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Sonda e foguetão chocaram contra a Lua, mas sem o fogo-de-artifício esperado

ecks1978

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Devia ter sido um grande espectáculo ao romper da aurora, pelo menos na costa oriental dos Estados Unidos, e retransmitido para todo o mundo, através da NASA TV, na Internet. Mas afinal ficou tudo mais ou menos às escuras: os planos de lançar o motor gasto de um foguetão e a própria sonda LCROSS contra uma cratera lunar, para estudar sobretudo as moléculas de água que existiriam na (esperada) grande pluma de materiais que se elevaria no ar, caíram por terra. Não houve muito para ver.

O motor do foguetão Centauro, que pesava duas toneladas mesmo vazio, e a LCROSS (sigla em inglês Satélite de Observação e Estudo das Crateras Lunares) deviam ter feito um buraco com 30 metros de largura numa cratera do Pólo Sul lunar, que está permanente às escuras – e, por isso, é um dos lugares onde é mais possível que se encontre água congelada. O impacto devia ter feito levantar nos ares mais de 200 toneladas de material, estimavam os cientistas.

Os cientistas esperavam ver a pluma de materiais ejectados em telescópios a partir da Terra, e muitos astrónomos amadores tinham para lá voltado as suas lentes. Mas, afinal, o espectáculo foi muito pouco impressionante.

Não houve nenhum clarão, como se esperavam, devido ao impacto do motor do foguetão captado pela sonda, que seguia no seu encalço, para captar dados bem de perto, antes de seguir o mesmo destino, quatro minutos depois (tudo isto se passou por volta das 12h30, hora de Lisboa), relata a edição online da revista “New Scientist”. As expectativas criadas foram talvez algo exageradas pelo realismo das simulações que a agência espacial norte-americana criou para publicitar a missão e os seus objectivos, reconheceu à agência AP o gestor do projecto Dan Andrews.

Mas os cientistas obtiveram muitos dados, e estão excitados como crianças com brinquedos novos. “É fantástico”, disse Jennifer Heldmann, coordenadora da campanha de observação da NASA; na conferência de imprensa que se seguiu ao impacto.

“Isto vai mudar a forma como olhamos para a Lua”, disse Michael Wargo, principal cientista do programa lunar da NASA.publico
 

brunocardoso

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Ataque à Lua em busca de água ainda inconclusivo

Ataque à Lua em busca de água ainda inconclusivo


Projéctil lançado pela Nasa provocou 350 toneladas de destroços

A NASA realizou ontem, sexta-feira, uma missão destinada a encontrar água na Lua, ao fazer embater, numa das crateras, um projéctil de 2,3 toneladas, seguido de perto por uma sonda que vai analisar a mistura dos destroços resultante do impacto.

"Tudo ocorreu sem grandes incidentes", resumiu o responsável científico pela missão norte-americana, Anthony Colaprete, em conferência de Imprensa.

A missão, que consistia na colisão do projéctil Centaur com o solo da "eterna escura" cratera Cabeus, decorreu como previsto. O embate ocorreu pouco depois das 12.30, e foi seguido, quatro minutos mais tarde, pela colisão da sonda LCROSS ("Lunar Crater Observation and Sensing Satellite"), composta por uma massa de 890 quilos. Esta sonda teve um papel decisivo na recolha de dados científicos através das câmaras e dos diversos instrumentos que transportava.

Assim, antes de também embater, a sonda LCROSS terá filmado a operação. Embora os momentos finais do impacto tenham sido exibidos televisivamente pela agência espacial norte-americana, a televisão da NASA não mostrou nenhuma imagem do flash luminoso provocado pelo impacto do projéctil Centaur.

A Nasa adiantou que o impacto do projéctil Centaur na Cabeus, uma cratera de 100 quilómetros de diâmetro, foi grande. À velocidade de 9.000 km, produziu uma explosão de 30 segundos e provocou uma mistura de destroços de 350 toneladas, atingindo os 10 km de altitude.

A LCROSS terá de transmitir ao solo todos os dados, que serão posteriormente analisados, tarefa que ainda levará alguns dias, indicou, quinta-feira, Anthony Colaprete, responsável científico pela missão.

Três estudos realizados no mês passado encontraram provas claras da existência de água na lua, trazendo novidades surpreendentes para futura exploração,já que a água pode-se tornar em combustível, informação que a missão pretende confirmar.

A Nasa seleccionou esta região, perto do pólo sul da Lua, depois de uma outra sonda ter detectado na mesma zona emanações de hidrogénio, sinal da presença de gelo. Admite-se que haja 2 a 3% de gelo em solo lunar, o que "não é suficiente para ter importância económica", afirmou fonte da agência. A NASA espera agora encontrar quantidades suficientes de água para usar como combustível para exploração espacial, e disse que poderá levar até dois meses para se chegar a um estudo conclusivo sobre o que foi encontrado.

Os cientistas da missão recusam-se ainda a considerá-la um sucesso.

"Não vimos um grande 'splash' de gelo como queríamos ter visto", disse Michael Bicay, director de Ciência da Aeronáutica Nacional e do Centro de Pesquisa e Administração "Ames".

A missão LCROSS teve o custo de 53,5 milhões de euros, factor que Charles Bolden fez questão de recordar aquando do agradecimento à equipa. "Um obrigada particular à equipa da Nasa, conduzida por Daniel Andrew, que levou a cabo um trabalho fantástico, com uma aeronave espacial pouco dispendiosa que completou uma missão notável".

Fonte Inf: JN
 
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