têm medo de perder o emprego. Já João Álvaro Correia da Cunha, presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte, fala do corte de fornecimento de medicamentos a crédito por uma farmacêutica, que não identifica mas que é conhecida (a Roche). "É uma forma de pressão sobre o Governo para pagar a dívida", diz. "É um problema. Se não tivermos estes medicamentos não poderemos curar os pacientes, sobretudo na área oncológica", afirma. "Eu não sou político, não conheço os segredos das negociações entre o Governo e a Troika. Mas sei que o sistema nacional de saúde é a maior conquista da sociedade portuguesa dos últimos 50 anos", conclui.

Soares e a Ameaça à Paz

No final da reportagem, em entrevista, Mário Soares diz que Portugal não pode pagar sozinho a crise internacional. E desenvolve: "A União Europeia rege-se pela solidariedade entre países ricos e países pobres, entre grandes e pequenos. O projecto europeu é um projecto de paz, antes de tudo, um projecto de democracia, um projecto de bem-estar social e tudo isso está a desaparecer, sobretudo o princípio da solidariedade entre os povos da Europa. Se nós perdemos a solidariedade é a paz que está em jogo". É por isso que Soares considera muito perigosa a política de Angela Merkel. "Sobretudo para a Alemanha. Os povos não esquecerão a situação. A Alemanha esqueceu-se que a Grécia, como Portugal, como os espanhóis e todos os outros [deram apoio] para que a Alemanha voltasse a ser uma só. Quem pagou a reunificação da Alemanha? Fomos nós, europeus". E agora, prossegue Soares: "Esquece-se que se deve ajudar. A Alemanha é responsável por duas guerras mundiais e agora vamos para outra guerra mundial? Mas a União Europeia nasce para conseguir o oposto, para alcançar a paz", acrescenta Mário Soares. Que conclui: "A mim o que me interessa são as pessoas, não os mercados".

Fonte: Negócios Online.

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Televisão Italiana retracta um Portugal em Crise e com Fome!

Um ano e meio depois, a Rai Tre voltou a Portugal. Desta vez, além de um país entristecido, feito de contrastes entre pobres e ricos, a estação de televisão italiana diz ter encontrado um país desiludido, sem esperança, e muitas vezes, sem ter o que comer. O programa de reportagens "Presa Diretta", emitido na RAI TRE e apresentado por Riccardo Iacona, quis avaliar a evolução portuguesa desde a última reportagem feita há cerca de um ano e meio, e passados dois anos e meio desde a chegada da Troika a Portugal. As reportagens de investigação levadas a cabo por este programa não se coíbem de assumir uma posição ideológica perante os factos relatados.
[video=vimeo;75026605]https://vimeo.com/75026605[/video]
A matéria reportada pela jornalista Lisa Iotti, depois da visita em Maio de 2013, indicia uma crescente preocupação e alarme entre os portugueses. Desde manifestações dos CTT e dos estivadores, passando pelas filas sem fim dos centros de emprego e da segurança social, até às conversas com figuras conhecidas ou meros anónimos, as imagens transmitidas há poucos dias em Itália transparecem um país depauperado onde a fome vai substituindo paulatinamente a revolta.

O programa emitido pela Rai tem uma duração de duas horas, chama-se "Basta d'austerity" e descreve a situação que se vive em vários países, incluindo Alemanha, França e algumas zonas de Itália, além de Portugal. Na introdução à peça sobre Portugal, o apresentador Riccardo Iacona previne sobre aquilo que se seguirá: "Vamos ver como os nossos irmãos portugueses estão a passar pelo inferno da austeridade". A surpresa da jornalista ao mostrar os salários entre 400 e 500 euros, publicitados nos escaparates de um centro de emprego na Amadora, é o lado mais positivo da reportagem.

Apesar de possuir casa própria, as dificuldades de um casal cinquentenário, que vive com 25 euros por semana, justificam a vergonha de sair à rua. Será a vergonha de estar desempregado que leva centenas de portugueses por dia ao consulado de Angola. Lisa Iotti conta que as ex-colónias são o destino de muitos portugueses, onde se contam muitos licenciados.

Fome

O fundador da AMI, Fernando Nobre, revela que "nos primeiros três meses deste ano tivemos o mesmo número de pessoas, nos nossos centros, que tínhamos tido no primeiro semestre de 2012". O cenário adensa-se quando Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, revela que mais de 10% da população passa fome. Milhares de pessoas, em Portugal, não comem, pelo menos, um dia por semana, porque não têm dinheiro. Muitas crianças só comem uma vez por dia. Uma idosa diz que almoça nestes centros de apoio e sempre que não consegue guardar os restos para o jantar, espera até ao dia seguinte para voltar a comer. "Estamos muito preocupados porque se continuarmos assim, em poucos meses, não vamos ter capacidade de resposta a todos aqueles que a solicitarem", lamenta Fernando Nobre.

Privatizações e Troika

O conselheiro de Estado Bagão Félix garante que as privatizações não resolvem os problemas económicos e ainda enfraquecem a soberania do país. Um trabalhador dos CTT, filmado durante um protesto, considera que em Portugal se foram os anéis e os dedos. "No momento em que, por exemplo, as águas saiam do controlo do Estado em direcção a investidores estrangeiros, o país perde toda a capacidade estratégica para precaver o seu futuro", explica o antigo ministro das Finanças do Governo de Santana Lopes. Pedro Santos Guerreiro, director do Negócios, considera que os elogios da Troika à política económica nacional são muitas vezes ouvidos como um insulto em Portugal e acrescenta que onde a troika vê a taxa de juro baixar, os portugueses só vêem a pobreza e o desemprego crescer. O ex-sindicalista Carvalho da Silva observa que a fuga dos jovens portugueses para o estrangeiro irá criar uma ruptura entre gerações da qual nunca conseguiremos recuperar. "Portugal foi a cobaia para uma experiência que não funcionou, mas o mais grave é a falta de esperança", conclui Santos Guerreiro.

Quando o apresentador Riccardo Iacona fala no liberalismo desenfreado que está por detrás destas políticas, aproxima-se da ideia defendida por Carvalho da Silva, quando afirma que estamos perante uma situação extremamente subversiva. O antigo Presidente da República, Mário Soares, que também fora entrevistado aquando da reportagem anterior do programa "Presa Diretta", sublinha a importância da Europa acabar com esta fixação pela austeridade. Depois de se classificar como um europeísta avisa que ou a Europa muda de política ou acaba no abismo. Bagão Félix insiste numa ideia, muitas vezes repetida pela esquerda portuguesa, quando afirma que a cura está a matar o doente.

Fonte: Negócios Online.
 
