Há guerra na Ucrania

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'Vice' da administração russa de Kherson morre em acidente de viação


Kirill Stremousov nasceu na Ucrânia, mas foi acusado de traição pelas autoridades ucranianas. Era vice-chefe da administração russa de Kherson.


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Kirill Stremousov, vice-administrador pró-russo da região de Kherson, no sul da Ucrânia, morreu, esta quarta-feira, num acidente de viação. A informação foi avançada pelas agências de notícias estatais russas.


A assessoria de imprensa do chefe regional confirmou a morte à TASS: "É verdade".

As circunstâncias e detalhes do acidente não foram divulgadas.

Kirill Stremousov, de 45 anos, era um dos rostos mais conhecidos da guerra na Ucrânia, fazendo atualizações diárias sobre a linha da frente no conflito, na perspectiva de Moscovo. Recentemente, foi responsável por pedir aos civis que evacuassem a região ilegalmente anexada de Kherson, face à crescente contra-ofensiva ucraniana para retomar o território.




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Escolas russas vão dar curso de preparação militar a partir de 2023


As escolas russas vão introduzir no programa curricular um curso inicial de preparação militar a partir de setembro do próximo ano, anunciou hoje o ministro da Educação russo, Sergei Kravtsov.

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Ocurso "terá início a partir do próximo ano letivo. A sua preparação será feita até 01 de janeiro e depois será estudada a sua aprovação", disse o ministro, citado pela agência oficial russa TASS.




A iniciativa partiu do deputado e líder do partido Rússia Justa, Sergei Mironov, que hoje publicou uma mensagem na rede social Telegram a anunciar que "o Ministério da Defesa russo apoiou a inclusão, no programa escolar, de um curso de preparação militar inicial".

Mironov alegou estar convencido de que o ensino deste assunto "permitirá aos cidadãos prepararem-se de forma planeada para um possível confronto com o inimigo".

Segundo acrescentou, não só devem ser ensinadas táticas de ações de combate, mas deve também ser realizado um "trabalho psicológico" com os alunos, sendo que os professores do curso têm de ser "pessoas com experiência em combate, veteranos de ações de combate".

"Com a inclusão deste objetivo [nos currículos escolares], vamos dar um trabalho real a milhares de pessoas que amam sinceramente o país e que conhecem a teoria e a prática de conduzir ações de combate", defendeu Mironov, sublinhando que todos os grupos parlamentares da câmara baixa do parlamento russo (Duma) apoiam a iniciativa.

Também a edição de hoje do jornal russo Izvestia refere que o Ministério da Defesa se declarou favorável à introdução de um curso inicial de preparação militar, adiantando que a formação terá um total de 140 horas e será dada a alunos dos últimos anos do ensino secundário, com idades entre os 17 e os 18 anos.

O treino militar inicial nas escolas era obrigatório na antiga União Soviética entre 1962 e o final da década de 1980.

A Rússia lançou, há quase nove meses, uma ofensiva militar na Ucrânia que tinha como objetivo durar poucos dias ou semanas, mas que tem sido mais dura do que o esperado para os combatentes liderados por Moscovo.



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Rússia ordena retirada de tropas da cidade de Kherson


Foram dadas ordens para que as tropas se fixem na margem esquerda do rio Dnipro.

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Oministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, ordenou, esta quarta-feira, a retirada das tropas russas da cidade ucraniana ocupada de Kherson. Segundo a imprensa local, que cita fontes militares, foram dadas ordens para que as tropas se fixem na margem esquerda do rio Dnipro.


“Comecem a retirada de tropas e tomem todas as medidas que garantam uma travessia segura de pessoal, armas e equipamento”, afirmou Shoigu, citado pela agência de notícias TASS.

Kherson é um dos alvos de uma contraofensiva lançada pelas forças de Kyiv há cerca de dois meses.

A cidade era a única capital regional que as forças russas tinham ocupado nos mais de oito meses de guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com uma invasão de território ucraniano por parte da Rússia.

Segundo a TASS, o ministro da Defesa da Rússia foi informado esta quarta-feira pelos comandantes militares no terreno de que era impossível abastecer com mantimentos a cidade de Kherson e outras áreas da margem ocidental do rio Dnipro, tendo Shoigu concordado com a proposta de recuo das tropas para a margem leste.

Na semana passada, as autoridades pró-russas de Kherson - anexada em setembro por Moscovo - admitiram a possibilidade de uma retirada do exército russo e apelaram para a saída urgente da população civil.

"Muito provavelmente as nossas unidades, as nossas tropas, partirão para a parte de Kherson que se encontra na margem esquerda" do rio Dnipro, disse, na altura, o vice-governador nomeado por Moscovo, Kiril Stremousov, que morreu hoje num acidente de viação.

No entanto, as autoridades ucranianas advertiram que se poderia tratar de um estratagema para preparar combates de rua. “Se tivermos em conta que há muito que se preparam para os combates de rua, (...) não devemos ter pressa em regozijar-nos”, defendeu a porta-voz do Comando Sul do exército ucraniano, Nataliya Gumenyuk.




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Mais de 100 mil soldados russos mortos ou feridos na Ucrânia, dizem EUA


"Bem mais" de 100 mil soldados russos e até 40 mil civis ucranianos foram mortos ou feridos na guerra na Ucrânia, disse o chefe do Estado-Maior do Exército norte-americano, Mark Milley.

