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Formada no sistema prisional de Nova Iorque em 1989, os Trinitários são gangues hispânico, predominantemente dominicanos. Muito violentos, rapidamente se espalharam para as ruas da cidade e trouxeram habilidades novas e mortais. A sua influência é sentida em todos os cinco distritos de Nova York e em pelo menos 10 Estados.
O nome Trinitário tem origem nos três principais revolucionários dominicanos que tornaram a República Dominicana independente do Haiti em 1844.
Estes três revolucionários eram Duarte (Juan Pablo Duarte), Sanchez (Francisco del Rosario Sánchez) e Mella (Matías Ramón Mella.
Os Trinitários são inimigos mortais dos Bloods e Crips. Também são conhecidos por recrutar membros em escolas secundárias em toda a Nova Iorque e Nova Jersey.
Em Dezembro de 2012, dezenas de membros Trinitários no Bronx, Nova Iorque, foram acusados de 9 assassinatos e 24 tentativas de homicídio.
Um dos maiores gangues de rua em Nova Iorque, os Trinitários possui mais de 10.000 membros, e mais de 10.000 noutros Estados como Flórida, Nova Jersey, Rhode Island, e Connecticut. No estrangeiro, cerca de 30.000 membros estão espalhados pelo mundo
Um dos gangues mais antigos, criado em 1966, por um homem chamado George Jackson na Califórnia. Trata-se de um grupo de elementos de raça negra que visa defender a dignidade negra no interior das prisões, bem como realizar um golpe de estado.
É um gangue com convicções políticas vincadas e grande opositor do Governo e instituições públicas. Possui cerca de 50.000 membros espalhados por todos os Estados Unidos. Mas para entrar no gangue é necessário ser-se de raça negra e nomeado por um membro.
No Brasil existe várias organizações criminosas, sendo umas mais antigas, e outras mais recentes, resultado da separação das primeiras. Uma das maiores organizações criminosas surgidas no Brasil foi o Comando Vermelho Rogério Lemgruber /CVRL), mais conhecido como Comando Vermelho (CV).
Comando Vermelho (CV)
Criada em 1979, na Prisão Cândido Mendes, na Ilha Grande, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, com um conjunto de presos comuns e presos políticos: os presos comuns eram membros da conhecida Falange Vermelha, que assaltava a população do Rio de Janeiro, praticava todo o tipo de crime, desde tráfico de drogas até escravidão de estrangeiros, como também tráfico de órgãos humanos.
Durante a década de 1990, o Comando Vermelho foi uma das organizações criminosas mais poderosas do Brasil, onde se incrementou o que se desenvolvia nas Falanges, que não eram organizadas.
Estrutura Profissional do Comando Vermelho (CV)
A estrutura profissional do Comando Vermelho é o seu principal poder. Estima-se que controla cerca de 40% do comércio de drogas no Rio de Janeiro, e que nas suas fileiras estiveram presentes cerca de 5000 membros fortemente armados, até com armas automáticas AR-15 (também usada pela polícia, fabricada pela Colt), e o AK-47, produzido sob licença da Kalashnikov. Equipadas com armas capazes de disparar 600 tiros por minuto, o Comando Vermelho estavam pronto a manter o seu poder nas ruas.
As crianças e jovens dos bairros pobres das favelas, sem possibilidades de uma vida melhor nas grandes cidades e discriminadas e iludidas com a facilidade de ganhar dinheiro, muitas vezes acabam por engrossar as milícias do tráfico. Por vezes, os traficantes do Comando Vermelho exercem o que alguns chamam, ironicamente, de "política da boa vizinhança": entram sem aviso prévio em casas e barracas, para conhecer melhor os habitantes da favela.
Em muitos casos, os traficantes são vistos pela população das favelas como a autoridade a ser seguida, visto que a presença do Estado naquele ambiente é mínima. A corrupção na polícia carioca, por vezes escandalosa, também é apontada por especialistas como uma das razões do vertiginoso crescimento do tráfico, em especial a partir dos anos 80, quando cartéis colombianos passaram a usar o Brasil como rota alternativa de seus negócios.
Uma das primeiras medidas do Comando Vermelho foi a criação da chamada "caixa comum" da organização criminosa, alimentado pelos proventos arrecadados pelas actividades criminosas isoladas, daqueles que estavam em liberdade, o dízimo. O dinheiro assim arrecadado serviria não só para financiar novas tentativas de fuga, mas igualmente para amenizar as duras condições de vida dos presos, reforçando a autoridade e respeito do Comando Vermelho no seio das prisões.
Rogério Lemgruber também conhecido como Bagulhão
Criado na favela do Sapo, onde tornou-se um chefe do narcotráfico, Rogério Lemgruber foi um dos fundadores da facção criminosa Falange Vermelha e de sua sucessora, o Comando Vermelho. Passou a maior parte de sua vida no presídio da Ilha Grande, onde o Comando Vermelho começou a se organizar a partir da união entre narcotraficantes e presos políticos. O seu nome posteriormente acabou sendo acrescentado ao da facção.
Vítima de insuficiência hepática e diabetes, seu estado de saúde começou a se agravar porque não suportava a vida prisional, devido a quantidade de vezes que foi preso. Começou a dispensar a dieta dos médicos. Comia muitos doces e outros alimentos que pudessem aumentar sua taxa de glicose. Magro e debilitado foi transferido para o Hospital Central Penitenciário para tratar dos diabetes. Pouco tempo depois foi transferido para o Hospital Miguel Couto. Durante seu internamento, houve uma preocupação enorme das autoridades, já que no hospital, o seu resgate se tornaria mais fácil para os criminosos da facção. A segurança foi reforçada com polícias militares fardados e disfarçados. Todos os visitantes que entravam no hospital eram revistados e a enfermaria onde estava Rogério era vigiada 24 horas por seis polícias para impedir uma invasão.
Após oito dias de internação, Rogério Lemgruber morreu no hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, em 29 de Maio de 1992, vítima das complicações de sua doença.
