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Irão a ferro e fogo

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GF Bronze
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Irão. Ativistas apelam à realização de manifestações em massa no sábado​


Ativistas iranianos apelaram hoje à realização de manifestações massivas no sábado em todo o país, numa altura em que o movimento de contestação desencadeado pela morte de Mahsa Amini entra na quinta semana consecutiva apesar da forte repressão.​



A indignação provocada pela morte em 16 de setembro da mulher curda iraniana de 22 anos desencadeou a maior vaga de manifestações e de violência no Irão desde os protestos de 2019 contra o aumento dos preços dos combustíveis, num país rico em petróleo.






Mahsa Amini foi detida em 13 de setembro pela chamada polícia de costumes em Teerão por ter alegadamente infringido o rígido código de vestuário para as mulheres da República Islâmica, em particular o uso do véu.


Segundo a associação Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo, pelo menos 108 pessoas foram mortas desde o início dos protestos desencadeados pela morte da jovem mulher e que têm sido fortemente reprimidos pelas autoridades iranianas.


Por sua vez, a Amnistia Internacional lamentou a morte de pelo menos 23 menores "mortos pelas forças de segurança iranianas" e com idades entre os 11 e os 17 anos.


Dois membros das forças de segurança foram mortos por disparos na província de Fars (sul) no âmbito das manifestações, elevando para pelo menos 20 o número de mortos entre as forças da ordem desde o início da vaga de contestação, indicaram hoje os 'media' oficiais.


Apesar do bloqueio imposto pelas autoridades ao acesso à Internet e a várias aplicações móveis populares, como o Instagram e o WhatsApp, os ativistas iranianos conseguiram emitir um apelo virtual para a realização de manifestações em massa no sábado sob a palavra de ordem "O início do fim!" do regime.


Os jovens e a população iraniana foram encorajados a manifestarem-se nos locais onde não estão presentes as forças policiais e a ecoarem frases de ordem como "Morte ao ditador", numa referência ao guia supremo, o ayatollah Ali Khamenei.


Este movimento de contestação implicou ações de solidariedade no estrangeiro e sanções ocidentais dirigidas a responsáveis e instituições iranianas acusadas de envolvimento na repressão.


Teerão condenou hoje as declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, que na quarta-feira manifestou "admiração" pelas "mulheres" e os "jovens" que se manifestam.


"De forma clara, a França condena a repressão conduzida hoje pelo regime iraniano", disse então Macron.


Em comunicado, Nasser Kanan, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, considerou as declarações de Macron uma "ingerência", afirmando ainda que apenas servem para encorajar "as pessoas violentas e os transgressores".


Segundo analistas citados pela agência noticiosa AFP, a natureza multiforme das manifestações antigovernamentais, em particular dos jovens que se juntam em pequenos grupos em diversos bairros, complica as tentativas de detenção dos ativistas pelas forças de segurança.


Através de uma carta aberta divulgada na quinta-feira, o jornal reformista Etemad pediu ao mais alto responsável da segurança iraniana que ponha termo às detenções efetuadas sob "pretextos por vezes falaciosos".


Os últimos dias de confrontos decorreram em particular em Sanandaj, capital da província do Curdistão de onde era originária Mahsa Amini.
 

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GF Bronze
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Out 15, 2022
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Protestos em vários locais do Irão contra morte da jovem Masha Amini​


Os iranianos voltaram às ruas no sábado para protestar contra o poder, um mês após o início do movimento de protesto desencadeado pela morte de Mahsa Amini e reprimido com violência, segundo meios de comunicação e ONGs.​



A curda iraniana de 22 anos morreu em 16 de setembro, três dias após a sua prisão pela vice-polícia em Teerão, por supostamente violar o rígido código de vestuário da República Islâmica, incluindo o uso do véu para as mulheres.






Autoridades iranianas dizem que a jovem morreu devido a uma doença e não de "espancamentos", de acordo com um relatório médico rejeitado pelo seu pai. Segundo um primo, a jovem morreu após "um violento golpe na cabeça".


Desde então, dezenas de mulheres jovens lideraram protestos, gritando slogans antigovernamentais, tirando e queimando os lenços de cabeça e enfrentando as forças de segurança nas ruas.


"Os mulás [clérigos islâmicos] devem sair!" entoaram hoje mulheres iranianas sem 'hijabs' (lenços) numa zona central de Teerão, num vídeo amplamente divulgado online.


Paralelamente, manifestantes atiraram pedras e outros objetos contra as forças de segurança perto de uma enorme rotunda na cidade de Hamedan, segundo imagens acedidas pela agência de notícias AFP.


Apesar das diversas interrupções na Internet e de as autoridades iranias bloquearem o Instagram e o WhatsApp, os iranianos conseguiram hoje reunir-se nas ruas de Ardabil, no noroeste do país, de acordo com vídeos compartilhados no Twitter.


Por seu lado, comerciantes entraram em greve em Saghez, cidade natal de Mahsa Amini, na província do Curdistão (noroeste), e em Mahabad, no norte do país.


Também as alunas de uma unidade de ensino em Marivan (oeste) atearam fogos nas ruas e gritaram frases de protesto contra o governo, de acordo com uma organização de direitos curdos iranianos com sede na Noruega.


Os jovens também se manifestaram em universidades do sul e noroeste de Teerão, de acordo com imagens partilhadas online.

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GF Bronze
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Ativistas apelam a novos protestos contra o Governo iraniano​


Ativistas iranianos apelaram a novas manifestações contra o Governo hoje em todo o Irão, um mês após o início do movimento de protesto, violentamente reprimido pela polícia, desencadeado pela morte de uma mulher, Mahsa Amini.​


A NetBlocks informou hoje sobre uma "nova grande perturbação no tráfego de internet no Irão", o que tem acontecido desde que começaram as manifestações, mas apesar do bloqueio às aplicações do Instagram e do WhatsApp os ativistas conseguiram lançar um apelo 'online' para que as pessoas adiram aos protestos contra o governo sob o lema "O início do fim!"


Os ativistas encorajaram os jovens e a população iraniana a manifestarem-se em locais onde as forças de segurança não estão presentes e a entoarem "morte ao ditador", referindo-se ao líder supremo, Ali Khamenei.