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Numa conferência no The Economic Club, em Nova Iorque, Milley disse que o mesmo número de vítimas tinha sido registado "provavelmente no lado ucraniano". "Houve uma tremenda quantidade de sofrimento, sofrimento humano", acrescentou.




O militar disse na quarta-feira que "os indicadores iniciais" mostram que as forças armadas russas estão de facto a retirar os entre 20 mil e 30 mil soldados que tinham na cidade ucraniana de Kherson, como tinham anunciado.

"Acredito que estão a fazer isso para preservar as suas forças para restabelecer as linhas defensivas ao sul do rio (Dniepre), mas isso ainda está para ser visto", realçou o chefe do Estado-Maior do Exército norte-americano.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky alertou que os russos podem estar a fingir uma retirada de Kherson para atrair o exército ucraniano para uma batalha de trincheiras na estratégica cidade portuária industrial, uma porta de entrada para a península da Crimeia ocupada pelos russos.

Mark Milley disse que é possível que os russos usem a retirada para reposicionar as tropas para uma ofensiva de primavera, mas sublinhou que "há também uma oportunidade aqui, uma janela de oportunidade para negociações".

Tanto a Rússia quanto a Ucrânia teriam que alcançar um "reconhecimento mútuo" de que uma vitória militar "talvez não seja alcançável por meios militares e, portanto, é preciso recorrer a outros meios", notou Milley, citando o fim da Primeira Guerra Mundial como exemplo.

Kherson, no sul da Ucrânia, é umas regiões anexadas em setembro pela Rússia, tal como aconteceu com Lugansk, Donetsk e Zaporijia, o que foi condenado pela comunidade internacional.

Além disso, Kherson é também um dos alvos de uma contraofensiva lançada pelas forças de Kiev há cerca de dois meses.

A cidade de Kherson era a única capital regional que as forças russas tinham ocupado nos mais de oito meses de guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com uma invasão de território ucraniano por parte da Rússia.

Zelensky disse na terça-feira que está aberto a negociações de paz com a Rússia para pôr um fim à guerra, mas apenas com a condição de que a Rússia devolva todas as regiões ocupadas da Ucrânia, pague indemnizações por danos de guerra e aceite processos por crimes de guerra.



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"Verdadeiro herói". Soldado britânico morre em combate na Ucrânia


Britânico morreu após a sua unidade ter sido atacada pelas tropas russas. Trata-se do quarto britânico a perder a vida em combate na Ucrânia.

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Um cidadão britânico morreu, na passada segunda-feira, em combate na Ucrânia depois de a sua unidade militar ter sido atacada pelas tropas russas. A notícia foi avançada pela família do soldado, que recorreu à plataforma de angariação de fundos ‘GoFundMe’ para conseguir financiar os custos do funeral.



O homem, identificado como Simon Lingard, natural de Lancashire, na Inglaterra, foi descrito pela família como “um verdadeiro herói”.

“O meu pai foi uma inspiração para todos os que o conheceram, um verdadeiro herói da vida que morreu lutando por aquilo em que acreditava”, escreveu Jackson, filho mais velho do militar, na plataforma.

“Não posso pôr em palavras o quanto sentirei a sua falta, mas sinto-me confortado por saber que isto aconteceu enquanto ele fazia o que amava e rodeado de amigos. Eu amo-te pai, estou tão orgulhoso de ti”, acrescentou o jovem de 17 anos.

Segundo o comunicado publicado no ‘GoFundMe’, “os militares ucranianos ofereceram-se” para transportar o corpo até à Inglaterra, mas a família “precisa de ajuda para lhe mostrar o respeito e adoração” que Simon Lingard “merece”, dando-lhe “o merecido descanso”.

Até ao momento, foram angariadas quase 21 mil libras [cerca de 24 mil euros], tendo ultrapassado o objetivo de 16 mil libras [18 mil euros]. O valor excedente irá para um fundo até Jackson e o irmão mais novo completarem 18 anos.

À imprensa britânica, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico confirmou que estava a apoiar a família de um britânico que tinha morrido na Ucrânia, acrescentando que os funcionários estavam em contacto com as autoridades ucranianas relativamente à sua morte.

Trata-se do quarto britânico a morrer em combate na Ucrânia, após Craig Mackintosh, Jordan Gatley e Scott Sibley. Também o voluntário humanitário Paul Urey morreu após ser capturado pelas tropas russas.



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Kyiv denuncia uso de mais de 400 drones kamikaze iranianos por Moscovo


Um porta-voz da Força Aérea Ucraniana denunciou hoje a Rússia de ter lançado mais de 400 drones kamikaze de origem iraniana contra a infraestrutura da Ucrânia desde o início da guerra em 24 de fevereiro.


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De acordo com Yurii Ignat, a maioria dos drones foi destruída.




No entanto, o porta-voz reconheceu ser "impossível" destruir 100% dos veículos aéreos não tripulados.

"Tanto os mísseis de cruzeiro como o 'Shahed-136' foram criados para iludir os sistemas de defesa antiaérea, (...) os objetivos foram alcançados", disse Ignat na televisão Yedini Novini, segundo a agência de notícias Ukrinform.

Os serviços secretos ucranianos acusaram a Rússia de ter encomendado ao Irão os mísseis balísticos Fatá 110 e Zolfaghar, somando-se aos cerca de 120 mísseis Iskander que Moscovo já possui.