Rogério foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro.
Actividades do Comando Vermelho (CV)
No início dos anos 1980, os primeiros presos fugidos da Ilha Grande começaram a pôr em prática todos os ensinamentos que haviam adquirido ao longo dos anos de convivência com os presos políticos, organizando e praticando numerosos assaltos a instituições bancárias, algumas empresas e joalharias. Entre os integrantes da facção que se tornaram notórios depois de suas prisões, estão o líder da facção Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP, Mineiro da Cidade Alta, Elias Maluco e Fabiano Atanazio mais conhecido como "FB". Na década de 2000 diversas favelas controladas pela facção passaram a ser ocupadas por milícias e por Unidades de Polícia Pacificadora. Ainda no início da década de 1990, a facção influenciaria a criação do Primeiro Comando da Capital em São Paulo. Dela surge ainda uma espécie de dissidência, posteriormente reincorporada, o Comando Vermelho Jovem.
No cinema
O Comando Vermelho foi retratado no filme "400 contra 1- A história do Comando Vermelho", dirigido por Caco Souza e com a participação de Daniel de Oliveira, Daniela Escobar e participação especial de Negra Li. [video=youtube_share;8cEYp5vMX8o]http://youtu.be/8cEYp5vMX8o[/video] Estreado em 6 de Agosto de 2010, o filme foi gravado em Curitiba, no Estado do Paraná.
Apesar de ser muito recente, formada em 1993 por 8 prisioneiros, o Primeiro Comando da Capital já se tornou muito conhecido especialmente pela capacidade que tem de organizar acções a partir do interior das prisões. A data da sua fundação foi no dia 31 de Agosto de 1993, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, a 130 km de São Paulo, chamada de "Piranhão", até então a prisão mais segura do Estado de São Paulo.
Desde 2006 mais de 300 ataques contra estabelecimentos públicos, foram atribuídos ao PCC. É também um gangue relativamente bem organizado e os membros são obrigados a pagar uma mensalidade, o dinheiro é depois utilizado para compra de armas ou para qualquer outro tipo de actividade.
Estatuto do Primeiro Comando da Capital (PCC):
1. Lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo ao Partido.
2. A Luta pela liberdade, justiça e paz.
3. A união da Luta contra as injustiças e a opressão dentro das prisões.
4. A contribuição daqueles que estão em Liberdade com os irmãos dentro da prisão através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e acção de resgate.
5. O respeito e a solidariedade a todos os membros do Partido, para que não haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do Partido, tentando dividir a irmandade será excluído e repudiado do Partido.
6. Jamais usar o Partido para resolver conflitos pessoais, contra pessoas de fora. Porque o ideal do Partido está acima de conflitos pessoais. Mas o Partido estará sempre leal e solidário a todos os seus integrantes para que não venham a sofrer nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos.
7. Aquele que estiver em liberdade bem estruturado mas esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, serão condenados à morte sem perdão.
8. Os integrantes do Partido tem que dar bom exemplo a serem seguidos e por isso o Partido não admite que hajam assalto, estupro e extorsão dentro do Sistema.
9. O partido não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo, interesse pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, a hombridade, solidariedade e o interesse como o bem de todos, porque somos um por todos e todos por um.
10. Todo integrante tem que respeitar a ordem e a disciplina do Partido. Cada um vai receber de acordo com aquilo que fez por merecer. A opinião de todos será ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos fundadores do Partido.
11. O Primeiro Comando da Capital PCC fundado no ano de 1993, numa luta descomunal e incansável contra a opressão e as injustiças do Campo de Concentração anexo à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, tem como tema absoluto a "Liberdade, a Justiça e Paz".
12. O partido não admite rivalidades internas, disputa do poder na liderança do Comando, pois cada integrante do Comando sabe a função que lhe compete de acordo com sua capacidade para exercê-la.
13. Temos que permanecer unidos e organizados para evitarmos que ocorra novamente um massacre semelhante ou pior ao ocorrido na Casa de Detenção em 2 de Outubro de 1992, onde 11 presos foram cobardemente assassinados, massacre este que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira. Porque nós do Comando vamos mudar a prática prisonal, desumana, cheia de injustiças, opressão, torturas e massacres nas prisões.
14. A prioridade do Comando no montante é pressionar o Governador do Estado a desactivar aquele Campo de Concentração anexo à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, de onde surgiu a semente e as raízes do comando, no meio de tantas lutas inglórias e a tantos sofrimentos atrozes.
16. Partindo do Comando Central da Capital do KG do Estado, as directrizes de acções organizadas simultâneas em todos os estabelecimentos penais do Estado, numa guerra sem trégua, sem fronteira, até a vitória final.
16. O importante de tudo é que ninguém nos deterá nesta luta porque a semente do Comando se espalhou por todos os Sistemas Penitenciário do Estado e conseguimos nos estruturar também do lado de fora, com muitos sacrifícios e muitas perdas irreparáveis, mas nos consolidamos a nível estadual e à médio e longo prazo nos consolidaremos a nível nacional.
Em coligação com o Comando Vermelho - CV e PCC iremos revolucionar o país dentro das prisões e nosso braço armado será o terror dos Poderosos opressores e tiranos que usam o Anexo de Taubaté e o Bangú I do Rio de Janeiro como instrumento de vingança da sociedade na fabricação de monstros.
Conhecemos nossa força e a força de nossos inimigos poderosos, mas estamos preparados, unidos e um povo unido jamais será vencido.
LIBERDADE! JUSTIÇA! E PAZ! UNIDOS VENCEREMOS
Quartel-General do PCC, Primeiro Comando da Capital, em coligação com Comando Vermelho (CV).
Actividades do Primeiro Comando da Capital (PCC)
O Primeiro Comando da Capital (PCC) é a maior organização criminosa do Brasil. As suas actividades são assaltos, sequestros, assassinatos e narcotráfico.
