Irão a ferro e fogo

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Pelo menos 12 mortos em noite de violência no Irão


Pelo menos 12 pessoas morreram na quarta-feira à noite em protestos e trocas de tiros em várias regiões do Irão, noticiaram os meios de comunicação social do país.


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OIrão tem sido abalado por uma vaga de protestos desde a morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, detida três dias antes pela polícia da moralidade por violar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.




O caos dos protestos foi "explorado por grupos terroristas" para cometer um atentado na cidade de Ize, no sul do Irão, noticiou a agência estatal iraniana IRNA.

Homens armados a conduzir motocicletas abriram fogo sobre populares e polícias no mercado central da cidade, matando pelo menos sete pessoas e ferindo 15.


Três suspeitos foram detidos pelo alegado envolvimento neste ataque, disse Ali Dehqani, chefe do Departamento de Justiça da província do Cuzistão, onde se encontra Ize, de acordo com a agência de notícias Tasnim.


Num outro ataque, homens armados montados em motocicletas dispararam contra as forças de segurança na cidade de Isfahan, no centro do Irão, e mataram dois basiji (milicianos islâmicos) e feriram oito.


Além disso, três pessoas morreram na cidade de Semirom, na província de Isfahan, em circunstâncias ainda desconhecidas.


Os protestos intensificaram-se desde terça-feira, na sequência de um apelo de ativistas para comemorar as mobilizações antigovernamentais de 2019, durante as quais foram mortas 300 pessoas, de acordo com a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional.


Estão a decorrer greves em várias cidades iranianas, mas é difícil conhecer o alcance deste movimento, dadas as limitações da Internet e a falta de informação oficial.


Os protestos levam até às ruas principalmente jovens e mulheres que gritam "mulher, vida, liberdade", cantam slogans antigovernamentais e queimam véus, um dos símbolos da República Islâmica.


Pelo menos 326 pessoas, incluindo 43 menores, morreram no movimento de repressão policial, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo.


Além disso, cinco pessoas foram condenadas à morte pela participação nos protestos, enquanto cerca de duas mil foram acusadas de vários crimes por se manifestarem




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Polícia iraniana abre fogo sobre manifestantes no metro de Teerão


Estas imagens surgem a propósito dos protestos sobre o massacre de 2019, quando o regime matou 1.500 manifestantes em poucos dias.


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Apolícia iraniana disparou contra pessoas nas estações subterrâneas da capital, e espancou as mulheres que não estavam a usar o véu islâmico, mostra um vídeo publicado no Twitter de Roham Alvandi, historiador especialista em Irão e professor de História Internacional na London School of Economics and Political Science.



"Forças de segurança abrem fogo contra manifestantes desarmados no metro de Teerão, que tem sido palco de protestos durante os últimos 60 dias", pode ler-se.

"Apesar da brutalidade da República Islâmica os protestos e as greves continuam", acrescenta.

Estas imagens surgem a propósito dos protestos sobre o massacre de 2019, quando o regime matou 1500 manifestantes em poucos dias. Estes protestos ganham novo ímpeto com a morte de Mahsa Amini, a jovem que morreu após ser detida pela polícia da moralidade.



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Irão acusa Israel e serviços ocidentais de prepararem guerra civil


O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abollahian, acusou hoje Israel e os serviços secretos ocidentais de estarem a planear uma guerra civil no Irão.

Irão acusa Israel e serviços ocidentais de prepararem guerra civil





OIrão tem sido abalado por uma vaga de protestos desde a morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, detida três dias antes pela polícia da moralidade por alegadamente violar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.


"[Israel], os serviços de inteligência e alguns políticos ocidentais planearam uma guerra acompanhada pela destruição e desintegração do Irão", disse Amir-Abollahian numa publicação na rede social Twitter diculgada hoje, um dia após um duplo ataque em duas cidades do Irão que provocou a morte a uma dezena de pessoas.


"Devem saber que o Irão não é nem a Líbia nem o Sudão. Hoje, os inimigos visam a integridade do Irão e a identidade iraniana. Mas a sabedoria do nosso povo frustrou o plano", acrescentou.


Por seu lado, segundo a agência noticiosa iraniana Fars, o general Hossein Salami, chefe dos Guardas Revolucionários, exército ideológico do Irão, declarou em Qom, a cerca de 150 quilómetros a sudoeste de Teerão, que se está atualmente a assistir-se a "um posicionamento político no cenário mundial".


"Os Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França, Israel, Arábia Saudita e os seus aliados estão a preparar-se para lutar contra Deus, contra o seu profeta e os seus mártires. Esta é uma grande conspiração contra a nação. Algumas pessoas dentro do país tornaram-se marionetes do inimigo para destruir a nação iraniana", acrescentou.


Pelo menos 12 pessoas morreram na noite de quarta-feira em protestos e trocas de tiros em várias regiões do Irão
O caos dos protestos está a ser "explorado por grupos terroristas" para cometer um atentado na cidade de Izeh, no sul do Irão, noticiou a agência estatal iraniana IRNA.


Homens armados a conduzir motocicletas abriram fogo sobre populares e polícias no mercado central da cidade, matando pelo menos sete pessoas e ferindo 15.


Três suspeitos foram detidos pelo alegado envolvimento neste ataque, disse Ali Dehqani, chefe do Departamento de Justiça da província do Cuzistão, onde se encontra Izeh, de acordo com a agência de notícias Tasnim.


Num outro ataque, homens armados também montados em motocicletas dispararam contra as forças de segurança na cidade de Isfahan, no centro do Irão, e mataram dois basiji (milicianos islâmicos) e feriram oito.


Além disso, três pessoas morreram na cidade de Semirom, igualmente na província de Isfahan, em circunstâncias ainda desconhecidas.


Os protestos intensificaram-se desde terça-feira, na sequência de um apelo de ativistas para comemorar as mobilizações antigovernamentais de 2019, durante as quais foram mortas 300 pessoas, de acordo com a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional.


Estão a decorrer greves em várias cidades iranianas, mas é difícil conhecer o alcance deste movimento, dadas as limitações da Internet e a falta de informação oficial.


Pelo menos 326 pessoas, incluindo 43 menores, morreram no movimento de repressão policial, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo.


