Revolta? talvez não. Estou já anestesiado pelos casos macabros anunciados diariamente neste País. A política, como o futebol, como a religião, são três parceiros inseparáveis, vivem uns dos outros, vivem alguns de todos. De todos? pela parte que me toca, daquilo que sou obrigado a contribuir. Dos outros que são voluntários nas colaborações, eu chamo fanáticos? doentes? cegos? Talvez cegos. pessoas com olhos e não vêm e não é de agora. Já há mais de 2000 anos, Jesus Cristo dizia - não há pior cego que aquele que tem olhos e não vê -. Todos falamos, contestamos, mal dizemos, porém, quando acontece a campanha eleitoral a grande maioria corre atrás dos corruptos, bate palmas aos mentirosos, idolatra quem não conhece apenas um dia viu na televisão. Durante este período, prometem o paraíso, durante a legislatura dão o inferno. Então nós mal dizemos, protestamos, fazemos greve: Eis que chega o dia de eleição: nesse dia vamos todos doar o nosso voto a quem "amanhã" nos vai fo**r.
É esta a triste sina do povo, povo inculto, povo néscio que somente com um "naco" de boroa se satisfaz.
Muito honestamente, nem critico quem toma decisões sobre o País, mais critico, quem lhes bate palmas e, no dia eleitoral, se dá ao trabalha de ir urna votar. Há muitos anos aprendi que são todos iguais. Abnegados em sacrifícios para tirar o País da miséria, porém, os seus privilégios jamais deles prescindem.
Vivemos num País democrata, onde é permitido dizer, com uma diferença: eles importam-se pouco do que dizem porque, antes de irem para a política, perderam a última réstia de dignidade e vergonha.
Não somos um País terceiro mundista,todavia, coisas se passam por cá, que mais parece estarmos no Sudão, zimbabwe, Moçambique, etc, etc.
Como numa guerra só depois da morte de muitos militares os políticos encontram entendimento, talvez de muitas mais mortas como a do nosso amigo Veloce33 tenham de acontecer, para as mentes divinas dos nossos governantes mudarem o rumo aos procedimentos actuais.
Porque os senhores do Estado estão nos seus gabinetes e não têm conhecimento da tua partida, porque eu sei que partis-te mas ainda não lhes disse; em nome deles, dessa corja de asnos, te peço desculpa pelo tempo que esperas-te, pelo tempo que te puseram ao abandono, pela falta de solidariedade, de profissionalismo, de vontade em bem servir, por eles, por todos os culpados, eu te peço desculpa.
Companheiro Veloce33 perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.