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A invasão, os cereais, o gás, o nuclear. A guerra que já dura há 259 dias


Eis as principais fases da guerra na Ucrânia desde a invasão russa, a 24 de fevereiro, até à ordem de retirada das forças russas da cidade de Kherson, hoje anunciada.








A invasão russa


A 24 de fevereiro, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma "operação militar especial" para defender as "repúblicas" separatistas de Donetsk e Lugansk, no Donbass -- região mineira no leste da Ucrânia -, cuja independência tinha acabado de proclamar.


Putin afirmou querer "desnazificar" a Ucrânia e exigiu a garantia de que Kyiv nunca aderiria à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).


Ajudas


A União Europeia anunciou o envio de armamento para a Ucrânia, uma estreia.


O Ocidente impôs à Rússia sanções económicas, que foram sendo reforçadas ao longo do tempo.


Os Estados Unidos disponibilizaram milhares de milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia, que beneficiou igualmente de apoios financeiros de entidades como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.





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Kherson cede


Nos primeiros dias da invasão, as tropas russas apoderaram-se da quase totalidade da região de Kherson, no sul da Ucrânia. Essencial para a agricultura, a região é também estratégica por ser limítrofe com a península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.


Kyiv resiste


As tropas russas tentaram cercar a capital ucraniana, onde o Presidente da República, Volodymyr Zelensky, decidiu ficar, e tomar Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia.


Confrontado com uma forte resistência, o exército russo recuou e concentrou-se no final de março no Donbass e no sul do país.


Após a retirada das forças russas, a descoberta de centenas de cadáveres de civis na região de Kyiv, em especial em Bucha - nas ruas, com sinais de tortura e de execução, empilhados, alguns incendiados, outros em valas comuns -, causou indignação internacional e desencadeou uma investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre crimes de guerra e contra a humanidade.



Conquista de Mariupol



Desde o início da sua ofensiva, o exército russo montou um cerco à cidade de Mariupol, porto estratégico no mar de Azov que permitiria a Moscovo criar uma continuidade territorial costeira entre a Crimeia e as zonas separatistas do Donbass.


Cerca de 2.500 combatentes ucranianos, entrincheirados no complexo siderúrgico Azovstal, resistiram quase três meses, até meados de maio, quando se renderam.


Segundo Kyiv, os bombardeamentos russos destruíram 90% dos edifícios e infraestruturas de Mariupol e cerca de 20.000 pessoas morreram na cidade.


Bloqueio de cereais


No fim de março, Washington acusou Moscovo de provocar uma "crise alimentar global".


O bloqueio marítimo imposto pela Rússia no mar Negro impediu a Ucrânia de exportar os cerca de 20 milhões de toneladas de cereais armazenados nos seus silos.


Um acordo concluído a 22 de julho sob a égide da ONU e com mediação da Turquia permitiu a retomada das exportações.


Guerra do gás


As essenciais exportações de gás russo para a Europa tornaram-se cada vez mais irregulares, provocando uma subida dos preços.


Os gasodutos Nord Stream 1 e 2, no mar Báltico, foram danificados no final de setembro por explosões classificadas como "atos de sabotagem" pelos países europeus.


Contraofensiva no sul


Após terem reivindicado no início de julho o controlo da região de Lugansk, as forças russas tentaram conquistar a zona de Bakhmut, em Donetsk.


Em agosto, as tropas ucranianas contra-atacaram na região de Kherson.


Ameaça nuclear


Desde 05 de agosto, as duas partes acusam-se mutuamente de bombardeamentos à central nuclear de Zaporijia (no sul do país), a maior da Europa, ocupada desde março pelas tropas russas, causando cortes de eletricidade e fazendo temer uma catástrofe nuclear.


A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), organismo especializado da ONU, enviou uma equipa de especialistas às instalações para fazer uma inspeção e está a trabalhar para definir "uma zona de proteção" em torno da central, mas os ataques têm prosseguido.


Avanço ucraniano


No início de setembro, Kyiv lançou um ataque-surpresa na região de Kharkiv (nordeste do país) e reivindicou desde então a reconquista de importantes centros logísticos, como Izium, onde foram encontradas centenas de campas rasas, Kupiansk e Lyman (leste).


Mobilização parcial


Perante as perdas de terreno do seu exército, Putin decretou a 21 de setembro uma "mobilização parcial" de cerca de 300.000 reservistas, desencadeando um êxodo em massa dos cidadãos russos.


O líder russo ameaçou recorrer a armas nucleares para defender a Rússia do Ocidente, que acusa de querer "destruir" o seu país.


Anexações


A 30 de setembro, na sequência da realização de "referendos" cuja legalidade foi contestada pela comunidade internacional nas quatro regiões ucranianas ocupadas -- Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporijia -, Putin proclamou a anexação desses territórios.



"Apocalipse"



A 06 de outubro, o Presidente norte-americano, Joe Biden, advertiu para o risco de "apocalipse" pela primeira vez desde a Guerra Fria.


No dia 08, a ponte da Crimeia, que liga a Rússia à península que esta anexou, sofreu danos num ataque com explosivos imputado por Moscovo às forças ucranianas.


Como medida de retaliação, várias cidades ucranianas, entre as quais Kyiv, foram alvo de fortes ataques com 'rockets' e 'drones' (aparelhos voadores não-tripulados) kamikazes visando em particular as infraestruturas energéticas, o que provocou cortes no abastecimento de eletricidade.



