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Reconstituído mapa físico do maior cromossoma do trigo

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Aberto caminho à sequenciação de genoma

Reconstituído mapa físico do maior cromossoma do trigo

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Uma equipa internacional de investigadores alcançou progressos importantes na sequenciação do genoma do trigo, base da alimentação de 35 por cento da população mundial, segundo um estudo hoje publicado pela revista Science.

Concretamente, os cientistas reconstituíram o mapa físico do maior cromossoma do trigo (3B), abrindo caminho à sequenciação da totalidade do genoma deste cereal.

Na perspectiva dos investigadores, isso poderá ajudar a desenvolver variedades de trigo mais produtivas e mais resistentes à seca e a outros factores de stress.

Apesar da sua importância económica, a exploração do genoma do trigo (Triticum aestivum L.) está atrasada em relação à de outros cereais, como o milho, o arroz ou o sorgo.

Deve-se a isso a lentidão dos esforços para melhoria do trigo face aos desafios que a agricultura enfrenta, segundo um comunicado do Instituto Nacional de Investigação Científica de França, que participou nesta investigação.

O trigo é um vegetal cuja sequenciação e exploração molecular em grande escala são muito difíceis, dada a grande dimensão e complexidade do seu genoma.

Trata-se de um genoma com 17 mil milhões de pares de bases, ou seja, cinco vezes mais do que o genoma humano e 40 vezes mais do que o do arroz.

Além disso, 80 por cento das sequências são repetidas e o genoma inclui seis jogos de cromossomas, num total de 42. Finalmente, a sua variabilidade genética é fraca entre as variedades cultivadas.

Os mapas físicos dos cromossomas são instrumentos preciosos para localizar rapidamente genes de interesse agronómico e aperfeiçoar novos marcadores genéticos, salientam os investigadores.

Permitem, nomeadamente, a exploração das regiões do genoma associadas a características de interesse agronómico, como rendimento, qualidade e resistência ao stress.

Como primeira aplicação prática do estudo, estes cientistas localizaram no mapa físico do cromossoma 3B alguns genes importantes, um dos quais responsável pela resistência à "ferrugem negra", uma doença de origem fúngica.

Participaram no projecto investigadores franceses, israelitas, norte-americanos e checos


Lusa​
 
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