Tudo Relacionado com "Justiça" Portuguesa

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Relatório do MAI revela Aumento da Criminalidade

Relatório do MAI revela Aumento da Criminalidade

O Ministério da Administração Interna (MAI) apresentou publicamente o Relatório Anual de Segurança Interna referente a 2008. O número de ocorrências participadas às forças de segurança registou um aumento de 29.426 casos em relação ao ano de 2007.http://www.portaldocidadao.pt/Porta...d&post={5CB2F371-5AF1-471C-8CB2-366BA14F9801}
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Numa cerimónia presidida pelo Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, foi apresentado o Relatório Anual de Segurança Interna referente a 2008 que, entre outros aspectos, traça o panorama da criminalidade em Portugal, com base nas ocorrências participadas a GNR, PSP e Polícia Judiciária.
De acordo com o documento do MAI, o número de ocorrências participadas registou, em relação a 2007, um aumento de 7,5%, sobretudo devido a situações de violência doméstica e condução com excesso de álcool, responsáveis por 25% do aumento global.
A distribuição das ocorrências no território nacional permite verificar que Aveiro, Braga, Faro, Lisboa, Porto e Setúbal representam, no conjunto, quase 75% do total de crimes. Sendo que, no contexto europeu, Portugal está entre os países com os índices mais baixos de criminalidade, registando uma média de 37,2 crimes por mil habitantes, quando a média europeia (UE-15) atinge 70,4 registos por mil cidadãos.
Data: 27-03-2009
Fonte: Portais do Cidadão e da Empresa com MAI
 

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Novo Julgado de Paz inicia Funções a 3 de Abril

Novo Julgado de Paz inicia Funções a 3 de Abril

A Portaria n.º 334/2009, emitida pelo Ministério da Justiça, aprovou a instalação do Julgado de Paz do Agrupamento dos Concelhos de Oleiros, Mação, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei, bem como o respectivo Regulamento Interno. O serviço começará a funcionar a partir de dia 3 de Abril.http://www.portaldocidadao.pt/Porta...d&post={495C40FB-6C9F-456D-9CBA-52B12A9CC343}
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No âmbito do Plano de Acção para o Descongestionamento dos Tribunais II (PADT II), a Portaria n.º 334/2009, de 2 de Abril, vem dar continuidade ao Decreto-Lei n.º 60/2009 e aprova a instalação e respectivo Regulamento Interno do Julgado de Paz no Agrupamento dos Concelhos de Oleiros, Mação, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei.
De acordo com o diploma, o novo Julgado de Paz situa-se na Praça de Mattos Silva Neves, em Vila de Rei, e funciona de segunda a sexta-feira, entre as 14:00h e as 17:30h, visando “resolver litígios muito directamente relacionados com a vida dos cidadãos, de forma mais simples, rápida e próxima, mas com todas as garantias da decisão de um tribunal".
Em concreto, os Julgados de Paz "julgam frequentemente conflitos em matéria de arrendamento, condomínio, pequenas dívidas e demarcação de prédios”, refere o Ministério da Justiça, avançando que a procura tem vindo a aumentar e já atingiu "25.000 processos entrados”.
Data: 02-04-2009
Fonte: Portais do Cidadão e da Empresa com Ministério da Justiça
 

migel

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Novo Mapa Judiciário arranca em Três Comarcas

A nova Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais, que introduz um novo mapa judiciário no país, arranca no dia 14 de Abril em três comarcas-piloto durante um período experimental de dois anos.http://www.portaldocidadao.pt/PORTA...d&post={2EB6B50C-D21E-465E-8306-7312ED9F6B4E}
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Antes de ser alargado a todo o país, o novo mapa judiciário será testado nas comarcas do Alentejo Litoral, Grande Lisboa Noroeste e Baixo Vouga e vai introduzir uma nova matriz territorial, um novo modelo de competências e um novo modelo de gestão dos tribunais, de modo a assegurar uma maior qualidade de resposta judicial aos cidadãos e às empresas.
Segundo a informação disponibilizada no site do Ministério da Justiça (MJ), esta proposta “qualifica a solução judicial e melhora a capacidade de resposta através da extensão a todo o país de serviços de justiça especializada, antes apenas concentrados nas principais zonas urbanas”.
Data: 14-04-2009
Fonte: Portais do Cidadão e da Empresa com MJ
 

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Notificações Electrónicas implementadas entre Tribunais e Advogados

Com o objectivo de tornar os processos mais rápidos, eliminar custos e aumentar a segurança, as notificações passaram a fazer-se por via electrónica quando o advogado manifesta esse interesse ou entrega alguma peça processual ou documento através do Citius.http://www.portaldocidadao.pt/Porta...d&post={1E05A79F-1AE1-45D0-98EF-296519FE72D9}
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De acordo com o comunicado do Ministério da Justiça (MJ), as notificações entre tribunal e advogados e entre advogados passaram, desde ontem, dia 15 de Abril, a realizar-se por meios electrónicos "sempre que sejam praticados actos nos processos judiciais através do Citius e que devam ser notificados”.
A via electrónica é utilizada quando um advogado tenha manifestado que pretende ser notificado dessa forma ou quando tenha entregue alguma peça processual ou documento através do Citius – Entrega de Peças Processuais.
Se alguma dessas situações ocorrer, segundo o MJ “a notificação deve fazer-se por meios exclusivamente electrónicos, sem notificação em papel por correio ou por outro meio”. No entanto, para que exista uma adaptação atempada, “entre 15 de Abril e 1 de Julho de 2009 continuarão a efectuar-se em todas as situações notificações em papel, em simultâneo”, refere o comunicado.
Entre os objectivos estabelecidos pela tutela, com a implementação desta medida pretende-se maior rapidez de processos, mais segurança e eliminação de custos de contexto, calculando-se que “passam assim a existir notificações electrónicas em cerca de 74% dos processos judiciais”.
Data: 16-04-2009
Fonte: Portais do Cidadão e da Empresa com MJ
 

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Ministro da Justiça ofendido

O ministro da Justiça está «ofendido» com as notícias que dizem que terá interferido no caso Freeport. No Parlamento, Alberto Costa frisou que não interferiu neste nem noutro processo e lembrou que decorre um inquérito ao presidente do Eurojust.


