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Exército israelita lançou ataques aéreos contra o Líbano
O exército israelita lançou hoje ataques aéreos contra o Líbano, aumentando o receio de uma escalada entre os dois países, após meses de trocas de tiros diárias no contexto da guerra na Faixa de Gaza.
O exército não avançou mais pormenores nesta fase sobre os ataques, que surgiram depois de um foguete disparado do Líbano ter ferido hoje várias pessoas no norte de Israel, segundo fontes médicas israelitas.
Desde o dia seguinte ao sangrento ataque do Hamas contra Israel, a 07 de outubro, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, o movimento xiita libanês Hezbollah tem como alvo posições militares israelitas na fronteira, em apoio ao movimento islamita palestiniano, seu aliado.
Israel, por seu lado, bombardeia regularmente o sul do Líbano e efetua ataques dirigidos contra oficiais do Hezbollah.
O exército não forneceu mais pormenores nesta fase sobre os ataques, enquanto os meios de comunicação libaneses informaram que três aldeias, Adchit, Sawaneh e Chehabiyeh, tinham sido atingidas.
Os ataques ocorreram depois de um foguete disparado do Líbano ter ferido hoje várias pessoas no norte de Israel , de acordo com fontes médicas israelitas. Segundo os serviços de emergência Magen David Adom, sete pessoas ficaram feridas, incluindo cinco na cidade de Safed.
Um fotógrafo da agência noticiosa France-Presse (AFP) viu médicos e soldados a transportar num helicóptero militar um ferido do hospital de Safed para outra unidade médica.
O Hezbollah pró-iraniano ainda não reivindicou a responsabilidade pelo ataque com mísseis.
A violência entre o exército israelita e o Hezbollah provocou a deslocação de dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira.
Terça-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que "quando a agressão em Gaza parar e houver um cessar-fogo, o tiroteio também vai parar no sul do Líbano".
"Se eles alargarem o confronto, nós também o faremos", declarou Hassan Nasrallah, em resposta às repetidas ameaças dos responsáveis israelitas de lançar uma guerra contra o Líbano.
Em mais de quatro meses, pelo menos 243 pessoas, incluindo 175 combatentes do Hezbollah e 30 civis, foram mortas no sul do Líbano, segundo uma contagem da AFP.
Do lado israelita, 15 pessoas foram mortas, incluindo nove soldados e seis civis, de acordo com o exército.
Israel. Turquia mostra-se "disposto a reconstruir Gaza com o Egito"
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, mostrou-se hoje disponível para reconstruir Gaza em colaboração com o Egito, após uma reunião com o seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, no Cairo.
"A médio prazo estamos dispostos a reconstruir Gaza em colaboração com o Egito", reconheceu o Presidente turco, durante uma conferência de imprensa conjunta, na qual apoiou a posição egípcia de rejeitar a deslocação do povo palestiniano de Gaza.
"A população de Gaza não deve ser exilada. As tentativas de despovoar Gaza são inaceitáveis. Apoiamos a posição egípcia sobre este assunto. O Governo israelita deve abandonar a sua política de massacres em Rafah", acrescentou Erdogan.
O líder turco condenou ainda o Governo israelita pela sua "política de ocupação, destruição e massacres", reafirmando o seu compromisso com a ajuda humanitária e lembrando que o seu país transferiu "cerca de 34.000 toneladas de material humanitário para a região".
Erdogan acrescentou que a Turquia acolheu cerca de 700 palestinianos que chegaram através do Egito para lhes oferecer tratamento médico.
Por sua vez, o Presidente egípcio agradeceu a ajuda humanitária enviada pela Turquia para a Faixa de Gaza, embora lamentando que essa ajuda esteja a demorar muito para entrar no enclave, devido às "restrições impostas por Israel".
Al-Sisi disse ter chegado a um acordo com Erdogan sobre a necessidade de alcançar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e impor a tranquilidade na Cisjordânia "para retomar o processo de paz o mais rapidamente possível", até que seja possível instituir um Estado palestiniano.
Esta foi a primeira visita que Erdogan faz ao Egito nos últimos 12 anos, depois de uma primeira aproximação a Al-Sisi durante o Campeonato do Mundo de Futebol de 2022 no Qatar, depois de uma fase de tensão entre os dois países.
O Presidente egípcio lembrou que após um período de aproximação entre Cairo e Ancara, as relações comerciais e de investimento entre os dois países experimentaram um "crescimento constante" que fez do Egito "o primeiro parceiro comercial da Turquia em África".
Erdogan concordou com esta perspetiva e referiu que o comércio deve ser "a nova locomotiva" das relações bilaterais, recordando que há investimentos em curso no valor de mais de três mil milhões de euros entre os dois países.
Hezbollah e israelitas confirmam morte de alto responsável islamita
O movimento xiita libanês Hezbollah anunciou hoje a morte de três dos seus membros, incluindo um alto responsável, em bombardeamentos realizados no sul do Líbano pelo exército israelita, que também já confirmou essas mortes.
O Hezbollah declarou que os mortos são Ali Mohammad al- Debs, conhecido como 'Haider', Hassan Ibrahim Issa e Hussein Ahmad Aqil, de acordo com o canal de televisão libanês Al-Manar, ligado ao movimento xiita libanês.
Al-Debs seria um alto responsável grupo xiita -- que também atua como partido político no Líbano -, segundo fontes de segurança citadas pelo jornal libanês 'L'Orient-Le Jour'.
De acordo com as mesmas fontes, Al-Debs já havia sobrevivido a um ataque com 'drones' realizado por Israel durante a semana.
O exército israelita também confirmou hoje a morte Al-Debs e de dois outros combatentes num ataque ao Líbano.
"Ontem (quarta-feira) à noite, um comandante das forças Radwan do Hezbollah, Ali Mohammad al-Debs, o seu adjunto, Ibrahim Issa, e outro terrorista foram mortos", afirmou o exército israelita num comunicado.
Uma fonte de segurança de Israel indicou que os três membros do Hezbollah foram mortos nos ataques realizados na quarta-feira.
Os militares israelitas realizaram um ataque massivo contra o sul do Líbano na quarta-feira, após o lançamento de projéteis pela milícia xiita contra a cidade israelita de Safed, que provocou a morte de uma pessoa.
Hoje, Israel realizou novos bombardeamentos contra o país vizinho.
As tensões entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão, aumentaram após a morte no início de janeiro do número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, e de seis outros membros do grupo islamita palestiniano, incluindo dois altos funcionários do braço armado do grupo, as Brigadas al-Qassam, num atentado bombista atribuído ao exército israelita em Beirute.
Os confrontos na fronteira entre Israel e Líbano intensificaram-se desde o início da guerra de Israel contra o Hamas - que tem o apoio do Hezbollah - na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023.