Além disso, cinco pessoas foram condenadas à morte pela participação nos protestos, enquanto cerca de duas mil foram acusadas de vários crimes por se manifestarem.




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'O beijo de Shiraz'. Foto torna-se no símbolo da revolução do Irão


Imagem mostra casal a beijar-se em público, algo proibido no Irão. Mulher não usava véu.

'O beijo de Shiraz'. Foto torna-se no símbolo da revolução do Irão



Um casal da cidade de Shiraz tornou-se no símbolo da revolução no Irão ao ser fotografado, na passada terça-feira, de mãos dadas e a dar um um beijo na boca em público, algo proibido no país.


A imagem, captada no meio no trânsito de Shiraz, enquanto decorria mais um protesto, está a emocionar internautas e a despertar reações um pouco por todo o mundo. Além do casal estar a dar um beijo em público, a jovem está sem hijab (véu).
Rapidamente, nas redes sociais, a fotografia, cujo o autor é desconhecido, foi intitulada de 'O beijo de Shiraz' e associada ao desejo de liberdade dos jovens iranianos.


Recorde-se que o Irão está sob manifestações há mais de três anos. Na terça-feira, milhares de pessoas saíram à rua para assinalar o aniversário do protesto de novembro de 2019, durante o qual morreram mais de 1.500 pessoas. Tragédia esta que foi apelidada pelos iranianos de 'Novembro Sangrento'.


Durante a manifestação de terça-feira morreram mais 12 pessoas, algo que tem sido uma constante neste país.


Há dois meses que os protestos se intensificaram, com a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos, que foi detida em Teerão por não estar a usar ‘corretamente’ o hijab. De acordo com os manifestantes, Mahsa ficou em coma e acabou por morrer depois de ser agredida pelas autoridades que efetuaram a sua detenção.


Os jovens lutam assim contra o governo de Teerão, pela liberdade e pelos seus direitos.



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Irão volta a ser cenário de novas manifestações e atos violentos


Centenas de pessoas voltaram a manifestar-se hoje nas localidades curdas do Irão, em protestos de novo marcados por episódios de violência e de repressão, dois meses após a morte de uma jovem curda iraniana.


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As manifestações coincidiram esta semana com o terceiro aniversário do chamado "novembro sangrento" de 2019, quando mais de 300 manifestantes, segundo a Amnistia Internacional (AI), foram mortos durante a repressão de uma onda de contestação no Irão motivada pelo aumento do preço dos combustíveis.



As autoridades do Irão continuam a confrontar-se com uma vaga de protestos desencadeada em setembro pela morte de Masha Amini, uma jovem curda iraniana, de 22 anos, detida pela polícia dos costumes por causa do alegado uso incorreto do véu islâmico.

Mahsa Amini foi agredida e detida pela chamada "polícia da moral" a 13 de setembro, em Teerão por, apesar de envergar o 'hijab' (véu islâmico), este deixar à vista parte do seu cabelo. Foi hospitalizada já em coma e morreria três dias depois, a 16 de setembro.

Hoje, segundo denunciou a Hengaw, uma organização não-governamental (ONG) de defesa dos curdos do Irão sediada na Noruega, um manifestante foi morto pelas forças de segurança em Bukan e dois outros em Sanandaj, onde os habitantes assinalaram, segundo a traição, o 40.º dia da morte de quatro ativistas mortos na repressão.

"Morte ao ditador", ecoaram os manifestantes em Sanandaj, segundo um vídeo divulgado, numa alusão ao guia supremo do Irão, `ayatollah` Ali Khamenei, segundo informou a agência francesa AFP.

Nesta mesma cidade, um coronel da polícia foi hoje morto após ser apunhalado, e um outro, também ferido com uma arma branca na quarta-feira, não resistiu aos ferimentos, segundo a agência oficial Irna.

Em Machhad (nordeste), dois paramilitares foram apunhalados até à morte quando tentavam intervir contra "agitadores que ameaçavam os comerciantes para os obrigar a fechar as suas portas", avançou a agência oficial.

Em Bukan, os "agitadores" destruíram e incendiaram bens públicos e incendiaram a sede do município antes da chegada da polícia, indicou ainda a Irna.

A ONG Hengaw também se refere a movimentos grevistas em quatro localidades do oeste do Irão, onde as forças de segurança terão morto dez manifestantes na quarta-feira. Entre estas cidades encontra-se Saghez, a cidade natal de Mahsa Amini no Curdistão iraniano.

Segundo um balanço emitido quarta-feira pela Iran Human Rights (IHR), uma ONG estabelecida em Oslo, pelo menos 342 pessoas foram mortas na repressão do movimento de contestação desencadeado em 16 de setembro passado.

Ainda na quarta-feira, e sem que possa ser estabelecida uma ligação com o atual movimento de contestação, dois ataques com arma automática, perpetrados em duas localidades diferentes por desconhecidos que se deslocavam de moto, provocaram dez mortos.

Em Izeh (sudoeste), sete pessoas, incluindo uma mulher e duas crianças, foram mortas por "terroristas" que dispararam sobre manifestantes e polícias, segundo os responsáveis.

Segundo um familiar de uma das crianças mortas, citado por uma emissora de rádio em persa financiada pelos Estados Unidos e com sede em Praga, terão sido as forças de segurança a efetuar o ataque.

Quatro horas mais tarde, em Ispahan (centro), a terceira cidade do Irão, dois desconhecidos de moto mataram um oficial da polícia e dois paramilitares, segundo os 'media' iranianos.

As autoridades qualificam os protestos que abalam o país como "tumultos", acusando os "inimigos" do Irão de procurar desestabilizar a República Islâmica.

Desde domingo, a justiça iraniana já condenou à morte cinco pessoas relacionadas com os "tumultos".

A Amnistia Internacional denunciou "a assustadora utilização da pena de morte para reprimir o levantamento popular com acrescida brutalidade".

Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abollahian, acusou Israel e os serviços de informações ocidentais de "planificarem" uma guerra civil no Irão.

E o general Hossein Salami, chefe dos Guardas da Revolução, o exército ideológico do Irão, acusou, por sua vez, "os Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França, Israel, Arábia Saudita e seis aliados" de uma "enorme conspiração contra a nação iraniana".




