Olá Visitante,
Está a decorrer o 6º Sorteio Gforum onde vamos sortear um Smartphone Samsung A15 4G 256GB - Preto) para ajudar com as despesas do servidor, se quiser participar, pode fazê-lo no seguinte endereço: 6º Sorteio Gforum: Smartphone Samsung A15 4G 256GB - Preto
Pelo menos 22 pessoas continuam desaparecidas em Ternopil, na Ucrânia
Pelo menos 22 pessoas continuam desaparecidas após o ataque aéreo russo contra a cidade de Ternopil, no oeste da Ucrânia, que matou 26 pessoas e feriu mais de 90, disse hoje o presidente ucraniano.
O ataque ocorreu na quarta-feira sendo que Volodymyr Zelensky disse hoje que os socorristas trabalharam durante toda a noite em Ternopil, e que ainda se mantêm as operações de busca e salvamento.
Vinte e duas pessoas ainda estão desaparecidas, acrescentou Zelensky numa mensagem difundida nas redes sociais, referindo que mais de 200 socorristas foram enviados para a cidade ucraniana.
Um jornalista da Agência France Presse presente no local, viu na quarta-feira equipas de resgate a utilizar gruas para alcançar a parte superior destruída de um edifício e bombeiros a tentar remover os escombros.
Tratou-se de um dos ataques aéreos mais mortíferos da Rússia contra a Ucrânia desde janeiro.
O Alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou na quarta-feira estar "particularmente chocado com o elevado número de vítimas civis em Ternopil", uma cidade situada a centenas de quilómetros da linha da frente.
Ataque ucraniano afetou distribuição de energia em Kursk, na Rússia
Cerca de 16 mil pessoas foram afetadas pelos cortes de energia elétrica na região de Kursk, na Rússia, na sequência de um ataque ucraniano com drones, disse hoje o governador regional.
Alexander Khinshtein, responsável pelo governo regional de Kursk, disse que na noite de quarta-feira as forças da Ucrânia atacaram subestações elétricas na zona de fronteira deixando 16 mil pessoas sem energia nos distritos de Glushovsky, Rylsky e Korenevsky.
Em informações divulgadas através das redes sociais, o governador acrescentou que o fornecimento de energia de emergência foi restabelecido em Rylsky, nas últimas horas.
Os meios de comunicação social russos publicados no estrangeiro noticiaram também um ataque ucraniano, durante a noite, contra a refinaria de petróleo de Ryazan, localizada numa região próxima de Moscovo.
Entretanto, o responsável pela refinaria russa, Pavel Malkov, afirmou nas redes sociais que uma unidade da empresa foi danificada embora não tenha adiantado mais pormenores.
O relatório diário do Ministério da Defesa indicou que as defesas aéreas russas abateram um total de 65 aparelhos aéreos não tripulados (drone) ucranianos durante a madrugada de hoje.
A maioria dos drones abatidos ocorreu nas regiões de Voronezh (18), Ryazan (16) e Belgorod (14).
Outros sete drones foram intercetados em Tula, quatro em Bryansk, três em Lipetsk, dois em Tambov e um na Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.
Na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter abatido também 65 drones ucranianos sobre quatro regiões, e em zonas próximas do Mar Negro e no Mar de Azov.
As autoridades pró-russas em Donetsk, anexada pela Rússia em 2022, admitiram que 65% da população da região continua sem energia elétrica após um ataque ucraniano com drones e mísseis registado na última terça-feira.
Segundo Kiev, o principal alvo dos ataques são instalações de produção e distribuição de energia russas.
A Ucrânia procura, por um lado, dificultar o fornecimento de combustível ao Exército russo e, por outro, diminuir a capacidade da Rússia exportar petróleo bruto e derivados, uma das principais fontes de divisas do país.
Com a descida das temperaturas, o exército russo continua a atacar as infraestruturas civis ucranianas, obrigando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a deslocar-se a França, Grécia e Espanha em busca de ajuda energética.
Rússia detém sacerdote que recrutava cossacos para lutar ao lado de Kyiv
O Serviço Federal de Segurança Russo deteve um sacerdote por recrutar fiéis, incluindo cossacos, para o Corpo de Voluntários Russos, que combate na guerra da Ucrânia contra a Rússia, informou hoje a comunicação social local.
"Fui detido por agentes do Serviço Federal de Segurança Russo (FSB) por participar na organização terrorista 'Corpo de Voluntários Russos'. Arrependo-me dos meus atos e admito a minha culpa", declarou o sacerdote, citado pela agência de notícias russa TASS.
Os cossacos são comunidades históricas residentes na Rússia e na Ucrânia e são conhecidos pela forte tradição militar.