Israel diz ter recuperado "controlo operativo" do norte de Gaza
O exército israelita anunciou hoje que completou uma "incursão seletiva" de duas semanas no norte da Faixa de Gaza, que permitiu recuperar o "controlo operativo" na zona, onde tinham ressurgido os combates com militantes do grupo islamita Hamas.
As tropas e forças especiais israelitas, apoiadas por fogo naval e de artilharia, iniciaram a incursão a partir da zona de Al Shati, "atravessaram a cidade de Gaza em menos de duas horas e obtiveram o controlo operativo. Isto reflete o estado debilitado do Hamas no norte" do enclave, indicou o porta-voz do Exército.
O porta-voz referiu-se a "um novo método de operações ofensivas para combater o terrorismo" e assegurou que os soldados "eliminaram infraestrutura terrorista, localizaram material de informações, confiscaram armas e eliminaram terroristas".
Disse ainda que foi "localizado e destruído um túnel subterrâneo que continha elementos dos serviços de informações do Hamas e estava situado sob a sede da UNRWA", a agência da ONU para os refugiados palestinianos.
Na quarta-feira, assegurou ainda o porta-voz, a Força aérea israelita matou Ahmed Ghul, "um comandante do batalhão Al Shati do Hamas que participou no massacre de 07 de outubro" e manteve detida uma militar israelita, "posteriormente assassinada".
O Exército israelita iniciou a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza em finais de outubro a partir da zona norte do enclave e tinha reivindicado o controlo total dessa região, mas nas últimas semanas os combates recrudesceram com milícias do Hamas eventualmente provenientes do sul, região que as tropas israelitas também invadiram por terra.
Ainda hoje, o Exército irrompeu no Hospital Naser, em Khan Yunis, o mais importante do sul do enclave, após 25 dias de cerco, e disse possuir "informação credível" de que diversos reféns israelitas foram retidos pelo Hamas no edifício, e que poderiam existir "cadáveres de sequestrados".
Apesar da crescente rejeição internacional, o Governo de Benjamin Netanyahu garante que vai prosseguir o ataque terrestre em direção a Rafah, no extremo sul do enclave e junto à fronteira com o Egito, onde se concentram cerca de dois milhões de palestinianos expulsos de outras regiões do enclave, que sobrevivem confrontados com uma crise humanitária sem precedentes.
A UNRWA indicou hoje que os ataques israelitas destruíram ou danificaram gravemente cerca de 70 por cento das infraestruturas civis na cidade de Gaza.
Numa mensagem nas redes sociais acompanhada de um vídeo de 'drone' mostrando centenas de edifícios arrasados, incluindo "viviendas, hospitais e escolas", a agência da ONU destacou que 84 por cento das instalações de saúde da cidade de Gaza foram afetadas pelos ataques.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.
Nesse dia, 1.139 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 134 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas cerca de 29.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 68.000, também maioritariamente civis. Cerca de 8.000 corpos permanecem debaixo dos escombros, segundo as autoridades locais.
As agências da ONU indicam ainda que 156 funcionários foram mortos em Gaza desde 07 de outubro.
A Comissão de Proteção dos Jornalistas, associação com sede em Nova Iorque, revelou ainda que 70 dos 99 jornalistas e trabalhadores da comunicação social mortos em 2023 foram-no "em ataques israelitas a Gaza".
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
Desde 07 de outubro, pelo menos 392 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de se terem registado 6.650 detenções e mais de 3.000 feridos.
Rebeldes Huthis do Iémen reivindicam ataque a "petroleiro britânico"
Os rebeldes Huthis do Iémen reivindicaram hoje a autoria do ataque a um "petroleiro britânico" no Mar Vermelho, noticiado no dia anterior pelas agências de segurança e pelo Departamento de Estado norte-americano.
"As forças navais das forças armadas iemenitas levaram a cabo uma operação que visou o petroleiro britânico Pollux no Mar Vermelho com um grande número de mísseis navais", declarou o porta-voz militar, Yahya Saree.
A agência britânica de segurança marítima UKMTO e a Ambrey, uma empresa de segurança especializada no transporte marítimo, registaram uma explosão perto de um navio ao largo da cidade de Mokha.
"O navio e a sua tripulação estão a salvo", informou a UKMTO, enquanto a Ambrey referiu danos ligeiros.
O Departamento de Estado norte-americano afirmou que um míssil lançado do Iémen atingiu um "navio de bandeira panamiana a caminho da Índia que transportava petróleo bruto".
Desde novembro, os Huthis intensificaram os ataques a navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, obrigando muitos armadores a contornar esta zona marítima vital para o comércio internacional.
Os rebeldes iemenitas apoiados por Teerão afirmam estar a atacar navios ligados a Israel "em solidariedade" com os palestinianos na Faixa de Gaza, onde Israel está em guerra com o Hamas, na sequência do ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, a 07 de outubro de 2023.
Desde janeiro, também atacaram navios britânicos e norte-americanos em resposta a ataques contra as suas posições por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido, que afirmam estar a "defender" a liberdade de navegação.
Os Huthis, considerados terroristas por Washington, reivindicaram na quinta-feira a responsabilidade por outro ataque contra "um navio britânico" no Golfo de Aden.
Os rebeldes afirmaram na sexta-feira que "não hesitarão em levar a cabo e alargar as suas operações militares para defender o Iémen e afirmar a sua solidariedade com o povo palestiniano".
Os rebeldes controlam a capital Sana e grandes extensões de território no noroeste do Iémen, um país que vive uma guerra civil desde 2014.
Hezbollah volta a atacar base militar no norte de Israel com artilharia
O Hezbollah disse hoje que, pelo segundo dia, lançou um novo ataque de 'rockets' (foguetes de artilharia) contra uma base militar no norte de Israel, em resposta aos ataques aéreos israelitas no leste do Líbano.
Na segunda-feira, Israel anunciou que tinha atingido posições do Hezbollah em Baalbeck (leste do Líbano) pela primeira vez desde o início da guerra em Gaza, matando dois combatentes do Partido de Deus.
Em comunicado divulgado hoje, o Hezbollah afirmou ter "atingido a base de controlo aéreo de Meron", no norte de Israel, "com uma grande salva de foguetes de artilharia".
O Hezbollah afirmou que esta operação foi "uma resposta à agressão israelita nos arredores de Baalbeck".
O grupo xiita pró-iraniano já tinha anunciado na segunda-feira à noite que tinha disparado 60 foguetes contra uma base do Exército israelita nos Montes Golã.
A região de Baalbeck, região Bekaa, que faz fronteira com a Síria, é um reduto do Hezbollah, que mantém na zona uma significativa presença militar.
Desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro do ano passado, o Hezbollah tem vindo a atacar diariamente posições militares israelitas, demonstrando apoio ao grupo Hamas que controla o enclave palestiniano.
Israel tem efetuado ataques a aldeias no Líbano, junto à fronteira e operações contra oficiais do Hezbollah.
Pelo menos 284 pessoas, na maioria combatentes do Hezbollah e grupos aliados, e 44 civis, foram mortos nos últimos quatro meses, de acordo com uma contagem da Agência France Presse.
O Exército de Israel diz que sofreu 10 baixas militares e que seis civis foram mortos durante o mesmo período.
Hamas estuda possibilidade de cessar fogo de 40 dias e troca de reféns
Nestes dias, Hamas tentaria recuperar hospitais e padarias.
O Hamas estará a estudar uma proposta de cessar-fogo de 40 dias e uma troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, avança o El Pais. Esta hipótese terá sido abordada numa reunião entre o Qatar, o Egito, Israel e os Estados Unidos, realizada em Paris este fim de semana.
Durante esta interrupção nas operações militares, o objetivo seria restaurar hospitais e padarias de Gaza, destruídas durante o conflito, iniciado em outubro. Isto porque, segundo a publicação espanhola, das centenas de lojas na Faixa de Gaza apenas 15 estão, atualmente, em funcionamento.
Durante estes 40 dias, 500 camiões de ajuda humanitária poderiam entrar na zona do enclave por dia e poderiam montar milhares de tendas de campanha para alojar os desalojados.
O projeto prevê igualmente que o Hamas liberte 40 reféns israelitas, incluindo mulheres, crianças com menos de 19 anos, idosos com mais de 50 anos e doentes, enquanto Israel libertaria cerca de 400 prisioneiros palestinianos e não os voltaria a prender.
Esta série de conversações sobre tréguas parece ser a iniciativa mais séria das últimas semanas para pôr termo aos combates no enclave palestiniano e garantir a libertação dos reféns israelitas e estrangeiros.
Os mediadores intensificaram os esforços para garantir um cessar-fogo na esperança de evitar um ataque israelita à cidade de Rafah, onde mais de um milhão de pessoas deslocadas estão abrigadas perto da fronteira egípcia.
Israel mantém ofensiva e número de mortos ultrapassa os 30 mil em Gaza
O exército israelita continua com a ofensiva em todo o território da Faixa de Gaza, quando o número de palestinianos mortos ultrapassou os 30 mil, segundo as autoridades do Hamas, noticiou hoje a imprensa internacional.
No norte do enclave palestiniano, onde a crise humanitária é mais grave, os hospitais colapsam devido a falta de energia e os habitantes começam a morrer de fome e sede, segundo a agência de notícias EFE.
As forças de defesa de Israel (FDI) "continuam a operar" no bairro de Zaytun, na Cidade de Gaza, onde "tropas mataram terroristas, destruíram túneis, localizaram inúmeras armas e cinco poços de lançamento de foguetes", disse um porta-voz do exército, acrescentando ainda que um avião de combate abriu fogo sobre "duas células terroristas que dispararam" contra soldados israelitas.
Enquanto isso, no centro da Faixa de Gaza, os soldados israelitas disseram ter identificado "uma célula terrorista que se aproximava das tropas terrestres e ordenaram a um avião que a eliminasse" e, em outro incidente, um combatente que se aproximava das tropas foi eliminado" com recurso a um 'drone'.
Em Khan Yunis, a região mais importante no sul do enclave palestiniano, "as tropas mataram terroristas e desmantelaram as suas infraestruturas", além de terem "eliminado quatro terroristas que tentaram instalar um dispositivo explosivo", acrescentou o porta-voz israelita.
Em 146 dias de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que governa de facto a Faixa de Gaza desde 2007, morreram quase 30 mil habitantes de Gaza, 70% dos quais eram crianças e mulheres.
Há mais de 70 mil feridos e cerca de oito mil desaparecidos sob os escombros e outros locais aos quais as ambulâncias não conseguiram aceder, enquanto os hospitais continuam a colapsar por falta de energia e de suprimentos médicos.
Na quarta-feira, os hospitais Kamal Adwana e Al-Awda, ambos localizados no norte da Faixa de Gaza, anunciaram a suspensão total dos seus serviços.
Pelo menos seis crianças morreram em hospitais daquela área devido à desnutrição e desidratação nos últimos dois dias.
O norte do enclave -- onde, segundo o Hamas, vivem cerca de 700 mil civis - foi a região mais atingida pela crise humanitária sem precedentes, nomeadamente com a destruição massiva de casas, o colapso de hospitais, o surto de epidemias e a crescente escassez catastrófica de água potável, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível.
Dada a dificuldade de introdução da ajuda humanitária por via terrestre, vários países - incluindo a Jordânia, o Egito, o Qatar, a França e os Emirados Árabes Unidos - lançaram pacotes com alimentos e provisões a partir do ar na quarta-feira, uma estratégia que beneficiou, pela primeira vez, os habitantes do norte do enclave palestiniano.
Quase todos os 2,3 milhões de residentes de Gaza foram deslocados à força, muitos destes repetidamente, sem conseguirem encontrar um local seguro para permanecer.
Neste contexto, a comunidade internacional pressiona cada vez mais por um cessar-fogo que facilite as condições de vida dos habitantes de Gaza, bem como a libertação dos mais de cem reféns que o Hamas mantém sequestrados em Gaza.
No entanto, apesar das árduas negociações entre Israel e o Hamas através de mediadores, não foi alcançado um acordo, aparentemente porque o grupo islamita palestiniano apela a um cessar-fogo definitivo, algo que o Estado hebreu rejeita.
Negociadores internacionais voltam a tentar acordo para trégua em Gaza
Representantes do Egito, do Hamas, do Qatar e dos Estados Unidos prosseguem hoje, no Cairo, as negociações com vista a uma trégua em Gaza, após "progressos significativos", noticiou um canal de televisão egípcio.
Segundo a Agência France Prece, trata-se de uma estação de televisão "próxima" dos serviços secretos egípcios.
Como mediadores, o Egito, o Qatar e os Estados Unidos tentam obter uma trégua na guerra desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, a 07 de outubro do ano passado.
Um acordo de tréguas permitiria a libertação de reféns detidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
No domingo, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, pediu um cessar-fogo temporário de seis semanas na Faixa de Gaza, que Israel e o Hamas estão a negociar, seja posto em prática "imediatamente".
"Dada a imensa escalada de sofrimento em Gaza, deve haver um cessar-fogo imediato durante, pelo menos, as próximas seis semanas, [o plano] que está atualmente sobre a mesa", disse Kamala Harris em Selma, no Estado norte-americano do Alabama, onde fez um discurso para comemorar o aniversário da marcha pelos direitos civis.