A indignação provocada pela morte, em 16 de setembro, da mulher curda iraniana de 22 anos Mahsa Amini desencadeou a maior vaga de manifestações e de violência no Irão desde os protestos de 2019 contra o aumento dos preços dos combustíveis, num país rico em petróleo.


Masha Amini foi detida em 13 de setembro pela chamada polícia de costumes em Teerão por ter alegadamente infringido o rígido código de vestuário para as mulheres da República Islâmica, em particular o uso do véu.


As autoridades iranianas dizem que a jovem morreu de doença e não de "espancamentos", de acordo com um relatório médico, mas a família rejeita essa versão e diz que Masha morreu devido a espancamento e "um violento golpe na cabeça".


Os protestos têm sido violentamente reprimidos e pelo menos 108 pessoas foram mortas e centenas foram presas, segundo a organização não governamental Irão Human Rights, sediada em Oslo, e


A Amnistia Internacional adiantou que pelo menos 23 crianças entre os 11 e os 17 anos foram "mortas pelas forças de segurança".


Em resposta aos apelos de hoje para protestar contra o governo, o Conselho de Coordenação do Desenvolvimento Islâmico, um órgão oficial, apelou aos iranianos para declararem nas orações noturnas, "dentro das mesquitas a sua raiva contra os motins e a sedição, a fim de contrariar as conspirações dos inimigos do Irão".

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Presidente iraniano acusa Biden de "incitar ao caos" ao apoiar protestos​


O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, acusou hoje o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, de "incitar ao caos" depois de ter apoiado os protestos que duram há um mês após a morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini.​




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O Irão é, desde 16 de setembro, palco de manifestações de rua desencadeadas pela morte da jovem de 22 anos, violentamente espancada e detida na capital a 13 de setembro pela "polícia da moral", por ter, segundo esta, infringido o rígido código de indumentária da República Islâmica para as mulheres, ao deixar à vista parte do cabelo, embora envergasse o obrigatório 'hijab' (véu islâmico).






A jovem foi hospitalizada em coma e morreria três dias depois.


Dezenas de pessoas foram mortas em quase um mês de protestos, sobretudo manifestantes, mas também elementos das forças de segurança, e centenas de outras foram detidas, de acordo com as autoridades iranianas.


Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos disse estar "ao lado dos cidadãos, as bravas mulheres do Irão", manifestando-se "espantado" com os protestos.


As mulheres "devem ser capazes de usar o que quiserem", sustentou Joe Biden, sublinhando que "o Irão deve acabar com a violência contra os seus próprios cidadãos que estão simplesmente a exercer os seus direitos básicos".


"As palavras do presidente norte-americano, que se permite a incitar ao caos, o terror e à destruição de outro país, lembram as eternas palavras do fundador da República Islâmica [Aiatola Rouhollah Khomeini], que chamou a América de grande Satanás", refere Ebrahim Raisi, segundo um comunicado de imprensa da Presidência.


O líder do Irão considera que "a conspiração do inimigo deve ser combatida por medidas eficazes para resolver os problemas das pessoas".


Também a Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irão, acusou hoje o Ocidente de fomentar "motins" em várias escolas, denunciando uma "invasão cultural, política e de segurança" no país.


O movimento de protesto espalhou-se nos últimos dias por várias escolas em todo o país, com vídeos partilhados online de crianças em idade escolar a gritar slogans anti-governo e meninas em idade escolar a removerem os seus véus em protesto.


"Os motins são o produto de grupos de reflexão nos EUA e na Inglaterra e espalharam-se pelas nossas salas de aula", disse o chefe da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, citado pelo Sepah News, o 'site' oficial desta divisão de elite das forças armadas iranianas.


"Hoje, o inimigo abriu um novo campo de invasão cultural, política e de segurança (...) este é o campo de guerra mais complexo onde o inimigo tem uma presença séria", acusou Salami.


Os Estados Unidos anunciaram sanções económicas a 06 de outubro contra sete altos funcionários iranianos pelo papel que desempenham na repressão de protestos, após uma primeira série de sanções anunciadas em 22 de setembro contra a polícia iraniana e vários funcionários de segurança.



nm
 

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Quatro mortos e 61 feridos em incêndio em prisão no Irão​


Pelo menos quatro pessoas morreram e 61 ficaram feridas no incêndio e confrontos na principal prisão de Teerão, capital do Irão, onde estão detidos presos políticos, segundo um balanço divulgado pelas autoridades oficiais.​




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De acordo com fonte do Centro dos meios de comunicação social do poder judiciário iraniano, citada pela agência de notícias semi-oficial iraniana Tasnim, os quatro mortos tinham sido condenados por roubo.


A maioria dos presos que receberam cuidados de saúde sofreu intoxicação por inalação de fumos.


De acordo com uma fonte dos serviços de segurança, diversos presos atearam fogo ao armazém de roupa, provocando um incêndio e confrontos entre detidos e funcionários da prisão Evin, onde também são encarcerados presos políticos.


Pelo menos 70 presos foram resgatados. Dos 61 feridos, 51 já receberam alta e os outros permanecem internados.


De acordo com o governador da província de Teerão, Mohsen Mansuri, "os bombeiros e as forças de segurança têm o fogo na prisão de Evin sob controle e a situação está calma".


Os vídeos do incêndio foram divulgados nas redes sociais, enquanto os meios de comunicação como a Rádio Farda, uma estação em farsi financiada pelos Estados Unidos, noticiaram que as forças de segurança usaram gás lacrimogéneo para dispersar as famílias dos prisioneiros concentrados após tomarem conhecimento do fogo.


A prisão de Evin, situada a oeste de Teerão, possui uma área de 40 hectares e alguns dos seus módulos estão controlados pelo poder judicial, enquanto outros dependem do ministério das Informações e os serviços de informações dos Guardas da Revolução, força de elite do regime.


Diversas organizações de direitos humanos denunciam com frequência a prática de tortura nesta prisão, onde se encontram numerosos detidos considerados presos políticos, e ainda reclusos com dupla nacionalidade.


Os incidentes na prisão de Evin coincidem que os protestos provocados pelo morte de Masha Amini, 22 anos, em 16 de setembro, após ser detida pela polícias dos costumes em Teerão por uso incorreto do véu islâmico, obrigatório para as mulheres.