A facção actua principalmente em São Paulo, mas também está presente em 22 dos 27 Estados brasileiros, além de países próximos, como Bolívia e Paraguai.
A organização é financiada principalmente pela venda de maconha e cocaína, mas roubos de cargas e assaltos a bancos também são fontes de rendimento.
O grupo está presente em 90% dos presídios paulistas e factura cerca de 120 milhões de reais por ano.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) surgiu em 1993, no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, no Vale do Paraíba, local que acolhia prisioneiros transferidos por serem considerados perigosos pelas autoridades. Calcula-se que tenha cerca de 6000 membros dentro do sistema penitenciário e outros 1,6 mil em liberdade, apenas no Estado de São Paulo. O PCC também é identificado pelos números 15.3.3; a letra "P" era a 15ª letra do alfabeto português e a letra "C" é a terceira.
Vários dos ex-líderes da organização estão presos, como o criminoso Marcos Willians Herbas Camacho (Marcola), que cumpre sentença de 44 anos, principalmente por assalto a bancos, no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Venceslau, onde está presa toda a cúpula da facção. Actualmente o PCC corre risco de ser extinto por conta de inúmeras prisões de integrantes envolvidos na organização.
Marcola: Líder do Primeiro Comando da Capital (PCC)
Marcos Willians Herbas Camacho nasceu em 1968, no Bairro do Vila Yolanda em Osasco, em São Paulo. Filho de pai boliviano e mãe brasileira, Marcos Camacho iniciou sua carreira criminosa aos 9 anos de idade, como ladrão na Baixada do Glicério, no centro de São Paulo. Aos 35 anos, Marcola já havia passado metade de sua vida na cadeia.
Os seus livros preferidos são: "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, e o "O Príncipe", de Maquiavel, e duas biografias de Che Guevara. Em Janeiro de 2007, Marcola casou-se com a estudante universitária de Direito Cynthia Giglioli da Silva. Em 2005, Cynthia foi acusada e presa suspeita de receber uma mesada de 15.000 reais da facção PCC. No total, teria recebido 90.000 reais.
O maior ataque da história contra a Polícia de São Paulo
Em 12 de Maio de 2006, Marcola deu início ao maior ataque da história recente contra a polícia do Estado de São Paulo que provocou pelo menos 45 mortes: 23 polícias militares, 7 polícias civis, 3 guardas municipais, 8 guardas prisionais e 4 civis. No dia 14 de Maio, o ataque já se havia espalhado por outros Estados do Brasil, como Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia (este último sem ligação directa com o PCC).
Os ataques tomaram uma repercussão gigantesca que somados à falta de informações por parte do governo de São Paulo e ao enorme sensacionalismo da imprensa, além de vários boatos infundados, acabaram por causar pânico geral e clima de terrorismo na população. O Governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo, foi duramente criticado pela imprensa pela demora na resposta, falta de comunicação entre as forças policias, falta de informação à imprensa e à população em geral, e falta de capacidade de gerir a crise. Cláudio Lembo estava no poder havia um mês, quando a crise eclodiu.
Também por determinação de Marcola, após suposta negociação com o governo do Estado de São Paulo, as rebeliões e os ataques foram cessados.
Noutras duas ondas de ataques nos meses de Julho e Agosto, agências bancárias, lojas e autocarros foram incendiados.
No cinema:
O filme brasileiro "Salve Geral" de 2009 foi realizado por Sérgio Rezende. A história aborda os acontecimentos envolvendo a violência do Primeiro Comando da Capital em São Paulo, em 2006. Foi escolhido para ser o representante brasileiro ao Óscar de melhor filme estrangeiro em 2010. [video=youtube_share;nLbqpUQJOHE]http://youtu.be/nLbqpUQJOHE[/video] O filme "Salve Geral", de 2009, mostra o drama de uma mãe de um preso que se envolve com o PCC
durante os acontecimentos de Maio de 2006.
Terceiro Comando da Capital (TCC) era um grupo rival do Primeiro Comando da Capital. Foi articulado por César Augusto Roriz da Silva (mais conhecido por Cesinha), ex-líder do PCC.
César Augusto Roriz da Silva, conhecido como Cesinha, um dos fundadores do Primeiro Comando da Capital (PCC). Chefiou a facção criminosa ao lado de Geleião, até ser expulso, em Novembro de 2002, por ter mandado matar a mulher de Marcola, outro fundador. Foi condenado a 144 anos, 6 meses e 6 dias de prisão. Cumpria a pena na penitenciária de Avaré quando foi morto, em 13 de Agosto de 2006, por outro presidiário.
A facção actuou em presídios paulistas, e mesmo tendo sido fundada por ex-membros do PCC, a facção perdeu forças desde do assassinato de seu principal líder, morto a facadas no presídio da cidade de Avaré, comandado pela facção rival do PCC. O Terceirão, como é conhecido, dominou poucos presídios do Estado de São Paulo e acabou sendo até mesmo desconhecida por muitos. O Terceiro Comando é uma extinta facção criminosa, surgida de uma dissidência do Comando Vermelho, no começo da década de 90. Passou a dominar pontos de venda a partir das zonas Oeste e Norte, áreas mais periféricas da cidade do Rio de Janeiro. A aliança forjada com a ADA (Amigos dos Amigos), em 2002, fortaleceu e ampliou a organização. Entretanto, devido a uma nova dissidência, surgiu o TCP (Terceiro Comando Puro). O TCP junto com a ADA são gangues rivais do Comando Vermelho e do PCC, que disputam a liderança do tráfico.
O Terceiro Comando Puro surgiu no Rio de Janeiro, no Complexo da Maré no ano de 2002, a partir de uma dissidência do Terceiro Comando, liderada pelo traficante Facão. Ainda é uma das maiores facções criminosas do Brasil, perdendo apenas para o PCC (Primeiro Comando da Capital) e para o seu principal rival, o CV (Comando Vermelho).