Harris vai reunir-se hoje na Casa Branca com um membro do Gabinete de Guerra israelita, Benny Gantz, um encontro no qual deverá reiterar a posição dos Estados Unidos de pretender um cessar-fogo temporário para levar mais ajuda humanitária a Gaza e libertar os reféns.
Guerra em Gaza reacende acusações de "dualidade de critérios" na ONU
A guerra em Gaza, iniciada há cinco meses, reacendeu o debate sobre "dualidade de critérios" na ONU, com os Estados Unidos acusados de menosprezarem o sofrimento dos palestinianos relativamente ao dos ucranianos, afirma o International Crisis Group (ICG).
Dado que os Estados Unidos vetaram três resoluções do Conselho de Segurança que apelavam a um cessar-fogo imediato no enclave, "os seus críticos afirmaram que Washington e muitos dos seus aliados europeus se preocupam menos com o sofrimento dos palestinianos em Gaza do que com o sofrimento dos civis ucranianos" face à invasão pela Rússia, constata num novo artigo Richard Gowan, do ICG, organização independente voltada para a resolução e prevenção de conflitos armados internacionais.
Em relação à agressão de Moscovo contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, diplomatas norte-americanos em Nova Iorque enquadraram a Rússia como uma potência "imperial" ao mesmo tempo que reuniam níveis impressionantes de apoio a Kiev na Assembleia Geral.
Contudo, a comunidade internacional - e muitos dos países que se aliaram à Ucrânia e aos EUA há dois anos - observam agora que os Estados Unidos não estão a responder da mesma forma em relação a Gaza e acusam Washington de cumplicidade do que consideram ser a violência colonialista israelita, ao mesmo tempo que ignoram os apelos da Assembleia Geral para um cessar-fogo.
Um dos países que mais tem acusado Washington de "dualidade de critérios" é, sem surpresas, a Rússia, que tem feito uso desse argumento praticamente em todas as sessões sobre a guerra em Gaza.
Por outro lado, os Estados Unidos lembram frequentemente "que a Federação Russa é um país que não contribui para a resolução de crises humanitárias", numa troca de palavras e acusações que tem levado à erosão da diplomacia na ONU em temas ligados à Ucrânia e a Gaza.
Porém, parece cada vez mais unânime a opinião de que, com a sua posição sobre Gaza, Washington prejudicou a sua própria diplomacia.
"Embora as invocações da Rússia sobre a dualidade de critérios por parte dos EUA possam ser cínicas -- alguns diplomatas árabes sentem que Moscovo está a explorar a causa palestiniana para os seus próprios fins -- muitos observadores ocidentais concordam que Washington causou automutilação diplomática em relação a Gaza", advogou Gowan.
De facto, os Estados Unidos vêm sofrendo pressão interna e externa em relação ao forte apoio a Israel, uma situação que ameaça ter especial impacto no Governo de Joe Biden em ano eleitoral, com vários protestos pró-Palestina a exigir uma mudança imediata de postura.
Enquanto não houver um fim decisivo para as hostilidades -- ou um horizonte político para um Estado palestiniano -- o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral da ONU continuarão a discutir sobre o conflito israelo-palestiniano, acredita o especialista.
"A administração de Biden também terá dificuldade em ganhar força se se apresentar como um líder moral nas crises fora de Gaza", defendeu ainda Gowan, salientando que "muitos diplomatas em Nova Iorque" ponderam já as perspetivas de uma segunda Presidência de Donald Trump, o candidato presidencial favorito dos republicanos.
"É verdade que os EUA forneceram a Israel um escudo diplomático na ONU durante crises passadas, absorveram os danos à reputação e seguiram em frente. Mas, embora diplomatas e observadores inveterados da ONU possam tratar a duplicidade de critérios como um risco profissional, a forma como os EUA lidaram com esta guerra pode ter efeitos mais duradouros na opinião pública global em relação à administração Biden", apontou.
Além dos danos à reputação norte-americana, Richard Gowan considerou que também a reputação da ONU foi prejudicada com este conflito, uma vez que o fracasso do Conselho de Segurança em contornar os três vetos dos EUA enfatizou as limitações da Organização.
Israel bombardeia o leste do Líbano pela segunda vez em menos de 24 horas
A força aérea israelita bombardeou hoje pelo segundo dia consecutivo alvos no vale de Bekaa (leste do Líbano), longe da fronteira comum, informou a rádio al-Nour, do grupo xiita libanês Hezbollah.
Segundo a estação emissora do Hezbollah, os mísseis atingiram um edifício no centro da cidade de Naih Shit, perto de um templo dedicado ao antigo líder do movimento xiita, Abbas Musawi.
O Estado judeu já tinha bombardeado na segunda-feira à noite vários pontos do vale de Bekaa, incluindo alvos perto de Baalbek, matando pelo menos uma pessoa e levando o Hezbollah a disparar uma centena de foguetes em resposta.
O ataque israelita de hoje foi o segundo na região desde o início do fogo cruzado em outubro passado, o pior combate entre as duas partes desde a guerra de 2006.
Nessa primeira ocasião, o grupo libanês também respondeu com 60 disparos simultâneos contra um importante quartel militar no norte de Israel.
Os confrontos têm-se concentrado principalmente nas zonas fronteiriças entre os dois países, embora Israel tenha efetuado alguns bombardeamentos em zonas afastadas da fronteira, incluindo um nos arredores de Beirute que matou o número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, em janeiro.
As duas partes têm estado envolvidas num intenso fogo cruzado desde 08 de outubro, um dia depois do início da guerra de Gaza, que já custou a vida a pelo menos 338 pessoas, a maioria das quais do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 233 baixas da milícia, algumas delas na Síria.
Em Israel, 17 pessoas foram mortas no norte (10 militares e sete civis). Do outro lado da fronteira, pelo menos 321 pessoas morreram, incluindo 40 membros das milícias palestinianas, um soldado libanês e 47 civis, incluindo dez menores e três jornalistas, além dos combatentes do Hezbollah.
Os combates, os piores desde a guerra de 2006 entre as duas partes, têm-se tornado cada vez mais intensos ao longo dos meses e intensificaram-se ainda mais nas últimas semanas.
Atualmente, com o fracasso das tentativas da comunidade internacional para se obter um cessar-fogo em Gaza, teme-se que a troca de tiros quotidiana possa dar origem a uma nova guerra entre Israel e o Líbano.
Vinte mortos em ataque israelita contra multidão a pedir ajuda em Gaza
O Hamas disse que pelo menos 20 pessoas morreram na quinta-feira, em Gaza, num alegado ataque aéreo israelita, quando uma multidão aguardava a distribuição de ajuda humanitária, uma acusação negada por Israel.
