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Perpétua para soldado russo por executar prisioneiro de guerra ucraniano
Um tribunal ucraniano condenou pela primeira vez um soldado russo a prisão perpétua pela execução de um prisioneiro de guerra ucraniano, anunciou hoje o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU).
"Trata-se do primeiro veredicto na história da Ucrânia em que um ocupante é condenado a uma tal pena especificamente pela execução de um soldado das Forças de Defesa", declarou o SBU num comunicado.
O arguido, um cidadão russo de 27 anos chamado Dmitry Kurashov, foi acusado de ter abatido a tiro, a 06 de janeiro de 2024, um soldado ucraniano que ficou sem munições e se rendeu perto da aldeia de Pryyuten, na região parcialmente ocupada de Zaporíjia, no sul da Ucrânia.
Kurashov foi capturado no mesmo dia pelas forças ucranianas, juntamente com outros quatro membros da sua unidade, segundo o SBU.
O acusado já tinha sido detido na Rússia por roubo antes de se juntar ao Exército, em novembro de 2023, em troca de uma amnistia, segundo as autoridades ucranianas.
Foi considerado culpado de "violação das leis e dos costumes da guerra" e de "homicídio doloso".
Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, há mais de três anos e meio, Moscovo e Kiev têm-se acusado mutua e regularmente de matar prisioneiros de guerra.
Em fevereiro, a ONU denunciou um aumento da execução de soldados ucranianos capturados pelas forças russas nos últimos meses, fazendo eco das acusações de Kiev.
Por outro lado, na Ucrânia ocupada pela Rússia, dois colombianos considerados por Moscovo "mercenários" foram condenados a 13 anos de prisão por combaterem ao lado das forças de Kiev, indicou hoje um tribunal em Donetsk, no leste da Ucrânia.
Alexander Ante, de 48 anos, e José Aron Medina Aranda, de 37, foram condenados "pela sua participação em combate ao lado das Forças Armadas ucranianas", afirmaram os procuradores na plataforma digital Telegram.
Vídeos divulgados por Moscovo mostram os dois homens -- que combateram pela Ucrânia em 2023 e 2024 - algemados e com roupa de reclusos russos, a serem escoltados até ao tribunal por agentes de segurança com o rosto coberto.
Em julho de 2024, o jornal colombiano El Tiempo noticiou que os dois homens tinham sido detidos na capital venezuelana, Caracas, pela polícia daquele país, aliado da Rússia.
Segundo um amigo da família de Ante citado pelo jornal, eles envergavam fardas do Exército ucraniano no momento da detenção na Venezuela.
A Rússia considera sistematicamente os estrangeiros que combatem ao lado das tropas ucranianas "mercenários", um crime punível pela lei russa, e não voluntários.
Vários estrangeiros, sobretudo britânicos, foram julgados em tribunais localizados em territórios ucranianos sob ocupação russa nos últimos três anos.
Em maio último, um australiano foi condenado a 13 anos de prisão nos territórios ocupados pela Rússia por combater o Exército russo ao lado de soldados ucranianos entre março e dezembro de 2024.
Em outubro de 2024, um tribunal moscovita condenou um cidadão norte-americano de 70 anos, Stephen Hubbard, a seis anos e dez meses de prisão por "trabalho mercenário" em nome de Kiev.
A Ucrânia, por sua vez, anunciou em abril a captura de dois cidadãos chineses acusados de terem combatido no Exército russo.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado, em ofensivas com drones, alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.
No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões -- Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.
Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.
Mais de 1.400 africanos lutam nas fileiras do exército russo
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andri Sibiga, afirmou que mais de 1.400 cidadãos africanos, de 36 países, participam atualmente no conflito, nas fileiras do exército russo.
O ministro ucraniano precisou que são 1.436 os africanos que participam na invasão russa à Ucrânia, embora o número real possa ser ainda maior, admitiu.
Os cidadãos assinam estes acordos por engano ou coação, não apenas por dinheiro, apontou. "Assinar um contrato equivale a uma sentença de morte", escreveu na rede social X.
As declarações do ministro ucraniano surgiram depois de, ainda esta semana, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ter confirmado que 17 cidadãos sul-africanos haviam pedido auxílio a partir da frente de combate, embora o comunicado não tenha indicado de que lado estariam a lutar.
Andri Sibiga afirmou que os cidadãos estrangeiros que se alistam como combatentes nas fileiras russas são utilizados como "carne para canhão", visto não haver consequências para a morte de estrangeiros.
"A maioria dos mercenários não sobrevive mais de um mês", destacou o ministro ucraniano.