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Fome em Portugal

A humanidade atravessa uma das suas piores crises, sobretudo a dos valores e por isso estamos muito próximo de uma espécie de crepúsculo do humanismo, terá inevitavelmente custos muito elevados, onde a dor, fome e a morte estarão permanentemente presentes.
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Cada vez mais famílias assumem que passam fome em Portugal


Está a aumentar o número de famílias que recorre ao Banco Alimentar e que confessam que passam fome em Portugal. Um relatório revela agora que 14% dos que pedem ajuda têm fome pelo menos uma vez por semana. E quase 40% destas pessoas passam pelo menos um dia inteiro sem comer por falta de dinheiro.[video=youtube_share;DkhgSJgz7hE]http://youtu.be/DkhgSJgz7hE [/video]

Famílias dividem casa para lutar contra a crise.
[video]http://videos.sapo.mz/HjDyO2dQkblzDlYfqJtR [/video]
 
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Quem Ganha com a Fome em Portugal?

A continuação e o aprofundamento da crise económica não afectam somente as dinâmicas económicas da agricultura e os hábitos alimentares dos Portugueses. A crise económica resulta igualmente numa profunda crise alimentar e a crise alimentar por sua vez afecta profundamente as relações políticas e sociais. Afinal, como afirmou Kissinger, "Quem controla a comida, controla as pessoas". E o aumento da fome em Portugal beneficia várias entidades e serve sobretudo os interesses de quem controla o fluxo dos alimentos, assim como as entidades cujo poder depende da existência de fome e subnutrição.

Desde a Antiguidade as crises alimentares demonstram a capacidade de transformar as relações de poder. Desde a génese dos impérios o fluxo de alimentos é capaz de produzir conflitos, e desde o começo da hierarquização social extrema a distribuição de comida é utilizada para apaziguar populações e recrutar seguidores.

Lembremos alguns exemplos:
- O primeiro grande império, a Babilónia, devia o seu poder à sua supremacia agrícola, e o pagamento em géneros alimentares era prevalente.
- Marco António como líder do Egipto chantageou Roma com a retenção dos embarcamentos de cereais, precipitando uma crise alimentar em Roma e obrigando esta a declarar a guerra.
Resumindo: a alimentação e a fome são temas inevitáveis e inerentemente políticos.

As crises alimentares são propícias para que aqueles agentes e instituições que possuem a capacidade de produzir e distribuir comida possam consolidar e estender a sua área de influência. Podemos verificar esta mesma tendência em Portugal desde o começo da crise económica de 2008.

Neste contexto, identificamos, na Europa e em Portugal, uma trindade de agentes que beneficiam com a fome:
- Primeiro, o próprio Estado e a União Europeia;
- Segundo, a Igreja Católica e as suas ordens religiosas;
- Terceiro, os grandes Vendedores de Alimentação.
São estes os principais actores da política da fome.

Comecemos com os grandes vendedores de alimentação:

Estes vêem os seus lucros aumentar cada vez mais numa fase em que a fome cresce exponencialmente em Portugal:

- O Pingo Doce anunciou em Julho de 2012 um aumento de lucros na ordem dos 5.6%, enquanto o grupo Jerónimo Martins a que pertence o Pingo Doce vê igualmente os seus lucros aumentarem por 20%, em grande parte por causa da subida de vendas na Polónia.

- O Continente também vê os seus lucros aumentarem em 6%, ajudando assim o grupo Sonae a manter os seus altos lucros.

Um estudo mais aprofundado sobre este assunto pode ser lido na edição de Outono de 2012 da revista Rubra.

Por sua vez, as instituições supostamente caritativas como o Banco Alimentar também vêem a sua esfera de influência crescer:

O seu poder não pára de aumentar desde o começo da crise:

- Em Maio de 2012, as doações de géneros alimentares subiram 18% em relação ao ano anterior, tendo conseguido recolher 600 toneladas de alimentos no primeiro dia de recolha.

Afirma a sua presidente, em declarações à Agência Lusa, que um quinto da população portuguesa vive abaixo do limiar da pobreza, e que sem prestações sociais como a do Banco Alimentar, esta taxa seria de 40%. Estima-se que pelo menos 300.000 portugueses não têm acesso a nutrição suficiente. À medida que a fome aumenta, aumenta igualmente a capacidade ou potencial para a extensão da influência de instituições como o Banco Alimentar, e o consenso entre estas instituições é o seguinte: a fome não tem parado de aumentar desde o começo da crise. Devemos igualmente considerar que por detrás de instituições como o Banco Alimentar residem interesses políticos estabelecidos e teias de poder ocultas.

Voluntários do Banco Alimentar

Os três directores executivos desta instituição são Isabel Jonet, José Manuel Simões de Almeida e Sérgio Augusto Sawaya, os três católicos devotos. Por sua vez, a criação do Banco Alimentar teve a profunda influência do padre António Vaz Pinto, membro da maior ordem católica, a Companhia de Jesus. O Banco Alimentar menciona que a sede social da nova instituição foi instalada, provisoriamente, no Centro Universitário Padre António Vieira, sendo este último um famoso membro da Companhia de Jesus, mais conhecido como um dos enunciadores do Quinto Império. Isabel Jonet afirmou numa entrevista às Selecções do Reader’s Digest que o Banco Alimentar é uma grande empresa e tem que ser gerido como uma grande empresa. Por sua vez, a distribuição de alimentos é feita por mais de um milhar de associações, a maioria das quais ou têm fortes ligações ou são directamente ligadas à Igreja Católica. Sendo que o negócio liderado por Jonet está em clara ascensão, é compreensível que a canção “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong, seja a sua canção favorita.

A directora do Banco Alimentar, Isabel Jonet.

O Banco Alimentar por sua vez vive ora das doações do público, ora do investimento do Estado e de agentes privados. Tem igualmente uma associação com a Universidade Católica.

A ligação entre instituições religiosas e a produção e disseminação de comida não é um fenómeno moderno. Na Antiguidade como no presente, ordens religiosas e templos controlam vastas áreas de terra arável, sendo estas fundamentais para a preservação do seu poder, representando nomeadamente uma fonte de rendimento indispensável. Nos tempos modernos, a única inovação é a elevada complexidade dos mecanismos de poder. A posse de terra pelas ordens religiosa é complementada pela influência que estas têm sobre o mundo da finança. A influência do Estado sobre a população na sua condição de distribuidor de alimentos é complementada com elevadas somas em subsídios e programas de caridade. Mas mesmo se podemos dizer que a forma muda, a essência sem dúvida permanece: com o aumento da fome e da pobreza, constatamos a expansão e consolidação da área de influência de estruturas de poder e de certas instituições religiosas. Assim sendo, podemos facilmente concluir que em tempos de crise económica e carências alimentares, aqueles que controlam a comida veem-se numa posição privilegiada.

Existem vários projectos em Portugal que tentam lutar contra a fome assim como lidar com o tema da alimentação de maneiras inovadoras.

Entre os mais interessantes estão:
- O Projecto 270, que lida com a soberania alimentar;
- O Projecto Veggiesbox que tenta levar os alimentos directamente dos locais de produção até ao consumidor sem por isso ter de passar por intermediários;
- O Portal da Agricultura Urbana e Peri-Urbana que tenta cultivar a coordenação entre as hortas urbanas de Portugal.

