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Seminário internacional em Lisboa debate legado de Le Corbusier

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Seminário internacional em Lisboa debate legado de Le Corbusier

Arquitectos portugueses e estrangeiros participam terça e quarta-feira num seminário, em Lisboa, sobre a importância do legado de Le Corbusier para o pensamento de outros arquitectos e outros modos de produzir arquitectura.

O Seminário Internacional "Rethinking Le Corbusier" decorre até quarta-feira no Museu da Electricidade, organizado pela Ordem dos Arquitectos no âmbito da grande retrospectiva sobre o arquitecto francês de origem suíça que inaugurou dia 19 de Maio no Museu Colecção Berardo, no Centro Cultural de Belém (CCB).

João Rodeia, Ana Tostões, Beatriz Colomina, Stanislaus von Moos, Arthur Rüegg e William Curtis serão alguns dos conferencistas portugueses e estrangeiros presentes neste seminário, que recordará o artista como um dos que marcou de forma indelével o século XX.

"Através dos seus escritos, dos seus edifícios, dos seus planos, da sua pintura, assume papel fundamental na história da modernidade. A sua obra de carácter inovador, questiona princípios e modelos de pensar arquitectura, participando numa vanguarda que teve grande repercussão e deixou um enorme legado para a história e crítica da arquitectura", refere José Manuel Rodrigues, da OA, numa nota sobre o encontro.

O objectivo da OA é, à luz da contemporaneidade, "voltar a falar da sua obra e do seu legado, questionando um princípio que, para quem se interessa verdadeiramente pelas questões da arquitectura, é fundamental para a sedimentação da prática do ofício: a recta do tempo e o olhar crítico perante a história".

A entidade propõe-se ainda debater e dar a conhecer o legado da obra de Le Corbusier na arquitectura portuguesa, tendo para tal estruturado dois módulos de debate sobre o tema, e um conjunto de visitas guiadas a algumas obras emblemáticas dessa influência, em Lisboa.

A vasta obra de Le Corbusier abrange um período de 60 anos, desde os seus primeiros trabalhos na sua cidade natal suíça, La Chaux-de-Fonds, passando pelos edifícios cúbicos da década de 20, nomeadamente a icónica Villa Savoye (1928-31), culminando com as suas últimas obras, das décadas de 50 e 60, das quais a Capela de Ronchamp (1950-55) e os edifícios da cidade indiana de Chandigarh (1952-1964) são exemplos.

Quanto à exposição no Museu Colecção Berardo, contém maquetas, pinturas, esculturas, desenhos e edições originais do arquitecto, urbanista, pintor, designer e coleccionador francês de origem suíça conhecido pelo pseudónimo Le Corbusier.

"Le Corbusier, Arte da Arquitectura" - criada pelo Vitra Design Museum (Alemanha) em colaboração com o Royal Institute of British Architects (RIBA) e o Netherlands Architecture Institute (Holanda) - estará no Museu Colecção Berardo, no Centro Cultural de Belém, até 17 de Agosto.

A exposição, que conta com o apoio da Fundação Le Corbusier, sediada em Paris, partirá depois para Liverpool, Capital Europeia da Cultura, encerrando, posteriormente, em Londres.

Dividida em três módulos independentes - "Contextos", "Privacidade e Publicidade" e "Arte Construída" -, a mostra foca igualmente os grandes temas do trabalho do arquitecto, nomeadamente, o seu interesse pelo Mediterrâneo e pelo Oriente, as formas orgânicas, na década de 30, bem como a utilização e exploração de novas tecnologias e dos media.







Fonte:Lusa
 
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