Ordem de retirada de Kherson


Já anteriormente obrigada a abandonar a região de Kharkiv em setembro, Moscovo, perante a contraofensiva ucraniana, ordenou hoje, 09 de novembro, a retirada das suas tropas da cidade de Kherson.


Contudo, Kyiv disse que, até agora, ainda não viu "qualquer sinal" de retirada.



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"Temos boas notícias". Ucrânia libertou 41 localidades em Kherson


Tecendo agradecimentos aos "guerreiros" que levaram a cabo as operações contraofensivas, o responsável ressalvou que é necessário lembrar "hoje e sempre o que é que este movimento significa".


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A Ucrânia libertou 41 localidades no sul da Ucrânia, na sequência da retirada das forças russas da região de Kherson, revelou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esta quinta-feira.



“Hoje, temos boas notícias vindas do sul. O número de bandeiras ucranianas a regressarem ao seu devido lugar no quadro de operações de defesa já chega às dezenas. 41 localidades foram libertadas”, disse o chefe de Estado, no seu habitual discurso noturno.

Tecendo agradecimentos aos “guerreiros” que levaram a cabo as operações contraofensivas, o responsável ressalvou que é necessário lembrar “hoje e sempre o que é que este movimento significa”.

“Devemos lembrar-nos que todos os passos das nossas forças armadas colocam em jogo as vidas dos nossos guerreiros. Vidas dadas pela liberdade dos ucranianos. Tudo o que está a acontecer foi alcançado depois de meses de luta. Foi alcançado através de coragem, dor, perda. Não é o inimigo a sair. São os ucranianos que expulsam os ocupantes, com um alto custo. Tal como no este do nosso país, na região de Kharkiv. Tal como antes, no norte – em Kyiv, Sumy, Chernihiv. Agora, Mykolaiv e Kherson”, assinalou.

Zelensky considerou ainda que a Ucrânia tem de “ir até ao fim”, tanto no campo de batalha, como na diplomacia, para que a bandeira ucraniana “seja erguida em todo o território”.

Ainda assim, há muito trabalho a fazer. Uma das tarefas a realizar nos territórios libertados é a retirada das “milhares” de minas deixadas para trás pelas forças russas.

“Já ouvi várias vezes estimativas de que a limpeza das minas russas demorará décadas. Não podemos esperar assim tanto. Temos de fazer em anos aquilo que, em qualquer lado do mundo, poderia ter demorado décadas, após as hostilidades”, argumentou, revelando que a Ucrânia teve, no seu exponente máximo, 300 mil quilómetros quadrados de território considerado como perigoso.

Agora, faltam limpar apenas 170 mil quilómetros quadrados, graças ao “verdadeiro heroísmo” das forças ucranianas – extensão que inclui a região de Kherson, “onde o inimigo deixará minas antes de se retirar”, frisou.

De notar que a Rússia anunciou, esta quinta-feira, que as suas tropas iniciaram a retirada da cidade estratégica, num momento em que aumentam os sinais sobre uma decisão que poderá significar uma viragem no conflito.

Nessa linha, os oficiais ucranianos citados pela agência noticiosa Associated Press (AP) consideraram que as forças russas não tinham outra alternativa, mas permanecem cautelosos por recearem tratar-se de uma armadilha, com o perigo de uma emboscada.



A retirada forçada de Kherson, a única capital provincial que Moscovo conquistou, poderá significar um dos maiores desaires militares para as forças russas, fazendo recordar o seu recuo da região de Kyiv, no início do conflito.




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Kherson continua a fazer parte da Rússia apesar da retirada, diz Kremlin


A região ucraniana de Kherson, incluindo a capital com o mesmo nome, continua a fazer parte da Rússia, apesar da retirada das tropas russas devido à contraofensiva das forças de Kyiv, declarou hoje o Kremlin (Presidência).



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A região de Kherson "é um assunto da Federação Russa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.


"Não pode haver mudança", acrescentou Peskov, no primeiro comentário da Presidência russa sobre a retirada das suas forças de Kherson, que foi concluída hoje.


"Às 05h00, hora de Moscovo [02:00 em Lisboa], foi concluída a redistribuição das tropas russas para a margem esquerda do rio Dniepre", disse o Ministério da Defesa russo, assegurando que a operação decorreu sem registo de vítimas.


A agência Ukrinform noticiou hoje, com a publicação de uma fotografia, que "patriotas ucranianos" içaram a bandeira da Ucrânia na Praça da Liberdade, no centro de Kherson, segundo a agência espanhola EFE.


As autoridades ucranianas têm apelado para a prudência por receio de que o anúncio da retirada possa ser uma estratégia para atrair as suas tropas para uma armadilha.


Sete meses depois de ter invadido a Ucrânia, a Rússia anexou Kherson (sul) em 30 de setembro, juntamente com as regiões de Zaporijia (sudeste) e as de Donetsk e Lugansk, que constituem o Donbass (leste).


A anexação das quatro regiões, que correspondem a 18 por cento do território da Ucrânia, foi considerada ilegal por Kyiv e pela generalidade da comunidade internacional.


A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.


Kherson foi ocupada pelo exército russo pouco depois de ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro.


A cidade de Kherson era mesmo a única capital regional ucraniana conquistada pelas tropas russas em quase nove meses de guerra.


Nos últimos meses, as forças ucranianas lançaram uma contraofensiva em várias zonas do país, que forçaram à retirada das tropas russas de Kherson.