NOTA ADICIONAL (7 de Novembro de 2012):

Uma semana depois deste artigo ser publicado, Isabel Jonet vem confirmar algumas das críticas que nele constam ao criticar o consumismo dos portugueses:

O seu argumento final é que não há dinheiro. Ler isto e estudar mais sobre a moeda fiat para se poder perceber a que ponto é que tal afirmação é falaciosa. O problema não é nem nunca será a falta de dinheiro porque o dinheiro hoje em dia é emitido sem valor adicionado, sendo portanto dinheiro simbólico que se pode emitir arbitrariamente, sendo a inflação excessiva o único verdadeiro entrave. O problema de pobreza advém da má distribuição de riqueza e de poder político.

João Silva Jordão.
 
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Pobres Licenciados Portugueses!

Pouco Risco de Pobreza para Licenciados em Portugal

Portugal surgia, em 2011, entre os países europeus com menor risco de pobreza para a população licenciada, segundo dados do gabinete de estatística da União Europeia (Eurostat). Espanha, por seu lado, surge como o país da União Europeia (UE) onde existia, naquele ano, maior percentagem de pessoas com estudos superiores em risco de pobreza. Enquanto a média europeia se situa em 7,3% para este indicador, em Espanha 10% dos licenciados estava em risco de pobreza. Os países que se seguem são o Reino Unido e a Dinamarca, com 9,4% em ambos os casos.

Fonte: Diário de Notícias.

Quase 5% dos Sem-Abrigos de Lisboa são Licenciados

São homens, portugueses e solteiros. Metade não consome álcool nem drogas. É o que diz um levantamento feito pela Santa Casa da Misericórdia
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A cidade de Lisboa contava, em Dezembro de 2013, com 852 sem-abrigos, na sua maioria homens, portugueses, solteiros e sem fontes de rendimento, segundo um levantamento cujos resultados são apresentados pela Santa Casa da Misericórdia. Na contagem, realizada a 12 de Dezembro de 2013, foram sinalizados 509 sem-abrigos na rua e 343 destes dormiram em Centros de Acolhimento nessa noite. As freguesias de Santa Maria Maior e do Parque das Nações registaram a maior concentração, com 83 pessoas cada, seguidas de Santo António, com 64 pessoas.

A operação teve a participação de mais de 800 voluntários que percorreram todas as ruas da capital e foi o culminar do trabalho desenvolvido pelo «Programa Intergerações InterSituações de Exclusão e Vulnerabilidade Social» que de Abril a Dezembro de 2013, contactou com 649 sem-abrigos, dos quais 454 responderam a um inquérito. Segundo a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na origem da situação de exclusão estão na maior parte dos casos, conflitos familiares e relacionais, o desemprego e a doença física ou mental.

Dos 454 inquéritos feitos:
- 30,6% dos sem-abrigos está na rua há menos de um ano;
- 17% entre um a três anos;
- 15%, entre três a seis anos;
- 5% encontra-se há mais de duas décadas em situação de vulnerabilidade.
Surgiu um caso de uma pessoa que vive na rua há 40 anos.

A grande maioria dos sem-abrigos inquiridos são:
- Homem (87%),
- Tem entre 35 e 54 anos (48%),
- Seguido pelo escalão 55-64 anos (20%).
A pessoa mais nova contactada tem 16 anos e a mais velha 85 anos.

Os sem-abrigos inquiridos são:
- Maioritariamente solteiros (44,5%),
- Portugueses (58,4%);
Tendo sido registados 14,3% sem-abrigo pertencentes a outros países da União Europeia, alguns dos quais querem apenas um bilhete que lhes permita regressar a casa.

Quanto à educação:
- Um terço concluiu o ensino secundário, técnico ou superior;
- 4,6% têm qualificações superiores;
- 7,7% não sabe ler nem escrever.
A grande maioria (71,8%) não tem actualmente qualquer fonte de rendimento e 68,9% recebe apoio na alimentação.

Muitos preferem também dormir na rua por considerarem que os centros de acolhimento nocturno não são adequados, quer pelo elevado número de pessoas seguidas, quer pelo «desfasamento de horário com as suas rotinas de higiene, levantam-se entre as 4h e as 7h, mas estes espaços só abrem às 9h, ou mesmo depois», indica a Santa Casa. Apenas 36,3% dos sem-abrigos recorre àqueles centros de acolhimento.

Dos inquiridos:
- 54,2% dizem ter filhos;
- 36,2% não mantêm contacto em eles;
- 13,8% afirmam ter contacto diário ou quase diário;
- 66,8% tem contactos frequentes com outros familiares.

A nível de saúde, apesar de 45,2% ter problemas de saúde, a maior parte não frequenta regularmente o médico ou outras entidades promotoras de saúde.

Dos inquiridos:
- Apenas 15,4% revelaram sinais de desorganização mental;
- Quase metade (48,5%), afirmaram nunca ter tido consumos aditivos de álcool (contra os 30,4% que ainda têm problemas desta natureza);
- 63,9% disseram nunca ter consumido estupefacientes (face aos 8,8% que têm problemas a este nível).

Após a análise destes dados, a Santa Casa da Misericórdia lança o apelo aos organismos públicos e privados para concertarem «estratégias para mudar o paradigma de intervenção junto dos sem-abrigos, evoluindo da assistência para a reintegração social». A Santa Casa sublinha ainda a urgência de se adaptarem as respostas existentes, «permitindo o acesso a cuidados de saúde e adequando os horários e serviços dos espaços de acolhimento às reais necessidades desta população».
 
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A Vivência da Pobreza: Como se sentem os Pobres?

A maioria das pessoas em situação de pobreza não se revê nessa realidade, identificando-se antes com uma classe social superior. Segundo o estudo apresentado pela AMI, apesar de 88% dos entrevistados terem um rendimento per capita inferior a 421 euros, apenas 48% consideravam estar em situação de pobreza. Os dados foram recolhidos ao longo de 2012 nos Centros Porta Amiga da AMI e trabalhados em 2013.

As conclusões mostram que, apesar de 88% dos entrevistados possuírem um rendimento per capita inferior a 421 euros:
- 48% muito pobre e 40% pobre, valor considerado como limiar da pobreza, apenas 48% se auto-avaliam como estando numa situação de pobreza, considerando os restantes que estão numa classe superior, que pode oscilar entre pobre e média-baixa.

"Quase todas as pessoas tendem a fugir da classe muito pobre e a auto projectarem-se em classes sociais mais elevadas porque para eles muito pobres são as pessoas que não têm casa, dormem na rua e são pessoas que não têm comida", explicou a directora do departamento de Acção Social da AMI e orientadora do estudo, Ana Martins, acrescentando que o facto de ainda terem casa e irem buscar comida à AMI ou a outras instituições, tira-as na opinião dos inquiridos, da classe social muito pobre. Paradoxalmente, quando questionadas sobre a existência ou não de pobreza em Portugal, 64% referem que mais de metade da população está em situação de pobreza. De acordo com esta investigação, a postura optimista entre a classe social real e a percepcionada pelos próprios é ainda maior se projectarmos para um futuro a cinco anos: 60% imagina-se na classe média e média-baixa e apenas 36% diz que daqui a cinco anos continuará a ser pobre ou muito pobre.