Após a morte da jovem curda, com versões contraditórias, foram desencadeados protestos em numerosas cidades do país, sobretudo protagonizados por jovens e que hoje prosseguiram apesar da forte repressão das forças de segurança.




nm
 

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Irão "responsável" pela segurança de norte-americanos detidos em Evin​



O Irão é "totalmente responsável" pela segurança dos norte-americanos detidos na prisão de Evin, perto de Teerão, onde um incêndio e confrontos deflagraram no sábado, disse o Departamento de Estado norte-americano.​




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"O Irão é totalmente responsável pela segurança dos nossos cidadãos detidos injustamente, que devem ser libertados de imediato", escreveu, numa mensagem difundida na rede social Twitter, o porta-voz do Departamento de Estado.






Ned Price acrescentou que Washington estava a seguir o desenvolvimento do incidente "com urgência".


Um incêndio e confrontos ocorreram, no sábado à noite, na prisão Evin de Teerão, no final de mais um dia marcado por protestos antigovernamentais desencadeados pela morte de Mahsa Amini, iniciados há um mês.


"Confrontos foram registados no sábado à noite", confirmou um responsável da segurança iraniano, citado pela agência de notícias Irna.


Mas "neste momento, a situação está totalmente sob controlo e a calma regressou à prisão", acrescentou, atribuindo o fogo "a bandidos".


Um bombeiro no local disse, citado pela Irna, que "oito pessoas ficaram feridas no incêndio" na prisão, onde estão vários presos políticos. Centenas de pessoas detidas durante os recentes protestos foram alegadamente enviadas para Evin, de acordo com a agência de notícias France-Presse.


Na cadeia de Evin estão também detidos estrangeiros ou pessoas com dupla nacionalidade, como o académico franco-iraniano Fariba Adelkhah ou os norte-americanos Siamak Namazi e Emad Shargi.


Também o realizador iraniano Jafar Panahi, que recebeu vários prémios internacionais, e o político reformista Mostafa Tajzadeh, estão detido neste estabelecimento prisional.


Mahsa Amini, de 22 anos, morreu a 16 de setembro, em Teerão, três dias depois de ter sido detida por violação do código de vestuário da República Islâmica, de acordo com a polícia.


Desde então, as mulheres iranianas têm liderado os protestos, com palavras de ordem contra o Governo, ao mesmo tempo que tiram e queimam os véus que devem usar na cabeça, enfrentando as forças de segurança nas ruas.


De acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo, pelo menos 108 pessoas foram mortas na repressão destes protestos e centenas foram detidas.


Na sexta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, declarou apoiar "as mulheres corajosas do Irão", apelando ao Governo de Teerão para "pôr fim à violência contra os seus cidadãos".


Os líderes iranianos acusaram Washington de desestabilizar o seu país fomentando "tumultos".


Estas manifestações no Irão são as maiores desde os protestos de 2019 contra o aumento dos preços da gasolina no país, rico em petróleo.



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Irão. ONG e ONU denunciam repressão feroz e morte de 23 menores​



Mais de 40 organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram hoje a repressão no Irão contra as manifestações que prosseguem após a morte, há um mês, de Mahsa Amini, e apelaram à ONU para promover um inquérito urgente.



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Diversas organizações não-governamentais internacionais (ONG), incluindo a Amnistia Internacional (AI) e a Human Rights Watch (HRW), e grupos iranianos sediados no estrangeiro, onde se incluem o Iran Human Rights (IHR, em Oslo), Hengaw (Noruega) e o Centro para os Direitos Humanos no Irão (CHRI, Nova Iorque), incluem-se entre os signatários do apelo.





As ONG exprimem "vivas preocupações" face "à máquina de repressão enviada pelas autoridades iranianas para punir" o movimento de contestação.



Em paralelo, o Comité das Nações Unidas para os Direitos da Criança exortou hoje as autoridades iranianas a "porem termo a toda a violência" contra menores, após pelo menos 23 adolescentes terem sido mortos e centenas feridos, detidos ou torturados.



As manifestações foram desencadeadas em 16 de setembro pela morte num hospital de Teerão de Masha Amini, uma curda de 23 anos, detida três dias antes pela polícia da moralidade em Teerão por ter infringido o estrito código sobre o uso de vestuário feminino previsto nas leis da República islâmica, em particular o uso do véu.



Diversos militantes da oposição afirmaram que foi ferida na cabeça durante a sua detenção. As autoridades iranianas desmentiram qualquer contacto físico entre a polícia e a jovem mulher, com o relatório médico a concluir que a sua morte se deveu a "sequelas de uma doença".



Segundo a ONG IHR, 122 pessoas foram mortas na repressão das manifestações.



As ONG signatárias afirmam possuir provas de que as forças de segurança iranianas "recorreram ao uso deliberado de balas reais e esferas de chumbo contra os manifestantes, incluindo crianças".



Na passada sexta-feira, a AI lamentou a morte de pelo menos 23 crianças "mortas pelas forças de segurança iranianas".



As organizações apelaram ao Conselho de Direitos Humanos da ONU a "agir com urgência e promover uma sessão extraordinária e (...) estabelecer um mecanismo independente de inquérito" para "abordar os crimes mais graves face ao direito internacional e outras violações dos direitos humanos".



"Sem uma ação coletiva por parte da comunidade internacional (...), numerosos homens, mulheres e crianças arriscam-se a serem mortos, torturados ou detidos enquanto as provas que revelem crimes graves poderão desaparecer", referem as ONG.



Em Genebra, Rolando Gomez, um porta-voz do Conselho de Direitos Humanos, indicou não ter recebido "um pedido específico para realizar uma sessão extraordinária sobre o Irão".



Ainda em Genebra, o Comité das Nações Unidas para os Direitos da Criança condenou em comunicado "as graves violações dos direitos das crianças que estão a ser perpetrados no Irão" durante as manifestações.



Segundo os relatos recebidos, algumas das famílias dos jovens foram pressionadas para declarar em falsas confissões que estes assassinatos foram antes suicídios das vítimas, denunciou o organismo das Nações Unidas, que também recebeu informações de menores detidos e em certas ocasiões torturados em centros educativos.



"As graves violações dos direitos das crianças no Irão devem ser profusamente investigadas por autoridades competentes, independentes e imparciais, e os seus responsáveis devem prestar contas", concluiu o Comité.




