Há guerra na Ucrania

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Rússia acusa EUA de escalar tensões se enviar mísseis de longo alcance


A Rússia acusou esta quarta-feira os Estados Unidos de estarem a provocar uma escalada das tensões se fornecerem mísseis de longo alcance à Ucrânia, mas desvalorizou o efeito dissuasor desse tipo de armamento na guerra.


Rússia acusa EUA de escalar tensões se enviar mísseis de longo alcance



"Isto significaria esforços adicionais para nós, mas não irá alterar o curso dos acontecimentos, a operação militar especial irá continuar", disse o porta-voz do Kremlin (Presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.


A Ucrânia tem vindo a solicitar tanques pesados, mísseis com um alcance superior a 100 quilómetros e aviões para realizar contraofensivas que lhe permitam recuperar o território ocupado pela Rússia.


O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse, na terça-feira, que vai discutir as necessidades de armamento da Ucrânia com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.


Os mísseis de alta precisão com um alcance de 150 quilómetros destinam-se a destruir as linhas de abastecimento e os depósitos de munições russos, segundo Kyiv.



Na conferência de imprensa virtual diária, Peskov disse que o fornecimento deste tipo de mísseis levaria a "uma escalada de tensões, a um aumento do nível de escalada".


Peskov denunciou que "toda a infraestrutura militar da NATO está a trabalhar contra a Rússia", incluindo os aviões e satélites de reconhecimento da Aliança Atlântica.


"Trabalham 24 horas por dia, no interesse da Ucrânia. É claro que tudo isto cria condições muito especiais para nós, condições hostis, que não podemos ignorar", disse Peskov, segundo a agência espanhola EFE.


Moscovo tem acusado os Estados Unidos e os seus aliados da NATO de levarem a cabo uma guerra por procuração, através da Ucrânia, contra a Rússia.


O conselheiro presidencial ucraniano, Mikhailo Podoliak, disse hoje que Kyiv está a negociar o fornecimento de mísseis de longo alcance com as potências ocidentais.



"Cada fase da guerra requer um certo tipo de armas. Já existe uma coligação [de países para fornecimento] de tanques. Já se fala de mísseis de longo alcance e de fornecimento de caças de combate", disse Podoliak na rede social Twitter.
A Ucrânia tem atualmente mísseis ocidentais com um alcance de 80 quilómetros.



Peskov estava a reagir a notícias da agência Bloomberg sobre os planos de Washington para um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de dois mil milhões de dólares (cerca de 1,8 mil milhões de euros, ao câmbio atual).


Fontes citadas pela Bloomberg admitiram que o novo pacote incluirá artilharia de longo alcance, segundo a agência espanhola Europa Press.
O novo pacote não incluirá, no entanto, mísseis com 300 quilómetros de alcance que permitiriam às forças ucranianas alcançar a península da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.


Os aliados ocidentais da Ucrânia estão atualmente a preparar o envio de tanques de combate, incluindo o treino de militares ucranianos na sua utilização, depois de a Alemanha ter desbloqueado a entrega dos seus Leopard 2.


No âmbito da sua guerra contra a Ucrânia, a Rússia declarou, no final de setembro, a anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, mas a decisão não foi reconhecida internacionalmente.


A Ucrânia reclama a devolução dos territórios anexados, incluindo a Crimeia, como uma das pré-condições para eventuais negociações de paz.


Moscovo tem respondido que Kyiv tem de aceitar a nova situação e alertado o Ocidente de que não permitirá qualquer violação da sua integridade territorial, o que, na sua perspetiva, inclui as regiões anexadas à Ucrânia.


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Oito anos de prisão para jornalista russo por críticas ao exército


O jornalista e ex-deputado russo Alexander Nevzorov foi esta quarta-feira condenado à revelia a oito anos de prisão por ter alegadamente difundido "informações falsas" sobre as ações do exército russo na Ucrânia.


Oito anos de prisão para jornalista russo por críticas ao exército



A Rússia adotou - desde as primeiras semanas do ataque contra a Ucrânia, lançado em 24 de fevereiro de 2022 - penas pesadas para quem criticasse a ofensiva ou as ações do exército.


Alexander "Nevzorov foi condenado a oito anos de prisão", determinou a juíza do tribunal de Basmanny, em Moscovo, citada pelas agências noticiosas russas.


O Ministério Público tinha pedido nove anos de prisão, enquanto o advogado de defesa pediu a absolvição do seu cliente, que se exilou no estrangeiro e mantém um canal na rede YouTube com quase dois milhões de assinantes.


No final de março de 2022, a comissão de investigação encarregada dos principais casos judiciais na Rússia anunciou a abertura de uma investigação contra Nevzorov, de 64 anos, acusando-o de ter "publicado conscientemente informações falsas sobre um 'bombardeamento deliberado de um hospital-maternidade em Mariupol pelo exército russo'".