A contraofensiva foi possível com o fornecimento de armamento a Kiev pelos seus aliados ocidentais, incluindo o sistema de lançamento de foguetes de alta precisão Himars.


Com as novas armas, as forças ucranianas destruíram linhas de abastecimento russas, o que terá forçado o exército de Moscovo a retirar-se de Kherson.


Peskov recusou-se a comentar a decisão dos comandantes militares sobre Kherson, um novo revés na campanha militar ordenada pelo Presidente Vladimir Putin.


O anúncio da retirada de Kherson vem juntar-se à da região de Kharkiv (nordeste), em setembro, e ao falhanço da conquista de outras regiões mais a norte, incluindo a da capital, Kiev.


A retirada é ainda mais significativa depois de Putin ter ordenado, em 21 de setembro, a mobilização de 300.000 reservistas para consolidar as linhas russas em dificuldade perante a contraofensiva ucraniana.


Putin também tinha avisado que Moscovo iria defender o que agora considera o seu território "por todos os meios", incluindo a possibilidade de utilização de armas nucleares, por estar em causa uma ameaça à integridade territorial da Rússia, do ponto de vista russo.



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Cirurgiões retiram granada não detonada de peito de soldado russo


A munição foi detetada num exame Raio-X e, durante a retirada, os médicos correriam risco de vida devido à possibilidade "extremamente elevada" de uma explosão.

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Um grupo de cirurgiões de uma clínica na região de Belgorod, Rússia, removeu, através de uma operação única, uma granada de dentro de um soldado russo que se tinha tornado uma bomba relógio depois de ter sido atingido pelo explosivo ucraniano no peito e este ter ficado alojado.




A munição foi detetada num exame Raio-X e, durante a retirada, os médicos correriam risco de vida devido à possibilidade "extremamente elevada" de uma explosão, referiu o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela TASS, que noticiou o caso esta quinta-feira.

"Eu estava contra. Não queria que os médicos sofressem porque a munição podia ter explodido", disse Pasenko, que não aceitou inicialmente a operação.

A posição de Pasenko dificultou o processo, que, sem ser concluído, deixaria o soldado em risco de hemorragia fatal visto que "as munições encontravam-se entre a aorta e a veia cava inferior", explicaram os profissionais.

Após acordo entre ambas as partes, os médicos decidiram que iriam vestir coletes de proteção e avançaram para a operação.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, Nikolay Pasenko é um soldado milagre, uma vez que a granada disparada pelos ucranianos estilhaçou-lhe as costelas e danificou um pulmão antes de ficar alojado perto da sua coluna vertebral.

A intervenção foi saudada como um sucesso e o soldado agradeceu aos cirurgiões "heróis" depois de acordar.



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Kyiv congratula-se com anúncio da retirada russa de Kherson


A diplomacia ucraniana congratulou-se hoje "pela vitória importante" na sequência do anúncio da retirada russa do norte da região de Kherson, ocupada desde o passado mês de março.

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"A Ucrânia está em vias de alcançar uma outra importante vitória neste momento. Não importa o que a Rússia diga ou faça. A Ucrânia vai ganhar", disse o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros numa mensagem difundida na rede social Twitter.




Mesmo assim, a Presidência russa disse hoje que?a região ucraniana de Kherson, incluindo a capital com o mesmo nome, continua a fazer parte da Rússia, apesar da retirada das tropas russas devido à contraofensiva das forças de Kiev.

A região de Kherson "é um assunto da Federação Russa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.

"Não pode haver mudança", acrescentou Peskov no primeiro comentário da Presidência russa sobre a retirada das suas forças de Kherson, que foi concluída hoje.

"Às 05:00, hora de Moscovo [02:00 em Lisboa], foi concluída a redistribuição das tropas russas para a margem esquerda do rio Dniepre", disse o Ministério da Defesa russo, assegurando que a operação decorreu sem registo de vítimas.

A agência Ukrinform noticiou hoje, com a publicação de uma fotografia, que "patriotas ucranianos" içaram a bandeira da Ucrânia na Praça da Liberdade, no centro de Kherson, segundo a agência espanhola EFE.

Anteriormente, as autoridades ucranianas pediram prudência por receio de que o anúncio da retirada possa ser uma estratégia para atrair as suas tropas para uma armadilha.



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Forças ucranianas entram em Kherson após retirada russa


O exército ucraniano entrou hoje em Kherson, após a retirada das forças russas, e o Ministério da Defesa já pediu ao soldados inimigos para se "renderem imediatamente".





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Kherson regressou ao controlo ucraniano. Unidades das Forças Armadas ucranianas entraram na cidade", declarou o Ministério, num comunicado divulgado na rede social Facebook.


O Ministério também pediu aos soldados russos para permanecerem no local e "renderem-se imediatamente", prometendo "preservar a vida e a segurança" daqueles que o fizerem.


"Os vossos líderes dizem-vos para vestirem roupas civis e tentarem fugir, por conta própria. Evidentemente, não terão sucesso. Qualquer soldado russo que resista será eliminado. Apenas têm uma solução para evitar a morte: renderem-se imediatamente", prometeu o Governo ucraniano, no comunicado.


A retirada das forças russas ocorre seis semanas depois de o Presidente Vladimir Putin ter anexado a região de Kherson e três outras províncias ucranianas, prometendo que estas regiões permaneceriam russas para sempre.