"O número de mortos no massacre na rotunda Kuwait junto ao Complexo Médico Al Shifa aumentou para 20 e 155 feridos", indicou, em comunicado, o Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Inicialmente, o Ministério tinha registado 14 mortos naquele local, designado para a entrega de ajuda humanitária da ONU destinada ao norte da Faixa de Gaza e sujeita à aprovação das autoridades israelitas.
"Aviões de combate e drones israelitas lançaram rajadas de tiros e mísseis contra uma multidão de pessoas que esperava pela entrega de alimentos e fornecimento de ajuda humanitária", disse a agência de notícias palestiniana Wafa.
As Forças de Defesa de Israel negaram já o ataque.
"Relatos da imprensa de acordo com os quais as forças israelitas atacaram dezenas de habitantes de Gaza num ponto de distribuição de ajuda são erróneos", disseram, em comunicado.
O exército israelita garantiu que estava "a analisar o incidente de forma séria", mas não avançou qualquer explicação, acrescentou.
O Ministério afirmou que as autoridades estão ainda a recolher corpos e retirar feridos do local, pelo que o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas.
Na tarde de quarta-feira, oito civis palestinianos morreram num ataque aéreo israelita a um armazém de distribuição de ajuda no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, disse a Wafa.
Horas antes, pelo menos seis habitantes de Gaza foram mortos e 83 feridos ficaram depois de um ataque israelita contra a mesma rotunda.
Na quarta-feira, cinco pessoas morreram, na sequência de um ataque aéreo contra um centro de distribuição de ajuda da agência da ONU para os refugiados palestinianos em Rafah.
Na altura, o exército israelita anunciou ter "eliminado um terrorista" do Hamas neste ataque.
Em 29 de fevereiro - no que ficou conhecido como o "Massacre da Farinha" - 118 habitantes de Gaza morreram, depois de soldados israelitas terem disparado contra uma multidão em busca de comida.
Marinha indiana anuncia recaptura do navio Ruen a piratas somalis
A Marinha indiana anunciou hoje que recapturou a piratas somalis o navio Ruen ao largo da costa indiana, libertando a tripulação e pondo fim a um sequestro de três meses do graneleiro de bandeira maltesa.
Este ataque, realizado em 14 de dezembro a 380 milhas náuticas (700 quilómetros) a leste da ilha iemenita de Socotra, foi o primeiro sequestro bem-sucedido por piratas somalis desde o assalto ao navio-tanque Aris 13 em 2017.
"A Marinha indiana está a frustrar os planos dos piratas somalis de sequestrar navios que navegam na região ao intercetar o MV Ruen", escreveu hoje a Armada indiana na rede social X.
Um navio de guerra indiano, o Kolkata, "nas últimas 40 horas, através de ações concertadas, encurralou e forçou os 35 piratas a renderem-se", explicou a marinha indiana.
Os 17 membros da tripulação foram retirados em segurança do navio pirata na noite de hoje sem ferimentos", acrescentou a instituição.
As forças indianas intercetaram pela primeira vez o Ruen na sexta-feira. Os piratas abriram então fogo contra o Kolkata, que respondeu "com a força mínima necessária para neutralizar a ameaça pirata", indicou a marinha, explicando que nenhum membro da tripulação ficou ferido durante a operação, efetuada em coordenação com vários meios das forças armadas indianas, entre os quais outros navios, helicópteros e aviões.
O Ruen foi recapturado a cerca de 1.400 milhas náuticas, ou 2.600 km, da costa indiana, segundo a mesma fonte.
As forças armadas indianas têm vindo a monitorizar o Ruen desde a sua captura pelos piratas, que libertaram logo no início do assalto um marinheiro ferido, que ficou sob custódia da Marinha indiana.
Em seguida, os piratas levaram o navio e os restantes 17 membros da tripulação para o estado semiautónomo somali de Puntland, onde lançaram âncora na cidade de Bosaso.
As forças armadas indianas intensificaram a sua ação contra a pirataria nos últimos meses, em reação a um aumento dos ataques marítimos, em especial no Mar Arábico e no Mar Vermelho, por parte dos rebeldes Houthi do Iémen, apoiados pelo Irão.
Desde meados de novembro, os rebeldes iemenitas Houthi, apoiados pelo Irão, têm vindo a atacar nesta zona vários navios, alegando retaliarem contra os ataques israelitas em Gaza, na sequência do atentado do Hamas de 07 de outubro.
Chefe da Mossad abandona Doha enquanto negociações com Hamas continuam
O chefe dos serviços secretos israelitas abandonou Doha, mas as negociações sobre o cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns prosseguem, disse hoje a diplomacia do Qatar.
O
chefe da Mossad, David Barnea, "deixou Doha", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Majed al-Ansari, numa conferência de imprensa, acrescentando que "as equipas técnicas" continuam reunidas.
David Barnea deveria encontrar-se com o primeiro-ministro do Qatar e com responsáveis egípcios nestas conversações, as primeiras desde o fracasso da semana passada visto que os mediadores não conseguiram garantir uma trégua antes do início do Ramadão, o mês sagrado muçulmano.
As equipas técnicas estão atualmente a analisar os detalhes de um potencial acordo, depois de os principais negociadores terem discutido as "questões principais", disse Ansari.
"Estamos na fase em que esperamos que seja apresentada uma contraproposta ao Hamas. Esta não é a fase final do processo", disse Ansari.
"Não creio que possamos dizer que estamos perto de um acordo. Estamos cautelosamente otimistas porque as negociações foram retomadas, mas é demasiado cedo para anunciar um êxito", acrescentou.
Na segunda-feira, um responsável do Hamas afirmou que o movimento aceitaria uma retirada parcial de Israel antes da troca de prisioneiros, atenuando as anteriores exigências de uma retirada total.
Exército israelita reclama morte de 90 alegados membros do Hamas
O Exército israelita reclamou hoje ter matado 90 presumíveis membros do Hamas num ataque militar ao Hospital Al Shifa sendo que 24 pessoas foram mortas num ataque a camiões de ajuda humanitária, também na cidade de Gaza.
"Até ao momento, as tropas mataram cerca de 90 terroristas na zona" do Hospital Al Shifa, refere hoje um comunicado militar, acrescentando que mais de 300 pessoas foram detidas e interrogadas na mesma operação.
O mesmo documento refere que "160 suspeitos foram transferidos para território israelita para posterior interrogatório".
O Exército disse ter localizado armas "na área do hospital" tendo evitado, refere, danos a "civis, pacientes e equipamento médico".