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Irão nega detenção de atleta de escalada que competiu sem véu​




O governo de Teerão negou hoje que a atleta iraniana Elnaz Rekabi tenha sido detida e obrigada a regressar ao Irão, após ter participado no campeonato asiático de escalada sem véu, na Coreia do Sul.



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Após usar um hijab, o véu tradicional muçulmano que cobre a cabeça e os ombros, nas primeiras eliminatórias do campeonato, Rekabi, de 33 anos, competiu de cabelo solto na final, que decorreu no domingo, na capital sul-coreana, Seul, tendo conquistado a medalha de bronze.



O gesto da atleta foi visto como uma demonstração de apoio às mulheres iranianas que protestam há um mês contra a obrigatoriedade do uso do hijab após a morte de Mahsa Amini.




A jovem curda de 23 anos morreu três dias após ter sido detida pela polícia da moralidade em Teerão por ter infringido o estrito código sobre o uso de vestuário feminino previsto nas leis da República islâmica, em particular o uso do véu.



Elnaz Rekabi deixou Seul num voo com destino a Teerão na manhã de hoje, disse a Embaixada do Irão na Coreia do Sul, na rede social Twitter.



O serviço da BBC em farsi disse que as autoridades iranianas tinham confiscado o telemóvel e o passaporte de Rekabi, citando fontes não identificadas.



Também citando fontes não identificadas, o portal noticioso IranWire, fundado pelo jornalista iraniano-canadiano Maziar Bahari, disse que à chegada a atleta iria ser transferida de imediato para a prisão de Evin, onde são encarcerados presos políticos.



A Embaixada do Irão em Seul negou hoje o que chamou de "notícias falsas e desinformações" sobre a partida de Rekabi, tendo publicado uma imagem da atleta usando um véu, numa competição anterior, em Moscovo.



Segundo o grupo iraniano Iran Human Rights, sediado em Oslo, 122 pessoas foram mortas durante a repressão das manifestações.



Na passada sexta-feira, a Amnistia Internacional lamentou a morte de pelo menos 23 crianças "mortas pelas forças de segurança iranianas".



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Nem desaparecida, nem detida. Atleta iraniana diz que "hijab caiu"



Mundo achou que Elnaz Rekabi tinha tirado o véu como uma demonstração de apoio às mulheres iranianas. Afinal, foi sem querer e a alpinista já pediu desculpa pela preocupação causada. Pelo menos, é assim que escreve nas redes sociais depois de ter estado, alegadamente, incontactável.



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Elnaz Rekabi, a atleta iraniana que competiu na final do campeonato asiático de escalada, na Coreia do Sul, sem usar hijab, está afinal de regresso ao seu país e alega que o facto de não ter usado o véu "não foi intencional".





Vários meios de comunicação tinham avançado que a alpinista, de 33 anos, estava incontactável desde a final da competição, no domingo, e que o passaporte e o telefone lhe tinham sido apreendidos.



A informação fez temer pela sua segurança e levantou dúvidas sobre a possibilidade de a iraniana ser detida quando regressasse ao seu país, já que as mulheres são obrigadas, por lei, a usar o hijab quando participam em competições, mesmo fora do Irão.



O governo de Teerão veio mesmo negar, entretanto, que Elnaz Rekabi tenha sido detida e obrigada a regressar ao Irão.



A atleta pronunciou-se agora nas redes sociais, assegurando que se encontra bem e que o facto de ter competido sem lenço não foi intencional - o gesto tinha sido visto como uma demonstração de apoio às mulheres iranianas que se têm manifestado contra a obrigatoriedade do uso do hijab após a morte de Mahsa Amini.



Citada pela Reuters, Elnaz Rekabi explica que foi chamada para escalar de "forma imprevista" e que o véu lhe caiu, não tendo tido tempo de o colocar corretamente.



A iraniana assegura ainda que já está de regresso a Teerão.



"Peço desculpa pela preocupação causada. Estou agora a regressar ao Irão", escreveu por fim.




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Jovem iraniana morre depois de agredida por se recusar a cantar hino


Asra Panahi tinha apenas 16 anos.




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Asra Panahi, uma estudante de 16 anos, foi espancada até à morte na sala de aula pelas forças de segurança iranianas - na passada quarta-feira - depois de se ter recusado a cantar um hino que elogia o líder supremo, o aiatola Ali Khamenei.






A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.


De acordo com o The Guardian, o caso aconteceu durante uma ação de patrulhamento a uma escola para raparigas no noroeste do país. Ordenadas a cantar um hino a elogiar o líder Supremo do Irão, estas recusaram-se, tendo sido espancadas.


Foram espancadas e várias foram parar ao hospital, revelou o Conselho de Coordenação das Associações Profissionais de Professores do Irão através de uma mensagem na rede social Telegram.


Asra Panhai acabou por não resistir aos ferimentos e morreu na sexta-feira, tendo levado a uma nova onda de protestos no fim-de-semana.


Outra aluna foi hospitalizada, encontrando-se em coma desde o incidente na escola e várias foram detidas, refere o sindicato.


Esta morte acontece enquanto o país vive protestos nas ruas pela morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que foi detida por usar o véu islâmico de forma "indevida". No último mês já morreram dezenas de pessoas, sobretudo manifestantes.


Representantes do Governo negaram que as forças de segurança tenham sido responsáveis pelo que aconteceu à jovem. Na sequência do caso, um homem, que se identificou como tio de Asra, veio dizer à televisão estatal que esta morreu devido a um problema cardíaco congénito, mas esta versão já foi contestada pela estrutural sindical.




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Irão é "regime de trevas há 43 anos",



A iraniana Sahar juntou-se à ação de protesto que decorreu esta noite em frente à embaixada do Irão em Lisboa para deitar abaixo o regime que "há 43 anos asfixia e mata iranianos todos os dias".



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Sahar, uma iraniana, de 32 anos, que se encontra em Lisboa de passagem, disse à agência Lusa que não podia deixar de se associar à iniciativa que hoje reuniu ucranianos e iranianos em protesto contra o fornecimento de armas pelo regime do Irão ao governo russo de Vladimir Putin.