O ministro da Justiça disse estar «ofendido» com as notícias que dizem que poderá ter interferido na condução de algum processo, tendo negado, ao mesmo tempo, que nem ele nem o Governo «tiveram qualquer interferência» no caso Freeport.

«Não houve da minha parte qualquer interferência ou tentativa de interferência directa ou por indirecta pessoa sobre o processo em que todos pensam ou sobre qualquer processo», reafirmou Alberto Costa.

Na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o titular da pasta da Justiça admitiu ter-se reunido «dezenas de vezes» com o presidente do Eurojust, Lopes da Mota, mas mesmo assim frisou não ter tido qualquer interferência neste processo.

Questionado pelo deputado comunista António Filipe sobre se Lopes da Mota, que terá pressionado dois procuradores encarregues do caso Freeport, Alberto Costa lembrou que está em curso um inquérito aberto pelo Procurador-geral da República sobre este assunto.

«É totalmente prematuro enunciar consequências de processos que estão em curso sob pena até de se estar a dizer que se está a ameaçar com consequências do desfecho A ou B de um processo que se encontra ainda pendente. Deixemos isso para quando for oportuno», frisou.


@ TSF
 

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Viagem ao reino de Pinto Monteiro

Logo após tomar posse como procurador-geral da República, Pinto Monteiro afirmou que o MP "é um poder feudal". Actualmente com 75 % de procuradores sindicalizados, são sobejamente conhecidas "algumas capelinhas" numa estrutura que tem estado na ordem do dia por via de processos mediáticos como o Freeport ou o Casa Pia.


"O que acontece é que neste regime de liberdade as corporações ganham muito peso (...), depois têm tanto peso que não se submetem à lei, fazem eles próprios a lei, percebes? Portanto, é o que se passa com a Judiciária, com o Ministério Público, com os juízes, enfim, são os interesses corporativos metidos e portanto isto não decorre de acordo com a legalidade e portanto sabemos disso". Estas palavras são de uma conversa entre o juiz conselheiro Joaquim Almeida Lopes e Fátima Felgueiras, escutada pela Polícia Judiciária. E são um bom ponto de partida para uma radiografia ao Ministério Público. Uma magistratura hierarquizada, mas com correntes internas muito fortes e que, pela primeira vez, está confrontada com um caso de pressões a procuradores vindo do interior.

Logo após ter tomado posse como Procurador-geral da República, Pinto Monteiro deu uma entrevista em que dizia que "O Ministério Público é um poder feudal neste momento. Há o Conde, o Visconde, a Marquesa e o Duque". Mas, como realçou ao DN João Paulo Dias, investigador na Universidade Coimbra, "com o novo estatuto do MP, em que os cargos de direcção são por nomeação e não concurso, o modelo feudal fica institucionalizado". "A estrutura que resulta do novo estaturo será mais controladora", sintetiza o professor.

Actualmente, são sobejamente conhecidas as "capelinhas" internas. Nesta linha, a catedral será o Sindicato. Os números falam por si: 75% dos procuradores são sindicalizados na única estrutura sindical. O que dá uma enorme força à estrutura, seja de capacidade de influência seja de informação interna. E este poder leva a que muitas vezes o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público apareça publicamente como uma espécie de porta voz da instituição: "Mas não deve ser. Os sindicatos, seja do MP ou dos juízes, têm uma função específica.

O rosto do Ministério Público é o Procurador-geral da República", salienta José Fontes, professor na Universidade Aberta.

Depois da influência do sindicato, o MP divide-se em várias famílias: o DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal), como a única estrutura vocacionada para o combate à grande criminalidade. Cândida Almeida dirige este departamento e tem como grande amiga Francisca Van Dunem, a Procuradora-distrital de Lisboa que liderou o DIAP da cidade durante vários anos.

E é no DIAP de Lisboa, agora dirigido por Maria José Morgado, que Francisca Van Dunem tem o seu grupo de apoio. São vários os magistrados que a admiram pela capacidade de organização. Neste jogo de poder interno, Maria José Morgado surge como uma corredora em pista própria.

Os mais antigos criticam-lhe o excesso de exposição pública, mas uma geração mais nova reconhece-lhe uma invulgar capacidade de trabalho. "Se for preciso fazer uma noitada num processo, ela está ao nosso lado", diz um procurador que trabalha com a magistrada.

O caso da Equipa Especial para a Noite do Porto fez emergir um líder a Norte do Mondego: Pinto Nogueira, Procurador-distrital do Porto que se bateu contra a criação equipa de magistrados de Lisboa para investigar crimes no Porto. O procurador apoiou Hortênsia Calçada, que então dirigia o DIAP do Porto, convidando-a para trabalhar na Procuradoria-distrital quando Hortênsi a Calçada saiu do DIAP.


@ DN
 

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Notificações electrónicas a partir de dia 15

Os advogados podem comunicar, a partir de quarta-feira, com as secretarias dos tribunais e também entre eles por notificação electrónica, no âmbito da desmaterialização dos processos judiciais.


Desde Janeiro que juízes, magistrados do Ministério Público, oficiais de Justiça, advogados e solicitadores dos tribunais cíveis, de família e de trabalho usam obrigatoriamente aplicações informáticas.

Estes tribunais movimentam cerca de 74 por cento dos processos pendentes, segundo o Ministério da Justiça (MJ).

A partir de 15 de Abril, as notificações entre as secretarias judiciais e os advogados e entre causídicos podem efectuar-se também por via electrónica.

Esta nova ferramenta pode ser utilizada quando o advogado pretenda ser notificado por esta via ou faça a entrega de peças processuais ou documentos através do programa informático CITIUS, que serve o sector da Justiça.
Trata-se de um projecto de desmaterialização dos processos nos tribunais judiciais desenvolvido pelo Ministério da Justiça.