Segundo a agência noticiosa palestiniana Wafa, alguns doentes foram obrigados a abandonar o complexo e a dirigir-se ao Hospital Batista, apesar do grave estado de saúde.
Os jornalistas no local foram detidos, amordaçados e despidos, noticiou a estação de televisão Al Jazeera na segunda-feira.
A Wafa referiu ainda a existência de famílias "sitiadas" por fortes bombardeamentos no bairro de al-Rimal, perto do hospital, afirmando que pelo menos 20 pessoas foram mortas em bombardeamentos israelitas contra um edifício residencial a oeste da cidade de Gaza.
Fontes do Hamas em Gaza também relataram durante a noite um ataque que fez pelo menos 24 mortos e dezenas de feridos.
Tratou-se de mais um ataque contra camiões de distribuição de ajuda perto da rotunda do Kuwait, onde já se registaram pelo menos quatro situações semelhantes.
"O Exército de ocupação criminoso cometeu um massacre hediondo e traiçoeiro contra os comités de proteção popular, que foram formados através de uma iniciativa popular e nacional de voluntários para proteger os comboios de ajuda e distribuí-los através de um sistema que garanta a sua entrega segura e digna aos cidadãos da Faixa de Gaza", denunciaram hoje as fações palestinianas num comunicado divulgado nas redes sociais.
"As províncias (da Cidade de Gaza) e o norte (do enclave), em particular, estão sob cerco e guerra de fome pela ocupação", acrescentaram.
Se for considerado o número total de vítimas das últimas horas, mais de 31.800 pessoas já foram mortas em 166 dias de guerra em Gaza, mais de 70% das quais são mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo governo do Hamas.
Metade da população de Gaza, ou seja, 1,1 milhões de pessoas, sofre de "insegurança alimentar catastrófica", que atinge 70% da população no norte, onde "a fome é iminente", segundo um relatório da ONU.
Exército israelita diz que matou 140 combatentes palestinianos
O Exército israelita declarou hoje que matou "mais de 140" combatentes palestinianos na zona do hospital de Al-Shifa, cidade de Gaza, onde lançou uma operação na madrugada de segunda-feira.
"Desde o início da operação, mais de 140 terroristas foram eliminados na zona do hospital", declarou o exército israelita em comunicado, acrescentando que mais de 50 pessoas foram mortas no último dia de combates.
Entretanto, o Crescente Vermelho Palestiniano disse hoje que quatro palestinianos foram mortos numa operação do Exército israelita num campo de refugiados perto de Tulkarem, Cisjordânia ocupada.
"Os condutores das ambulâncias do Crescente Vermelho palestiniano acabam de transportar um jovem de 18 anos que foi morto pelas forças de ocupação israelitas no campo de Nour Shams, em Tulkarem", afirmou a organização numa mensagem difundida nas redes sociais.
A violência intensificou-se na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes dos comandos do movimento em Israel, a 07 de outubro do ano passado.
Pelo menos 20 mortos em operação do exército israelita em Khan Yunis
O exército israelita afirmou hoje ter matado pelo menos 20 pessoas na área do hospital de Al-Amal, que está cercado desde o domingo, em Khan Yunis, recordando que já deteve 500 combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica em Gaza.
"As Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet continuam as suas atividades operacionais no hospital de Al-Shifa (na Cidade de Gaza) e na área de Al-Amal", declarou um comunicado militar, garantindo que as duas operações estão a ser realizadas sem causar danos a civis, pacientes, profissionais de saúde ou equipamento médico.
O exército israelita declarou que as suas tropas estão a manter "ataques direcionados e precisos contra infraestruturas terroristas" na área do hospital Al-Amal, no oeste de Khan Yunis, depois de ter cercado o centro hospitalar no domingo, bem como no vizinho hospital Al-Nasser.
"Mais de 20 terroristas foram eliminados na área de Al-Amal durante o último dia em combates corpo a corpo e ataques aéreos", referiu hoje o exército de Israel num comunicado.
O Crescente Vermelho Palestiniano, que gere o hospital Al-Amal, relatou no domingo a morte de um voluntário da organização e de um civil devido aos ataques israelitas, antes de as tropas israelitas ordenarem a retirada de todos os pacientes e a deslocação para a área de Al-Mawasi.
"Só restam o pessoal do hospital, além de nove pacientes e 10 acompanhantes, e uma família deslocada com crianças em condições especiais", disse no domingo à noite a organização, denunciando que as forças israelitas cercaram todo o hospital e cortaram o acesso com barricadas.
O exército israelita indicou hoje que facilitou a saída de centenas de habitantes da zona de Al-Amal e interrogou dezenas de suspeitos na área, onde encontraram dispositivos explosivos, armamentos e equipamentos militares.
Pelo oitavo dia consecutivo, as tropas israelitas mantêm a sua operação militar no hospital de Al-Shifa, onde afirmam ter detido mais de 500 "terroristas" e matado cerca de 170 combatentes.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita Hamas, relatou a morte de pelo menos 18 pacientes devido à impossibilidade de realizar tratamentos e operações e à falta de medicamentos.
Os meios de comunicação palestinianos relataram que centenas de pessoas em edifícios ao redor de Al-Shifa foram forçadas a deixar suas casas pelas tropas israelitas, sem ter para onde ir.
Além das suas operações nos hospitais Al-Shifa e Al-Amal, o exército israelita disse que eliminou "vários terroristas" em emboscadas com franco-atiradores e ataques aéreos em diferentes partes do enclave, sublinhando que a sua força aérea atacou cerca de 50 objetivos militares das milícias palestinianas.
Morreram 18 palestinianos a tentar chegar a pacotes de ajuda humanitária
Doze pessoas afogaram-se enquanto outras seis morreram na sequência de uma debandada para chegar à ajuda.
Pelo menos 18 palestinos morreram na Faixa de Gaza na terça-feira após um mau funcionamento de um lançamento aéreo de ajuda, refere o Hamas.
Segundo a agência turca Anadolu, 12 pessoas afogaram-se enquanto outras seis morreram na sequência de uma debandada para chegar à ajuda.
“Os lançamentos aéreos de ajuda representam uma ameaça real às vidas dos palestinianos famintos”, alertou o comunicado, revelando que parte da ajuda caiu no mar, dentro de Israel ou em zonas de guerra.
“Tudo isto coloca a vida das pessoas em perigo real”, pode ainda ler-se.
Note-se que Israel impôs um bloqueio à Faixa de Gaza desde outubro passado, deixando a maioria da sua população, especialmente os residentes do norte, à beira da fome.
Enquanto Telavive mantinha o cerco ao enclave, vários países começaram a lançar ajuda humanitária por via aérea em várias áreas de Gaza.