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Manifestantes incendeiam casa de histórico líder da revolução iraniana




A casa de Ayatollah Khomeini, responsável pela criação da república teocrática, passou a ser um museu e um dos principais marcos do regime.


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Milhares de iranianos continuam a sair às ruas para protestar contra o governo e contra o líder supremo, o Ayatollah Ali Khomeini, apesar da violenta opressão policial. Na noite de quinta-feira, os manifestantes atacaram um dos principais marcos do regime, ao incendiar a casa-museu do Ayatollah Khomeini, o histórico líder do país durante os anos 80.






Nas redes sociais, circulam vários vídeos do protesto junto à casa, na cidade de Khomein (assim denominada devido ao líder), com os iranianos a atirarem objetos contra a casa já em chamas.


O regime de Teerão diz que Khomeini nasceu naquela habitação, que foi tornada num museu de comemoração à vida do antigo líder e ao governo.


A autoridade regional de Khomein, citada pela BBC, afirmou a uma agência estatal de notícias que a situação estava normalizada e que a casa se mantinha aberta aos peregrinos.



No entanto, os vídeos demonstram uma situação completamente diferente, com dezenas de civis a celebrar o fogo e a destruição do monumento.



O Ayatollah Khomeini foi um dos mais importantes líderes no Médio Oriente durante o século XX. Em 1979, Khomeini liderou a revolução islâmica que depois o Shah, o ditador pró-Estados Unidos e pró-Ocidente, instaurando uma república teocrática - uma forma de governo no qual as leis do Estado se confundem com os dogmas da religião dominante, neste caso o Islão, e no qual o líder do país é o líder religioso.


Khomeini liderou o país durante dez anos, até à sua morte em 1989, dando lugar ao Ayatollah Ali Khameini, que é o líder supremo do Irão até hoje.


A fúria dos manifestantes iranianos contra o governo e contra o líder religioso surgiu a partir dos protestos pela morte de Mahsa Amini, a jovem curda de 22 anos que foi morta pela polícia por alegadamente não usar hijab.


Amini passou a ser um símbolo da resistência contra o regime, tanto das mulheres, que estão a ser alvo de medidas cada vez mais restritivas à sua liberdade, incluindo no vestuário, como da população em geral, farta do regime ditatorial. Apesar da forte repressão e de centenas de mortos em protestos contra a polícia, os iranianos continuam a sair à rua e, mais recentemente, têm mesmo pedido a "morte ao ditador".


Do lado das autoridades de Teerão, o governo continua a desvalorizar os protestos e a acusar os Estados Unidos, o Ocidente e a minoria curda (que é alvo de ataques no Irão e em vários países) de incentivarem os manifestantes e criarem desinformação.



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rão responsabiliza curdos por agitação interna e ameaça Iraque




Um comandante das Forças Armadas do Irão que visitou esta semana Bagdad ameaçou o Iraque com uma operação militar terrestre no norte daquele país se o exército iraquiano não fortificar a fronteira comum contra os grupos de oposição curdos.


Irão responsabiliza curdos por agitação interna e ameaça Iraque





Várias autoridades iraquianas e curdas, citadas pela agência noticiosa Associated Press (AP), indicaram que tal ofensiva, se realizada, teria contornos graves e sem precedentes no Iraque e levantaria o espetro de consequências regionais da agitação interna em curso no Irão, que Teerão tem vindo a retratar como uma conspiração estrangeira sem oferecer provas.



O aviso foi feito durante esta semana às autoridades iraquianas e curdas em Bagdad pelo comandante da Força al-Quds do Irão, uma unidade de elite dentro da Guarda Revolucionária iraniana, Esmail Ghaani, que chegou à capital iraquiana na segunda-feira para uma visita não anunciada de dois dias.


O regime de Teerão alega que vários grupos da oposição curda há muito exilados no norte do Iraque estão a incitar os protestos antigovernamentais no Irão, ao mesmo tempo que favorecem o contrabando de armas para o país, embora nunca tenha apresentado evidências das alegações, negadas também pelos próprios curdos.


A AP refere que "não está claro" o quão sério é o aviso do Irão, mas coloca Bagdad "numa situação difícil", pois é a primeira vez que autoridades iranianas ameaçam publicamente com uma operação terrestre após meses de tensões transfronteiriças e pedem ao Iraque que desarme grupos de oposição ativos dentro do país.


No entanto, destaca a AP, as autoridades iraquianas disseram em particular que não veem nenhuma evidência que apoie as alegações do Irão contra os grupos curdos.


O Irão está a ser palco de uma onda de protestos desencadeada pela morte em Teerão, a 16 de setembro, da jovem curda de 22 anos Mahsa Amini, três dias depois de violentamente agredida e detida pela "polícia da moral" por infringir o rígido código de vestuário feminino.


Segundo várias organizações não-governamentais (ONG), na sequência dos protestos - classificados pelas autoridades iranianas como "motins" -, as forças de segurança do Irão já prenderam mais de 15.000 manifestantes.


O Irão tem denunciado uma intromissão estrangeira para instigar os protestos e apontou o dedo aos grupos curdos de oposição no norte do Iraque, considerando que estão diretamente envolvidos na agitação civil, com o apoio de Israel.


Teerão tem efetuado repetidamente ataques com mísseis contra as bases dos grupos dentro do Iraque, havendo indicações, não oficiais, de que terão matado mais de uma dezena de curdos e ferindo muitos mais.


Ghaani chegou a Bagdad um dia depois do último ataque iraniano contra bases da oposição em Koya, na província de Irbil, no qual pelo menos três pessoas morreram.


Além de uma reunião com o Presidente e primeiro-ministro do Iraque, Abdul Latif Rashid (natural do Curdistão) e Mohammed Shia al-Sudani, respetivamente, Ghaani também esteve com outros líderes da aliança do Quadro de Coordenação, e com fações de diferentes milícias apoiadas pelo Irão.


Sudani, por sua vez, chegou ao poder como o candidato escolhido pelo Quadro de Coordenação, uma aliança composta principalmente por partidos apoiados pelo Irão.