O Governo estipulou um prazo de adaptação a esta aplicação e, para o efeito, entre quarta-feira e 1 de Julho os advogados podem continuar a fazer notificações em papel em simultâneo com a via electrónica.

Depois de 1 de Julho, as notificações serão feitas por meios exclusivamente electrónicos, eliminando-se a notificação em papel.

Até final de Maio, segundo o MJ, estará disponível uma actualização da aplicação CITIUS que «inclui sugestões de centenas de magistrados».

Segundo dados do MJ, «em Dezembro de 2008, 79 por cento das acções e requerimentos já foram entregues nos tribunais através da Internet, sem deslocações ou cópias em papel e com redução de 25 a 50 por cento nas custas judiciais».

Quanto aos custos, refere o MJ, «pessoas e empresas já pouparam, pelo menos, cerca de 22 milhões de euros».


@ Lusa
 

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60 lugares de magistrados do MP por preencher

A falta de magistrados do Ministério Público nos tribunais do interior do país tem levado ao adiamento de julgamentos e à interrupção e prescrição de processos-crime. Esta situação vai ser agravada com a entrada em vigor da reforma do mapa judiciário, prevêem procuradores e juízes ouvidos pelo jornal Público.

O ministro da Justiça, Alberto Costa, assinala, amanhã, o início da reforma do mapa judiciário, no Palácio da Justiça de Sintra, marcando o arranque oficial das três comarcas-piloto do país: Grande Lisboa-Noroeste, Baixo Vouga e Alentejo Litoral.

Mas estas novas estruturas, localizadas no litoral, absorvem um grande número de procuradores (115), o que agrava a falta de magistrados do Ministério Público. O interior será o mais afectado. Segundo adiantou ao PÚBLICO um membro do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), há mais de 60 lugares por preencher no país.

Por vezes, estes pequenos tribunais do interior ficam largas temporadas sem um titular que exerça a acção penal e defenda a legalidade democrática, o que obriga a adiar julgamentos, a parar inquéritos-crime, que, às vezes, face ao acumular dos processos, acabam por prescrever.

Antes deste movimento extraordinário, feito a meio do ano apenas devido ao calendário político do Governo para o arranque das comarcas--piloto, já havia mais de 40 vagas por preencher no Ministério Público. Elas resultam da saída de procuradores - reforma, comissões de serviço e até à mudança para a magistratura judicial, como aconteceu com mais de 20 procuradores que o ano passado foram para instâncias administrativas e fiscais - e da não abertura de mais vagas no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), uma decisão que cabe ao Ministério da Justiça.

Mas depois deste movimento a situação agravou-se, já que muitos procuradores foram deslocados para as comarcas-pilotos, que em muitos casos viram os seus recursos quase duplicar. Excepção é a do Alentejo Litoral, com nove procuradores no quadro, que perdeu um profissional face à anterior situação. Com o novo mapa, há mais 20 lugares por preencher no país, a que se juntam os mais de 40 que existiam antes.

A Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra dá conta que, na sua área de intervenção, o agravamento abarcou cinco lugares, um dos quais no Departamento de Investigação e Acção Penal. Na área da Procuradoria-Geral Distrital do Porto há um total de cerca de dezena e meia de lugares que ficaram vazios, tendo também piorado a situação face à que existia anteriormente. Cabeceiras de Basto, Moimenta da Beira, Castelo de Paiva, Baião e Celorico de Basto são alguns dos tribunais que não terão procurador.

Interior desfalcado

"Depois deste movimento muitas comarcas vão ficar sem magistrado do MP, especialmente as do interior", reconhece João Palma, recém-eleito, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP). Como os 56 procuradores adjuntos que estão a estagiar vão poder ficar na mesma comarca a completar a formação até pelo menos 17 de Julho, corre-se o risco de os tribunais onde foram colocados ficarem sem magistrado até essa data.

"Nesse caso os processos vão ficar parados e os julgamentos terão que ser adiados. As procuradorias podem recorrer à figura do representante ou substituto [licenciados em Direito, sem formação no CEJ, escolhidos por avaliação curricular e entrevista] algo que o sindicato considera pernicioso para a imagem do Ministério Público", completa João Palma. E acrescenta: "Se faltam procuradores, deviam abrir-se mais vagas no CEJ."

Mas é a própria Procuradoria-Geral da República (PGR) a assumir que a opção pelos substitutos não é a melhor. No último relatório anual lia-se que a utilização de representantes "conduz a que o serviço se ressinta, visto a menor experiência desses licenciados, e implica uma sobrecarga para os procuradores da República nos círculos judiciais, aos quais foram atribuídas funções de coordenação que têm de ter uma atenção redobrada aos seus desempenhos". A outra opção é colocar procuradores a acumular serviço. Mas, muitas vezes, estes só conseguem despachar o serviço urgente.

O facto de o movimento no MP e dos juízes ser feito a meio do ano vai criar mais complicações que o normal. É que as pessoas tiveram poucos dias para reorganizar a vida, contra o mês e meio habitual. E vão ter a partir de hoje cinco dias para tomar posse no continente e dez nas ilhas, no caso do MP; já os juízes terão os mesmos cinco dias no continente e 15, se houver deslocação para as ilhas ou vice-versa. Mas curiosamente o Conselho Superior da Magistratura determinou que quem está colocado nas comarcas-piloto toma posse no dia da sua inauguração. Também o procurador-geral da República vai dar posse amanhã aos procuradores-coordenadores que ficaram nestas comarcas.

No resto do país, o receio é que a confusão se instale nos tribunais durante uns dias, com julgamentos e outras diligências adiados devido à falta de juízes e procuradores que não tomaram posse, e que o trabalho se acumule. E os que não foram transferidos neste movimento poderão ter de tapar os buracos nos casos urgentes.