O Kremlin insiste que a retirada não representa de forma alguma um constrangimento para os planos de Putin e que Moscovo continua a considerar toda a região de Kherson como parte da Rússia.


Hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse ainda que a Rússia não se arrepende de ter realizado festividades há pouco mais de um mês para comemorar a anexação de regiões ocupadas ou parcialmente ocupadas da Ucrânia.


A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.




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Grupo Wagner diz que vai formar "milicianos" para defender a Rússia


O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Evgueni Prigozhin, afirmou hoje que a sua organização vai formar milicianos e construir fortificações em duas regiões da Rússia fronteiriças com a Ucrânia.




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"A companhia militar privada Wagner ajuda e vai ajudar a população dos territórios fronteiriços [da Ucrânia] a receberem uma formação, a construírem instalações, a prepararem pessoas e a organizarem milícias", indicou Prigozhin, citado pelo serviço de imprensa da sua empresa Concord.


Segundo declarou, estas atividades já se iniciaram nas regiões russas de Belgorod e Kursk, regularmente atingidas nos últimos meses por disparos atribuídos por Moscovo ao exército ucraniano.


O objetivo, de acordo com Prigozhin, consiste em construir "instalações fortificadas e centros de formação de milicianos nas regiões fronteiriças". "Quem pretende a paz, prepara a guerra. É necessário estar-se sempre preparado para defender a sua terra", acrescentou.


Na semana passada, o chefe da Wagner tinha já mencionado este projeto, assegurando que vai financiá-lo sem a ajuda do Estado russo.


Desde 2014 que os mercenários do grupo Wagner são acusados de servir os interesses do regime de Vladimir Putin em numerosas zonas de conflito, que se estendem da Síria à Ucrânia, passando por África e América do Sul.


Nos últimos meses, o grupo operou ativamente na frente ucraniana, em apoio ao exército russo. Foi ainda acusado de ter efetuado uma deslocação a diversas prisões russas e recrutar detidos para combater, em troca de uma redução das penas.


Em setembro, Evgueni Prigozhin, 61 anos, reconheceu ter fundado esta organização paramilitar, após anos de negação. Esta semana, também admitiu ter promovido operações de ingerência eleitoral nos Estados Unidos.


Desde então, promove as suas atividades na Rússia sem encobrimento, um sinal de um reforço do seu poder desde a ofensiva do Kremlin na Ucrânia e o início de uma mobilização militar no país face aos recuos de Moscovo em diversas linhas da frente.


Em outubro, Evgueni Prigozhin abriu o atual "quartel-general" do grupo Wagner, uma torre envidraçada em São Petersburgo.


O complexo foi inaugurado oficialmente no início de novembro, mas Prigozhin afirmou que as autoridades de São Petersburgo recusaram conceder-lhe uma licença de exploração.


Face a esta recusa, Prigozhin acusou na quinta-feira o governador de São Petersburgo, Alexandre Beglov, de apoiar os interesses dos "nacionalistas ucranianos que matam russos". Os dois homens estão há longa data em conflito.



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A reconquista de Kherson é importante. Eis o porquê (em cinco pontos)


Retirada das tropas russas da região é uma 'chapada de luva' para o Kremlin e pode vir a ser uma grande ajuda para o combate ucraniano.





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A Rússia anunciou, esta sexta-feira, a retirada de cerca de 30 mil militares da zona ocupada de Kherson, na Ucrânia.


Centenas de pessoas, juntamente com as Forças Armadas ucranianas, iniciaram os festejos pela região, que estava ocupada por Moscovo desde março, sendo Kherson a mais recente das principais cidades a assistir a uma retirada russa desde que a guerra começou, em fevereiro deste ano.


Mas, afinal, por que razões é a reconquista desta região tão importante para Kyiv? Eis o porquê, em cinco pontos, de acordo com a análise feita pela Sky News.


A um passo da Crimeia


A Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014, está, com a reconquista de Kherson, mais perto de mãos ucranianas. Recorde-se que vários responsáveis disseram que esta região se incluía quando falavam de reconquistar todo o país face ao conflito instalado.


Na região da Crimeia estão ainda muitos militares russos, assim como a frota do país no Mar Negro.


Saneamento básico


A partir de Kherson, os ucranianos podem impedir o abastecimento de água potável para a Crimeia, onde se encontram, tal como explicado no ponto acima, muitos militares russos. O bloqueio já aconteceu a partir de um canal após os russos tomarem conta da Crimeia, em 2014.

Rotas de abastecimento


Para além de poderem controlar agora o abastecimento de água, os ucranianos podem também interferir noutras cadeias de abastecimento que tenham favorecido os militares russos até agora, nomeadamente, de comida.



Conquista simbólica



Kherson foi a única capital de uma região que foi capturada totalmente pelas forças russas durante a sua invasão. Foi também uma das maiores cidades conquistadas por Moscovo, que já tinha garantido que não iria deixar de controlar a região. Esta pode ser uma 'chapada de luva branca' no Kremlin.


Controlo do Mar Negro


A região costeira é uma porta de entrada para o Mar Negro, o que significa que a Ucrânia pode agora assumir o controlo de uma área crítica para a exportação de alimentos, assim como voltar a exportar para mercados internacionais.


A agência Ukrinform noticiou hoje, com a publicação de uma fotografia, que "patriotas ucranianos" içaram a bandeira da Ucrânia na Praça da Liberdade, no centro de Kherson, segundo a agência espanhola EFE.