Possuem uma identidade cultural própria, marcada por trajes, música e costumes distintivos. Atualmente, persistem como grupos culturais e, em alguns casos, como grupos paramilitares.
Há cerca de 10 anos, o sacerdote tinha sido expulso da diocese de Novorossiisk, da Igreja Ortodoxa Russa, por suspeita de recrutar fiéis e membros da comunidade de cossacos de Krasnodar para atividades de espionagem e sabotagem a favor da Ucrânia.
O FSB indicou que o detido cooperava com os serviços de segurança ucranianos desde o final de 2023.
"O acusado procurou e recrutou residentes pró-ucranianos do território de Krasnodar para participarem em atividades subversivas de sabotagem no interesse das Forças Armadas ucranianas", disse o FSB, citado pelo órgão de comunicação social local Kuban24.
As autoridades judiciais iniciaram um processo criminal contra o sacerdote por participação numa organização terrorista.
O sacerdote está também a ser investigado por possíveis ligações a uma organização independentista da região histórica de Kuban, em território russo, onde viveram ucranianos entre finais do século XVIII e finais do século XIX.
Rússia anuncia ter abatido 39 drones ucranianos em 6 das suas províncias
Moscovo, 21 nov 2025 (Lusa) - As defesas antiaéreas russas abateram durante a madrugada de hoje 39 drones ucranianos em seis das suas regiões e na península da Crimeia, anexada em 2014.
"Durante a noite, entre as 23h00 de 20 de novembro e as 07h00 de 21 de novembro, hora de Moscovo, os sistemas de defesa antiaérea ativos destruíram 33 drones ucranianos de asa fixa", informou o ministério russo da Defesa através da aplicação de mensagens Telegram.
Mais tarde, o ministério russo comunicou que às 08h00 haviam sido interceptados mais seis drones em território russo.
As regiões mais afetadas foram Rostov (10 drones abatidos), Smolensk (sete) e Belgorod (seis).
As defesas russas também abateram quatro drones que sobrevoavam as regiões de Krasnodar, outros quatro sobre a península ucraniana da Crimeia (anexada pela Rússia em 2014), dois em Voronezh e um em Astracã.
Além disso, cinco drones foram destruídos sobre o Mar Negro.
Na região de Krasnodar, duas pessoas ficaram feridas devido à queda de destroços de drones abatidos, segundo fontes regionais.
"Duas pessoas ficaram feridas em Slaviansk do Kubán devido à queda de destroços de um drone. Foram hospitalizadas e estão a receber todos os cuidados médicos necessários", anunciou a agência russa de notícias TASS.
Ataque russo em Zaporijia fez pelo menos cinco mortos
Um ataque russo matou pelo menos cinco pessoas e feriu várias na noite de quinta-feira em Zaporijia, no sul da Ucrânia, indicaram os serviços de emergência.
"No dia 20 de novembro, às 22:10 (20:10 GMT), as tropas russas atacaram Zaporijia. Segundo informações preliminares, cinco pessoas morreram e três ficaram feridas na sequência do ataque. (...) Bancas de comerciantes e um carro foram incendiados", precisou o Serviço de Emergência do Estado no Telegram.
"O inimigo está a atacar Zaporijia, foram ouvidas explosões na cidade e há vítimas", relatou ao Telegram o chefe da Administração Militar Regional de Zaporijia, Ivan Fedorov, segundo a agência ucraniana Ukrinform.
Mais tarde, Ivan Fedorov reportou duas vítimas e disse que um incêndio deflagrou no local do ataque.
Já na quarta-feira houve outro ataque da Rússia à Ucrânia.
Pelo menos 20 pessoas morreram, incluindo dois menores, e mais de 60 ficaram feridas nos ataques russos que atingiram na madrugada quarta-feira a cidade de Ternopil, no oeste da Ucrânia, indicou o balanço do Serviço Estatal de Emergências.
As vítimas estavam em dois prédios de apartamentos atingidos pelos ataques russos. Os trabalhos de resgate continuam no local e é possível que mais pessoas estejam presas nos escombros. Os ataques afetaram também infraestruturas civis e instalações industriais da região.
"A Rússia atacou mais uma vez cidades pacíficas na Ucrânia. Os seus alvos são casas, escolas e infraestruturas críticas", denunciou o ministro do Interior, Igor Klymenko, especificando que "a situação mais crítica é em Ternopil", na altura.
Kyiv afirma manter controlo de Kupiansk e acusa Rússia de "desinformação"
O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas da Ucrânia assegurou hoje que Kupiansk continua sob controlo das suas tropas, qualificando de "desinformação" o anúncio por Moscovo da captura daquela cidade bastião na província de Kharkiv, nordeste do país.