As exigências de Ghaani são essencialmente duas: desarmar as bases dos grupos de oposição curda iraniana no norte do Iraque e fortalecer as fronteiras com tropas iraquianas para evitar infiltrações.


Se Bagdad não atender às exigências, o Irão lançaria uma operação militar com forças terrestres e continuaria a bombardear as bases da oposição, disse Ghaani aos dirigentes iraquianos, segundo explicaram à AP figuras políticas xiitas, que pediram anonimato.


A área de preocupação do Irão está sob a autoridade da região semi-autónoma curda e exigiria que Bagdad negociasse uma coordenação conjunta.


Os partidos curdos de oposição, embora reconheçam laços profundos com áreas curdas no Irão, também negam que estejam a contrabandear armas para apoiar os manifestantes e os protestos no território iraniano.


Mahsa Amini, a jovem que morreu sob custódia policial, era da cidade curda de Saqqez, onde começaram os protestos contra o regime do 'ayatollah' Ali Khamenei, em setembro.


Os partidos curdos de oposição sustentam que o seu envolvimento não vai além de oferecer apoio moral, aumentar a consciencialização e fornecer assistência médica aos manifestantes feridos que chegam do Irão.


Soran Nuri, um dos principais membros do Partido Democrático do Curdistão no Irão (KDPI), também citado pela AP, disse estar ciente das exigências do Irão, mas garantiu que nunca a formação polícia contrabandeou armas para qualquer país.


"Esperamos que (a região curda) não sucumba a essas ameaças", afirmou.


As autoridades de segurança iraquianas tentaram repetidamente persuadir Teerão de que nenhuma arma está a ser contrabandeada do Iraque para o Irão, mas Teerão "ignora essa garantia", referiu ainda à AP, um alto funcionário curdo, também sob anonimato.


Alguns grupos curdos estão envolvidos num conflito de baixa intensidade com Teerão desde a Revolução Islâmica Iraniana de 1979, levando muitos membros a procurar o exílio político no vizinho Iraque, onde estabeleceram bases.



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Pelo menos três manifestantes mortos pelas forças de segurança iranianas




Pelo menos três manifestantes foram mortos hoje pelas forças de segurança iranianas no noroeste do país durante os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, denunciou a organização não-governamental Hengaw.


Pelo menos três manifestantes mortos pelas forças de segurança iranianas






"As forças repressivas do governo abriram fogo contra os manifestantes na cidade de Divandarreh, matando pelo menos três civis", disse à AFP a ONG, com sede na Noruega.


O grupo de defesa curdo Hengaw também denunciou hoje à AFP que membros das forças de segurança iranianas dispararam contra a família de um manifestante morto, ferindo pelo menos cinco dos seus membros.


"Ontem à noite [sexta-feira], membros da Guarda Revolucionária [da República Islâmica] atacaram o hospital Shahid Gholi Pur, em Boukan, pegaram no cadáver de Shahryar Mohammadi e enterraram-no num local secreto", disse fonte da organização não-governamental à AFP
O Irão tem sido abalado por uma vaga de protestos desde a morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, detida três dias antes pela polícia da moralidade por alegadamente violar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.


Denunciando "motins" orquestrados por forças estrangeiras, as autoridades iniciaram uma ofensiva e detiveram mais de 15.000 manifestantes, segundo uma ONG, várias das quais foram condenadas à morte.


Nas últimas semanas, funerais de manifestantes mortos na repressão têm dado muitas vezes origem a comícios para denunciar a morte de Mahsa Amini, e mais genericamente para desafiar o governo, refere a AFP.



Para evitar as manifestações, as forças de segurança iranianas estão agora a levar os corpos dos manifestantes que mataram para serem sepultados, acusam os ativistas.


Também no noroeste do país, as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes em Divandarreh, ferindo várias pessoas, segundo a Hengaw.


Pelo menos 342 pessoas foram mortas na repressão dos protestos, segundo a ONG iraniana de Direitos Humanos (TIC), com sede em Oslo.



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Irão volta a bombardear grupos da oposição curda no Curdistão iraquiano


O Irão voltou hoje a bombardear grupos de oposição curda iraniana instalados no vizinho Curdistão iraquiano, matando um combatente destas fações, acusadas por Teerão de instigarem protestos no país.


Irão volta a bombardear grupos da oposição curda no Curdistão iraquiano







Os ataques com mísseis e 'drones' [veículos aéreos não tripulados] aconteceram uma semana depois de Teerão ter realizado ataques semelhantes contra estes grupos, instalados há décadas na região autónoma do Curdistão, no norte do Iraque.


Tanto o Partido Democrático Curdistão do Irão (PDKI), como o grupo nacionalista curdo iraniano Komala confirmaram os bombardeamentos.
"Os Guardas da Revolução do Irão bombardearam novamente os partidos curdos iranianos", disseram os serviços antiterroristas do Curdistão iraquiano, sem mencionar o número de baixas.


A agência estatal iraquiana INA também noticiou bombardeamentos iranianos, mencionando "ataques com mísseis e drones" contra "três partidos iranianos da oposição no Curdistão iraquiano".


O PDKI confirmou que tinha sido alvo em Koya (Koysinjaq) e Jejnikan, perto de Erbil, a capital regional do Curdistão, de "ataques de mísseis e drones".


"Estes ataques indiscriminados surgem numa altura em que o regime terrorista iraniano é incapaz de impedir os protestos em curso no Curdistão iraniano", adiantou o partido curdo mais antigo do Irão, fundado em 1945.


Já a 14 de novembro, bombardeamentos semelhantes contra grupos de oposição curdos iranianos causaram um morto e oito feridos no Curdistão iraquiano. Também tinham ocorrido ataques mortíferos a 28 de setembro.


As autoridades iranianas acusam estes grupos de oposição, há muito na sua mira, de instigarem a agitação no Irão, que enfrenta manifestações desde a morte, a 16 de Setembro, da jovem curda iraniano Mahsa Amini, detida pela polícia em Teerão.


Instaladas no Iraque desde os anos 1980, estas fações curdas iranianas são descritas como "terroristas" pela República Islâmica, que as acusa de ataques ao território.