Para o presidente da Associação Sindical do Juízes Portugueses, António Martins, "não é correcto introduzir nos tribunais factores acrescidos de complicação". E defende que a entrada em funcionamento das comarcas-piloto deveria coincidir necessariamente com os movimentos ordinários das duas magistraturas, que arrancam em Setembro. A confusão que se vai instalar nos tribunais, diz, "é da responsabilidade do poder político, mas depois será imputada ao próprio sistema de justiça".

O PÚBLICO pediu os dados sobre os lugares que ficaram por preencher à PGR, mas não foi possível obtê-los em tempo útil.

@ Público
 

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Baixo vouga arranca a meio gás

As obras no Tribunal de Aveiro, sede do Baixo Vouga, ainda não estão completas, apesar de hoje se assinalar a entrada em vigor do novo mapa judiciário. O modelo gera apreensão entre advogados e autarcas.

O dia de ontem, véspera da entrada em vigor da nova comarca do Baixo Vouga, foi de grande azáfama no Tribunal de Aveiro. No interior do edifício, na Praça Marquês de Pombal, era evidente o corrupio dos trabalhadores com as obras de adaptação das instalações. À entrada, dois grandes contentores deixavam adivinhar que a empreitada não estava ainda concluída, a um dia do arranque do novo modelo de funcionamento dos tribunais no âmbito da reforma do mapa judiciário implementada pelo Ministério da Justiça de Alberto Costa.

Filipe Neto Brandão, governador civil, revelou que apenas três das cinco salas de audiência do tribunal, sede da comarca, estarão hoje disponíveis (ainda assim mais uma do que antigamente). As restantes duas ficarão aptas a receber julgamentos até final desta semana. Ficarão ainda por concluir, na próxima semana, as obras nas secretarias.
Com a empreitada terminada ou não, hoje assinala-se a estreia do novo mapa judiciário, que vai funcionar por um período experimental de dois anos em três comarcas seleccionadas pela tutela: Baixo Vouga, Grande Lisboa Noroeste e Alentejo Litoral, abrangendo um total de 18 tribunais.

As alterações deverão estender-se ao resto do país em 2011.
Advogados e autarcas da região não escondem alguma apreensão. A representante local da Ordem dos Advogados (OA), Ana Maria Seiça Neves, reconhece que era necessário renovar a anterior organização, mas revela “muitas reticências” em relação ao figurino proposto pelo Governo. Ao Diário de Aveiro, a causídica advertiu para as “muitas modificações” que requerem a adaptação de todos os agentes envolvidos. E alerta para o “aumento dos custos”, especialmente devido às deslocações para os vários concelhos onde passam a estar sediados os diferentes juízos da comarca.
Um processo do Juízo de Família e Menores com origem em Ílhavo ou Vagos terá de ser encaminhado para Oliveira do Bairro, quando Aveiro, que também possui aquela especialidade, seria o destino “mais lógico” por ser mais perto, exemplificou Seiça Neves.
A OA bateu-se pela introdução de várias correcções ao mapa, mas “muitas” não foram acatadas pela equipa de Alberto Costa. “Não sabemos como as coisas vão funcionar. Estamos perante o desconhecido, o que nos provoca bastante preocupação”, realçou.

@ Diário de Aveiro
 

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Entre-os-Rios: Meio milhão em custas

Familiares das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios vão pedir a intervenção do Presidente da República e do Governo para serem libertados do pagamento de meio milhão de euros de custas no processo-crime relativo à queda da ponte.

O apelo segue "hoje mesmo", por carta, para o Chefe de Estado e para o Executivo, através do Ministério da Justiça, disse à Lusa o presidente da Associação de Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios (AFVTE-R), Horácio Moreira."Nas cartas, vamos denunciar a situação e pedir a isenção de custas", referiu o dirigente.

Horácio Moreira revelou que a responsabilidade pelas custas foi distribuída por cerca de 200 familiares das vítimas, que se constituíram partes no processo de responsabilização criminal pela queda da ponte. Adiantou que só no seu caso pessoal, as custas importam em cerca de 1.900 euros e sustentou que a imputação desta despesa aos familiares é um acto "inconcebível e desumano".

"Não só não vimos feita justiça, como fomos os únicos condenados no processo", observou o dirigente associativo, acrescentando que "o sentimento profundo existente em Castelo de Paiva é o de que os únicos condenados são os familiares e as pessoas que passaram no local errado à hora errada". "Num estado dito de Direito, é inconcebível que o ónus da queda da ponte recaia unicamente nas vítimas e suas famílias. Neste caso, a justiça não funcionou", frisou Horácio Moreira.

A antiga Ponte Hintze Ribeiro caiu a 04 de Março de 2001, provocando a morte de 59 pessoas, que seguiam a bordo de um autocarro e dois veículos particulares. Mais de cinco anos depois, em Outubro de 2006, o Tribunal de Castelo de Paiva determinou a absolvição de quatro engenheiros da ex-Junta Autónoma de Estradas e de outros dois de uma empresa projectista, que o Ministério Público responsabilizava pela queda daquela travessia sobre o Douro.

Os seis técnicos estavam acusados dos crimes de negligência e violação das regras técnicas, mas o tribunal entendeu que na altura das inspecções realizadas pela ex-Junta Autónoma de Estradas (JAE) à ponte não havia ainda regras técnicas que enquadrassem a actuação dos peritos."Facilmente se conclui que os arguidos não praticaram os crimes de que vinham acusados, impondo-se a sua absolvição", sentenciou o colectivo de juízes.

@ JN
 

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Conselho Distrital de Évora acusa Bastonário de asfixiar órgãos distritais

O Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados acusou, esta quarta-feira, o bastonário da classe de estar a «asfixiar» financeiramente os órgãos distritais, pondo em causa a prestação de apoio judiciário na região.


O Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados ficou sem dinheiro, após ter pago, esta quarta-feira, as contribuições para a Segurança Social dos 15 funcionários.