"A intenção última é deitar abaixo um regime de trevas que há 43 anos mata todos os dias cidadãos iranianos", disse Sahar, numa alusão à revolução iraniana que impôs o regime islâmico do aiatola Khomeinei.


Um regime "terrorista" tal como o de Vladimir Putin, na Rússia, que com os drones-kamikazes que recebe do Irão está a matar ucranianos todos os dias.


Já para Pavlo Sadokha, presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, a manifestação desta noite em frente à embaixada do Irão, em Lisboa, pretendeu protestar contra o "fornecimento dos drones-kamikaze por parte do Irão à Federação Russa".


A Rússia está a "usar estes drones para matar ucranianos, para destruir as infraestruturas da Ucrânia", disse Sadokha, acrescentando que também já foi divulgada uma informação pelos serviços secretos do Ocidente a dar conta da possibilidade de fornecimento de mísseis balísticos iranianos à Rússia.


E isso irá "causar muito sofrimento e muita destruição na Ucrânia", frisou.


O responsável pela associação de ucranianos em Portugal disse ainda ter conhecimento de estarem a ser realizados protestos semelhantes noutras cidades europeias - na segunda-feira decorreu na Polónia, hoje, em Roma - de modo a chamar a atenção dos governantes dos países europeus para o "genocídio" que está a acontecer na Ucrânia.


Entretanto, Sadokha congratulou-se por terem tido conhecimento de que o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano propôs ao presidente Zelensky que a Ucrânia corte relações diplomáticas com o Irão.


"Hoje mesmo tivemos indicações de uma mulher grávida que foi morta por um drone" na Ucrânia, sublinhou.


"Nõs não vamos parar, vamos continuar estes protestos até terminar a guerra", frisou Sadokha, enquanto os manifestantes iam gritando "Slava Ukraine", "Slava Iran" e "Iran and Ukrain united" ao mesmo tempo que cantavam canções tradicionais dos países.


"Togethet we will win" (Juntos venceremos, numa tradução livre) gritavam em coro os manifestantes ao mesmo tempo que empunhavam cartazes onde se lia "Putin assassin" ou "Fuck Putin".


"It is not about my hair/ It is not about my voice/ It is not about my body/ It is about my choice" [Não se trata do meu cabelo/ não se trata da minha voz/ Não se trata do meu corpo/ Trata-se da minha escolha]", lia-se no cartaz empunhado por Yasea, um iraniano residente em Portugal há oito anos, que namora com uma ucraniana.


"Estou aqui porque estou contra o que o regime iraniano está a fazer contra a Ucrânia ao fornecer armamento à Rússia", disse, ao mesmo tempo que reivindicava a expulsão do embaixador iraniano de Portugal tal como outros compatriotas seus presentes na concentração.


"Não nos sentimos seguros com este embaixador, que é um terrorista" disse Raouf Alaia, um iraniano de 25 anos, ao mesmo tempo que distribuía pequenos autocolantes com imagens dos familiares que deixou na cidade de Xiraz.


"If you don´t become one, we go down one by one" (Se não nos tornarmos um, iremos cair um a um, numa tradução livre), frisou Raouf Alaia, o único iraniano que se identificou com os dois nomes.


Presentes na manifestação estiveram também mulheres iranianas. Umas não quiseram falar, outras alegaram não saber falar português. Apenas Sahar, que se expressou em inglês, ousou falar.


Um cidadão iraniano de 32 anos e professor de moda, residente em Portugal há oito anos, prefere ser identificado por Samuel.


Não é o seu nome verdadeiro, mas aquele por que optou usar enquanto falava à imprensa.


Explicou que tinha saído do país, na sequência de problemas com o cabelo, o que lhe acarretou problemas com o regime, forçando a refugiar-se.


Eles [os governantes] "são ditadores e causam muitos problemas não apenas às pessoas que vivem no Irão, mas a pessoas de todo o mundo", afirmou.


Acrescentou que as mulheres ainda sofrem mais no Irão, já que além de serem obrigadas a usar o 'hijab', estão também proibidas "de dançar e cantar" entre outras coisas que "noutros países são normais".


"Não estamos contra os iranianos, mas contra o regime iraniano" era outra das palavras de ordem gritadas em coro pelos ucranianos durante a manifestação que durou perto de hora e meia.





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Clérigo diz que o povo tem o "direito de criticar" os seus líderes


Um dos clérigos mais importantes do Irão defendeu hoje que o povo tem o "direito de criticar" os seus líderes, numa altura em que o país enfrenta há mais de um mês uma onda de protestos.



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"As pessoas têm o direito de criticar os líderes da sociedade muçulmana, sejam as críticas justificadas ou não", afirmou o ayatollah xiita Javad Alavi-Borujerdi, citado pela agência de notícias iraniana Shafaqna.


Este religioso, de 68 anos, é neto do grande ayatollah Hossein Borujerdi, a principal figura do clero xiita no século XX.


"As pessoas têm coisas a dizer e não concordam com o que estão a fazer", disse o ayatollah em relação às medidas tomadas pelas autoridades.


A indignação no Irão pela morte em 16 de setembro de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, provocou a maior onda de protestos contra o Governo desde 2019 contra o aumento dos preços da gasolina, num país rico em petróleo.


Masha Amini foi detida em 13 de setembro pela chamada polícia da moralidade em Teerão por ter alegadamente infringido o rígido código de vestuário para as mulheres da República Islâmica, em particular o uso do véu.


As manifestações espalharam-se por inúmeras cidades iranianas e dezenas de manifestantes, bem como membros das forças de segurança, foram mortos e outras centenas foram detidas pelas autoridades do país.


"Algumas pessoas foram detidas e estão na prisão (...), tratem-nas com gentileza", disse o ayatollah xiita.


Em 26 de setembro, o ayatollah Hossein Nouri Hamedani, importante clérigo conservador e defensor do líder supremo Ali Khamenei, também pediu às autoridades que "escutem as exigências do povo".


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'Saga' Elnaz Rekab. Prosseguem as dúvidas sobre o paradeiro da atleta


Neste momento, a família desta desportista não tem conhecimento do seu paradeiro.