Israel atinge 40 "alvos terroristas" do Hezbollah no sul do Líbano
O Exército israelita anunciou hoje que atingiu 40 "alvos terroristas" do Hezbollah libanês, no sul do Líbano, em particular instalações militares e de infraestruturas usadas para atacar civis e soldados israelitas.
"Aviões de combate e artilharia do Exército israelita atingiram cerca de 40 alvos terroristas do Hezbollah", nos arredores de Aita al-Shaab, no sul do Líbano, incluindo locais de armazenamento de armas, informou o Exército, em comunicado.
Israel justificou o seu ataque contra esta área do sul do Líbano alegando que o grupo xiita tinha estabelecido dezenas de instalações militares e de infraestruturas para atacar civis e soldados israelitas.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, acrescentou que o Comando Norte do Exército conseguiu eliminar metade dos comandantes do Hezbollah.
Por seu lado, o grupo libanês também assumiu hoje a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de projéteis contra a cidade israelita de Shomera, no seu segundo ataque deste tipo e desta magnitude contra o norte de Israel num período de poucas horas.
A ação foi uma resposta ao que o Hezbollah diz ter sido um "massacre" cometido na terça-feira na cidade libanesa de Hanine, no sul do país, onde foram registados mortos e feridos civis, de acordo com um comunicado.
Na terça-feira, Israel anunciou a morte de dois membros da milícia xiita libanesa Hezbollah em ataques aéreos realizados no sul do território libanês, que se repetem desde o início da guerra em Gaza, em outubro passado.
A fronteira entre Israel e o Líbano vive um momento de alta tensão, com uma intensa troca de tiros durante mais de seis meses que custou a vida a quase 400 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah.
Em Israel, 18 pessoas morreram no norte (10 soldados e 8 civis); enquanto do outro lado da fronteira morreram cerca de 370 pessoas, incluindo 46 membros de outras milícias, um soldado libanês e cerca de 60 civis, incluindo 10 menores e três jornalistas, além de vários combatentes do Hezbollah.
Uma delegação do movimento islamita palestiniano Hamas chegou hoje ao Egipto para negociar uma proposta de trégua em Gaza e a libertação de reféns.
Segundo o portal egípcio Al-Qahera News, "foram registados progressos significativos nas negociações" entre o Hamas e Israel, citando uma "fonte de alto nível" dos serviços secretos do Egito, que estão a mediar o processo.
Os mediadores egípcios "chegaram a uma fórmula consensual sobre a maior parte dos pontos de desacordo", acrescentou a mesma fonte.
O Hamas tem acusado o primeiro-ministro israelita de tentar impedir um acordo.
"Vamos ao Cairo com espírito positivo para chegar a um acordo", frisou o Hamas, em comunicado, garantindo determinação, juntamente com outros grupos palestinianos, em obter "um cessar total da agressão israelita", a "retirada das forças de ocupação israelitas" e "um acordo sério para a troca" de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.
Os mediadores - Egito, Qatar e Estados Unidos - aguardam no Cairo a resposta do Hamas a uma proposta de trégua apresentada no final de abril, que inclui uma pausa na ofensiva israelita e a libertação de palestinianos detidos em troca da libertação de reféns sequestrados durante o ataque sem precedentes do movimento palestiniano em 07 de outubro no sul de Israel, que desencadeou a guerra.
O Hamas já havia acusado Benjamin Netanyahu de tentar obstruir os esforços para uma trégua na devastadora guerra em Gaza, alimentando dúvidas sobre um rápido acordo de cessar-fogo.
No sétimo mês de guerra, continuam os bombardeamentos diários israelitas na Faixa de Gaza, ameaçada pela fome.
Os ataques, que causaram 26 mortos nas últimas 48 horas, de acordo com o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, visaram principalmente Rafah, uma cidade no sul do território palestiniano sitiado onde Netanyahu quer lançar uma ofensiva terrestre para aniquilar as últimas brigadas do movimento islamita.
Para Hossam Badran, membro do gabinete político do Hamas, as declarações de Netanyahu sobre um ataque em Rafah "visam claramente inviabilizar qualquer possibilidade de acordo".
O Hamas, que assumiu o poder em Gaza em 2007, mantém as suas exigências antes de qualquer acordo, um cessar-fogo definitivo e uma retirada total das forças israelitas de Gaza. Israel recusa esta proposta.
As mais recentes declarações colocam em dúvida a rápida conclusão de um acordo com vista a um cessar-fogo, apesar dos esforços da comunidade internacional, especialmente dos Estados Unidos, principal aliado de Israel.
A ONU e muitos países dizem temer pela população civil no caso de um ataque israelita e o líder da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que "uma operação militar em grande escala em Rafah poderia levar a um banho de sangue".
A ajuda internacional, estritamente controlada por Israel, chega aos poucos, principalmente do Egito através de Rafah, mas continua a ser muito insuficiente dadas as imensas necessidades de cerca de 2,4 milhões de habitantes de Gaza.
Milhares a abandonar leste de Rafah, diz Crescente Vermelho Palestiniano
O Crescente Vermelho Palestiniano indicou hoje que "milhares de pessoas" estão a abandonar o leste de Rafah, no sul de Gaza, após ataques aéreos israelitas àquela zona, que o Exército israelita ordenara horas antes que fosse evacuada.
"O número de pessoas a deslocar-se de áreas do oriente para o ocidente da cidade de Rafah é significativo. Especialmente desde a intensificação dos bombardeamentos, milhares de pessoas estão a abandonar as suas casas", declarou o porta-voz do Crescente Vermelho Palestiniano (CVP), Ossama al-Kahlut.
Segundo o porta-voz, cerca de 250.000 pessoas vivem nos bairros abrangidos pela ordem de evacuação, o que intensificou "o clima de terror e pânico" criado pelos bombardeamentos israelitas desta noite e madrugada.
Israel iniciou hoje uma operação destinada a fazer retirar dezenas de milhares de famílias palestinianas da parte oriental da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde o Exército se está a preparar para lançar uma ofensiva terrestre, na sua guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas, em curso há quase sete meses.
Apesar da condenação internacional, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que vai realizar a ofensiva, tendo o Exército afirmado hoje ser essencial "destruir os últimos quatro batalhões" do Hamas naquele território palestiniano.
Habitantes citados pela agência de notícias francesa AFP declararam que se inteiraram da notícia quando acordaram, após uma noite marcada pelo ruído de explosões de projéteis israelitas. Alguns estavam a embalar os pertences nas suas tendas inundadas pelas fortes chuvas, ou a empilhá-los em atrelados.
De acordo com as equipas de socorro, os bombardeamentos noturnos fizeram pelo menos 16 mortos em duas famílias, e a proteção civil anunciou hoje que o Exército estava a intensificar os seus ataques em dois dos bairros cuja evacuação ordenou.
