RED BUL AIR RACING: Acrobacia virou moda
Pode parecer algo exagerado, mas a verdade é que a chegada da Red Bull Air Race ao nosso país, em 2007, veio incentivar muitos pilotos portugueses a especializarem-se nos voos acrobáticos. As exibições dos "Fórmula 1 dos céus" sob o rio Douro nos últimos dois anos entusiasmaram de tal maneira um número significativo de detentores de brevet ("carta de condução" de aviões ligeiros) que decidiram frequentar um curso específico para ficarem habilitados com essa licença especial.
No ano passado, por exemplo, foram formados nada menos de 40 pilotos em voo acrobático pela empresa Aerobática, no Aeródromo de Tires (Cascais). Um número significativo para a realidade portuguesa, mas que tem a ver com a moda entretanto surgida por influência do Red Bull Air Race. Mas é evidente que depois do curso nem todos têm possibilidades de continuar a fazer "loopings" ou "tuneaux" e outras manobras radicais.
"É um desporto caro, há que investir bastante, pois para se ser bom torna-se necessário treinar bastante e isso custa muito dinheiro", explica Luís Garção, comandante da TAP no activo dos Airbus 330 e piloto de acrobacias há 15 anos. É ele, aliás, um dos formadores da Aerobática e está de novo no Red Bull Air Race como "aviation expert", fazendo a ligação entre as autoridades portuguesas e a organização da Red Bull, além de ser responsável dos side acts (animação extracompetição).
OJOGO