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Os dias atribulados recentemente vividos por Elnaz Rekab, atleta iraniana que competiu, recentemente, sem hijab, numa prova de escalada realizada em território sul-coreano, parecem não ter fim à vista. Segundo a informação agora avançada pela BBC Persia, a jovem iraniana terá ficado em prisão domiciliária desde a chegada ao seu país de origem - ainda que isso não tenha acontecido em sua própria casa.


De facto, neste momento, a família desta atleta não tem conhecimento do seu paradeiro. Sabe-se apenas que, antes de se ter encontrado com o ministro do Desporto do Irão, logo após chegar novamente a território nacional, foi mantida sob supervisão policial, num local fechado na Academia Olímpica Nacional. Porém, pouco mais se sabe sobre a sua atual situação.


Tudo isto aconteceu depois da atleta iraniana, de 33 anos, ter aparecido, no domingo passado, sem o véu islâmico para competir numa prova internacional, o que vai contra a lei do seu país.


A desportista justificou-se, depois, nas redes sociais, onde assegurou que tal gesto não foi intencional e que aconteceu por ter sido chamada para começar a sua prestação de "forma imprevista", logo após o seu hijab ter caído. Posição que viria, também, a ser reforçada numa entrevista televisiva.


Porém, a BBC Persia veio agora reportar que Elnaz Rekab terá sido coagida a contar uma versão distinta daquilo que terá realmente acontecido. Segundo uma fonte contactada pelo referido órgão de comunicação social, alegadamente familiarizada com o assunto, caso a atleta optasse por não colaborar com as autoridades nesta matéria, uma propriedade da família seria confiscada.


A ação, propositada ou não, de Elnaz Rekab foi considerada uma demonstração de apoio às mulheres iranianas, que se têm mostrado contra o uso do véu islâmico na sequência da morte da jovem Mahsa Amini, enquanto se encontrava sob custódia policial, por não usar corretamente o hijab.


De facto, à chegada ao país de origem, a atleta iraniana viria a ser recebida por uma enorme multidão que demonstrava o seu apoio à desportista, numa altura em que as preocupações relativamente à segurança da mesma eram muitas. Algo que, aparentemente, não deverá esmorecer tão cedo.


De recordar que a morte de Mahsa Amini, no Irão, resultou em mais de 120 pessoas detidas e acusadas devido ao seu envolvimento em protestos, muitas vezes violentos. Segundo a organização não governamental (ONG) Iran Human Rights, uma outra centena de pessoas terão, por sua vez, perdido a vida durante estas manifestações.


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Manifestações contra governo do Irão fazem vários mortos




Várias pessoas foram hoje presas no Irão no seguimento das manifestações na capital, em protesto contra a morte de uma jovem depois de ser detida pela polícia dos Costumes por ter violado o código de vestuário islâmico.

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Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida a 13 de setembro e morreu três dias depois de ter sido presa em Teerão pela Polícia dos Costumes por alegadamente ter violado o rigoroso código de vestuário da República Islâmica, onde os véus são obrigatórios para todas as mulheres em espaços públicos, o que desencadeou um conjunto de manifestações e uma onda de indignação internacional.


As autoridades iranianas responderam com violência aos protestos, onde muitas mulheres participaram sem o véu e entoaram slogans contra o governo, de acordo com a agência francesa de notícias France-Presse (AFP), que dá conta da dificuldade de avaliar o número de participantes e de detidos devido à imposição de restrições à utilização da internet.


Dezenas de pessoas, principalmente manifestantes mas também membros das forças de segurança, foram mortas durante os protestos e há centenas de pessoas, incluindo mulheres, que foram presas, diz a AFP, sem apresentar números concretos.


Segundo o governo do Irão, os protestos, que incluem também o fecho de vários estabelecimentos, está a ser orquestrado pelos Estados Unidos.






"Os americanos continuam a trocar mensagens connosco, mas estão a tentar agitar" o movimento de protesto, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, durante uma visita à Arménia, num vídeo divulgado hoje pelo seu ministério.


Os Estados Unidos "estão a tentar exercer pressão política e psicológica sobre o Irão para obter concessões nas negociações nucleares", acrescentou, referindo-se às conversações indiretas entre Teerão e Washington, mediadas pela União Europeia.



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Algumas das mais de 300 pessoas acusadas em Teerão arriscam pena de morte




Mais de 300 pessoas foram acusadas em Teerão em ligação com as manifestações contra a morte de Mahsa Amini, algumas das quais arriscam ser condenadas à pena de morte, anunciaram hoje as autoridades.







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O Irão tem enfrentado uma série de manifestações desde a morte daquela curda iraniana de 22 anos, em 16 de setembro, depois de detida, três dias antes, em Teerão pela polícia dos costumes, que lhe reprovava ter infringido o estrito código de vestuário do país.






As manifestações têm causado dezenas de mortes, na sua maior parte manifestantes, mas também membros das forças de segurança.



Centenas de manifestantes já foram detidos. As autoridades não informaram o número total de detenções desde 16 de setembro.



Segundo o procurador de Teerão, Ali Salehi, citado pelo sítio da Autoridade Judicial Mizan Online, 315 pessoas foram acusadas de "reunião e conspiração contra a segurança do país", de "propaganda contra" o poder e "atentado à ordem pública".



Alguns dos manifestantes foram objeto da acusação de "moharebeh" ('inimigo de deus' em Persa), que é passível de pena de morte, acrescentou Salehi.



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Irão. Dois oficiais da Guarda Revolucionária mortos a tiros em Zahedan


Dois membros da Guarda Revolucionária do Irão, o exército ideológico do Governo, foram hoje mortos a tiro por homens não identificados em Zahedan, no sudoeste, informou a agência de notícias Tasnim, quando o Irão vive há três semanas grandes manifestações.

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"O coronel Mehdi Molashahi e Javad Kikha, membros dos da Guarda Revolucionária na província de Sistan-Baluchistan, foram mortos a tiros por pessoas não identificadas na cidade de Zahedan",no sudoeste do Irão, divulgou a agência de notícias, acrescentando que as autoridades abriram uma investigação para identificar os autores dos crimes.

Estas duas mortes acontecem depois dos incidentes violentos que ocorreram em 30 de setembro nesta mesma cidade, localizada numa das regiões mais pobres do Irão, que resultaram em dezenas de mortos, incluindo membros das forças de segurança.

Inicialmente, os meios de comunicação do Estado acusaram extremistas de estarem por trás de ataques a esquadras de polícia.