Perante esta situação, o presidente do Conselho Distrital de Évora acusou Marinho Pinto de impedir a transferência de dinheiro do conselho geral, cerca de 90 mil euros, por questões políticas e por pretender acabar com os conselhos distritais.

Em conferência de imprensa, em Évora, Carlos Almeida acusou o bastonário da Ordem dos advogados de «quer asfixiar os conselhos distritais», já que não qualquer «indicação que haja falta de dinheiro na Ordem».

«Como não há dinheiro, nós não podemos satisfazer as obrigações necessárias», acrescentou, observando que «a Delegação de Beja ficou sem luz a semana passada e a de Portalegre não tem dinheiro para pagar aos formadores».

Por isso, acrescentou, o apoio jurídico terminou no passado dia 7 de Abril em Beja, quando cortaram a electricidade, e poderá não continuar nas outras estruturas dos agrupamentos.

Também «os instrutores do Conselho de Deontologia não receberam o mês passado», indicou.

Por seu lado, Vítor Tomás, também do Conselho Distrital de Évora, disse que os cerca de 90 mil euros, que diz estarem em falta, constituem uma verba diminuta em relação àquilo que o Bastonário gastou em 2008, cerca de «200 mil euros».

O Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados cobre uma vasta área, com 34 comarcas e sete agrupamentos.


@ TSF
 

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Apagão bloqueia registos criminais

Centenas de julgamentos sumários foram esta semana adiados devido a um erro informático no sistema nacional de registos criminais, o que impediu os tribunais e as forças policiais de terem acesso aos antecedentes criminais dos arguidos.


Segundo apurou o CM, a falha geral ocorreu na segunda-feira e só ontem foi resolvida, afectando várias diligências judiciais um pouco por todo o País. "Ocorreu uma falha a nível nacional que impossibilitou a consulta dos registos", justificou ao CM fonte judicial.

O apagão, segundo o procurador António Ventinhas, do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), adiou "centenas de julgamentos sumários, principalmente relativos a infracções de trânsito". Alguns interrogatórios judiciais também foram afectados porque "os juízes não aplicam uma medida de coacção sem o registo criminal".

Várias pessoas que precisavam de uma cópia do registo criminal, por questões laborais ou para pedir novos documentos, foram também afectadas e obrigadas a esperar.

O Ministério da Justiça assume a falha (ver caixa), que terá sido provocada pela instalação de um novo sistema informático para tentar responder ao problema da ‘limpeza’ do cadastro dos arguidos antes do prazo. A questão tinha sido denunciada há um mês pelo SMMP, que revelou haver registos criminais de condenados em penas inferiores a cinco anos apagados antes do prazo legal. "Ou estão indisponíveis ou são limpos ilegalmente", criticou António Ventinhas, considerando que "algo de errado se passa".

MINISTÉRIO ALEGA FALHA TÉCNICA

O Ministério da Justiça (MJ), tutelado pelo ministro Alberto Costa, assume a falha geral, que terá sido provocada pela "introdução de um novo sistema informático", com o objectivo de agilizar os procedimentos judiciais na consulta de dados criminais.

Segundo explicou ao CM fonte do gabinete do MJ, "o sistema tinha sido testado anteriormente e não fora detectado nenhum erro, mas com a entrada em funcionamento do novo programa, ocorreu uma falha técnica". A mesma fonte garantiu que "o problema foi resolvido hoje [ontem]" e que nos próximos dias tudo voltará ao normal.

Segundo apurou o CM, o novo sistema foi introduzido com o objectivo de garantir uma melhor protecção de dados, depois de o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público ter denunciado que estavam a ser limpos, antes do prazo, cadastros de condenados.

FALHA NO CITIUS BLOQUEOU JUSTIÇA DURANTE TRÊS DIAS

Em Fevereiro, os serviços electrónicos do Ministério da Justiça estiveram inacessíveis durante três dias, impedindo os advogados, com prazos para cumprir, de enviar para os tribunais peças processuais por via electrónica através do sistema CITIUS.

Na altura, o Ministério garantiu tratar-se de uma "operação técnica programada", previamente comunicada à Ordem dos Advogados, mas os causídicos manifestaram-se irritados e apelidaram o sistema de "uma mentira".

O CITIUS é uma plataforma informática – partilhada por juízes, procuradores, advogados, funcionários judiciais e solicitadores – destinada à prática dos actos processuais por tramitação electrónica, tendo como objectivo agilizar os processos judiciais.

APONTAMENTOS

PROCEDIMENTO LEGAL
Os magistrados consideram que a limpeza do cadastro de arguidos, antes do prazo, é um "procedimento ilegal" e têm--no escrito nas sentenças dos processos em que o problema foi detectado.

JUSTIÇA NEGA LIMPEZA
A Direcção-Geral da Administração da Justiça garante que nunca foram apagados registos criminais. Este organismo interpreta, no caso de penas suspensas, que os prazos para cancelamento do registo criminal devem ser aplicados após o trânsito em julgado.

@ CM
 

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Exposição de Serviços Tecnológicos da Justiça aberta ao Público

Exposição de Serviços Tecnológicos da Justiça aberta ao Público

O Ministro da Justiça, Alberto Costa, inaugura a exposição "E-Justice 09 - Mostra Tecnológica", no dia 5 de Maio, na presença dos seus homólogos ibero-americanos e dos Ministros da Justiça dos Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O evento está aberto ao público de 6 a 8 de Maio.http://www.portaldocidadao.pt/PORTA...d&post={72830DA5-5BD5-4AF4-A443-1C023A39AA5C}
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Segundo o Ministério da Justiça (MJ), esta exposição pretende ser uma montra dos seus mais variados serviços tecnológicos e, entre os dias 6 e 8 de Maio, vai estar aberta ao público das 11:00h às 20:00h, no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações.
Neste certame os cidadãos podem “consultar a informação e visualizar em funcionamento projectos como a vídeo-conferência e a gravação digital de audiências nos tribunais”. Têm ainda a possibilidade de visitar os balcões “Casa Pronta” e “Empresa na Hora” e de emitir o Cartão de Cidadão.
Esta exposição surge no âmbito da “Iniciativa Lusófona para a Inovação e Justiça”, criada em 2008 pelo Ministério da Justiça de Portugal, como um fórum de discussão política e de apresentação de serviços inovadores na área da Justiça, no quadro da CPLP.
Data: 05-05-2009
Fonte: Portal do Cidadão com MJ
 

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Magistrados vão ver correr muito sangue

O Departamento de Investigação e Acção Penal recebeu esta semana ameaças, pela condenação do grupo conhecido como “Máfia da Noite” e entre as quais esta mensagem: “Os magistrados ainda vão ver muito sangue.”