O último bombardeamento iraniano ocorreu apenas um dia depois de ataques aéreos turcos no Curdistão iraquiano contra bases dos rebeldes curdos turcos do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (ilegalizado).


Considerada uma organização terrorista por Ancara, mas também pelos aliados ocidentais, o PKK tem estado numa luta armada contra o Governo turco desde meados dos anos de 1980. Há décadas que tem bases no norte do Iraque.



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Sexta condenação à morte no Irão por protestos contra uso do véu islâmico


O Tribunal Revolucionário de Teerão condenou hoje um sexto arguido à morte pela participação nos protestos contra o uso obrigatório do véu islâmico, informou a Mizan Online, agência noticiosa da Autoridade Judicial.

Sexta condenação à morte no Irão por protestos contra uso do véu islâmico







Oarguido foi considerado culpado de ter "puxado de uma faca com a intenção de matar, de semear o terror, de criar insegurança na sociedade durante os recentes motins", explica a Mizan Online.


O tribunal decidiu que o condenado era um 'mohareb' ('inimigo de Deus' em persa)", acrescentou a agência.


Nos últimos dias, outros cinco "desordeiros" -- conforme a classificação das autoridades judiciais iranianas -, também foram condenados à morte pelo Tribunal Revolucionário.


Os arguidos podem recorrer da sentença para o Supremo Tribunal.


A República Islâmica do Irão foi abalada por uma onda de protestos desde a morte, em 16 de setembro passado, de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos que estava detida pela polícia moral por quebrar o rígido código de vestuário para as mulheres no país.


As autoridades denunciam "motins" incentivados pelo Ocidente e prenderam milhares de pessoas.




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Irão: Mais de 70 mortos em manifestações numa semana


A organização não-governamental Iran Human Rights (IHR) afirmou hoje que as forças de segurança iranianas mataram 72 pessoas, 56 das quais em regiões curdas, durante a última semana de repressão de manifestações contra o regime.


Irão: Mais de 70 mortos em manifestações numa semana







Obalanço total ascende a 416 mortos desde o início do movimento de contestação desencadeado no Irão a 16 de setembro pela morte de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos violentamente agredida e detida pela "polícia da moral", encarregada de fazer cumprir o rígido código de vestuário feminino.


A "polícia da moral" considerou que a jovem estava a infringir esse código, porque, embora envergasse o 'hijab' (véu islâmico), este deixava ver parte do seu cabelo. No mesmo dia em que foi detida em Teerão, 13 de setembro, foi transportada para o hospital em coma e morreria três dias depois.


Entre os participantes mortos nos protestos realizados em mais de dois meses em todo o país, contam-se 51 crianças e 21 mulheres, segundo a IHR, com sede em Oslo.


Na última semana, a maioria das mortes ocorreu nas regiões curdas do oeste do Irão, para onde Teerão enviou reforços devido à intensificação da contestação popular.


Realizaram-se manifestações em várias cidades -- Mahabad, Javanrud e Piranchahr -, muitas vezes relacionadas com cerimónias fúnebres de pessoas mortas pelas forças da ordem durante protestos anteriores.


O grupo Hengaw, de defesa dos direitos dos curdos do Irão, igualmente sediado na Noruega, acusou as autoridades de terem disparado munições reais sobre os manifestantes.


De acordo com o Hengaw, cinco pessoas foram mortas na segunda-feira em Javanrud, onde se tinham concentrado vários milhares de pessoas para prestar homenagem às vítimas do fim de semana.



Por seu lado, o NetBlocks, um 'site' com sede em Londres que observa os bloqueios da internet em todo o mundo, indicou que o acesso à internet esteve bloqueado "durante três horas e meia" na segunda-feira, na altura em que decorreram essas manifestações, mas também durante o jogo do Mundial no qual os jogadores de futebol da seleção iraniana não cantaram o hino nacional.



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Teerão rejeita "credibilidade moral" internacional sobre protestos


Teerão acusou hoje os países ocidentais de "falta de credibilidade moral", referindo-se aos Estados que pedem à ONU uma investigação internacional sobre a sangrenta repressão contra os protestos no Irão.


Teerão rejeita credibilidade moral internacional sobre protestos







"Os direitos do povo iraniano têm sido amplamente violados pelos chamados campeões dos direitos humanos devido à imposição de sanções unilaterais pelo regime norte-americano e à implementação destas sanções cruéis por países europeus, especialmente pela Alemanha, o Reino Unido e pela França", disse Khadijeh Karimi, representante de Teerão na reunião de urgência do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra.


O conselho de 47 estados-membros foi convocado para analisar uma proposta, apresentada pela Alemanha e Islândia e apoiada por dezenas de outros países, no sentido da criação de uma equipa de investigadores independentes para monitorizarem os direitos humanos no Irão numa altura em que se agrava a repressão contra os protestos.


As manifestações foram desencadeados pela morte, há mais de dois meses, de Mahsa Amini, 22 anos, que morreu sob a custódia da polícia por violar o código sobre o vestuário islâmico, obrigatório no país.


A sessão que decorre em Genebra é o mais recente esforço internacional no sentido de pressionar o Irão sobre a repressão, que já levou a sanções internacionais, entre outras medidas.




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Mahsa Amini. Adepto escoltado e manifestante em 'lágrimas de sangue'


Mahsa Amini. Adepto escoltado e manifestante em 'lágrimas de sangue'









O Irão ganhou nos últimos minutos, esta sexta-feira, frente ao País de Gales, em Doha, no Qatar.


Apesar de ter 'enjaulado' o Dragão Vermelho com duas bolas a zero, nas bancadas houve uma outra dupla que não tinha motivos para festejar.


De acordo com a Reuters, um adepto iraniano foi escoltado pela segurança do estádio depois de se manifestar contra o governo do país, e de mostrar uma bandeira que dizia 'Women, Life, Freedom' [Mulheres, Vida, Liberdade].


Um dos responsáveis da organização do Mundial disse, quando questionada pela agência de notícias sobre a razão que levou à detenção, que o homem tinha um objeto proibido - sem especificar qual era.


