- Entrou
- Ago 4, 2007
- Mensagens
- 47,553
- Gostos Recebidos
- 1,114

As células cancerígenas preferem crescer em tecidos com gordura. Esta associação está comprovada e serviu de ponto de partida para um estudo americano que abre portas a possíveis nova formas de tratamento do cancro.
A preferência por tecidos gordos, por parte do vírus, deve-se à presença de mais energia que leva a que os melanomas se apoderem dos lípidos (responsáveis pela acumulação de energia celular), “se tiverem esta possibilidade, e depois migrar para tecidos ricos em células gordas”, explica Richard White, cientista e autor do referido estudo.
É por se desenvolverem mais rápido neste ambiente que as células cancerígenas ‘preferem’ corpos com maior gordura, estando os indivíduos com excesso de peso mais propícios ao desenvolvimento da doença. A prevenção através de uma redução de peso é óbvia, neste sentido, mas não é este o aspeto em que o grupo de investigação mais se focou. Pelo contrário, analisaram a atuação de tais células em tecido gordo, esperançosos de que o seu comportamento pudesse ser contrariado e, assim, a doença combatida.
A proposta passou pela injeção de FAPT (uma droga que bloqueia a ação proteica nas células) em peixes-zebra, que serviram de objeto de estudo pela forma como desenvolvem melanoma, que é semelhante à de no ser humano. Ora, tal droga impediu que as células se apoderassem dos tecidos gordos e consequentemente não se desenvolvessem tão rápido como anteriormente.
Porque as células afetadas pelo cancro atuam no sentido de contrariar o sistema imunitário, que deixa de ver o cancro como uma ameaça e por isso ‘deixa-se’ ser apoderado pelo mesmo, procurar solucionar o problema pela via inversa poderá ser uma eficaz solução.
IN:NM