A classe social definida pelo estudo como muito pobre corresponde a 48% da amostra e diz respeito a pessoas que, em 2012, viviam com rendimentos até 189 euros. Neste grupo apenas 14% se vê como muito pobre. Já a classe social pobre representa 40% da amostra e diz respeito a pessoas que vivem com um rendimento entre 190 a 421 euros. Neste grupo, 34% vê-se como pobre.

Para este estudo foram feitas 50 entrevistas a 26 mulheres e 24 homens em vários pontos do país, num universo de 31.842 beneficiários da acção social da AMI em Portugal, mas Ana Martins ressalva que os instrumentos estatísticos utilizados permitem fazer uma leitura global acerca da percepção da pobreza.

Mulher e desempregada

O perfil dominante da pessoa em situação de pobreza apontado inclui, entre outras características:
- Ser mulher;
- Viver com alguém;
- Estar desempregada;
- Ter entre 40 e 59 anos;
- Escolaridade entre o 2º e 3º ciclo do ensino básico;
- Ter carências a nível de alimentos e dinheiro;
- Rendimentos inferiores a 150 euros per capita.
É ainda uma pessoa solidária, receosa e triste que considera que o rendimento adequado, para dois adultos e duas crianças, situar-se-ia entre os 251 e os 312 euros ou acima dos 312 per capita.

Apesar de serem as mulheres que se mostram mais optimistas, os dois sexos evidenciam de forma geral um sentimento de acomodação e optimismo, o que somado à falta de percepção sobre a própria realidade em que vivem, dificulta imenso o trabalho de todas as organizações: Inibe o sentimento de indignação e revolta no sentido construtivo, o direito à indignação que permita a pró-actividade, diz o presidente da AMI, Fernando Nobre. Apesar deste sentimento de optimismo, Fernando Nobre garante que os técnicos da AMI lidam com a revolta das pessoas no terreno: "As pessoas estão cansadas e fartas", diz, ressalvando que as entrevistas do estudo foram feitas em 2012, não reflectindo ainda o sentimento das pessoas em relação às mais recentes medidas de austeridade.

Fernando Nobre diz que é urgente assumir de uma vez por todas que há fome em Portugal e lançar uma causa nacional de luta contra a pobreza e exclusão social, juntando esforços de cidadãos, instituições, empresas, juntas de freguesia, câmaras municipais, e Estado central. "Nós estamos perante uma vergonha nacional que não é de hoje mas que, enquanto portugueses que somos, deixa-nos numa situação em termos europeus nem sempre a mais vantajosa", ressalva.

Também Ana Martins sublinha que Portugal é o país da Europa com mais reprodução de pobreza, onde é mais difícil filho de pai pobre sair da pobreza: O ciclo de pobreza é o mais duradouro. E isto cria problemas grandes ao nível da alteração de comportamentos, de maneira de pensar, e de trabalhar a pobreza, porque efectivamente em termos práticos é muito mais difícil para um filho de um pobre ascender, sair do ciclo da pobreza, do que na maior parte dos países europeus, diz salientando que esta é uma realidade agravada pela crise.

Fonte: Público.
 

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SOS Pobreza - Fala Portugal

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A Crise Portuguesa em 3 Minutos

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Situação dos Pobres Portugueses!

O European Consumer Index 2013 revela que os portugueses não pedem dinheiro emprestado e cortam em restaurantes, roupa e comida quando estão em maiores dificuldades financeiras.

A crise em Portugal bateu no fundo do bolso dos portugueses, apesar dos ténues sinais de recuperação. Quatro em cada 10 afirmam não ter dinheiro depois de pagarem as suas despesas mensais, embora uma esmagadora maioria esteja muito consciente das suas obrigações:
- 86% acham que se deve pagar as facturas atempadamente;
- 83% sabem exactamente que facturas vão receber em cada mês.
O estudo, divulgado pelo Intrum Justitia, foi elaborado com base num inquérito realizado online junto de 10.000 consumidores de 21 países europeus por uma agência de estudos de mercado com sede em Amesterdão. Os dados referem que cerca de um terço dos portugueses inquiridos considera que não tem rendimentos suficientes para uma vida digna e defende que as mulheres gerem melhor a economia familiar. Já relativamente aos prazos de pagamento, a maioria (66%) afirma não conseguir muitas vezes cumprir os compromissos e pagar as suas contas a tempo, embora, segundo o Índice de Risco 2013, não tenham agravado o prazo de pagamento relativamente a 2012, mantendo-se nos 60 dias.

Na fotografia da crise saem mal o governo português e a União Europeia:
- 90% consideram que o executivo de Passos Coelho não exerce um bom controlo financeiro, enquanto relativamente à UE a mesma percepção se reduz para os 70%.

O consumo na Europa

Os europeus recorrem sobretudo à família quando se trata de pedir dinheiro emprestado:
- Quase metade, 49%, recorre aos familiares;
- Outros 23% pedem aos amigos;
- E 21% ao banco.
Já 89% dos portugueses dizem que não pedem dinheiro emprestado e quando o fazem pedem ao próprio banco (4%) ou recorrem ao cartão de crédito (4%) e aos familiares (3%).

O inquérito revela igualmente um fosso abissal entre o Norte e o Sul da Europa relativamente ao nível de confiança dos consumidores. Na Grécia e em Portugal este índice está em mínimos históricos, enquanto no Norte, particularmente na Dinamarca e na Noruega, predomina o optimismo. Os portugueses têm também uma boa imagem da Alemanha quando se trata de pagar facturas, colocando o país no número 1 do ranking dos melhores pagadores. Contrariamente ao que a Europa pensa de nós, ocupamos a antepenúltima posição na lista de maus pagadores, só ultrapassados pela Espanha e pela Grécia.

Razões do pessimismo nacional

O desemprego surge como uma das principais razões do pessimismo dos portugueses, acompanhado de rubricas com as despesas em geral, a mercearia e os cuidados médicos. A estas juntam-se os custos com a energia e os combustíveis, as hipotecas sobre as casas e o financiamento do governo. A lista das preocupações integra também o euro, as medidas da UE, o sector financeiro, os gastos em excesso, os pagamentos imprevistos e os custos de aluguer.

Mesmo assim:
- Uma grande parte, 41% dos inquiridos, diz que tem a sua situação financeira muito bem ou bem controlada;
- Outros 46% consideram que apesar de tudo ela está controlada;
- Somente 13% dizem que está mal ou muito mal controlada.
Já relativamente à percepção de como o actual governo português tem controlo sobre a situação financeira do país:
- 3% defendem que ela está bem ou muito bem controlada;
- 11% dizem que está controlada;
- 28% que está mal controlada;
- 58% que está muito mal controlada.

Cortes na despesa

No que diz respeito a poupar, as contas em restaurantes são as primeiras a ser eliminadas, com 91% dos inquiridos a responderem que em períodos de maiores dificuldades financeiras são as refeições fora de casa que cortam em primeiro lugar. Seguem-se os gastos com roupa, com 89% dos que responderam ao inquérito a referi-la, e finalmente a própria comida que compram para casa, opção feita por 47% do universo que participou no estudo.