A seu lado estava também uma iraniana que levou uma camisola com o nome de Mahsa Amini, a jovem que morreu sob escolta policial no Irão, após não ter cumprido com as regras em relação ao uso do hijab. O momento do protesto ocorreu antes do jogo, e a adepta, também com uma pintura a representar lágrimas de sangue, foi interpelada por um dos seguranças.


Já no primeiro jogo deste Mundila'2022, os jogadores iranianos não cantaram o hino, criando um burburinho nas bancadas, com adeptos a apoiá-los e a não cantar o hino em forma de protesto - e na defesa dos direitos das mulheres - e outros a vaiarem os atletas. Desta vez, os jogadores cantaram o hino nacional.



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Unidades blindadas avançam em direção às regiões curdas no Irão


Unidades blindadas e forças especiais da Guarda Revolucionária do Irão foram enviadas para as regiões curdas do país, palco de recentes escaramuças envolvendo fações armadas da oposição, anunciou hoje o comandante das forças terrestres das forças iranianas.

Unidades blindadas avançam em direção às regiões curdas no Irão







"Neste momento, unidades blindadas e forças especiais do exército da Guarda Revolucionária estão a partir para as fronteiras oeste e noroeste do país. Este movimento de forças terrestres visa reforçar as unidades localizadas na fronteira e impedir a infiltração de grupos terroristas filiados em organizações separatistas que operam no norte do Iraque", disse o general Mohammad Pakpour à agência noticiosa local Tasnim.


Terça-feira, o general Pakpour "aconselhou" os residentes das "áreas adjacentes às bases dos grupos terroristas" a abandonarem-nas para não serem feridos durante as operações da Guarda Revolucionária, o exército ideológico iraniano.


Desde domingo, e por duas vezes, a Guarda Revolucionária alvejou com mísseis e 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) suicidas bases de vários grupos armados da oposição curda iraniana, estabelecidos há décadas no Curdistão iraquiano.


Teerão tem defendido que os ataques de que tem sido alvo são realizados por "grupos infiltrados do Iraque", acusando-os também de estarem a encorajar as manifestações que estão a abalar o Irão desde que, a 16 de setembro, foi conhecida a morte da jovem curda Mahsa Amini, de 22 anos, que fora detida pela polícia da moralidade iraniana por alegado uso incorreto do 'hijab', o véu islâmico.


Quinta-feira, numa carta enviada ao Conselho de Segurança da ONU, Teerão justificou os bombardeamentos no Curdistão iraquiano alegando que "não tem outra opção" para se proteger os "grupos terroristas".


No mesmo dia, o Conselho de Direitos Humanos da ONU a criação de uma missão de inquérito independente para "recolher e analisar provas" de violações dos direitos humanos na repressão, que já causou mais de 300 mortos, incluindo 40 crianças, e quase 15 mil detidos.


A resolução que inclui este novo mecanismo de investigação foi aprovada com 25 votos a favor, 16 abstenções e seis contra, incluindo a China, que tinha tentado, em vão, que o texto que aludia à criação da missão fosse retirado.


Já hoje, Teerão disse que não reconhece a missão independente aprovada pela ONU para investigar possíveis violações das liberdades fundamentais nos protestos desencadeados após a morte de Mahsa Amini.


"A República Islâmica do Irão considera a formação de qualquer mecanismo para examinar os acontecimentos dos últimos dois meses no Irão desnecessária e uma violação da soberania nacional e não reconhece a missão estabelecida para este fim", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.


O Irão condenou e rejeitou a resolução "imposta por alguns países ocidentais ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU" e defendeu as ações face às manifestações que exigiam o fim da República Islâmica.


Nos dias seguintes à morte de Mahsa Amini, os protestos contra o uso da força no Irão foram dando lugar a manifestações de apoio às mulheres, cada vez maiores e em mais cidades, e foram-se estendendo às denúncias de atuação da Guarda Revolucionária iraniana.


As autoridades responderam com uma forte repressão policial, nos quais pelo menos 342 pessoas foram mortas, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights, com sede em Oslo.


Além disso, mais de 15 mil pessoas foram detidas nas manifestações, das quais pelo menos duas mil acusadas de vários delitos pela participação nos protestos.


Até agora, seis dos acusados foram condenados à morte.


O Governo iraniano acusou os Estados Unidos, Israel e países europeus de tentarem provocar uma guerra civil a fim de desintegrar o país persa.


Teerão também aponta o dedo a países europeus como a Alemanha, cuja embaixada está alegadamente no centro da conspiração, segundo alguns meios de comunicação locais, e a França, acusada de enviar espiões para fomentar os protestos.



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Líder Supremo elogia milícia islâmica no combate aos protestos


O Líder Supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, elogiou hoje a 'Basiji', a milícia islâmica composta por voluntários que atua como força de choque contra os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini em meados de setembro.


Irão. Líder Supremo elogia milícia islâmica no combate aos protestos



"Eles (os Basiji) sacrificaram as suas vidas para nos proteger dos manifestantes", disse Khamenei numa reunião com membros da milícia islâmica, destacando que a milícia tem desempenhado um papel importante quer no "campo de batalha" quer pelo trabalho "na ciência e na religião".


Subordinada à Guarda Revolucionária, unidade de elite das foças iranianas, a organização Basiji conta com cerca de cinco milhões de voluntários, que não recebem salário e desempenham diversas funções, desde socioculturais e religiosas até a aplicação das rígidas regras de comportamento e controlo de protestos.


Em conjunto com a Polícia, a milícia tem sido o órgão encarregado de tentar controlar os protestos que abalam o Irão desde a morte de Amini, três dias após ter sido detida pela polícia da moralidade iraniana por uso incorreto do 'hijab', o véu islâmico.


As manifestações e os protestos começaram com a morte da jovem curda de 22 anos, mas evoluíram e agora os manifestantes pedem o fim da República Islâmica fundada pelo ayatollah Ruhollah Khomeini, em 1979.


A milícia islâmica tem atuado como polícia de choque em protestos de rua, mas também tem tentado impedir mobilizações em universidades, como quando, em outubro, várias faculdades desafiaram a segregação por sexo, ao comerem em conjunto nos respetivos refeitórios.


Na forte repressão policial aos protestos, dos quais os Basiji fazem parte, pelo menos 342 pessoas foram mortas, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights (KHR), com sede em Oslo.