Anteriormente, as autoridades ucranianas pediram prudência por receio de que o anúncio da retirada possa ser uma estratégia para atrair as suas tropas para uma armadilha.


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Zelensky sobre reconquista de Kherson: "Hoje é um dia histórico"


O líder do executivo garantiu ainda que "a Ucrânia regressa sempre aos seus".



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O presidente da Ucrânia partilhou, esta sexta-feira, um vídeo no qual se consegue ver os festejos dos ucranianos face à reconquista da região de Kherson, hoje anunciada.


"O nosso povo. Nosso. Kherson", escreve Volodymyr Zelensky numa mensagem partilhada no Telegram, e acompanhada por três emoji da bandeira ucraniana.


Na rede social, o líder ucraniano alongou-se ainda sobre este dia, em que cerca de 30 mil militares russos saíram da região, que estava controlada desde março. "Hoje é um dia histórico. Estamos a recuperar Kherson. Por agora, os nossos defensores estão nas imediações da cidade. Mas há unidades especiais que já lá estão", começou por escrever, reconhecendo que os "residentes de Kherson têm esperado".


"Nunca desistiram. A esperança na Ucrânia é sempre justificada - e a Ucrânia regressa sempre aos seus"


Zelensky sublinhou ainda que já estão a ser retirados vestígios das tropas russas do local. "Aconteceu o mesmo nas outras cidades libertadas. E o mesmo vai acontecer naquelas que ainda estão à espera do nosso regresso", apontou.


A agência Ukrinform noticiou hoje, com a publicação de uma fotografia, que "patriotas ucranianos" içaram a bandeira da Ucrânia na Praça da Liberdade, no centro de Kherson, segundo a agência espanhola EFE.



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Rússia proíbe entrada de navios estrangeiros no mar de Azov




O Ministério dos Transportes turco informou hoje que as autoridades russas proibiram a entrada no Mar de Azov de navios carregados no exterior.

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Os portos ucranianos de Mariupol e Berdyansk, entre a península da Crimeia, que Moscovo anexou em 2014 e a Rússia, situam-se no mar de Azov.






Numa mensagem na rede social Twitter e citando a administração marítima russa, a autoridade turca que tutela o tráfego marítimo afirma que "é proibida a transferência para o norte de navios carregados fora do território russo".


O Mar de Azov, cuja entrada é o estreito de Kerch está localizado na parte nordeste do Mar Negro, cuja entrada é controlada pela Turquia através do estreito do Bósforo, em Istambul.


O estreito de Kerch é atravessado por uma ponte que liga a Rússia à Crimeia e que foi substancialmente danificada há várias semanas por uma explosão de que Moscovo culpa a Ucrânia.


No Mar de Azov estão os portos ucranianos de Mariupol e Berdyansk, controlados pela Rússia após a invasão da Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro.



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Kyiv recupera 60 localidades em Kherson. Infraestruturas estão destruídas




Zelensky acusou ainda as forças russas de ter "o mesmo objetivo em todo o lado: humilhar as pessoas o máximo possível".

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou, este sábado, que as forças russas destruíram as infraestruturas da cidade de Kherson antes de se retirarem, assegurando, contudo, que as autoridades ucranianas já começaram os trabalhos para que a localidade regresse ao normal. Neste momento, a Ucrânia já recuperou 60 localidades da região, segundo o responsável

"Antes de sair de Kherson, os ocupantes destruíram toda a infraestrutura crítica: comunicações, fornecimento de água, energia, eletricidade", disse o chefe de Estado, numa mensagem em vídeo publicada nas suas redes sociais.

Zelensky acusou ainda as forças russas de ter “o mesmo objetivo em todo o lado: humilhar as pessoas o máximo possível”, assegurando, contudo, que as autoridades ucranianas vão “reparar tudo”.

“Acreditem em mim. Ainda que demore, já está claro que a conclusão será nossa", disse.

O habitual discurso do líder ucraniano centrou-se, este sábado, na retirada das tropas russas de Kherson, reocupada pelas forças de Kyiv na sexta-feira, o que é considerado como uma das vitórias mais significativas para a Ucrânia, e uma humilhação para Moscovo.

“Hoje, todos sentimos entusiasmo. Não sei se teremos uma pessoa que não tenha visto o vídeo do nosso povo de Kherson a cumprimentar os defensores ucranianos”, apontou, celebrando o “mar de bandeiras ucranianas nas ruas”.

“Meses de ocupação russa, meses de gozo para com o nosso povo, meses de histórias de que a Rússia ficaria ali para sempre... E, no entanto, há um mar de bandeiras ucranianas nas ruas. As pessoas nem pensaram em recusar a Ucrânia. E o mundo vê isso agora. Vê o que significa quando os ucranianos veem o seu próprio povo. Vê o que significa a unidade dos ucranianos. E vê por que é que devemos libertar toda a nossa terra”, complementou.

Nessa linha, Zelensky garantiu que o cenário será o mesmo nas outras cidades ainda em mãos russas, como Henichesk e Melitopol, considerando que até a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, poderá vir a ser libertada.

“Veremos muitos outros encontros. Nas cidades e aldeias que ainda estão ocupadas. Não esquecemos ninguém, não vamos deixar ninguém para trás. Graças às nossas operações de defesa e diplomacia, chegaremos definitivamente à fronteira do nosso estado – todas as secções da fronteira internacionalmente reconhecida da Ucrânia”, reiterou.