Nos últimos seis meses houve uma degradação de compra:
- A percentagem dos portugueses que não podem pagar uma conta dentro do prazo subiu de 37% para 38%.
- No mesmo período, os que não pagaram por falta de tempo também subiram de 12% para 20%.
- Os que deixaram de ter os seus pagamentos em dia desceu de 51% para 42%.

Fonte: Jornal i.
 
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Emigração: Portugueses continuam a ser Operários no Estrangeiro!

A emigração dos últimos anos é diferente da das décadas de 1960 e 1970, mas a maior parte dos portugueses que vivem em países como a Suíça, a França, o Luxemburgo ou o Reino Unido, continuam a ser operários e a ter trabalho pouco qualificado.

O perfil do emigrante português mudou mas a maioria continua a trabalhar em profissões não qualificadas no estrangeiro. O primeiro relatório oficial do governo sobre o fenómeno da emigração revela que em países como a França, a Suíça, o Luxemburgo ou o Reino Unido, os emigrantes nacionais continuam a trabalhar como operários, em linhas de montagem e noutras profissões não qualificadas. Só uma percentagem reduzida de emigrantes tem cargos de chefia ou se dedica a áreas científicas e intelectuais. Isto apesar de a emigração qualificada ter aumentado 87% numa década, e de segundo o Observatório da Emigração, 11% do total de licenciados portugueses residirem noutro país. E nem o Reino Unido, para onde têm emigrado os portugueses mais qualificados, é excepção: mais de um terço dos portugueses, possuem profissões indiferenciadas.

Suíça

Entre os portugueses emigrados na Suíça em 2012:
- 75% têm o ensino básico;
- 14% o ensino secundário completo;
- 5% eram licenciados.
Mais de um quarto da comunidade portuguesa, segundo o Censos suíço, trabalham como operários e 23% estão ligados à área dos serviços ou vendas.

Os restantes são:
- Operadores de máquinas (10%);
- Técnicos de nível intermédio (8%);
- Administrativos (4%);
- Profissões intelectuais ou científicas (4%);
- Quadros superiores da administração pública, dirigentes ou quadros superiores em empresas (3%);
- A agricultura ocupa 2% dos emigrados na Suíça.

Reino Unido

O Reino Unido tornou-se nos últimos anos, um dos principais destinos da emigração portuguesa, e segundo o governo, dos portugueses mais jovens e qualificados.
A idade média dos emigrantes no Reino Unido, de acordo com o último recenseamento, de 2011, é de 34 anos:
- Mais de um quarto (28%) dos emigrantes nacionais completaram o ensino básico ou secundário;
- Um quinto (19%) eram licenciados;
- Quase tantos (22%) não completaram qualquer grau de ensino.
Também em 2011, dois terços (64%) dos portugueses no Reino Unido estavam empregados e 25% eram inactivos. No desemprego estavam 4677 emigrantes oriundos de Portugal (6%).

E apesar de no Reino Unido existirem mais licenciados do que em outros países da Europa, quase um terço (29%) tem empregos não qualificados:
- Mais de 10% são trabalhadores qualificados dos sectores da indústria e da construção;
- 22% ocupam-se da área dos serviços pessoais e protecção ou da operação de máquinas e em linhas de montagem.
- Os especialistas de profissões intelectuais e científicas são apenas 10% do total de emigrantes e só 7% são quadros superiores ou dirigentes.
Embora predomine o emprego nas profissões mais desqualificadas, o peso das profissões qualificadas entre os portugueses emigrados em Inglaterra e no País de Gales é maior do que nos outros principais países de destino da emigração portuguesa e o Reino Unido aparece como o principal pólo de atracção da emigração qualificada portuguesa, sublinha o relatório.

França

Os últimos dados sobre a população emigrante em França são de 2010:
- Há três anos, mais de metade (54%) dos portugueses a viver no território francês estavam em idade activa e tinham entre 25 e 54 anos. Mais de um terço (39%) ultrapassou os 55 anos: número que se explica pelos fluxos migratórios das décadas anteriores.
Em 2010, 61% dos portugueses estavam empregados:
- 24% eram reformados;
- 5% não tinham emprego (29.616 desempregados);
- Dos que tinham trabalho, mais de 40% eram operários e cerca de um terço (32%) trabalhavam nos serviços ou como administrativos.
- Os portugueses com ocupações técnicas intermédias representavam 12% do total e 8% eram comerciantes, pequenos empresários ou independentes. Só 5% eram quadros superiores ou especialistas em profissões intelectuais.

Luxemburgo

Continua a receber emigrantes portugueses, mas a comunidade continua a ser pouco qualificada:
- A maioria (59%) tinha em 2011, o ensino básico;
- Só 3% completou o ensino superior.
As baixas qualificações reflectem-se no tipo de trabalho:
- 60% eram trabalhadores indiferenciados: um terço (34%) eram não qualificados, sobretudo empregados de limpeza, e mais de um quinto (26%) operários.
- Os restantes 8% eram operadores de máquinas ou trabalhavam em linhas de montagem e só 5% tinham profissões intelectuais ou científicas e 3% eram quadros superiores.
Trata-se de uma população emigrada pouco qualificada, apesar da chegada de novos emigrantes, resume o relatório.

Os 12 países onde há mais portugueses emigrados

Alemanha

É o 7º país do mundo onde há mais portugueses e recebeu 11.000 novos emigrantes nacionais em 2013 (+25,9% que em 2012). Em 2013, viviam na Alemanha cerca de 104.000 portugueses, menos do que os 108.000 em 2000. São mais homens (56%) do que mulheres e metade têm entre 40 e 64 anos. Em 2012, segundo o relatório do governo, 444 nacionais pediram naturalização alemã.

Bélgica

É um dos novos destinos da emigração nacional. Em 2012, a Bélgica recebeu 129.000 portugueses e tornou-se o 6º país com mais emigrantes oriundos de Portugal. Em 2013, viviam em território belga, um total de 31.500 portugueses. Ainda assim, o número de cidadãos nacionais a pedir a naturalização belga, de acordo com o relatório do governo, não aumentou e tem variado anualmente entre 150 e 300.

França

Os portugueses emigrados em França aumentaram de 567.000 em 2005 para 588.000 em 2010, e são a terceira maior comunidade residente (11% do total de imigrantes) a seguir aos argelinos e marroquinos.

Segundo o Censos de 2010:
- 40% dos portugueses emigrados em França eram operários;
- 32% administrativos;
- 8% comerciantes;
- 5% quadros superiores.

Noruega

A emigração tem vindo a aumentar, ainda que continue a ser residual. Em 2000 entraram 50 portugueses na Noruega, número que em 2013 foi já superior a 800. Segundo os dados oficiais, a Noruega é actualmente, o 10º país para onde mais portugueses emigram, tratando-se de um destino emergente e recente. Em 2000 viviam na Noruega 700 portugueses, enquanto em 2013, já eram 2000.