Durante a maior parte do ano de 2002, o TCP permaneceu como uma facção menor, porém, após Setembro de 2002, quando Luiz Fernando da Costa "Fernandinho Beira-Mar", liderou uma revolta no presídio Bangu 1, matando alguns rivais, entre eles Uê, líder do TC, este rompeu sua aliança com a (ADA) e assim, os traficantes do então TC ou passaram de vez para o lado da ADA, ou migraram para o TCP. Desde então, o Terceiro Comando Puro (TCP) dominou pontos de venda nas zonas norte e oeste do Rio de Janeiro, mais especificamente no bairro de Senador Camará.
Entre os principais traficantes estão Facão, e quando Robinho morreu vítima de tumor cerebral, Matemático tomou a frente da favela. Quando este último foi preso, a comunidade ficou a cargo de alguns traficantes, entre eles Fernandinho Hércules ou D3, que comandava juntamente com Noka Aranha e Claudinho Nono. D3 também foi responsável pela tentativa de invasão ao complexo do salgueiro em São Gonçalo e tomada de várias bocas de fumo da zona oeste. O Terceiro Comando puro (TCP) controla o tráfico de drogas das favelas da Maré e a prisão do traficante Marcelo Santos das Dores, de 32 anos, conhecido como Menor P, efectuada pela Polícia Federal (PF).
Amigos dos Amigos, conhecida pela sigla ADA., é uma das três maiores organizações criminosas da cidade do Rio de Janeiro. O nome original "Amigos dos Azuis" foi dado pelas alianças com polícias militares corruptos. Foi durante o início da década de 2000, aliada ao Terceiro Comando até a sua extinção. Desde o início rivalizou com o Comando Vermelho e com o Terceiro Comando Puro, a partir da criação deste último.
Amigos dos Amigos surgiu de uma divisão do Comando Vermelho e do Terceiro Comando. No seu início, passou a dominar os pontos de venda de drogas a partir das zonas Oeste e Norte. Ganhou cobertura mediática a partir da união com o Terceiro Comando em 2002. Actualmente actua sem se aliar a nenhum outro grupo.
História
Os Amigos dos Amigos surgiu dentro dos presídios do Rio de Janeiro, entre 1994 a 1998, aliando-se ao Terceiro Comando, para diminuir o poderio do Comando Vermelho. Os seus fundadores, Paulo Cesar Silva dos Santos, o Weslley, Linho, Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém e José Carlos dos Reis Encina "O Escadinha", se aliaram na cadeia com Ernaldo Pinto de Medeiros "O Uê", líder do Terceiro Comando que foi expulso do Comando Vermelho após matar um dos líderes da facção, Orlando Jogador. Após desavenças entre os traficantes Linho e Facão, surgiu o Terceiro Comando Puro, dissidência do Terceiro Comando que passou a controlar parte do Complexo da Maré. Em 11 de Setembro de 2003, na rebelião no Complexo de Gericinó, Fernandinho Beira-Mar e seus comparsas mataram Uê e ameaçaram Celsinho da Vila Vintém, que para escapar da morte, fingiu se aliar ao Comando Vermelho, sendo por isso acusado, por parte dos membros do Terceiro Comando, de traidor. Este facto decretou o fim do Terceiro Comando e a fuga dos seus membros para a ADA e o Terceiro Comando Puro. Em 2004, a facção passou a controlar a Rocinha, maior favela do Rio de Janeiro, após a guerra entre os traficantes Lulu e Dudu da Rocinha, ambos do Comando Vermelho. Sentindo-se traídos pela facção, o grupo de Lulu, morto pela polícia após os confrontos, decidiu migrar para a ADA. A Rocinha só foi perdida pela facção em 2011, com a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora. O último líder da facção era António Francisco Bonfim Lopes "O Nem", preso pela polícia.
O Esquadrão da Morte, organização paramilitar surgida no final dos anos 1960, tinha como objectivo perseguir e matar os criminosos tidos como perigosos para a sociedade.
O Esquadrão da Morte teve origem no antigo Estado da Guanabara comandado pelo detective Mariel Mariscot, e se disseminou por todo o Brasil. Os seus membros eram políticos, membros do Poder Judiciário, polícias civis e militares, e era mantida pelos empresários.
A mais famosa organização foi a Scuderie Le Cocq, cujo nome homenageava o detective de origem francesa Milton le Cocq. A organização foi perdendo importância ao longo da década de 1990 no Estado do Rio de Janeiro, devido a acção de membros que agiam sem controlo.
Milton Le Cocq, famoso detective da Polícia do Rio de Janeiro, e integrante da guarda pessoal de Getúlio Vargas, foi morto por Manoel Moreira, conhecido como "Cara de Cavalo", marginal que actuava na Favela do Esqueleto, na década de 1960. Existem indícios de que a Scuderia Le Coq actua ainda no Estado do Espírito Santo, mais precisamente na região da Grande Vitória.
Milícias
Para combater a insegurança nas ruas, muitos moradores optaram por pedir protecção a grupos organizados para os proteger dos traficantes de drogas. Assim surgiram as Milícias.
No Rio de Janeiro, foi criado as Milícias que controlam as várias favelas. São formadas por policiais, bombeiros, vigilantes, guardas prisionais e militares, fora de serviço ou no activo. Muitos desses milicianos são moradores das comunidades e contam com o apoio dos políticos e lideranças comunitárias locais.
A princípio com a intenção de garantir a segurança contra traficantes, os milicianos passaram a intimidar e extorquir moradores e comerciantes, cobrando taxa de protecção, incluindo o recolher obrigatório. Através do controlo armado, esses grupos também controlam o fornecimento de muitos serviços aos moradores, como o transporte alternativo que serve os bairros da periferia, a distribuição de gás, a instalação de ligações clandestinas de TV Cabo, etc.