O recado foi entregue por interposta pessoa no edifício da Avenida Casal Ribeiro, Lisboa, dias depois de o antigo polícia Alfredo Morais e Paulo Batista fugirem à Justiça, já condenados à prisão por chefiarem o grupo criminoso.
A ameaça é dirigida a magistrados com intervenção no processo e foi entregue no DIAP, liderado pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado. É precisamente ali, na 11,3 secção, que funciona a Unidade Especial de Combate ao Crime Violento, sob a coordenação da procuradora da República Cândida Vilar, que proferiu a acusação contra Morais, Batista e mais 12 elementos do grupo.
Isto apesar de Cândida Vilar, que já tem protecção assegurada pelo Corpo de Segurança Pessoal da PSP por ameaças do skinhead Mário Machado num outro processo, nada ter a ver coma condenação do grupo: ficou a cargo dos juízes da Boa-Hora, também com segurança desde o início do julgamento.

Ameaças do chefe skinhead a Cândida Vilar por julgar
Em 2007, numa carta aberta que pôs a circular no site Fórum Nacional, Mário Machado ameaçou a procuradora Cândida Vilar pelo facto de a magistrada ter proposto a sua prisão preventiva num processo em que respondia por discriminação racial e outros crimes.
No texto, o líder dos Hammer Skins, entretanto condenado em Monsanto a quatro anos e dez meses de prisão nesse processo, apelava a todos os nacionalistas para que não se esquecessem do nome de Cândida Vilar, comparando-a à “Inquisição” : Na sequência disso, o Ministério Público acusou Mário Machado por crimes de ameaça, coacção e difamação. O julgamento, que deveria ter começado esta semana no Tribunal da Boa-Hora, foi adiado “sine die”.

@ CM
 

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CP condenada a pagar 20 mil euros a «emprateleirado»

Durante 9 anos foi "emprateleirado" num vão de escada, em Lisboa. Depois de se reformar, processou o patrão - a CP - e o Supremo Tribunal de Justiça deu-lhe razão: vai receber uma indemnização de 20 mil euros. Assédio moral foi provado no caso de um técnico que passou nove anos sem ter o que fazer.

A decisão, tomada este mês pelo Supremo Tribunal de Justiça, dá razão a um trabalhador que acusou a CP de o "encostar", retirando-lhe todas as competências e meios de trabalho e recusando-se a dar-lhe funções. Em tribunal, viu reconhecido o assédio moral, conhecido como "mobbing".

O queixoso esperou pela reforma para agir contra a empresa. A primeira acção, interposta junto do Tribunal de Trabalho pedindo uma indemnização de cem mil euros, não teve sucesso; recorreu e viu o Tribunal da Relação dar-lhe razão, mas reduzindo a indemnização para 50 mil euros. Dessa vez, foi a CP quem recorreu, ao Supremo, que concordou com as conclusões da Relação, mas baixou ainda mais a indemnização, para 20 mil euros, mais a diferença entre o salário auferido e o que teria recebido se não fosse a atitude de assédio moral da empresa.

Em 1992, era Chefe do Serviço de Estudos Estratégicos da CP. Até então, diz o tribunal, era reconhecido como um "técnico de altíssima craveira intelectual", mas isso não impediu a CP de o manter "apenas nominalmente" ao serviço, já que, a partir daí, não "recebeu qualquer ordem, instrução, orientação ou directiva. Por isso, viveu num "estado permanente de desgosto, ansiedade, frustração e revolta".

O Supremo reconhece, por outro lado, que nada o impediu de "continuar a análise crítica dos seus trabalhos" e lembra que recusou uma proposta para passar à reforma. Por isso, entende que a indemnização de 20 mil euros é "equilibrada". A CP não se pronunciou sobre o assunto.


@ JN
 

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Denúncia de desligitimação judicial pelo poder político

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) manifestou-se hoje, após reunião com o Partido Comunista, preocupado com "a sucessiva deslegitimação e desautorização do poder judicial”, bem como a resposta insuficiente dos tribunais de Trabalho.



É preocupante "a sucessiva deslegitimação e desautorização do poder judicial dos tribunais pelo poder político", disse João Palma, à saída de uma reunião com o PCP, marcada a propósito do início de funções da nova direcção do sindicato.

"No Tribunal de Trabalho de Lisboa são conhecidos os sucessivos atrasos na marcação dos julgamentos, fruto de uma política que retirou magistrados e funcionários aos tribunais e que levou a que a capacidade dos Tribunais de Trabalho piorasse", apontou João Palma. No final da reunião, o presidente do SMMP destacou "a sensibilidade que o Partido Comunista tem relativamente a ataques que têm sido sistematicamente feitos nos últimos tempos à autonomia do Ministério Público e à independência dos tribunais de uma maneira geral".

De acordo com João Palma, as opiniões "dos outros partidos" relativas à autonomia do Ministério Público (MP) "têm tido variações históricas quase surpreendentes", enquanto da parte do PCP recebeu a garantia de que o partido continuará a lutar "pela defesa da autonomia do Ministério Público e da independência dos tribunais".