Brasil

Só entre 2010 e 2011, o número de entradas de portugueses aumentou de 798 para 1,56 milhão. Em 2013, 2913 emigrantes nacionais emigraram para o Brasil, o que representou 5% do total das novas entradas em território brasileiro. Entre 2012 e 2013, a emigração portuguesa cresceu 29,6%. O Brasil é o 7º país do mundo para onde mais portugueses emigram, revela o relatório.

Canadá

A emigração para o Canadá é hoje mais reduzida. Desde 2000, o número de entradas anuais manteve-se entre as 200 e as 700. Mas a tendência é de crescimento, ainda que ténue (5% ao ano). Em 2013, 523 novos portugueses escolheram o Canadá para viver e trabalhar (mais 3,4% que no ano anterior). A comunidade portuguesa é pequena e representa apenas 0,2% do total de imigrantes no Canadá.

Holanda

O número de entradas de portugueses tem subido. Em 2011, segundo o relatório do governo, emigraram para a Holanda mais de 1,7 milhão de cidadãos nacionais, o que torna o país o 8º para onde mais portugueses emigram actualmente. O número de emigrantes nacionais a viver na Holanda aumentou mais de 60% entre 2000 e 2013, passando de 9500 para 15.486.

Reino Unido

É actualmente, o país para onde mais portugueses emigram, sobretudo os qualificados. A entrada de nacionais cresceu exponencialmente de cerca de 1800 entradas em 2000 para mais de 30.000 em 2013 (+47,3% do que em 2012). Os portugueses estão já entre as cinco principais comunidades de imigrantes no Reino Unido. Entre 2000 e 2013, o número de portugueses triplicou.

Espanha

A emigração para Espanha cresceu bastante entre 2000 e 2007, mas sofreu um declínio a partir de 2008, devido à crise na construção civil. Mesmo assim, a Espanha continua a ser o 4º país para onde os portugueses mais emigram: em 2012 foram 6000. O ano em que recebeu mais emigrantes nacionais foi 2007 (27.000). Entre 2008 e 2009, o número caiu 42%, para menos de 10.000, e tem continuado a baixar.

Estados Unidos

Desde 2000, a emigração portuguesa tem diminuído. Nesse ano, entraram 1343 emigrantes nos E.U.A., contra 811 em 2012. O número de nacionais a viver nos Estados Unidos caiu para metade desde 2000: o número de entradas não tem sido suficiente para compensar o número de mortes e de regressos a Portugal. Ainda assim, os E.U.A. ainda são o terceiro país do mundo com mais portugueses (158.000).

Luxemburgo

As entradas de portugueses no Luxemburgo representam um quinto do total de entradas de estrangeiros e não têm parado de aumentar desde 1999. Em 2012, o Luxemburgo recebeu 5193 novos emigrantes portugueses. No ano 2000, e a título de comparação, foram 2193. O número de portugueses emigrados no Luxemburgo teve um crescimento de quase metade (46%) em 10 anos.

Suíça

Desde 2003 que o número de entradas de portugueses na Suíça é bastante expressivo, acima de 10.000 por ano. Os portugueses são actualmente a segunda maior comunidade de imigrantes, a seguir à alemã, e a Suíça é o segundo país para onde mais nacionais emigram. Só em 2013 entraram no país quase 30.000 novos portugueses, o que representou uma subida de 106% face a 2012.

Antena Lusa/online.
 

mjtc

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Mais Pobreza em Portugal?

Mais Pobreza em Portugal?
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A análise de Carlos Paz, Professor de Economia no Programa "Assembleia Geral" de 26 de Março de 2014.

Um em quatro Portugueses está em risco de Pobreza
[video=youtube_share;WeFdSs2R4v0]http://youtu.be/WeFdSs2R4v0[/video]
A pobreza aumentou em Portugal e afecta cada vez mais crianças. Os números oficiais indicam que
um quarto dos portugueses corre o risco de pobreza.

Portugueses estão cada vez mais Pobres

Um milhão de portugueses não têm dinheiro para comprar carne ou peixe. Os números da pobreza em Portugal foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e são preocupantes. O número de pobres tem aumentado e quase metade é mesmo gente com emprego.
Portugueses estão cada vez mais pobres - País - Notícias - RTP

A maioria dos portugueses está a ficar mais pobre mas agora as estatísticas colocam-nos quase ao nível do que se vivia em 1974. No Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, um estudo indica que um em cada quatro portugueses está em risco de pobreza e diz ainda que em termos relativos quem recebe o salário mínimo ganha menos 12 euros do que em 1974.
[video]http://videos.sapo.pt/IZRs79VBIiOv0VEGzYQF[/video]
 
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mjtc

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Um sistema que produz mais de 1 milhão de pobres por ano, não interessa!

Ao fim de 13 anos já deu para perceber que o euro trouxe consequências devastadoras para os países mais pobres e fracos e vantagens gigantescas para os países mais fortes e ricos, principalmente para a Alemanha. O euro ampliou e fortaleceu algumas economias em detrimento de outras, agravando o fosso entre os países ricos e os países pobres, agravou também esse mesmo fosso dentro de cada país. Portugal é o exemplo.
[video=youtube_share;mu2-r5mS2_E]http://youtu.be/mu2-r5mS2_E[/video]
O presidente da Rede Europeia Anti Pobreza (REAP), padre Agostinho Jardim Moreira, diz que a crise
gerou um grupo de novos pobres - pessoas da classe média que foram afectados pelo desemprego.

"Conheço alguns casais formados que vivem com 100 euros por mês, comem massa com massa, de manhã à noite, e têm vergonha de pedir. Ou então são as famílias ou vizinhos que lhes vão em socorro", conta Agostinho Jardim à Rádio Renascença. O presidente da REAP sublinha o facto de muitas vezes, os casos da chamada "pobreza envergonhada" não constarem dos números oficiais. A Rede Europeia Anti Pobreza em Portugal diz que a existência de 2 milhões de portugueses em situação precária no país é uma chamada de atenção para que as políticas que têm sido seguidas nos últimos anos possam ser alteradas.
 

mjtc

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Pobreza em Portugal afecta quase 2 milhões e pode aumentar – INE

O risco de pobreza continuou a aumentar em Portugal em 2013, afectando já quase 2 milhões de portugueses, de acordo com os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os dados do INE, 19,5% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2013 face aos 18,7% do ano anterior, apesar de ter existido um aumento dos apoios sociais às situações de doença e incapacidade, família ou desemprego. As estatísticas do INE assinalam ainda que, apesar de o aumento do risco de pobreza ter abrangido todos os grupos etários, foi maior nos casos dos menores de 18 anos, tendo o risco de pobreza passado de 24,4% em 2012 para 25,6% em 2013.

«A presença das crianças num agregado familiar está associada ao aumento do risco de pobreza, sendo de 23% para as famílias com crianças dependentes e de 15,8% para as famílias sem crianças dependentes», adianta o INE.

Fonte: Lusa.
 

mjtc

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O número de pobres voltou a aumentar.

Pobreza: Quase 30% dos portugueses não pode aquecer a casa.

O número de pobres voltou a aumentar. Aquecer a casa, pagar despesas inesperadas, comprar roupa nova ou dinheiro para actividades de lazer, são algumas das principais dificuldades dos portugueses.