Segundo o Núcleo de Pesquisas das Violências da Uerj, até a operação no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, no final de Novembro de 2010, as milícias dominavam 41,5% das 1006 favelas do Rio de Janeiro, contra 55,9% por traficantes, e 2,6% pelas Unidades de Polícia Pacificadora.
As milícias existem no Rio de Janeiro desde a década de 1970, controlando algumas favelas da cidade. Um dos primeiros casos conhecidos ocorreu em 1979, na favela de Rio das Pedras, na região de Jacarepaguá, onde comerciantes locais se organizaram para pagar aos polícias para que não permitissem que a comunidade fosse tomada por traficantes ou outros tipos de criminosos. No início do século XXI, estas milícias começaram a competir pelas áreas controladas com os gangues do tráfico de drogas. Em Dezembro de 2006, segundo relatos, as milícias controlavam 92 das mais de 300 favelas cariocas.
Em 25 de Novembro de 2010, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Marinha do Brasil, fez uma operação especial para tomar o controlo da Vila Cruzeiro. Os traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, e no dia 26 de Novembro, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, a Polícia Federal, a Polícia Civil e as Forças Armadas entraram no Complexo do Alemão, para tirar o controlo do tráfico nessa região, como foi feito na Vila Cruzeiro no dia anterior.
Houve intensa troca de tiros entre traficantes e polícias militares no início da noite do dia 26 de Novembro. O traficante Anderson Roberto da Silva Oliveira "O Dande" foi preso por polícias da Esquadra de Repressão a Armas e Explosivos. Até aquela tarde, 36 pessoas já tinham sido mortas durante a onda de violência no Rio de Janeiro. A polícia apreendeu mais de 300 motas na Favela do Cruzeiro, onde também foram encontradas munições e cerca de duas toneladas de maconha, além de cocaína e crack.
O Complexo do Alemão ainda era o refúgio dos grandes traficantes de favelas vizinhas, tomadas pelas unidades de polícia pacificadora. Os traficantes, diante da perda do território, passaram a cometer actos terroristas pela Região Metropolitana do Rio de Janeiro, gerando desordem e pânico na população.
Em 28 de Novembro de 2010, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ) e as Forças Armadas do Brasil fizeram uma operação para a retomada do Complexo do Alemão. Os traficantes fugiram pela mata. Nesta operação, o Batalhão de Operações Policiais Especiais apreendeu cerca de 40 toneladas de maconha, cocaína, crack e armas de grosso calibre.
No dia 27 de Novembro, ao final da tarde, cerca de 31 traficantes se renderam à polícia. O Complexo do Alemão foi então, controlado pela polícia com apoio das Forças Armadas. A comunidade passou a ser atendida por 8 unidades de polícia pacificadora e possui 20 câmaras de vigilância para ajudar os polícias a manter a segurança na comunidade.
Quando se pensa em motoqueiros, a imagem popular que surge é de tipos com cara de mau, usando calças e blusões de couro, com barba grande, cobertos de poeira da estrada, andando pela estrada sem fim numa aventura, causando estragos e metendo-se em brigas no bar. Na realidade, a maioria dos motoqueiros são pessoas decentes, honestos e cumpridos da lei. São na maior parte das vezes, chefes de família, que participam em grandes concentrações de motards, com concertos de música, espectáculos com motas ou striptease das ladys.
Mas existe uma minoria de motoqueiros durões que rejeitam as normas da sociedade e vivem
fora da lei, envolvendo-se em actividades do crime organizado. São os gangues de motoqueiros
mais perigosos do mundo.
Provavelmente o mais conhecido gangue de motoqueiros americanos, Os Anjos do Inferno tem uma história longa nas auto-estradas e estradas norte-americanas, montados nas suas motas Harley Davidson. A sua insígnia é a "Cabeça da Morte". Estão espalhados pelos Estados Unidos, assim como por todo o continente da América do Norte, a América Latina, Europa, Austrália, Nova Zelândia e Rússia.
História
A história dos Anjos do Inferno está envolta em mistério e controvérsia, devido a vários indivíduos assumirem serem os verdadeiros fundadores do clube. Foram originalmente formados em 1948 em Fontana, na Califórnia (E.U.A.), através de uma fusão de antigos membros de diferentes clubes de motas, tal como "The Bastards".
O nome Hell`s Angels acredita-se que foi inspirado pelo uso histórico, tanto na Primeira Guerra como na Segunda Guerra Mundial, ao nomear esquadras ou outros grupos de guerra por ser um nome desafiador, feroz e mortal:
- Os Tigres Voadores baseados na China foram divididos em três esquadrilhas de avião, e uma esquadrilha foi nomeada "Hell's Angels".
- O filme de Howard Hughes mostra extraordinárias e perigosas esquadrilhas de aviação.
- Várias unidades aéreas usaram o nome Hell's Angels, inclusive o 303º Grupo H de Bombardeiros Pesados da Força Aérea Americana, uma unidade militar formada nos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, e a 11.ª Divisão Aérea.
Alguns Hell`s Angels tentam acabar com a crença de qualquer ligação, excepto o nome, entre o HAMC e a história militar Hell's Angels. O website oficial do grupo esclarece que o nome foi sugerido aos fundadores do clube por um amigo, Arvid "Oley" Olsen, que foi um membro dos Tigres Voadores. Nenhum membro daquela esquadrilha tornou-se membro dos Hell`s Angels.
A história dos primórdios dos Hell`s Angels não é clara. Ralph Sonny Barger foi o fundador do bando em Oakland, mas houve vários clubes de motoqueiros fundados em São Francisco, na Califórnia. Outras fontes declaram que os Hell`s Angels de São Francisco foram organizados por Rocky Grave, um membro dos Hell`s Angels de São Bernardino.
De acordo com outra fonte, o clube Hell`s Angels foi um sucessor do "P.O.B.O.B." Motorcycle Club. O Hell`s Angels "Frisco" foi reorganizado em 1955 com 13 membros. Franco Sadliek, que concebeu o logotipo original do crânio da morte, foi nomeado como presidente. O bando de Oakland, nessa altura era chefiada por Barger, usando uma versão maior de seu apelido "Barger Maior" qual foi primeiramente usado em 1959 e mais tarde tornou-se o clube padrão.
