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UE pede investigação aos riscos do consumo de mefedrona

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Em Portugal,a droga sintética é comercializada como "fertilizante de plantas" em algumas «smart-shops»
O Conselho da União Europeia solicitou hoje uma investigação aos riscos do consumo de mefedrona, droga sintética que já causou 25 mortes em Inglaterra e é «agressivamente» comercializada na Internet como alternativa legal ao ecstasy e à cocaína.

Publicitada online como uma «substância química experimental», «sais de banho», «fertilizante de plantas» e até como «ambientador», a droga é vulgarmente conhecida por «mefedrona», «miau-miau», «bolhas», «bounce» e «subcoca».

Em alguns países europeus os consumidores podem comprar a mefedrona em lojas de psicotrópicos legais (smart shops) ou a traficantes de rua, refere um comunicado do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), com sede em Lisboa.

Muitas vezes, a substância ostenta no rótulo o aviso «não destinada ao consumo humano» para se furtar a eventuais controlos.

Em Portugal, esta substância, «um fertilizante de plantas», é comercializada em algumas «smart-shops», disse à agência Lusa Paula Andrade, do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).

Algumas equipas de rua do IDT relataram alguns consumos na zona Centro do país, mas sem indícios de sobredosagem.

No mecanismo de alerta formal português não foi detetada nenhuma situação de risco. Mas sabemos que é uma substância que acarreta riscos e são desconhecidos os seus efeitos nos seres humanos», disse Paula Andrade, considerando que «faz todo o sentido» esta decisão do Conselho.

Esta decisão foi para responder «à crescente preocupação» suscitada pelo consumo desta droga na Europa e segue um procedimento jurídico concebido para fazer face às novas drogas psicoativas que constituam uma ameaça potencial na UE.

«Com base no relatório de avaliação de riscos o Conselho pode decidir sujeitar a droga a medidas de controlo em toda a UE», salienta o OEDT.

A avaliação de riscos, que dará lugar à publicação de um relatório no fim de Julho, será realizado pelo Comité Científico do OEDT, com a participação de outros peritos dos Estados-membros da UE, Comissão Europeia, Europol e Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

A decisão do Conselho baseia-se nas conclusões do relatório conjunto Europol-OEDT sobre a metilmetcatinona (mefedrona), que expõe os motivos por que se deve proceder a uma avaliação de risco formal desta substância.

«A decisão de sujeitar uma nova substância a controlo não deve ser tomada de ânimo leve. Considero que a Europa dá um bom exemplo através do seu mecanismo rápido de avaliação científica dos riscos sociais e para a saúde associados às novas drogas e de investigação das ligações à criminalidade organizada», afirmou o director do OEDT.

Wolfgang Götz defendeu que «o processo de tomada de decisões deve assentar numa avaliação racional das provas disponíveis e não em informação não confirmada ou em rumores eventualmente incorrectos».

«A eficácia do sistema de alerta rápido europeu reside no facto de que, se for tomada uma decisão de controlar uma nova droga, essa decisão passa a ser uma posição comum em toda a UE», explicou.

Alertou ainda que as «novas drogas comercializadas e vendidas online exploram o mercado de consumo aberto da Europa e são um verdadeiro desafio às nossas estruturas de controlo da droga actuais».

Fonte: Diário Digital / Lusa
 
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