A taxa de risco de pobreza voltou a aumentar. Chegou aos 19,5% em 2013, o valor mais alto da última década. Desde 2003 que não existiam tantos pobres em Portugal. O número foi revelado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) num estudo que revela também quais são as dificuldades mais comuns dos portugueses pobres:

O Inquérito ao Rendimento e Condições de Vida mostra por exemplo, que 28,3% dos portugueses vive em famílias que não conseguem manter a casa aquecida de forma adequada.

Outro problema comum é que 4 em cada 10 portugueses vivem numa família que não pode pagar de imediato, sem um empréstimo, uma despesa inesperada de 400 euros.

O inquérito revela ainda que 19% não pode substituir roupa usada por nova e alguns 3%, não têm mesmo dois pares de sapatos que lhes sirvam.

Outra dificuldade económica referida por vários portugueses, 20,6%, é a impossibilidade de participar, regularmente, numa actividade de lazer.

Para além disso, 15,5% não pode encontrar-se com amigos ou familiares para uma bebida ou refeição, pelo menos uma vez por mês.

Cerca de 17,9% não conseguem gastar semanalmente, uma pequena quantidade de euros consigo próprios.
 

newpine

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Set 23, 2006
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Ia comentar , mas não é necessário.

Colocas o espelho da pobreza portuguesa em parangonas bem visíveis , e só quem for muito distraído , passa despercebido por estes itens ...

Toda a gente sabe das dificuldades que muita gente , e muitas famílias passam , mas aqui exposto , a nu , para toda a sociedade que devia pensar fica uma foto triste.

Estou desolado com a gravidade da evolução destas notícias sobre quem é pobre de facto ...

Quase 18% dos portugueses não consegue gastar semanalmente ,uma pequena quantidade de euros consigo próprios...
 

chagraman

GF Bronze
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Nov 15, 2014
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outra coisa que tambem se tem vindo a agravar è a pobresa dos portugueses no estrangeiro
muitos sobecarregados de dividas em portugal procurao resolver os problemas no estrangeiro, o problema è ,e falo em concreto da frança(onde vivo) que quando cà chegao encontram um pais onde a crise tambem se tem manifestado fortemente, eles veem sem saber o custo de vida neste pais onde ja nao se ganha para poupar mas sim para comer e pouco mais, o salario de quem chega pouco ultrapassa os 1300 € teem de contar entre 500 a 800 de renda de casa, para comer, 1 pessoa sozinha gasta entre os 300 a 400 euros, tudo isto sem contar com impostos agua luz , gaz e vestuario, a ilusao transforma-se rapidamente em preocupaçao, è pena mas conheço muitos assim.....
 

mjtc

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Cerca de 3 Milhões de Pobres em Portugal: com fome e carências graves (2014)

Segundo os critérios europeus oficialmente aceites, em termos genéricos, um indivíduo é considerado pobre se viver numa família cujo rendimento por adulto equivalente seja inferior a 60% do valor mediano por adulto equivalente ao calculado para toda a população.

De acordo com os dados de 2014, em Portugal o rendimento monetário disponível médio por adulto equivalente era de 10.390 euros anuais, e segundo o critério de definição da pobreza, a linha mínima de exclusão da pobreza em Portugal encontra-se a partir de um rendimento anual mínimo igual ou inferior a 6.234 euros, ou seja, um rendimento mensal mínimo líquido de 519 euros.

Ora segundo este critério de determinação da pobreza, e de acordo com projecções oficiais, no final de 2014 existiriam em Portugal cerca de 3 milhões de portugueses, numa população de 10,5 milhões de habitantes, portanto correspondendo a 28% do total da população portuguesa, que viveriam com um rendimento médio disponível mensal igual ou inferior a 519 euros mensais.

Outros dados relevantes da pobreza e da fome em Portugal:
- 14,5% (1, 6 milhão) dos portugueses vivem em casas sobrelotadas (fonte: INE).
- Taxa de risco de pobreza para menores de 18 anos: 24,4% (412.000 crianças). (fonte: UNICEF, dados de 2012).
- Crianças com fome diária permanente: 120.000 (mais 35.000 do que em 2012). (fonte: Banco Alimentar Contra A Fome-BACF).
- Cerca de 21,8% das crianças viviam em agregados familiares com rendimentos per capita inferiores a 416 euros mensais (INE).
- População com carências alimentares diárias: 26% (2 milhões e 750 mil portugueses), passavam fome permanente durante a semana, e 14% (1,5 milhão de portugueses) pelo menos, um dia por semana, não conseguem obter uma refeição completa (fonte: BACF).
- População com fome permanente diária: 375.000 portugueses assistidos diariamente pelo Banco Alimentar Contra A Fome (fonte: BACF).
- População em privação material severa: 41% (4,3 milhões) dos portugueses vivem com dificuldade, por exemplo, em pagar as rendas em atraso, manter a casa aquecida, ou fazer uma refeição de carne ou de peixe de dois em dois dias (fonte: INE).
 

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Hospitais atendem cada vez mais grávidas com fome

No Hospital Amadora-Sintra, mas também no Pedro Hispano, em Matosinhos, há grávidas que são internadas para garantir que são alimentadas. Há cada vez mais grávidas, bebés, crianças e idosos a passar fome. Nos últimos dois anos, aumentou de forma significativa o número de pessoas que estão a passar fome. A Antena 1 descobriu casos e situações de grávidas, bebés, crianças e idosos que estão a deixar de comer porque a alimentação deixou de ser uma prioridade para muitas famílias afectadas pela crise.

Grávidas chegam com fome às urgências do Amadora-Sintra - País - Notícias - RTP

Há cada vez mais grávidas, bebés, crianças e idosos a passar fome - País - Notícias - RTP
 

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Banco Alimentar Contra a Fome

Os Bancos Alimentares são Instituições Particulares de Solidariedade Social que lutam contra o desperdício de produtos alimentares, encaminhando-os para distribuição gratuita às pessoas carenciadas. Os Bancos Alimentares em actividade recolhem e distribuem várias dezenas de milhares de toneladas de produtos e apoiam ao longo de todo o ano, a acção de mais de 2360 instituições em Portugal.

alimente_esta_ideia.png

Por sua vez, estas distribuem refeições confeccionadas e cabazes de alimentos a pessoas comprovadamente carenciadas, abrangendo já a distribuição total mais de 390.000 pessoas.

O primeiro Banco Alimentar em Portugal foi o de Lisboa, fundado por José Vaz Pinto e presidido desde 2002 por Isabel Jonet. Hoje existem 21 Bancos Alimentares em Portugal, que fazem campanhas em supermercados nas quais mobilizam muitos voluntários, sendo o maior movimento da sociedade civil em Portugal no pós-guerra. O Banco Alimentar recebeu o Prémio Direitos Humanos da Assembleia da Republica em 2008. A 25 de Abril de 2011, foi feito Membro-Honorário da Ordem da Liberdade.
 
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Há 100 Crianças a dormir nas ruas do Porto

Também há menores entre os sem-abrigo do Porto. Há famílias inteiras a viver nas ruas da cidade e quem acompanha esta realidade aponta para casos cada vez mais dramáticos. O número de pessoas sem casa aumenta a olhos vistos.