No entanto, um influente líder religioso sunita no Sistan-Baluchistan, Molavi Abdol Hamid, acusou as forças de segurança de dispararem sobre "pessoas reunidas em torno de uma mesquita". Segundo o clérigo, as tensões começaram após um "alegado caso de violação de uma adolescente por um polícia".

Na sexta-feira, centenas de pessoas saíram às ruas em Zahedan e protestaram com frases anti-governo, de acordo com os vídeos publicados nas redes sociais.

A polícia local informou a detenção de 57 manifestantes após o protesto, segundo a agência de notícias oficial Irna.

A província do Sistan-Baluchistan, que faz fronteira com o Paquistão e o Afeganistão, é uma região pobre do Irão e palco frequente de ataques ou confrontos entre polícias e grupos armados.

A violência em Zahedan ocorre quando o Irão está a ser abalado por um movimento de protesto desde a morte de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos que morreu em 16 de setembro, três dias após a sua detenção em Teerão pela polícia da moralidade.

A indignação no Irão pela morte de Mahsa Amini provocou a maior onda de protestos contra o Governo desde 2019 contra o aumento dos preços da gasolina, num país rico em petróleo.

As manifestações espalharam-se por inúmeras cidades iranianas e dezenas de manifestantes, bem como membros das forças de segurança, foram mortos e outras centenas foram detidas pelas autoridades do país.

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Irão. Polícia dispara contra multidão em homenagem a Mahsa Amini


As forças de segurança iranianas dispararam hoje contra manifestantes reunidos na cidade natal de Mahsa Amini, que morreu depois de detida pela polícia da moralidade, numa cerimónia de homenagem ao fim dos tradicionais 40 dias de luto.


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"As forças de segurança dispararam gás lacrimogéneo e abriram fogo contra as pessoas na Praça Zindan de Saghez", relatou o grupo de direitos dos curdos Hengaw, sediado na Noruega, no Twitter.





Desafiando um aparelho de segurança reforçado e a gritar "mulher, vida, liberdade" ou "morte ao ditador", uma multidão de homens e mulheres reuniu-se desde cedo em torno do túmulo da jovem no cemitério de Aichi, em Saghez, a cidade natal de Mahsa Amini, no Curdistão, no oeste do Irão, segundo vídeos publicados nas redes sociais.


A curda iraniana de 22 anos morreu no dia 16 de setembro, três dias após a sua detenção pela polícia de moralidade em Teerão, onde estava a visitar o irmão mais novo, acusada de violar o rígido código de vestuário da República Islâmica, que exige que as mulheres usem o véu.


A sua morte provocou a maior onda de protesto em três anos em todo o Irão.


Hoje, o 40.º dia após a morte de Mahsa Amini, marcou o fim do tradicional período de luto do Irão.


Na noite de terça-feira, as autoridades reforçaram o seu dispositivo em Saghez, mobilizando forças numa praça central e o acesso à cidade foi limitado.


De acordo com ativistas dos direitos humanos, as forças de segurança tinham advertido os pais da jovem contra a realização de uma cerimónia de homenagem na sua sepultura, chegando a ameaçar "a vida do filho".


Apesar disso, as pessoas começaram na madrugada de quarta-feira a chegar ao cemitério, onde, oficialmente, segundo a agência de notícias iraniana Fars, se terão reunido cerca de 2.000 pessoas, mas imagens publicadas 'online' por ativistas e defensores dos direitos humanos mostraram grandes multidões.


Novos protestos estavam a decorrer noutros pontos do Irão, incluindo em universidades de Teerão, Mashhad, no nordeste, e Ahvaz, no sudoeste, segundo o jornal 'online' 1500tasvir, que relata os abusos dos direitos humanos atribuídos às forças de segurança.


A repressão dos protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini já deixou pelo menos 141 mortos, incluindo pelo menos 23 crianças, segundo um novo número revelado terça-feira pela ONG iraniana de Direitos Humanos (IHR), com sede em Oslo.


Hoje, o Irão anunciou sanções contra indivíduos, instituições e órgãos de comunicação social da União Europeia, em resposta às medidas punitivas impostas por Bruxelas contra os líderes iranianos e a polícia de moralidade.



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Internet cortada no 40.º dia de luto por Mahsa Amini na sua terra natal


O acesso à internet foi hoje bloqueado por "razões de segurança" em Saghez, província iraniana do Curdistão, onde nasceu Mahsa Amini, no dia em que se assinala o fim do luto tradicional de 40 dias, avançou a imprensa local.

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OIrão tem sido abalado por protestos desde que a jovem curda iraniana morreu, em 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida em Teerão pela chamada 'polícia dos costumes', que a acusou de violar o rígido código de indumentária, que inclui o uso do véu em público.



Dezenas de pessoas, principalmente manifestantes, mas também membros das forças de segurança, foram mortas durante as manifestações, descritas como "motins" pelas autoridades, e centenas, incluindo muitas mulheres, foram detidas.



A cerimónia, que marcou o final do luto tradicional, foi seguida de confrontos dispersos, tendo a ligação à internet sido "cortada na cidade de Saghez por razões de segurança", informou a agência de notícias iraniana ISNA.



Segundo a mesma fonte, "cerca de 10.000 pessoas, incluindo moradores de Saghez, mas também de cidades vizinhas, foram prestar homenagem junto ao túmulo de Mahsa Amini, uma jovem que nunca foi ativista em vida, mas que, quando foi visitar o centro de Teerão sem um 'hijab' que lhe cobrisse todo o cabelo, acabou por se tornar um símbolo de revolta popular.



A morte de Amini provocou um tumulto no Irão e levou milhares de jovens a protestar contra a repressão das mulheres naquela república islâmica.



Originária de uma família religiosa e conservadora, a jovem cresceu em Saquez, cidade com pouco mais de 165.000 habitantes, localizada na região fronteiriça entre as províncias do Curdistão e do Azerbaijão Ocidental.



"Parte da multidão estava pronta para confrontos" com a polícia, acrescentou hoje a agência de notícias local, referindo que "um dos participantes hasteou a bandeira do Curdistão iraquiano".



No início do dia, a Justiça iraniana anunciou ter acusado mais de 300 pessoas por ligações aos protestos no país, elevando o número total de acusados para mais de mil.