Símbolos
A página oficial dos Hell`s Angels na Internet atribui o design
da insígnia oficial "Cabeça da Morte" a Frank Sadilek, antigo
presidente do clube de São Francisco.
As cores e forma de estilo do emblema das jaquetas (antes de 1953) foram copiadas das insígnias da 85ª Esquadrilha de Combate e da 552ª Esquadrilha de Aviões Bombardeiros Médios.
Os Hell`s Angels utilizam um sistema de emblemas, semelhante às insígnias militares. Embora o significado específico de qualquer emblema não seja de conhecimento público, os emblemas identificam actividades específicas ou crenças de cada motociclista. As cores oficiais dos Hell`s Angels são letras vermelhas visualizadas em fundo branco. Estes emblemas são aplicados em jaquetas e roupas de couro ou jeans.
Vermelho e branco são também utilizados para exibir o número 81 em muitos emblemas, como em "Suporte 81, Rota 81". O 8 e 1 apontam as respectivas posições no alfabeto das letras H e A. São usados por amigos e apoiantes do clube, mas somente membros oficiais podem vestir qualquer logo marca dos Hell`s Angels. O diamante forma o emblema escrito como "1%", em vermelho no fundo branco com borda castanha. O termo "1%" é uma resposta ao Incidente Hollister quando a Associação Americana de Motociclistas (AMA) teria dito que 99% dos motociclistas eram formados por bons cidadãos e 1% por bandidos. A AMA alega não se recordar de ter dado tal declaração à imprensa, e chama esse relato apócrifo.
Muitos membros usam um emblema rectangular (novamente, fundo branco com letras vermelhas e bordas castanhas) identificando sua respectiva facção local. Quando aceito, os membros do clube vestem um emblema denotando sua posição ou hierarquia dentro da organização. O emblema é rectangular e são desenhados em fundo branco com letras vermelhas e bordas castanhas. Alguns exemplos de cargos usados são Presidente, Vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro, e Sargento de Armas. Esse emblema é habitualmente colocado acima do emblema de localização do clube. Alguns membros também vestem um emblema com a rubrica AFFA, que significa "Angels para sempre; para sempre Angels", referente ao seu vínculo vitalício no clube de motocicletas (isto é, "uma vez membro, sempre um membro"). Em Março de 2007, os Hells Anjels moveram uma acção judicial contra os Estúdios Walt Disney alegando que o filme intitulado "Porcos Selvagens" (Wild Hogs) usou o nome e o logótipo da Hell`s Angels Motorcycle Corporation sem autorização.
Recrutamento
As exigências para tornar-se um membro do Hells Angels são as seguintes:
- Os candidatos devem ser homens brancos;
- Ter carta de mota;
- Ter habilidade com as motas;
- Não ser um molestador de criança;
- Não ter sido polícia ou guarda prisional.
Após um longo processo, um candidato a membro é primeiramente admitido como um "Candidato", indicando que o indivíduo é convidado a alguns eventos do clube ou a encontrar outros membros do clube em encontros de motociclistas. Se o candidato estiver interessado, pode ser convidado a se tornar um "Hangaround", uma situação que acontece habitualmente após um ano ou dois. No fim deste estágio, será reclassificado como "Prospect", convidado a participar em algumas actividades do clube, mas não para ter privilégios, enquanto será avaliado como um possível membro oficial. A última fase, e o mais alto grau de status, é "Associação Plena" ou "Escudo Fechado".
O termo "Emblema Pleno" refere-se ao conjunto dos quatro emblemas, incluindo o logótipo "Cabeça da Morte", dois apliques (aplique superior: top rocker: "Hells Angels"; aplique inferior: Estado ou Território) e o emblema rectangular "MC" abaixo da asa da Cabeça da Morte. Candidatos potenciais são autorizados a vestir um aplique inferior com o nome do Estado ou Território com o emblema rectangular "MC".
Para tornar-se um membro de pleno direito, o "Prospect" deve ser votado pelos membros oficiais do clube. Antes da votação, um Prospect habitualmente viaja por cada facção da jurisdição (Estado; Província; Território.) e introduz ele mesmo a cada Emblema Pleno. Esse processo permite que qualquer membro votante torne-se familiarizado com o sujeito e a fazer qualquer questionamento antes do voto. Após a admissão habitualmente requer uma maioria unânime nas votações, e algum clube poderá rejeitar um Prospect por um simples voto discordante.
Algumas formalidades a serem acatadas seguem, dentro das quais o Prospect afirma sua lealdade ao clube e aos seus membros. O emblema final (aplique superior Hells Angels) é então concedido numa cerimónia de iniciação. Ao sair dos Hells Angels, ou ser rejeitado, estes devem ser devolvidos ao clube.
Fama dos Hell`s Angels
Os Hell’s Angels MC ganharam notoriedade em massa nos Estados Unidos devido ao seu envolvimento em muitos atritos com a lei e gangues de motoqueiros rivais:
O mais digno de nota dos eventos divulgados aconteceu durante o concerto gratuito em Altamont Speedway, em Dezembro de 1969, onde alega-se que os Rolling Stones contrataram alguns membros dos Hell’s Angels de substituto para os seguranças da banda. [video=youtube_share;0qTKsylrpsg]http://youtu.be/0qTKsylrpsg[/video] No festival de Altamont, a violência estourou no meio da multidão e o resultado foi um homem esfaqueado até à morte.
Outro incidente ocorreu em 2002, em Laughlin, no Nevada, no Casino e Hotel Harrah’s. Um confronto violento no casino entre os rivais Mongols e Hell’s Angels resultou a morte de um membro esfaqueado do gangue Mongol e dois membros morto a tiros dos Hell’s Angels.