"Estão a ser realizadas medidas de contrassabotagem e operações especiais na cidade e nos seus arredores para detetar e eliminar grupos inimigos infiltrados de sabotagem e reconhecimento", refere o Estado-Maior em comunicado nas redes sociais.
As alegações sobre a captura de Vovchansk e Pokrovsk são "falsas", adianta e "esta desinformação" tem "o único objetivo de ocultar as pesadas perdas do Exército russo, que é obrigado a realizar constantes e devastadores ataques".
"As únicas conquistas sangrentas das autoridades russas são os assassínios de mulheres e crianças, como o que ocorreu em Ternopil (oeste)", adiantou o comando ucraniano, em referência aos ataques russos desta semana contra edifícios civis, com dezenas de vítimas mortais.
"As autoridades do Estado terrorista (Rússia) continuam a gerar provocações informativas de baixa intensidade", sentencia o Estado-Maior de Kyiv.
Kupiansk, que tinha uma população de 55 mil habitantes antes da guerra, foi ocupada durante vários meses no início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, antes de ser retomada pelas tropas ucranianas em setembro do mesmo ano.
As forças russas "concluíram a libertação da cidade de Kupiansk", comunicou o comandante do Grupo de Tropas Ocidentais, Sergei Kuzovlev, ao líder do Kremlin, Vladimir Putin, segundo um comunicado televisivo citado pela agência France Presse (AFP)
O chefe do Estado-Maior das forças russas, Valery Gerasimov, descreveu, numa conversa com o líder do Kremlin, que "unidades do grupo Zapad libertaram a cidade de Kupiansk e continuam a destruir as tropas ucranianas cercadas na margem esquerda do rio Oskil".
Quando Putin lhe pediu para esclarecer se se tratava de uma conquista completa, o comandante militar respondeu afirmativamente, segundo informações divulgadas pela agência de notícias russa Tass.
Vladimir Putin visitou hoje um dos postos de comando do Grupo de Tropas Ocidental, onde se reuniu com o chefe do Estado-Maior, segundo o porta-voz do Kremlin em conferência de imprensa.
Dmitri Peskov não especificou se este posto de comando se localizava na Ucrânia ocupada ou na Rússia.
Durante a reunião, Valery Gerasimov afirmou também que as suas tropas "continuam a expandir a sua área de controlo" na região de Dnipropetrovsk (centro-leste da Ucrânia), onde entraram no passado verão, e na região de Zaporijia (sul do país), onde avançaram nas últimas semanas após meses de uma frente praticamente paralisada.
O Presidente russo afirmou que a principal tarefa de Moscovo continua a ser a "conquista incondicional dos objetivos da operação militar especial", nome dado na Rússia à invasão da Ucrânia.
Estas declarações surgem numa altura em que a Ucrânia anunciou ter recebido dos Estados Unidos um "plano preliminar" com o objetivo de pôr fim às hostilidades.
De acordo com vários órgãos de informação internacionais, este plano reflete grande parte das exigências de Moscovo, incluindo a cedência dos territórios na Ucrânia parcialmente ocupados no leste e no sul do país e a península da Crimeia, ilegalmente anexada desde 2014, bem como uma substancial redução do efetivo militar de Kyiv.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Zelensky: Paz deve respeitar "independência" e "soberania" de Kyiv
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje a uma paz que respeite independência e soberania do seu país, após um alto funcionário norte-americano lhe ter apresentado o plano de Washington para pôr fim à invasão russa.
"A Ucrânia precisa de paz. (...) Uma paz digna, para que as condições respeitem a nossa independência, a nossa soberania e a dignidade do povo ucraniano", disse Zelensky no seu discurso diário difundido através das redes sociais.
Antes, Zelensky reuniu-se em Kyiv com o secretário do Exército norte-americano, Daniel Driscoll.
A presidência ucraniana confirmou hoje ter recebido o que classificou como um "plano preliminar" dos Estados Unidos para pôr fim à guerra com a Rússia, depois de na quarta-feira ter sido noticiado por vários órgãos de informação internacionais, incluindo o portal de notícias norte-americano Axios, uma proposta de 28 pontos de Washington, que implica a cedência do território ucraniano ocupado pela Rússia.
O plano inclui o reconhecimento das conquistas da Rússia na Ucrânia, onde ocupa cerca de 20% do território e prevê também a redução do exército ucraniano para 400 mil efetivos, metade dos atuais, e o abandono das armas de longo alcance, segundo a agência de notícias France-Presse.