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Irão. 15 mortos em ataque de homens armados a local sagrado xiita


Um grupo de homens armados abriu hoje fogo num importante local sagrado xiita na cidade de Shiraz (sul do Irão), provocando a morte a pelo menos 15 pessoas, reportou a imprensa estatal iraniana.

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Segundo a página oficial na Internet do sistema judiciário iraniano, dois dos atacantes foram detidos e um terceiro está em fuga, desconhecendo-se se há mais envolvidos no ataque.


No passado, extremistas sunitas têm tido como alvo locais sagrados da maioria xiita do país. Segundo a agência noticiosa oficial iraniana IRNA, o número de vítimas pode aumentar.


O Irão tem sido abalado por protestos desde que uma jovem curda iraniana morreu, a 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida em Teerão pela chamada 'polícia dos costumes', que a acusou de violar o rígido código de indumentária, que inclui o uso do véu em público.


Hoje, o acesso à internet foi bloqueado por "razões de segurança" em Saghez, província iraniana do Curdistão, onde nasceu Mahsa Amini, no dia em que se assinala o fim do luto tradicional de 40 dias, avançou a imprensa local.


Dezenas de pessoas, principalmente manifestantes, mas também membros das forças de segurança, foram mortas durante as manifestações que decorrem há mais de um mês, descritas como motins pelas autoridades, e centenas, incluindo muitas mulheres, foram detidas.


A cerimónia, que marcou o final do luto tradicional, foi seguida de confrontos dispersos, tendo a ligação à internet sido "cortada na cidade de Saghez por razões de segurança", informou a agência de notícias iraniana IRNA.


Segundo a mesma fonte, "cerca de 10.000 pessoas, incluindo moradores de Saghez, mas também de cidades vizinhas, foram prestar homenagem junto ao túmulo de Mahsa Amini, uma jovem que nunca foi ativista em vida, mas que, quando foi visitar o centro de Teerão sem um 'hijab' que lhe cobrisse todo o cabelo, acabou por se tornar um símbolo de revolta popular.


A morte de Amini provocou um tumulto no Irão e levou milhares de jovens a protestar contra a repressão das mulheres naquela república islâmica.


Originária de uma família religiosa e conservadora, a jovem cresceu em Saquez, cidade com pouco mais de 165.000 habitantes, localizada na região fronteiriça entre as províncias do Curdistão e do Azerbaijão Ocidental.


"Parte da multidão estava pronta para confrontos" com a polícia, acrescentou hoje a agência de notícias local, referindo que "um dos participantes hasteou a bandeira do Curdistão iraquiano".


No início do dia, a Justiça iraniana anunciou ter acusado mais de 300 pessoas por ligações aos protestos no país, elevando o número total de acusados para mais de mil.




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"Motins" geram terrorismo, diz Raisi. Polícia mata jovem manifestante


O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, considerou hoje que "os motins" desencadeados após a morte de Mahsa Amini, cidadã curda, num contexto de manifestações de protesto que há mais de um mês assolam o Irão, abrem caminho para ataques terroristas.


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As palavras de Raisi são uma resposta ao atentado ocorrido quarta-feira em Shiraz, sul do Irão, a um importante santuário muçulmano xiita e que provocou 15 mortos e 19 feridos, ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), com o Presidente iraniano a acusar o movimento 'jihadista" como "inimigo" do país.





Já hoje, as forças de segurança iranianas dispararam e mataram um jovem durante uma manifestação em Mahabad (oeste), anunciou a organização de defesa e promoção dos direitos humanos Hengaw, com sede na Noruega.


"Um jovem curdo foi morto a tiro pelas forças de segurança iranianas", escreveu a Hengaw na rede social Twitter, indicando que a vítima foi atingida com uma bala na testa.


O Irão tem sido abalado por protestos desde que a jovem curda iraniana morreu, a 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida em Teerão pela chamada 'polícia dos costumes', que a acusou de violar o rígido código de indumentária, que inclui o uso do véu em público.


Quarta-feira assinalou-se o fim do luto tradicional de 40 dias.


Amini continua a estar no centro dos fortes protestos e que têm representado um dos maiores desafios à ordem imposta pela República Islâmica desde que, em 2009, as manifestações do Movimento Ecologista levaram milhões para as ruas em dezenas de cidades, com jovens mulheres a marcharem expondo publicamente o cabelo e, nalguns casos, a cortá-lo.


O Governo iraniano tem reagido com uma forte repressão e tem atribuído a culpa das manifestações à ingerência estrangeira.


Os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que desde o início dos protestos, há mais de um mês, as forças de segurança iranianas mataram mais de 200 pessoas, incluindo crianças.


Hoje, nas declarações sobre o atentado em Shiraz, Raisi referiu que a intenção dos inimigos do Irão é "atrapalhar o progresso do país", pelo que os tumultos e confrontos abrem caminho para atos terroristas".


"[Os terroristas] vieram ao santuário de Shahcheragh e abriram fogo contra pessoas inocentes que estavam nas suas preces", acrescentou.


Já quarta-feira Raisi tinha acusado "os inimigos do Irão", que procuram "dividir as fileiras unidas da nação [...] pela violência e terror", e prometeu uma resposta severa das forças de segurança.


O grupo EI tem assumido a responsabilidade por ataques no Irão desde 07 de junho de 2017, quando homens armados e homens-bomba atacaram o Parlamento e o mausoléu do fundador da República Islâmica, ayatollah Khomeini, em Teerão, matando 17 pessoas.



"Apenas um terrorista esteve envolvido no ataque" de quarta-feira, disse o chefe da Autoridade Judiciária local, Kazem Moussavi, enquanto imagens divulgadas pela imprensa oficial mostravam corpos cobertos de sangue ou tapados por lençóis.


O autor do ataque, "na casa dos 30 anos", segundo as autoridades locais, "está ligado aos grupos 'takfiri' e foi detido", indicou a televisão estatal iraniana, referindo-se aos grupos jihadistas ou radicais islâmicos sunitas.


O ataque em Shiraz foi o segundo atentado mortífero perpetrado este ano contra um local de culto xiita no Irão, um país com cerca de 83 milhões de habitantes e onde o xiismo é a religião do Estado desde o século XVI.




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