As autoridades iranianas, por sua vez, afirmaram que cerca de 50 membros das forças de segurança, entre eles cerca de uma dúzia de Basijos, morreram nas manifestações.


Além disso, mais de 15.000 pessoas foram presas nas mobilizações, das quais pelo menos 2.000 foram acusadas de vários crimes pela participação nas manifestações. Na quinta-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU anunciou a criação de uma missão de inquérito independente para "recolher e analisar provas" de violações dos direitos humanos na repressão.


A resolução que inclui este novo mecanismo de investigação, já rejeitada pelo Irão, foi aprovada com 25 votos a favor, 16 abstenções e seis contra, incluindo a China, que tinha tentado, em vão, que o texto que aludia à criação da missão fosse retirado.


O Governo iraniano acusa os Estados Unidos, Israel e países europeus de tentarem provocar uma guerra civil a fim de desintegrar o país persa.


Teerão também aponta o dedo a países europeus como a Alemanha, cuja embaixada está alegadamente no centro da conspiração, segundo alguns meios de comunicação locais, e a França, acusada de enviar espiões para fomentar os protestos.



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"Deixem de apoiar este regime assassino", apela sobrinha de líder do Irão


"Ó povo livre, estejam connosco e digam aos vossos governos que deixem de apoiar este regime criminoso e assassino de crianças", apelou a sobrinha do líder supremo do Irão.

Deixem de apoiar este regime assassino, apela sobrinha de líder do Irão



Farideh Moradkhani, sobrinha do líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei, apelou, no sábado, aos governos estrangeiros que “deixem de apoiar” o “regime assassino” do Irão.


Em causa está a violenta repressão policial face aos protestos que assolam o país há cerca de dois meses, desencadeados pela morte de Mahsa Amini.


A posição de Moradkhani - filha de Badri Khamenei, irmã do líder do Irão - foi divulgada através de um vídeo, amplamente partilhado nas redes sociais, após a organização não-governamental (ONG) Human Rights Activists News Agency (HRANA), ter revelado que a mulher foi detida na passada quarta-feira, dia 23 de novembro.


“Ó povo livre, estejam connosco e digam aos vossos governos que deixem de apoiar este regime criminoso e assassino de crianças”, disse Moradkhani no vídeo, citada pela agência de notícias Reuters. “Este regime não é leal a nenhum dos seus princípios religiosos e não conhece quaisquer regras excepto a força e a manutenção do poder”.


“Agora é o momento de todos os países livres e democráticos recordarem os seus representantes do Irão como um gesto simbólico e expulsarem os representantes deste regime brutal dos seus países”, acrescentou.


A conhecida ativista, que já esteve detida em duas ocasiões por críticas ao regime, lançou ainda ‘farpas’ à Organização das Nações Unidas (ONU). “Que mais fizeram as Nações Unidas face a esta clara e óbvia opressão que é perpetrada sobre corajosos iranianos, exceto algumas expressões de pesar e declarações curtas e ineficazes?”, questionou.


Moradkhani frisou que os iranianos não precisam de uma intervenção estrangeira, uma vez que são capazes de derrubar o regime sem ajuda exterior. No entanto, precisam que os governos estrangeiros “não apoiem o regime”.


Os iranianos livres e corajosos derrubarão este regime opressivo. O que é necessário é que [os de fora] não apoiem o regime”, disse.


O vídeo foi partilhado na plataforma Youtube pelo irmão da ativista, Mahmoud Moradkhani, que afirma ser um “opositor da República Islâmica”.








O pai de ambos, Ali Moradkhani Arangeh, que morreu no passado mês de outubro, passou também anos exilado devido à sua postura contra a República Islâmica.

As manifestações e os protestos começaram com a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial por não usar corretamente o véu islâmico, mas evoluíram e agora os manifestantes pedem o fim da República Islâmica fundada pelo ayatollah Ruhollah Khomeini, em 1979.


Na forte repressão policial aos protestos, pelo menos 342 pessoas foram mortas, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights (KHR), com sede em Oslo. As autoridades iranianas, por sua vez, afirmaram que cerca de 50 membros das forças de segurança morreram nas manifestações.


Além disso, mais de 15.000 pessoas foram presas nas mobilizações, das quais pelo menos 2.000 foram acusadas de vários crimes pela participação nas manifestações.




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Atriz iraniana presa em Teerão por apoiar protestos libertada sob caução


As autoridades de Teerão libertaram sob caução no domingo a célebre atriz iraniana Hengameh Ghaziani, indicaram hoje duas agências de notícias, uma semana após ter sido presa por apoiar a contestação ao regime.

Atriz iraniana presa em Teerão por apoiar protestos libertada sob caução





ARepública Islâmica enfrenta manifestações de protesto desencadeadas depois da morte de Mahsa Amini, uma cidadã curda iraniana de 22 anos, presa pela polícia sob a acusação de não cumprir as regras obrigatórias sobre vestuário impostas às mulheres iranianas.


As autoridades de Teerão acusam o "Ocidente" de provocar os movimentos de contestação.


A atriz Hengameh Ghaziani foi libertada no domingo "sob a ordem das autoridades judiciárias", noticiou a agência oficial Irna.
De acordo com a agência de notícias Tasmin, a atriz foi libertada sob caução.


Hengameh Ghaziani foi detida no dia 20 de novembro por incitamento às manifestações e por ter contactado meios de comunicação social da oposição ao regime, de acordo com a Irna.


A atriz publicou na conta que mantém na rede social Instagram imagens vídeo registadas numa rua de Teerão em que aparece sem o véu obrigatório, e sem falar, penteando depois o cabelo tal como fazem as mulheres iranianas que se manifestam desde a morte da jovem Amini.


Com 52 anos, a atriz venceu duas vezes o prémio de melhor atriz no festival de cinema de Teerão, em 2008 e 2012.


No sábado, os jornais locais publicaram a notícia da libertação do conhecido futebolista curdo Voria Ghafouri, que tinha sido interpelado "por promover propaganda" contra o Estado.



A mulher de Ghafouri desmentiu pouco depois, nas redes sociais, as notícias sobre a libertação.