A alta representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) rejeitou hoje qualquer plano que não tenha o acordo da Ucrânia, enquanto país invadido, e a participação europeia, recordando a Washington que, neste conflito, "há um claro agressor e uma vítima".
Kaja Kallas disse, antes do início de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, em Bruxelas, que o encontro iria debruçar-se sobre as "notícias recentes".
Em Washington, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou hoje que o plano de paz proposto pelos Estados Unidos é bom "tanto para a Rússia, como para a Ucrânia".
"O Presidente (Donald Trump) apoia este plano. É um bom plano tanto para a Rússia como para a Ucrânia, e nós pensamos que é aceitável para ambas as partes", disse Leavitt aos jornalistas, em resposta às informações de que o plano satisfaria Moscovo em vários pontos importantes.
"O Governo está a falar tanto para um lado como para o outro", insistiu a porta-voz.
Leavitt afirmou que o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, e o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, "trabalham em silêncio há um mês" neste projeto, para "compreender o que estes países estariam dispostos a fazer para alcançar uma paz duradoura".
Em reação, a presidência russa comentou hoje que a proposta norte-americana não traz "nada de novo" em relação ao que foi discutido na cimeira dos líderes dos Estados Unidos e da Rússia, em agosto no Alasca, apesar de o Axios indicar que foi preparada em articulação com Moscovo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, recorreu a um jogo de palavras para responder evasivamente aos jornalistas que o questionaram sobre o assunto.
"Não existem hoje consultas propriamente ditas. Os contactos, sem dúvida, existem", afirmou.
Peskov recorreu ainda à argumentação habitualmente usada por Moscovo sobre o conflito, observando que "qualquer momento é bom para uma resolução pacífica", desde que a solução elimine as suas "causas profundas".
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda pelo menos quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia, anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.
Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.
Ucrânia? Trump quer acordo de paz assinado antes do Dia de Ação de Graças
O Presidente norte-americano quer que a Ucrânia assine o plano sobre o fim da guerra com a Rússia antes de quinta-feira, Dia de Ação de Graças, noticiou hoje o jornal Washington Post.
Donald Trump está a pressionar Volodymyr Zelensky para que apoie a proposta antes de 27 de novembro, e ameaça retirar o apoio à Ucrânia se não o fizer, disseram cinco pessoas familiarizadas com o assunto ao jornal.
Os Estados Unidos estão a enviar sinais à Ucrânia de que tudo poderá ficar em suspenso se não assinar dentro de uma semana, referiram dois funcionários, de acordo com a notícia citada pela agência espanhola EFE.
O plano de 28 pontos, inspirado no da guerra na Faixa de Gaza, coloca em causa algumas das linhas vermelhas de Zelensky, como a cessão de território ucraniano a domínio russo.
O documento inclui a exigência de que Kiev retire as tropas do território que ainda controla na região oriental do Donbass, formada pelas unidades administrativas de Lugansk e Donetsk.
Prevê também que o exército ucraniano seja reduzido para 600.000 efetivos depois da guerra, em vez dos cerca de 880.000 atuais, e que a Ucrânia renuncie à entrada na NATO, prevista na Constituição.
Em troca, a Ucrânia receberá garantia de segurança face a uma eventual nova ofensiva russa.
A intenção de Trump é que a Ucrânia assine o pacto, para que seja depois apresentado ao líder russo, Vladimir Putin, segundo a EFE.
A presidência russa negou ter recebido oficialmente a proposta dos Estados Unidos.
O secretário do Exército dos Estados Unidos, Daniel Driscoll, apresentou a proposta norte-americana a Zelensky na quinta-feira, em Kiev.
Apesar de a Ucrânia não ter participado na elaboração do documento, Washington disse que estava a dialogar com Moscovo e Kiev "por igual".
Zelensky falou hoje ao telefone com os líderes alemão, francês e britânico para se assegurar de que as posições de princípio de Kiev têm o apoio europeu.
Friedrich Merz, Emmanuel Macron e Keir Starmer saudaram os "esforços norte-americanos" para pôr fim à guerra e asseguraram a Zelensky o "apoio total e inalterado no caminho para uma paz duradoura e justa", segundo o Governo alemão.
Zelensky recusa trair a Nação e "proporá alternativas" a plano de Trump
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que se recusa a trair a nação e anunciou que vai propor alternativas ao plano dos Estados Unidos para o conflito com a Rússia, que implica cedências territoriais a Moscovo.
"Apresentarei argumentos, persuadirei e proporei alternativas", disse o líder ucraniano numa declaração por vídeo à nação, na qual sublinhou que não trairá o seu país.