Ainda que tenha confirmado que as autoridades ucranianas já deram início a “operações de estabilização” em Kherson, o líder ucraniano não deixou de alertar os residentes para “terem cuidado com a sua própria segurança”, tendo em conta o armamento e “objetos suspeitos” deixados para trás pelas forças de Moscovo. No entanto, foram já removidos cerca de dois mil explosivos, de acordo com o responsável, que teceu também agradecimentos aos soldados ucranianos pelo seu trabalho, particularmente na região de Donetsk, onde reina "o inferno", com "ataques brutais todos os dias".

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Euforia paira numa Kherson sem água, nem eletricidade, mas livre



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Com a retirada das forças russas, a euforia entrou na cidade de Kherson. Ainda que os residentes não tenham água nem eletricidade, um sentimento de liberdade paira no ar, e é palpável nos vídeos que nos chegam a partir da região – a um dos quais poderá aceder na galeria acima.






“Sentimo-nos livres, não somos escravos, somos ucranianos”, disse uma residente à CNN, assinalando que Kherson estava aterrorizada com a permanência das tropas russas na cidade, temendo que pudessem “entrar a qualquer momento nas casas, como se estivessem a viver aqui, e roubar, sequestrar, violar”.


Agora, o cenário é outro. Os ucranianos reúnem-se no centro da cidade, enrolados em bandeiras do seu país, apelando, numa só voz, ‘liberdade para a Ucrânia’.


“Acho que muitas pessoas foram mortas aqui, mas ainda não o sabemos”, considerou outro residente, dando um vislumbre do lado mais sombrio da retirada russa.


Por sua vez, um soldado ucraniano contou à CNN que a sua unidade foi a primeira a chegar a Kherson, assinalando que os civis daquela cidade são “os verdadeiros heróis”.


Recorde-se que a cidade de Kherson foi reocupada pelas forças de Kyiv após a retirada russa, na sexta-feira, o que é considerado como uma das vitórias mais significativas para a Ucrânia, e uma humilhação para Moscovo.


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Bandeira ucraniana levantada sobre a ponte Antonivskyi em Kherson




A cidade de Kherson regressou ao controlo ucraniano na semana passada, depois de as tropas russas se retirarem da região.





Um vídeo filmado por soldados ucranianos, e divulgado este domingo nas redes sociais, mostra uma bandeira da Ucrânia a ser pendurada na na ponte Antonivskyi. Este local, de acordo com o The Kyiv Independent, é uma “passagem estratégica entre a margem de Kherson e a margem leste para onde os russos recuaram”.


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Este domingo, o autarca Roman Holovnia já havia revelado que a situação humanitária em Kherson é "grave" por causa da falta de água, remédios e pão.


Recorde-se que Kherson regressou ao controlo ucraniano na semana passada. Unidades das Forças Armadas ucranianas entraram na cidade.


Em comunicado, o Ministério da Defesa pediu aos soldados russos para permanecerem no local e "renderem-se imediatamente", prometendo "preservar a vida e a segurança" daqueles que o fizerem.


"Os vossos líderes dizem-vos para vestirem roupas civis e tentarem fugir, por conta própria. Evidentemente, não terão sucesso. Qualquer soldado russo que resista será eliminado. Apenas têm uma solução para evitar a morte: renderem-se imediatamente", prometeu o Governo ucraniano, no comunicado.


A retirada das forças russas ocorreu seis semanas depois de o Presidente Vladimir Putin ter anexado a região de Kherson e três outras províncias ucranianas, prometendo que estas regiões permaneceriam russas para sempre.


O Kremlin insistiu, no entanto, que a retirada não representa de forma alguma um constrangimento para os planos de Putin e que Moscovo continua a considerar toda a região de Kherson como parte da Rússia.



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Zelensky garante que vários serviços estão a ser restaurados em Kherson


O presidente ucraniano acusou os russos de cometer atrocidades em Kherson, no seu habitual discurso noturno.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a abordar a libertação de Kherson pelas tropas ucranianas, garantindo, este domingo, que "a estabilização e a restauração do estado de Direito nos 226 aldeamentos serão asseguradas na região".




No seu habitual discurso noturno, publicado nas redes sociais, Zelensky disse que as ações de reparação das infraestruturas danificadas envolve "mais de 100 mil residentes".

"Estamos a restaurar a comunicação, o serviço de internet, de televisão. Estamos a fazer tudo para restaurar as capacidades técnicas normais para o serviço de eletricidade e água o mais cedo possível", afirmou o líder da Ucrânia, que acrescentou que os serviços de correio e de emergência médica estão também a ser recuperados.


Volodymyr Zelensky indicou também que os negócios privados estão a voltar a Kherson, apesar das enormes dificuldades e numa altura em que a situação "ainda é muito perigosa".



"Primeiro que tudo, há minas. Infelizmente, um dos nossos engenheiros morreu e quatro outros foram feridos enquanto limpavam minas. Peço a todos os residentes de Kherson que tenham muito cuidado", apelou.


O presidente ucraniano acusou, novamente, os soldados russos de crimes de guerra e das "mesmas atrocidades que foram vistas em outras regiões do país", anunciando que os investigadores ucranianos "já documentaram mais de 400 crimes de guerra e os corpos de civis e pessoal militar foram encontrados".


"Levaremos à justiça cada um dos assassinos, não há dúvida", garantiu.




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