Rafah, situada no extremo sul da Faixa de Gaza, transformou-se num gigantesco campo de refugiados que alberga, segundo a ONU, 1,2 milhões de palestinianos, ou seja, metade da população do território, na maioria deslocados.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- fez também 250 reféns, 128 dos quais permanecem em cativeiro e pelo menos 35 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
A guerra, que hoje entrou no 213.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza cerca de 35.000 mortos, mais de 77.000 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Hamas aceita proposta para cessar-fogo na Faixa de Gaza
Não há ainda detalhes sobre o acordo.
O Hamas afirmou, esta segunda-feira, que aceita a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza mediada pelo Egito e pelo Qatar.
Em comunicado, o movimento islamita adianta que o seu líder, Ismail Haniyeh, informou o primeiro-ministro do Qatar e o chefe da inteligência do Egito que aceitou a proposta.
Entretanto, Israel afirmou não aceitar a proposta que o Hamas aprovou por considerá-la "diluída".
De acordo com a Reuters, uma autoridade israelita disse que nenhum cessar-fogo foi acordado em Gaza e que a proposta que o Hamas aceitou é uma versão "diluída" de uma proposta egípcia, que incluía conclusões "de longo alcance" que Israel não podia aceitar.
"Isto parece ser um estratagema destinado a fazer parecer que Israel está do lado que recusa o acordo", disse ainda o responsável, que falou sob a condição de anonimato.
Não há ainda informação sobre os detalhes da proposta, mas a Al Jazeera avança que esta incluiria três fases, cada uma com a duração de 42 dias.
A primeira fase seria constituída por uma trégua, juntamente com a retirada israelita do corredor
Uma trégua começaria na primeira fase, juntamente com uma retirada israelita do corredor de Netzarim, que Israel utiliza para dividir o norte e o sul de Gaza.
A segunda fase incluiria a aprovação do cessar permanente das operações militares e hostis e a retirada completa das forças israelitas de Gaza.
A proposta também inclui uma disposição que aprova o fim do bloqueio de Gaza na terceira fase.
Há vários meses que Egito e Qatar têm mediado conversações entre Israel e o Hamas, procurando encontrar uma solução para a guerra espoletada pelo ataque do movimento islamita em território israelita, em 07 de outubro passado.
Hamas avisa que ofensiva em Rafah ignora reféns e ameaça civis
O movimento islamita Hamas avisou hoje Israel que os preparativos para uma ofensiva terrestre em Rafah ignoram o destino dos reféns detidos na Faixa de Gaza e ameaçam centenas de milhares de civis no território palestiniano sitiado.
Em comunicado, o Hamas declarou que Israel se preparava para lançar a sua ofensiva "sem ter em conta a catástrofe humanitária em curso na Faixa de Gaza nem o destino dos prisioneiros", detidos desde o seu rapto em 07 de outubro no sul de Israel.
Segundo as autoridades israelitas, cerca de 130 reféns, incluindo alguns mortos, continuam retidos no enclave palestiniano.
O exército israelita apelou nas últimas horas aos palestinianos para que abandonem "imediatamente" os bairros da parte oriental da cidade de Rafah (sul de Gaza), junto à fronteira com o Egito, perante a iminência de uma ofensiva em que as tropas de Telavive irão "usar força extrema contra organizações terroristas" em zonas residenciais.
As autoridades israelitas disseram que a operação envolveria cerca de 100 mil pessoas e argumentam que as últimas unidades ativas do grupo extremista Hamas estão em Rafah.
A comunidade internacional opõe-se firmemente a esta operação, para a qual as autoridades israelitas alertaram há várias semanas, uma vez que a cidade serve de refúgio a cerca de 1,4 milhões de palestinianos que fugiram de outras zonas do enclave, alvo de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.
Os Estados Unidos também manifestaram relutância em relação ao plano israelita, considerando que não havia uma forma segura de levar a cabo esta campanha de retirada, embora não tenham comentado o novo anúncio de Telavive.
O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, com Israel a responder com uma ofensiva que já provocou cerca de 35 mil mortos, segundo balanços das duas partes.
Jordânia e Turquia condenam tomada de Rafah por Israel
Os governos da Jordânia e da Turquia condenaram hoje a tomada pelo exército israelita do lado palestiniano da passagem de Rafah, no sul da Faixa de Gaza e na fronteira com o Egito.
Numa mensagem publicada na conta pessoal na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, exigiu, paralelamente, que o Conselho de Segurança da ONU "intervenha imediata e firmemente".
"Em vez de dar uma oportunidade às negociações para a libertação dos reféns e para um cessar-fogo, o Governo israelita ocupou a passagem de Rafah e fechou-a à ajuda humanitária aos habitantes famintos de Gaza", frisou Safadi.
O chefe da diplomacia jordana sublinhou que o ataque a Rafah "é uma ameaça de outro massacre" e defendeu que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "deve enfrentar consequências reais".
O vice-presidente da Turquia, Cevdet Yilmaz, juntou a sua voz às críticas, afirmando que tomar o controlo do lado palestiniano da passagem de Rafah é "acrescentar mais um crime de guerra" aos cometidos no âmbito da ofensiva lançada contra a Faixa de Gaza após os ataques de 07 de outubro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
"Ao realizar um ataque terrestre a Rafah, um dia depois de o Hamas ter aceitado a proposta de cessar-fogo do Qatar e do Egito, Israel está a acrescentar mais um crime de guerra aos já cometidos nos territórios palestinianos desde 07 de outubro", afirmou Yilmaz numa mensagem também na rede social X.
Netanyahu e "os seus colaboradores" [...] "serão responsabilizados mais cedo ou mais tarde" por "terem cometido estes crimes contra a humanidade ou por terem permanecido em silêncio perante eles", sublinhou.
"Continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, sob as ordens do nosso Presidente, Recep Tayyip Erdogan, para garantir que o Governo israelita, que viola o direito internacional e não respeita quaisquer regras, seja levado à justiça por todos os crimes cometidos e receba o castigo que merece", acrescentou Yilmaz.
O exército israelita confirmou no início do dia de hoje que tinha tomado o lado palestiniano da passagem de Rafah, que serve como um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária no enclave, como parte do que descreveu ser uma "atividade orientada" em "áreas limitadas" contra a "infraestrutura terrorista" do Hamas.
A operação foi lançada horas depois de o gabinete de guerra criado em Israel após o "07 de outubro" ter concordado "unanimemente" em avançar com a ofensiva em Rafah, depois de o grupo islamita palestiniano ter afirmado que tinha aceitado uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Qatar e pelo Egito, argumentando que o texto apoiado pelo Hamas "fica muito aquém" das exigências israelitas.