A Rússia nega ter feito qualquer bombardeamento a locais civis na Ucrânia e remete a culpa pelos atos para os ucranianos.


A sentença de hoje foi divulgada numa altura que se regista uma repressão crescente da Rússia à comunicação social e aos jornalistas sobretudo em relação à ofensiva militar iniciada há quase um ano na Ucrânia.


Hoje foi também divulgado que o opositor do regime Ilia Iachine foi condenado a oito anos e cinco meses de prisão por denunciar "o assassinato de civis" na cidade ucraniana de Bucha, perto de Kyiv, onde o exército russo é acusado de várias violações dos direitos humanos.


Além disso, o Serviço Federal de Segurança da Rússia deteve três pessoas acusadas de realizar "ataques terroristas" contra a rede ferroviária do país na região de Sverdlovsk alegadamente por ordem de radicais ucranianos.

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Rússia acusa EUA de destruição de tratado sobre desarmamento nuclear


A Rússia acusou esta quarta-feira os Estados Unidos de terem destruído o quadro legal do Tratado New Start sobre desarmamento nuclear, depois de Washington ter denunciado a recusa de Moscovo em cumprir as suas obrigações.

Rússia acusa EUA de destruição de tratado sobre desarmamento nuclear



Um porta-voz do Departamento de Estado denunciou, na terça-feira, que a Rússia não estava a cumprir "a sua obrigação ao abrigo do Tratado News Start [novo começo] de facilitar as atividades de inspeção no seu território".


"Vemos que os Estados Unidos destruíram efetivamente o quadro legal para o controlo e segurança de armas nucleares", respondeu hoje o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitry Peskov.


Face a uma "triste situação", Peskov acrescentou que a Rússia "acredita que a manutenção deste tratado é muito importante", segundo a agência francesa AFP.


O embaixador russo em Washington, Anatoli Antonov, também lamentou as ações dos Estados Unidos, que disse minarem o objetivo do acordo, que é o de "manter o equilíbrio das armas ofensivas estratégicas das partes".



"Washington recusa-se a ver as causas profundas do problema, culpando os outros", disse Antonov numa declaração publicada na rede social Facebook.


Antonov disse que a Rússia "avisou que o controlo de armas [nucleares] não pode ser isolado das realidades geopolíticas".


"Nas atuais circunstâncias, consideramos injustificado, inadequado e impróprio convidar os militares dos EUA para as nossas instalações estratégicas", acrescentou, numa alusão à guerra contra a Ucrânia que a Rússia iniciou há quase um ano.


A diplomacia norte-americana tem criticado Moscovo, nas últimas semanas, por ter suspendido as inspeções e cancelado as conversações sobre o tratado.


No entanto, não acusou a Rússia de expandir o seu arsenal nuclear para além dos limites a que as duas partes chegaram a acordo.


No ano passado, a Rússia anunciou o adiamento de uma reunião com os Estados Unidos, marcada para o final de novembro, sobre inspeções ao abrigo do tratado, acusando Washington de "hostilidade e toxicidade".


A última reunião da comissão consultiva bilateral prevista no tratado remonta a outubro de 2021.


As relações entre as duas potências nucleares estão no nível mais baixo desde o início da guerra russa contra a Ucrânia em 24 fevereiro de 2022.


Os Estados Unidos, bem como os seus principais aliados, têm apoiado a Ucrânia financeiramente e com envio de armamento.


A Rússia tem alertado que o fornecimento de armas à Ucrânia representa uma escalada do conflito que poderá levar a que o país se sinta em perigo e tenha de se defender com todos os meios, incluindo com armas nucleares.


Através de uma carta publicada na semana passada, os chefes de diversas comissões do Congresso norte-americano afirmaram que as ações e declarações da Rússia "colocam no mínimo sérias inquietações quanto à sua conformidade com o New Start".


Assinado em 2010, o tratado limita os arsenais dos dois países a um máximo de 1.550 ogivas na posse de cada uma das partes, uma redução de cerca de 30% em relação ao precedente limite fixado em 2002.


Fixa ainda até 800 o número máximo de rampas de lançamento e bombardeiros pesados.


Logo após a sua eleição em janeiro de 2021, o Presidente norte-americano, Joe Biden, prolongou o tratado por cinco anos, até 2026.


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Putin demite alto funcionário do Conselho de Segurança da Rússia


O Presidente russo, Vladimir Putin, demitiu hoje o secretário adjunto do Conselho de Segurança da Rússia, Yuri Averyanov, alegando problemas contratuais, demissão que ocorre em plena ofensiva militar russa na Ucrânia.