Tentativa de assassinar Mick Jagger
Os Anjos do Inferno (Hell`s Angels) também são conhecidos por liderar um plano para assassinar o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger. Um agente do FBI revelou numa entrevista a BBC, que os membros do grupo queriam se vingar de Mick Jagger, após um trágico show dos Rolling Stones no festival de Altamont, nos Estados Unidos, em 1969, quando um jovem foi assassinado por um membro do gangue. Os Anjos do Inferno (Hell's Angels) supostamente faziam a segurança do evento, e após o crime, Mick Jagger teria dito que não queria mais os serviços do grupo. O plano então seria matar o líder dos Rolling Stones na sua casa de veraneio, nos Estados Unidos. Decidiram chegar ao local pelo mar, mas o bote no qual viajavam os supostos agressores foi atingido por uma tempestade, embora todos tenham sobrevivido, segundo o ex-agente. Acredita-se que Mick Jagger nunca foi informado da suposta tentativa de assassinato.
Curiosidade:
O jornal Vancouver Sun afirma que o Canadá possui mais membros dos Hell´s Angels per capita que qualquer outra nação, incluindo os Estados Unidos, onde tem bandos espalhados por 20 Estados.
No período de 1995-1997, foram detectados cerca de 38 bandos no Canadá. Os Hell`s Angels estabeleceram sua primeira facção Canadiana na província de Quebec durante os anos 70. Os Outlaws e vários clubes afiliados independentes conseguiram impedir os Angels de assumirem uma posição dominante em Ontário, a província mais populosa do Canadá, até aos anos 90. Bandos como os Grim Reapers de Alberta, Los Bravos em Manitoba, e vários outros clubes independentes formaram uma frágil aliança que mantiveram os Angels fora da província até aos fins da década de 90. Em 1997, sob a liderança de Walter "Nurget" Stadnick, os Hell´s Angels se tornaram o clube dominante em todo o Canadá, com facções em pelo menos sete das dez províncias e dois dos três territórios.
Os Mongóis (Mongols), também conhecido como Nação Mongol ou Brotherhood Mongol, foram formados em 1969, em Montebello, na Califórnia (E.U.A.).
Formados por motoqueiros hispânicos que não tiveram entrada nos Hell`s Angels MC, devido à sua raça.
As cores do clube são preto
e branco e as suas insígnias
mostram um homem montado
na mota usando um colete de
couro e óculos escuros.
Os Grupos Mongols estão concentrados no oeste dos Estados Unidos, mas
também no Canadá, México e Itália. Mas a sua maior área de influência é a
Califórnia.
Os Mongols são conhecidos por ter muitos problemas com as forças de segurança, especialmente por causa do tráfego de anfetaminas, roubo e assassinato. Em 2008, o ATF coordenou um ataque contra os Mongols, onde quatro agentes infiltraram-se dando a entender querer fazer parte do bando. Esta operação resultou em 38 prisões, incluindo a prisão de presidente do clube, Ruben "Doc" Cavazos. Como parte da operação 160 mandados de busca foram atendidas e 110 mandados de prisão foram realizados. Os membros Mongols estão agora proibidos por lei de usar logótipo e insígnias do clube, incluindo o uso em coletes ou qualquer outra vestimenta.
Os Pagãos foram formados em Maryland em 1959, e em 1965 expandiram-se rapidamente.
A sua insígnia é o Deus gigante nórdico
do fogo Surt, sentado sobre o Sol usando
uma espada com as palavras em vermelho,
branco e azul escritas: Pagan (Pagão).
Os membros são conhecidos por usar jaquetas jeans, com o acompanhamento de insígnias da supremacia branca e nazi. Membros do clube também foram vistos com tatuagens de ARGO (Ar Go Fuck Yourself) e Nunya (Nun’Ya Fuckin ‘Business). Além de sua história de rivalidade violenta com os Anjos do Inferno, os Pagãos têm sido associados com inúmeros crimes, incluindo assassinato, incêndio criminoso, tráfico de drogas, e têm sido ligados ao crime organizado na parte superior do nordeste dos Estados Unidos.
Em Fevereiro de 2002, 73 membros Pagãos foram presos em Long Island, Nova Iorque, após a violência entre Pagãos e membros dos Anjos do Inferno, resultando em 10 motoqueiros feridos e um membro Pagão assassinado. Em 2005, os membros Pagãos supostamente atiraram e mataram o Vice-Presidente de um grupo da Filadélfia dos Anjos do Inferno.
Recrutamento
Recentemente, o número de sócios do clube começaram a declinar, enquanto seus rivais os Anjos do Inferno continua a subir.
Para ser um membro dos Pagãos tem de ter os seguintes requisitos:
- Os membros devem ser brancos;
- Completar 21 anos de idade;
- Ter como mota, uma Triumph ou Harley Davidson com mais de 900 cm3.
Os membros juntam-se ao clube sentindo-se rejeitados pela sociedade e pedindo protecção.
O Outlaw Moto Clube é um dos clubes mais famosos e mais antigos. Teve a sua origem no Bar na antiga Rota 66 em McCook, no Illinois, em 1935.
Este clube destina-se apenas a homens que possuem motas americanas, como a Harley Davidson 1000 cc.
Na Europa, os Outlaws usam outras marcas, desde que apresentam o estilo ideal do clube.
São rivais dos Anjos do Inferno.
Os Outlaws usam a insígnia com um crânio com pistões como
o emblema oficial do clube. Inspiraram-se na jaqueta de couro
de Marlon Brando, no filme "O Selvagem".
Réplica da mota Triumph Thunderbird T6 (1950) de Marlon Brando usado no filme "The
Wild On" (O Selvagem) de 1953.
Os Outlaws espalharam-se amplamente nos Estados Unidos e
estabeleceram-se na Austrália, Ásia, Europa e América do Norte
e do Sul.
