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Quanto menos dorme mais curta será a sua vida. A ciência explica

Lordelo

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Está provavelmente saturado de ouvir falar de políticos ou de empresários de sucesso que se gabam de dormir pouco, aumentando assim a sua produtividade. Todavia, e de acordo com o neurocientista Matthew Walter, em declarações à BBC News, tal não é de todo admirável e faz mal ao corpo e ao cérebro...

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As descobertas da ciência até agora apontam que quanto menor é o tempo de sono, mais curta será a sua vida – explica Walker, professor de neurociência e psicologia, na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, e autor do livro ‘Por que dormimos’.

De fato, dormir é tão benéfico que Walker começou a pressionar os médicos a prescreverem esse ‘tratamento’ aos seus pacientes.

No entanto, essa indução ao sono deve acontecer naturalmente. Vários estudos relacionam a toma de fármacos para dormir a um aumento de risco de cancro, de inflamação do organismo e consequentemente de mortalidade.

O que acontece quando passa uma noite em claro?

Quando dorme o processo é semelhante a uma revisão que faria ao seu carro ou a um eletrodoméstico. Os sistemas fisiológicos do corpo são verificados e regenerados – através da renovação celular que ocorre durante o estado de repouso.

Walker alerta que muitas das doenças fatais que afetam a humanidade estão diretamente relacionadas com a falta de sono, nomeadamente o Alzheimer, doenças cardiovasculares, cancro, diabetes, obesidade, depressão, ansiedade e até propensão para o suicídio.

Quantas horas devemos dormir para que o organismo regenere?

Deve dormir pelo menos entre sete a nove horas por dia. Se dormir menos de sete horas, o sistema imunológico e o desempenho cognitivo começarão a ser afetados.

Após estar acordado 20 horas seguidas, sentir-se-à tão incapacitado quanto se estivesse bêbado - tanto que um dos problemas com a privação de sono é que a maioria das pessoas não se apercebe de imediato o dano que esta causa, explica o especialista.

É possível recuperar as horas de sono perdidas?

Não. O sono não é como um banco, no qual pode acumular uma dívida e depois pagá-la.

Mas tal é o que muitas pessoas fazem, refere Walker: “Dormem pouco durante a semana e esperam recuperar essas horas durante o fim de semana. Isto é aquilo a que chamamos de ‘jet lag social’ ou até mesmo de ‘bulímia do sono’.

Ao invés, o académico recomenda que altere os seus hábitos.

Estudos comprovam que indivíduos que antes dormiam mal, mas que mudaram a sua rotina e começaram a dormir mais, evitaram dessa forma a deterioração degenerativa e a incidência de Alzheimer por mais de dez anos, em comparação com quem manteve um padrão de sono insuficiente.

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