Por isso, apelou às pessoas desses países que não se deixem seduzir pelas ofertas de recrutamento da Rússia e, aos que combatem, que aproveitem qualquer oportunidade para desertar e tornarem-se prisioneiros de guerra.
"O cativeiro na Ucrânia oferece um bilhete para a vida e a possibilidade de regressar ao país de origem", disse Sibiga, acrescentando que lutar ao lado da Rússia "é ilegal, imoral e viola a Carta das Nações Unidas e o direito internacional".
O ministro ucraniano pediu aos governos africanos e de todo para alertarem os seus cidadãos sobre os perigos de se alistarem como combatentes nas fileiras do exército russo e, ao mesmo tempo, a prestarem máxima atenção para prevenirem dentro das suas fronteiras as campanhas de recrutamento
Rússia abate 81 drones ucranianos em dez regiões e na Crimeia anexada
As defesas antiaéreas russas abateram na noite de sexta-feira para hoje 81 drones ucranianos de asa fixa sobre dez regiões do país e a Crimeia anexada, informou o Ministério da Defesa da Rússia no canal Telegram.
De acordo com o primeiro relatório militar do dia, na noite de sexta-feira foram abatidos 78 drones, 36 deles sobre o território da região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia.
Outras regiões fronteiriças também foram atacadas, como Briansk e Kursk, onde foram abatidos dez e nove aparelhos não tripulados, respetivamente.
Segundo o comando militar russo, cinco drones ucranianos foram abatidos sobre o território da península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.
Os ataques aéreos noturnos também atingiram regiões distantes da fronteira ucraniana, como Volgogrado, Saratov e Smolensk, onde foram intercetados um total de 14 drones.
Num segundo comunicado, o Ministério da Defesa russo informou que, nas primeiras horas da manhã, outros três drones ucranianos foram abatidos, um deles nas proximidades de Moscovo.
O principal objetivo dos ataques ucranianos com drones contra o território da Rússia são as suas infraestruturas energéticas.
Com isso, a Ucrânia procura, por um lado, dificultar o abastecimento de combustível ao exército russo e, por outro, reduzir a sua capacidade de exportação de petróleo bruto e seus derivados, uma das principais fontes de divisas da Rússia.
Em sentido contrário, as tropas russas lançaram nas últimas horas ataques contra várias regiões ucranianas, deixando pelo menos seis pessoas mortas, vários feridos e danos materiais em edifícios, veículos e infraestruturas críticas.
Nas últimas 24 horas, as forças russas lançaram 826 ataques contra 21 localidades na região de Zaporijia, matando três pessoas e ferido outras seis.
Segundo o chefe da Administração Militar Regional de Zaporijia, Ivan Fedorov, as forças russas realizaram 15 ataques aéreos em Zaliznichne, Rivnopillia, Yablukove, Chervone, Novoandriivka e Preobrazhenka.
Um total de 560 drones de diferentes tipos atacaram vários municípios e também houve seis ataques com sistemas de lançamento múltiplo de foguetes (MLRS) contra Orikhiv, Novomikolaivka, Novouspenivka e Novodanylivka, além de 245 ataques de artilharia em outros locais.
Uma série de ataques na região de Kherson deixou pelo menos duas pessoas mortas e outras dez feridas nas últimas 24 horas, de acordo com o chefe da administração militar regional, Oleksandr Prokundin, no Telegram.
Prokudin disse que as forças russas atacaram a região com drones, realizaram ataques aéreos e dispararam artilharia contra infraestruturas críticas e zonas residenciais, tendo os ataques destruído também uma garagem privada e veículos.
Já hoje, um ataque russo com drones contra Kiev provocou vários incêndios que conseguiram ser extintos, informou o Serviço Central de Emergências da Ucrânia na sua página do Facebook. Vários veículos foram afetados pelo incêndio e dois edifícios sofreram danos no distrito de Pechersk, onde foram feitas chamadas de socorro.
Em Dniper, houve outro ataque com drones que causou danos a um edifício residencial de vários andares e deixou pelo menos uma pessoa morta e onze feridas, entre elas duas crianças de dois e treze anos, de acordo com dados da administração militar regional publicados no Telegram.
Na região de Odessa, houve ataques a infraestruturas críticas, assim como na região de Mikolaiv.
"Durante a noite, o inimigo atacou a cidade com drones do tipo Shahed. A infraestrutura industrial foi o alvo", escreveu no Telegram o chefe da Administração Militar Regional de Mikolaiv, Vitali Kim.
Também na região de Kirovorad, os russos atacaram infraestruturas críticas e provocaram um incêndio.