"No plano processual é importante que essa autonomia se mantenha porque a questão da independência da Justiça hoje é uma questão chave, tendo em conta as tentativas do poder político, mas [que tem] por detrás o poder económico, para pressionar, para que a Justiça seja governamentalizada e perca essa autonomia", sublinhou, por seu lado, o líder do PCP, Jerónimo de Sousa.

No que diz respeito às falhas na Justiça, Jerónimo de Sousa apontou ainda "os processos que se arrastam nos tribunais" ou o valor das custas judiciais que "têm afastado os cidadãos da Justiça". A próxima reunião do SMMP com um partido será com o Bloco de Esquerda, na próxima quarta-feira.


@ Público
 

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Onze juízes afastados nos últimos oito anos

Onze juízes foram afastados da magistratura desde 2001 por violações graves dos deveres profissionais. A maioria (nove) abandonou na sequência de penas de aposentação compulsiva, tendo o Conselho Superior da Magistratura (CSM) aplicado o ano passado uma demissão e outra exoneração. Isto num universo que, em 2008, tinha 1784 juízes em funções.


Hoje, o CSM reúne-se para discutir outro caso polémico, mas de pouca gravidade: a eventual violação do dever de reserva pelo juiz Gouveia Barros. O relator do acórdão da Relação de Guimarães que atribuiu a guarda da menina russa Alexandra à mãe biológica, em Abril de 2008, deu na semana passada uma conferência de imprensa a explicar a decisão. Saber se estava a prestar um mero esclarecimento ou se passou a fronteira das "apreciações valorativas" vai ser o ponto fulcral da discussão de hoje no plenário do CSM. Mas mesmo que os conselheiros concluam que o desembargador violou o dever de reserva, não se vislumbra uma pena muito dura. Não deverá ultrapassar a advertência ou a multa.

A discussão, contudo, promete ser longa. É que não é a primeira vez que o CSM discute o dever de reserva e há opiniões divergentes. Em Março de 2008, a propósito do caso Esmeralda, discutiu-se se os juízes poderiam ou não comentar decisões de outros colegas e até que ponto esses comentários podiam ser considerados infracções disciplinares. Apesar do voto contrário de alguns membros, que consideraram que este entendimento poderia constituir uma "limitação à liberdade de expressão dos juízes", a maioria considerou que o dever de reserva abrangia todos os juízes, mesmos os que não eram titulares dos processos.

Outra questão que se levantou então, essa com relevância para este caso, era se o dever se mantinha quando o caso terminava. "O dever de reserva tem como objecto todos os processos pendentes e aqueles que, embora já decididos de forma definitiva, versem sobre factos ou situações de irrecusável actualidade", decidiu o conselho. Por aqui, Gouveia Barros não sai ileso.

Este assunto foi também discutido no último congresso da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, em que os participantes aprovaram um compromisso ético onde se lê que "os juízes recusam fazer declarações ou comentários que envolvam uma apreciação valorativa sobre processos judiciais ou de inquérito".

O compromisso salienta no seu número três, contudo, que "sem prejuízo das competências atribuídas aos órgãos independentes de governo dos juízes e aos juízes presidentes em matéria de comunicação, sempre que o entendam adequado, os juízes assumem a responsabilidade de prestar directamente os esclarecimentos que se imponham, por si ou por alguém na sua dependência, em comunicação oral ou escrita".

@ Público
 

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Condenados por divulgarem conversa telefónica na Internet

Tribunal condena dois homens por terem divulgado conversa telefónica na Internet. A gravação ilegal de uma conversa telefónica e a sua posterior divulgação na Internet resultou, esta segunda-feira, na condenação de dois homens a penas de multa pelo Tribunal de Montemor-o-Velho.

O caso remonta a Janeiro de 2007 e teve origem na gravação não-autorizada de uma conversa telefónica entre o queixoso, CC, proprietário de uma empresa de alojamento de páginas da Internet, e JG, um cliente do primeiro que alegava apropriação indevida de um domínio por parte do fornecedor de serviços.

JG assumiu em tribunal ter gravado a conversa, divulgada na Internet por LM, outro cliente de CC, numa página onde os visitantes eram ainda alertados para a alegada actuação ilícita da empresa.

«Os senhores apresentaram a vossa versão dos factos mas em tribunal não basta alegar, é preciso provar», disse a juíza do Tribunal de Montemor-o-Velho, dirigindo-se a JG e LM.

JG foi condenado a pagar 800 euros de multa, mas acabou absolvido dos crimes de ofensa a pessoa colectiva e difamação.

Já LM juntou ao crime de gravação ilícita os de difamação agravada e ofensa a pessoa colectiva - por ter divulgado a conversa - e foi condenado ao pagamento a quantia de 3420 euros de multa.

O autor da página web, que alegou ter praticado um «acto de cidadania» ao alertar eventuais «incautos» para as alegadas práticas ilegais de CC, foi ainda condenado a pagar uma indemnização por danos morais ao empresário, num total de 3100 euros.

No entanto, o tribunal não deu como provado que a página na Internet de Luís Mendes tivesse resultado em perdas para a empresa de CC, recusando os cerca de 38 mil euros de indemnização que este reclamava por causa de danos patrimoniais.

@ TSF
 

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Advogados numa «espécie de caça às oficiosas»

"Há uma espécie de caça à oficiosa", assume. "Não há que ter vergonha de o assumir", diz um jovem advogado que também fez parte da escala. "Num dia bom, chegam a chamar três mas o sétimo dificilmente faz uma oficiosa."

No Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, pouco antes da hora do almoço, a advogada Paula Morgado, de 36 anos, termina a escala dos advogados nomeados para fazer a defesa dos cidadãos detidos e que, por falta de meios, não indicaram defensor. São as chamadas defesas oficiosas, previstas no âmbito do acesso ao direito e do apoio judiciário. Os atrasos no pagamento desta tarefa, pelo Ministério da Justiça, têm motivado insatisfação e protestos e levaram a Ordem dos Advogados (OA) a anunciar, anteontem, que vai processar o Estado para exigir o pagamento de todas as dívidas aos advogados.