Volodymyr Zelensky avisou que este "é um dos momentos mais difíceis e de maior pressão" da história da Ucrânia, que se confronta com "escolhas muito difíceis" face à proposta norte-americana recebida na quinta-feira por Kyiv.
"Ou perde a sua dignidade ou corre o risco de perder um aliado fundamental", declarou, referindo-se aos Estados Unidos.
Rússia ataca norte, sul e leste e atinge sete locais da Ucrânia
A Rússia atacou na sexta-feira à noite o norte, sul e leste da Ucrânia com um míssil balístico e 104 drones de ataque, que atingiram sete locais, informou a Força Aérea ucraniana no seu boletim diário.
As forças russas lançaram um Iskander-M da península ocupada da Crimeia e drones do tipo Shahed e Gerbera, além de outros tipos, de várias regiões russas e das ocupadas Crimeia e Donetsk.
Um total de 65 drones eram Shahed de tecnologia iraniana.
As defesas aéreas conseguiram abater 89 drones inimigos do tipo Shahed e Gerbera, bem como outros tipos, no norte, sul e leste do país.
No entanto, 13 impactos de drones de ataque foram registados em seis locais, bem como um míssil balístico num local, admitiu a Força Aérea.
Kyiv reivindica libertação de 430 km quadrados a norte de Pokrovsk
As forças ucranianas reivindicaram hoje a libertação de mais de 430 quilómetros quadrados a norte de Pokrovsk, na região leste de Donetsk, como resultado de uma contraofensiva à ocupação por Moscovo.
A informação sobre a contraofensiva no setor de Dobropillia foi adiantada numa reunião do Comité Militar da União Europeia pelo Comandante-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, de acordo com uma publicação na rede social Facebook citada pela agência de notícias Ukrinform.
A reunião foi presidida pelo general Sean Clancy e Syrskyi falou por videoconferência, informando os participantes sobre a situação atual na linha da frente.
Desde o final de agosto até outubro deste ano, apesar da pressão de Moscovo, as Forças de Defesa ucranianas conseguiram conduzir contraofensivas no setor de Dobropillia, Donetsk, frisou Syrskyi.
O resultado da contraofensiva foi a divisão do agrupamento russo, que sofreu perdas que totalizam mais de 13.000 mortos e feridos, ainda de acordo com a mesma fonte.
O Ukrinform noticiou que ocorreram na quinta-feira 173 confrontos entre as forças russas e ucranianas, 59 no setor de Pokrovsk.
Syrskyi realçou que a situação operacional-estratégica permanece complexa e que as forças russas continuam "a atacar as cidades pacíficas da Ucrânia e as infraestruturas energéticas, ao mesmo tempo que intensificam as ações ofensivas ao longo da linha de contacto".
Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, as forças russas lançaram mais de 112.000 drones de ataque Shahed, visando edifícios residenciais e infraestruturas civis, resultando na morte de crianças e civis, sublinhou ainda.
Syrskyi expressou ainda gratidão aos governos e aos povos dos Estados-membros da UE, bem como à liderança da UE, pelo seu contributo no apoio à Ucrânia na sua luta contra os invasores russos.
Agradeceu em concreto a implementação da iniciativa PURL (lista de necessidades prioritárias da Ucrânia), um mecanismo coordenado pela NATO e por Washington para financiar a compra de armamento norte-americano que Kyiv designou como essencial, nomeadamente equipamento de defesa aérea e munições.
Destacou ainda a importância da Missão de Assistência Militar da União Europeia à Ucrânia (EUMAM), uma iniciativa multinacional que desempenha um papel significativo na formação de militares ucranianos.
"A determinação e a união dos nossos parceiros continuam a ser cruciais para alcançarmos uma paz justa e duradoura. Só uma posição firme e consolidada da comunidade internacional pode obrigar o agressor a pôr fim à guerra", frisou Syrskyi.
A atualização sobre a linha da frente na Ucrânia decorreu num momento em que é discutido um plano de paz apresentado pelos Estados Unidos e que Kyiv considerou favorecer a Rússia.
O plano da Casa Branca corresponde às principais exigências russas, ao prever que Kyiv retire as suas tropas das áreas que ainda controla no Donbass, região no leste do país que inclui as províncias de Lugansk e Donetsk, uma substancial redução do seu efetivo militar e a renúncia à adesão da NATO, em troca de garantias de segurança para prevenir uma nova agressão russa.
Volodymyr Zelensky avisou que este "é um dos momentos mais difíceis e de maior pressão" da história da Ucrânia, que se confronta com "escolhas muito difíceis", declarando que não trairia o seu país.
"Apresentarei argumentos, persuadirei e proporei alternativas", disse o líder ucraniano numa declaração por vídeo à nação.