As autoridades prenderam milhares de pessoas na sequência das manifestações no Irão, incluindo personalidades ligadas ao cinema, política e desporto do Irão.



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Irão. Membro dos Guardiães da Revolução morto a tiro no centro do país


Um membro dos Guardiães da Revolução, o exército ideológico do Irão, foi hoje morto a tiro em Ispahan, centro do país, afirmou o adjunto do governador local, citado pela agência noticiosa estatal iraniana Irna.

Irão. Membro dos Guardiães da Revolução morto a tiro no centro do país



Mohammad-Reza Jannessari, sem adiantar mais pormenores, indicou que o elemento das forças de segurança foi abatido num ataque armado perpetrado por desconhecidos e que foi já instaurado um inquérito para identificar os autores.


Em meados de novembro, em Ispahan, dois desconhecidos que seguiam numa motocicleta dispararam armas automáticas contra agentes da segurança local, matando um coronel da polícia e dois paramilitares.


O ataque de hoje ocorre numa altura em que a República Islâmica do Irão está a ser abalada por uma onda de protestos desde a morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos, três dias depois de ter sido detida pela Polícia da Moralidade por violar o estrito código de vestimenta do Irão.


Dezenas de pessoas, principalmente manifestantes, mas também membros das forças de segurança, foram mortas desde o início do protesto, segundo as autoridades.



Desde o início dos protestos, pelo menos 426 pessoas foram mortas e mais de 17.400 foram detidas, de acordo com os Human Rights Activists in Iran (Ativistas dos Direitos Humanos no Irão), grupo que monitoriza o movimento de contestação em curso, segundo o qual pelo menos 55 membros das forças de segurança iranianas foram também mortos.



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Mais de 700 detidos libertados no Irão após vitória sobre Gales


Mais de 700 prisioneiros foram libertados hoje no Irão após a vitória, sexta-feira, da seleção iraniana sobre o País de Gales, em jogo da segunda jornada do Grupo B do Campeonato do Mundo de Futebol, que decorre no Qatar.


Mais de 700 detidos libertados no Irão após vitória sobre Gales




Adecisão foi anunciada hoje pela agência para a autoridade judiciária iraniana, que lembra que, depois de perder por 2-6 com a Inglaterra na primeira jornada, a seleção iraniana, treinada pelo português Carlos Queirós, venceu sexta-feira o País de Gales por 2-0 e defrontará terça-feira os Estados Unidos.


Em caso de vitória, o Irão ficará apurado para os oitavos de final da prova.


"Na sequência de uma ordem especial do Chefe da Magistratura decretada após a vitória da seleção nacional de futebol [...] sobre a do País de Gales, foram libertados 709 reclusos de diferentes estabelecimentos prisionais do país", especifica a agência.


Segundo a Irna, entre os que foram libertados estão "algumas pessoas presas durante os últimos acontecimentos", acrescentou a Irna sem avançar mais pormenores.


Por "acontecimentos", a agência noticiosa refere-se aos protestos desencadeados pela morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos que morreu três depois de ter sido detida pela Polícia da Moralidade por, supostamente, quebrar o código de vestimenta estrito do país ao usar incorretamente o 'hijab', ou véu islâmico.


Teerão, que considera a maioria das manifestações como "motins", acusa "forças estrangeiras" de estarem por trás do movimento de protestos com o intuito de desestabilizar a República Islâmica.


Desde o início dos protestos, pelo menos 426 pessoas foram mortas e mais de 17.400 foram detidas, de acordo com os Human Rights Activists in Iran (Ativistas dos Direitos Humanos no Irão), grupo que monitoriza o movimento de contestação em curso, segundo o qual pelo menos 56 membros das forças de segurança iranianas foram também mortos.




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Sobrinha do guia supremo pede ao mundo para cortar laços com Teerão


A sobrinha do 'ayatollah' Ali Khamenei, guia supremo do Irão, lançou um apelo para que as pessoas pressionem os governos internacionais a cortar os laços com Teerão, depois da violenta repressão de protestos antigovernamentais, avançaram hoje às agências internacionais.


Irão. Sobrinha do guia supremo pede ao mundo para cortar laços com Teerão



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Num vídeo publicado 'online' pelo seu irmão, que vive em França, Farideh Moradkhani, que está detida desde quarta-feira, exortou as "pessoas conscientes do mundo" a apoiarem os manifestantes iranianos.

O vídeo foi partilhado esta semana, dias depois da divulgação da detenção de Farideh Moradkhani, engenheira e ativista de longa data cujo pai, que já morreu e foi casado com a irmã do Khamenei, era uma figura proeminente da oposição iraniana.

"Peço ao povo consciente do mundo que nos apoie e peça aos seus governos que não reajam com palavras e 'slogans' vazios, mas com ação real e parem com quaisquer relações com este regime", pediu a ativista na declaração em vídeo, citada pela agência Associated Press (AP).



Os laços familiares ao 'ayatollah' Ali Khamenei não têm impedido Farideh Moradkhani de expressar a sua opinião.


O ramo da família a que pertence opõe-se a Khamenei há décadas e Moradkhani já foi detida em outras ocasiões pelo seu ativismo.


É a segunda vez, desde o início de 2022, que é detida.


Os protestos no Irão, agora no terceiro mês e desencadeados pela morte em setembro de uma jovem iraniana curda, têm enfrentado uma violenta repressão por parte das forças de segurança do regime de Teerão, que têm usado munições reais, balas de borracha e gás lacrimogéneo para travar as manifestações.


Esta vaga de protestos foi desencadeada pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da chamada polícia da moral em Teerão, por ter alegadamente violado o rígido código de vestuário imposto às mulheres na República Islâmica.


Pelo menos 451 pessoas já foram mortas, incluindo 63 menores, e outras 18.173 foram detidas, de acordo com o observatório de defesa dos direitos humanos HRANA.


Apesar da repressão, as manifestações prosseguem em várias cidades do Irão.


O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas votou, na semana passada, a favor da criação de uma missão para investigar a repressão violenta dos protestos.


O Irão já disse que não cooperará com nenhuma missão de investigação da ONU, em declarações feitas hoje pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kanaani.



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