Harry Joseph Bowman, líder mundial da American Outlaw Association (A.O.A.), foi o presidente internacional do Outlaws Moto Clube até que foi enviado para a prisão por três assassinatos em 1999, depois de estar na lista dos 10 mais procurados fugitivos pelo FBI em 1998. Em todo o globo membros do Outlaws foram suspeitos, presos, julgados e condenados por crimes incontáveis desde a prostituição, tráfico de drogas e armas, mercadorias roubadas, extorsão e assassinato.
Os Sons of Silence (Filhos do Silêncio), foi fundado em Niwot, no Colorado em 1966. Desde 1966, Os Sons of Silence estão espalhados por todo os Estados Unidos, com grandes concentrações no leste. Eles também têm vários grupos distribuídos em toda a Alemanha.
Os Sons of Silence adoptaram o lema "Donec Mors Non Seperat", que em latim significa "Até que a morte nos separe". O emblema do clube foi adoptado a partir do logótipo da American Eagle utilizado pela empresa de cerveja Budweiser com uma águia sobreposta sobre a letra A, com seu lema escrito em baixo.
Em Outubro de 1999, 37 membros dos Sons of Silence foram presos por tráfico de drogas e acusações de armas ilegais durante uma das maiores operações secretas. O Bureau de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo invadiu um número de casas e propriedades em Colorado Springs e Fort Collins. Durante os ataques, o ATF apreendeu 20 kg de anfetaminas, 35 armas de fogo, 4 granadas de mão, 2 silenciadores, bem como dinheiro e motas. A investigação começou em 1997 e envolveu dois agentes infiltrados no clube. [video=youtube_share;2vA-eclejDs]http://youtu.be/2vA-eclejDs [/video]
O clube Sons of Silence foi protagonista no episódio da série "Gangland", do Canal História.
Fundado em 1967, na Flórida, os Warlocks espalharam-se por várias partes dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Alemanha.
Os Warlocks foram criados por Tom "Grub" Freeland, juntamente com outros marinheiros que estiveram ao serviço no porta-aviões "Shangri-La" (que esteve ao serviço durante a Segunda Guerra Mundial. Este porta-aviões foi desmantelado em 1971 e vendido para a sucata em 1988).
A insígnia do clube é uma Fénix ardente, as suas cores são
carmesim vermelho, dourado e laranja.
O Lema de Warlocks Motorcycle Club:
Para nos encontrar, você deve ser bom;
para nos pegar, você deve ser rápido;
para nos vencer, você deve estar brincando.
Os Warlocks foram investigados pelo Bureau de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, em 1991, depois de Steve Martin, um agente disfarçado, se infiltrar no clube, e vários membros foram presos e libertados.
Mais uma vez em 2003, a ATF investigou os Warlocks, e condenaram vários membros por tráfico de drogas e armas.
Também vários membros e associados foram presos em Alberta, no Canadá em Março 2014 com acusações de tráfico de armas.
Formados em 1954, em Detroit, no Michigan, os Highwaymen espalharam-se por todo os Estados Unidos, indo tão longe, até à Noruega e Inglaterra.
As suas cores são preto e prata e a sua insígnia é um esqueleto
com asas usando um boné e uma jaqueta de couro.
Os Highwaymen também têm o seu próprio lema: "Ainda que nós andamos pelas rodovias nas sombras da morte, não temeria mal algum, pois somos filhos da **** o mais maligno na estrada" e "Highwaymen para sempre, para sempre Highwaymen".
Apesar de ser o maior clube de motas na cidade de Detroit, não são reconhecidos na Federação Detroit de moto clubes, devido à sua reputação violenta e criminosa.
Em Maio de 2007, após uma investigação de dois anos às actividades do gangue, o FBI invadiu casas e clubes, resultando na prisão de 40 Highwaymen e associados.
As acusações incluíam seguros e fraudes de hipotecas, assassinatos de aluguel, tráfico e extorsão.
Fundado por Don Chambers (ex-veterano na Guerra do Vietname, ao serviço da Marinha Americana), em San Antonio, no Texas, em 1966, os Bandidos estão entre os mais notáveis clubes de motas americanos. O emblema do gangue tem o desenho de um obeso mexicano usando um sombrero grande e carregando um facão numa mão e uma pistola na outra. As suas cores são ouro e vermelho.
Os Bandidos têm cerca de 90 grupos espalhados por todo os Estados Unidos, mas também há grupos na Ásia, Alemanha e Austrália.
Os Bandidos possuem uma história longa e brutal na actividade ilegal. Vários
membros foram presos por assassinato, drogas, posse ilegal de armas, bem como
acusações de agressão e extorsão.
O Free Souls Motorcycle Club foi formado em Eugene, no Oregon (E.U.A.), em 1968. O clube tem mais de 100 membros; todos os seus grupos estão concentrados em Oregon, menos um que fica em Vancouver, no Canadá.
A sua insígnia é um Ankh, antigo símbolo egípcio
em forma de uma cruz. As suas cores são azul e
branco.
Em 2 de Maio de 2007, três membros do Free Souls foram presos e acusados de vários crimes. Entre as provas estavam as drogas ilegais, armas e motas roubadas, todos os quais foram apreendidos e detidos como parte da investigação.
O Moto Clube Vagos teve início em San Bernardino, na Califórnia, em 1965. Os membros do clube usam muitas vezes a cor verde nos seus blusões, e ostentam um retalho do Deus Nórdico Loki montando uma moto. O clube tem cerca de 24 grupos espalhados por todo o oeste dos Estados Unidos nos Estados do Arizona, Nevada, e também no México.
A cor verde usada nos blusões presta homenagem à herança mexicana de seus fundadores.
Os Vagos tem sido objecto de diversas investigações do FBI e da ATF devido a actividades ilegais, como a produção e distribuição de anfetaminas, assassinato, lavagem de dinheiro, armas e violações.
Uma investigação altamente coordenada em Março de 2006, levou à prisão de 25 membros dos Vagos e seus associados no que tem sido rotulado como a maior investigação no sul dos Estados Unidos.
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