Paula Morgado chegou ontem por volta das 9h ao TIC, na esperança de ser chamada para defender qualquer arguido, mas acabou por ficar três horas e meia, numa sala com outros seis colegas, sem que a presença de nenhum deles fosse solicitada. Sai com direito a receber 76 euros e meio e uma "enorme frustração".

Às 14h, novo grupo de sete advogados se sentará na sala do TIC. Organizam-se por ordem de chegada. Quando o telefone branco colocado a um canto toca chamando um causídico, levanta-se o que chegou primeiro ao tribunal. Por isso, Paula Morgado diz que se esforça sempre por chegar o mais cedo possível.

"Há uma espécie de caça à oficiosa", assume. "Não há que ter vergonha de o assumir", diz Tiago Alves, jovem advogado que também fez parte desta escala. "Num dia bom, chegam a chamar três mas o sétimo dificilmente faz uma oficiosa."

"Tive de pôr dinheiro meu"

Paula Morgado dá um exemplo da situação em que se encontram milhares de advogados destacados para as defesas oficiosas em todo o país. Conta que recebeu um "pacote" de dez processos em 2008 referentes a acções diversas, desde criminais a de família e menores. "Já concluí sete e não recebi nada. Tive de pôr dinheiro meu."

Em finais de Outubro, a advogada pediu um adiantamento de 30 por cento da quantia a que tem direito à Ordem, que, por sua vez, fez seguir o pedido para o Ministério da Justiça. "Não recebi rigorosamente nada", diz, notando que assim não pode dar os processos como concluídos.

"Cumprir a lei e pagar a horas", diz o advogado Fernando Jorge Forte, que esperou também quatro horas na mesma sala, desta vez não como oficioso mas como mandatário de um detido. Forte critica a "falta de coordenação das várias entidades e intervenientes", apontando-a como um dos factores que prejudica o sistema de apoio judiciário.

Os responsáveis da OA calculam que, no âmbito do novo Sistema do Acesso ao Direito, em vigor desde 1 de Setembro, foram reclamados 8262 milhões de euros em honorários, tendo sido pagos pelo Instituto de Gestão Financeira e das Infra-Estruturas da Justiça um total de 401.197 euros.

No final de Abril tinha vencido, ainda segundo a Ordem, uma dívida de 6623 milhões de euros. Nos termos da lei, consideram os advogados, as quantias já vencidas deverão ser pagas no prazo de 30 dias. Uma nota divulgada ontem pelo Ministério da Justiça esclarece que, este ano, já foram pagos aos advogados nove milhões de euros no âmbito do apoio judiciário. E adianta que, "conforme previsto, é dada esta semana ordem de liquidação de mais quatro milhões".

Esclarecimentos que, para o bastonário da OA, Marinho Pinto, são "conversa de mau pagador", já que estes valores se referem a dívidas anteriores, do ano passado. "A verdade é que os serviços prestados pelos advogados em Janeiro ainda não foram pagos. Estamos no sexto mês de atraso", salienta o bastonário.

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Liderança ou caos

Proença de Carvalho: «o que mais tem descredibilizado a Justiça é o comportamento de alguns dos agentes da investigação criminal, que se mostram incapazes de impedir a prática diária do crime de violação do segredo de justiça, revelam cumplicidades vergonhosas com os media em julgamentos sumários nos meios de comunicação social, discutem permanentemente na praça pública as leis a que deviam obedecer e agem na mais absoluta irresponsabilidade».

A percepção da enorme crise do sistema de Justiça tem vindo a agravar-se ao ponto de ser considerado como o mais grave problema do país.

Existindo um diagnóstico generalizado na opinião pública de que tem de ser feita alguma coisa de forte impacto para pôr termo à degradação, temos igualmente de reconhecer que não existe um mínimo de consenso quanto à terapêutica. E é aí que reside o impasse.

Digo com sincero pesar que não me enganei quando desde há muitos anos previ o que está a acontecer no mundo da Justiça. E penso não me ter enganado ao dizer que a crise da Justiça não se resolve com a mudança das leis que regem os processos, nem com mais meios humanos. As nossas leis processuais têm vindo a reduzir os direitos das partes, a diminuir os recursos e em geral a conferir aos investigadores e magistrados amplos poderes de investigação, disciplina nos processos e liberdade de decisão. No que toca aos meios, as estatísticas demonstram que Portugal compara bem com os seus parceiros em percentagem do PIB afecto à Justiça e em número de magistrados. O problema reside no modo de organização do MP, Polícias de investigação e Tribunais. E, principalmente, na absoluta falta de liderança no sector, que assumisse a responsabilidade de criar maior eficiência. Muitos portugueses ignoram que o ministro da Justiça não tem qualquer poder de influência para melhorar o serviço prestado pelo MP e Tribunais.

Mas o que mais tem descredibilizado a Justiça é o comportamento de alguns dos agentes da investigação criminal, que se mostram incapazes de impedir a prática diária do crime de violação do segredo de justiça, revelam cumplicidades vergonhosas com os media em julgamentos sumários nos meios de comunicação social, discutem permanentemente na praça pública as leis a que deviam obedecer e agem na mais absoluta irresponsabilidade. O sindicato do MP comporta-se como dono da Instituição e não mero representante sindical dos seus membros.

A única forma de pôr termo a este descalabro é conferir ao Procurador-Geral - única entidade com legitimidade democrática dentro do MP - a responsabilidade e o poder de pôr ordem na casa e garantir o seu bom funcionamento.

Os principais partidos do sistema - PS e PSD - e o próprio Presidente da República têm o dever de cooperar nessa missão, extinguindo o Conselho Superior do MP e garantindo ao Procurador-Geral os poderes necessários para a sua responsabilização.

Com o respeito que tenho pelo Presidente da República, acho que fez muito mal em receber o sindicato do MP, no contexto em que o fez. Com essa atitude, diminuiu a autoridade do PGR, quando é necessário e urgente reforçá-la.


@ Semanário Económico
 
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