Não existe propriamente um levantamento oficial, mas dados recolhidos pelo movimento Uma Vida como a Arte revelam uma realidade dramática. Há pelo menos, 100 crianças entre os 1500 sem-abrigo referenciados na cidade do Porto.

Os números não são oficiais porque foram variando a um ritmo assustadoramente elevado à medida que os últimos anos avançaram e podem, dizem os técnicos ao P24, estar desatualizados. O único dado adquirido é que a crise provocou o aumento substancial de sem-abrigo nas ruas do Porto.

Há os estrangeiros que perderam o trabalho e não têm como regressar ao país de origem, os velhos cujas reformas deixaram de cobrir as despesas básicas, os que ainda há poucos anos integravam a chamada classe média e que o desemprego atirou entretanto para a rua. Entre outros, muitos outros, a quem vicissitudes várias levaram a um desfecho comum: a rua como único ponto de abrigo. E há os menores, crianças e jovens até aos 18 anos, que são obrigados a viver ao relento.

Há famílias com filhos que não têm outra alternativa que não a rua. Têm sido sinalizados cada vez mais casos desses. Neste momento tudo aponta para que sejam cerca de 100, revelou ao P24 o movimento Uma Vida como a Arte, com base em dados recolhidos pelo seu pessoal.

Por calcorrearem as ruas da cidade com frequência praticamente diária e conhecerem de bem perto um cenário que eles próprios viveram na pele, ou ainda vivem, os elementos do Uma Vida como a Arte apontam uma estimativa que deverá andar muito próxima da realidade. Há entre 1000 e 1500 pessoas que não têm tecto na cidade, calculam. Nesta cifra, estão incluídos indivíduos que dormem literalmente na rua. E outros que, mesmo tendo um tecto, não têm condições para o manter permanentemente e estão dependentes do Estado para não voltarem a dormir ao relento.

Entre estes 1500 cidadãos, está quem literalmente dorme na rua, quem é obrigado a ocupar casas devolutas ou abandonadas porque não tem mais para onde ir e quem tem quarto de pensão pago pelo Estado mas apenas lá está autorizado a passar a noite. E, neste milhar e meio, não estão contabilizados os que recorrem a ajuda alimentar mesmo possuindo telhado permanente. "Há cada vez mais casos de miséria permanente, é muito assustador", revolta-se La Salete Santos, do movimento Uma Vida como a Arte.

É vê-los nas filas para as refeições que várias instituições e associações entregam diariamente na cidade: no Porto, o fenómeno é uma realidade bem visível, enquanto nos concelhos limitrofes de Matosinhos, Gaia e Gondomar não se conhecem assim tantas sopas dos pobres.

O artigo "Há 100 crianças a dormir nas ruas do Porto" pertence a Porto24.
 
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Os Novos Pobres da Comporta

Ganham três euros brutos, por hora, dormem em contentores e não se queixam. São os imigrantes mais explorados do país. Os imigrantes dormem em contentores com a roupa e comida ao monte. Alguns sonham em ter um negócio na restauração, outros dizem-se satisfeitos com o trabalho no campo.

Na rota da exploração laboral na costa alentejana

As casas onde vivem outras tantas centenas de imigrantes, sobretudo na costa alentejana e junto a Alqueva, estão longe dos mínimos exigíveis de habitabilidade. Junto à outra propriedade fiscalizada, em Grândola, dormem cerca de 20 pessoas dentro de um casebre.

A ACT já deu com um apartamento T3 em Serpa, onde se amontoavam 55 pessoas que pagavam uma renda mensal de 1530 euros.

Em Pedrógão, viviam 25 famílias numa antiga oficina de automóveis com uma única casa de banho. Foram também detectados casos de trabalhadores que tinham de descontar uma parte do salário pela pernoita em contentores, muitos deles sem electricidade ou água quente.

Carlos Garcia, inspector de trabalho, coordenador da equipa da ACT, especializada em trabalho não declarado.

Existe trabalho escravo em Portugal?

Existe. Infelizmente temos ainda largas franjas de falsos prestadores de serviços. São empresas de ocasião, unipessoais, criadas com o único objectivo de lucrar o máximo possível no mais curto espaço de tempo. São formadas em Portugal, e em regra por pessoas dos mesmos países de onde vem a mão-de-obra. Aconteceu no passado com os romenos, tailandeses e agora com os indostânicos (nepaleses, paquistaneses ou indianos).

Quando são interceptados pelas autoridades pura e simplesmente eclipsam-se. Praticam um trabalho escondido: não fazem descontos, não declaram os trabalhadores, não pagam seguros. São dirigidas por um testa de ferro, que é um trabalhador como outro qualquer, seleccionado para constituir essa empresa. Mal é descoberto, esse trabalhador desaparece e vai para outro país da Europa. Pouco tempo depois, um colega forma outra empresa, a mando de alguém.

Com as alterações da lei no ano passado, os proprietários das herdades passaram a ser responsáveis solidários com as infracções que aí se praticam. E começam a ter mais cuidado e controlo com quem contratam.

Mas os portugueses não querem trabalhar nestas herdades e as grandes produções agrícolas precisam de muitos trabalhadores.

O Alentejo está em forte expansão e necessita muito de mão-de-obra, principalmente na costa alentejana e em Alqueva. Dada a escassez de mão-de-obra nacional, tudo o que vem a qualquer preço é bom. No meio destes milhares de trabalhadores continua a haver empresas com práticas deploráveis. Fazemos também o controlo a montante, com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em relação aos pedidos de admissão de novos trabalhadores em Portugal. Este tipo de empresas está a ser barrado. Elas só recrutam pessoas com o intuito de depois as ceder a terceiros. Vamos continuar muito atentos a esta realidade, pois elas contribuem para o crescimento da economia paralela: este fenómeno alimenta, por exemplo, o mercado do arrendamento ilícito.

A maioria dos trabalhadores com quem falámos não se queixa muito.

Infelizmente, eles aceitam isto como se fosse razoável. Um cidadão indiano identificado por nós há pouco tempo dizia-me: "Isto não é bom, mas eu suporto". Na lógica deles, já é bom ter um tecto, televisão, electricidade, uma casa de banho onde por vezes corre água quente, outras vezes água fria. No país deles, vivem em condições muito piores do que estas.

Este é o argumento que as empresas sem escrúpulos utilizam para os convencer a vir trabalhar para Portugal. Ganhar o ordenado mínimo português é muito mais do que alguma vez eles vão conseguir no seu país, mesmo depois de pagar as dívidas às cadeias mafiosas. Muitos já saem do país com dívidas de 10.000 a 15.000 euros a estas redes. Isto passa-se ainda antes de os imigrantes chegaram ao nosso território. Em Portugal, tentamos controlar estas ilegalidades. Mas isto é mais difícil de fazer no país de origem, onde tudo começa.

http://cadernosdalibania.blogspot.pt/2017/05/os-novos-pobres-da-comporta.html?spref=fb
 
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