Putin demite alto funcionário do Conselho de Segurança da Rússia



O alto funcionário irá agora desempenhar outras funções no Governo russo, como assessor parlamentar.


Putin assinou um decreto que determinou a saída de Averyanov, de 73 anos, do atual cargo e estipulou que este passará a "desempenhar outras funções, também como funcionário" do Governo russo, segundo informação publicada pela agência de notícias russa Interfax.


Averyanov assumia as funções de secretário adjunto do vice-presidente do Conselho de Segurança russo e ex-Presidente do país, Dmitri Medvedev.


Anteriormente, Averyanov tinha ocupado vários cargos no Governo de Putin, bem como tinha trabalhado como professor no Departamento de Estratégia da Academia Militar das Forças Armadas russas.


Composto pelos principais funcionários estatais da Rússia e chefes das agências de defesa e segurança, tendo como Presidente o próprio Putin, o Conselho de Segurança é o órgão em que se tomam todas as decisões militares mais urgentes e importantes.


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Kremlin elogia recompensas a militares que destruam tanques ocidentais


A presidência russa (Kremlin) elogiou hoje a iniciativa das autoridades e empresas russas que anunciaram quererem dar recompensas em dinheiro aos militares que apreendam ou destruam tanques ocidentais no campo de batalha da Ucrânia.

Kremlin elogia recompensas a militares que destruam tanques ocidentais



"Isto demonstra, mais uma vez, a unidade e o desejo de todos de ajudar, com o melhor das suas capacidades, direta ou indiretamente, a operação militar especial [na Ucrânia] e a consecução dos seus objetivos", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.


Peskov respondia a uma pergunta sobre o que achava da decisão do governador de Zabaikalie, Alexandr Osípov, de pagar 3 milhões de rublos (cerca de 39 mil euros) aos habitantes daquela região da Sibéria oriental que apreendam um tanque ocidental fornecido à Ucrânia.


De acordo com a ordem do governador, a destruição de um tanque ocidental valerá ao seu responsável um milhão de rublos (cerca de 13 mil euros).


Observando que a Ucrânia ainda não recebeu tanques ocidentais, o porta-voz do Kremlin enfatizou que todos esses carros de combate serão destruídos.


"Havendo medidas de incentivo como estas, acho que haverá mais entusiasmo", defendeu Peskov, acrescentando que as empresas russas também estão a promover iniciativas semelhantes.


Na segunda-feira, a empresa russa de energia Fores anunciou que vai pagar 5 milhões de rublos (pouco mais de 65 mil euros) a quem destruir o primeiro tanque de um país da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e 500.000 rublos (6,5 mil euros) por cada um dos seguintes.


Caso a Ucrânia comece a receber aviões de combate ocidentais, "a recompensa financeira pelo primeiro a ser destruído será de 15 milhões de rublos (pouco menos de 200 mil euros)", acrescentou a empresa.


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Dois mortos e sete feridos após ataque russo em Kramatorsk


Decorrem ainda as operações de resgate. Há vítimas sob os escombros.

Dois mortos e sete feridos após ataque russo em Kramatorsk




Pelo menos duas pessoas morreram e sete ficaram feridas após um bombardeamento russo a um prédio residencial em Kramatorsk, na região de Donetsk, revelou o chefe da administração militar regional, Pavlo Kyrylenko.


Segundo o responsável, “os ocupantes russos atingiram um prédio residencial no centro da cidade com um míssil e destruíram-no completamente”. Neste momento, decorrem as operações de resgate e as “autoridades estão à procura de possíveis vítimas nos escombros”.


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já condenou o ataque e culpou os “terroristas russos”.


“Kramatorsk. Terroristas russos atingiram a cidade com um míssil balístico provocando vítimas civis. Algumas pessoas ainda estão sob os escombros. Nenhum objetivo além do terror. A única maneira de parar o terrorismo russo é derrotá-lo. Com tanques. Caças. Mísseis de longo alcance”, escreveu na rede social Twitter.


Já o seu conselheiro Mykhailo Podolyak, afirmou que o ataque foi levado a cabo por um míssil Iskander e que se “ouvem gritos dos escombros” “Cada vez que alguém do Ocidente fica com medo de uma ‘escalada’, o ‘mundo russo’ mostra seu sorriso bestial”, frisou.


O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.


A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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Sobe para três o número de mortos num ataque em Kramatorsk


Pelo menos três pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas esta quarta-feira, num ataque russo com míssil contra um prédio residencial em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, adiantou a polícia ucraniana.

Sobe para três o número de mortos num ataque em Kramatorsk



Fonte da polícia de Donetsk revelou que podem estar pessoas sob os escombros, noticiou a agência France-Presse (AFP).


"Mais de cem polícias estão a trabalhar no local do ataque", acrescentou.


A cidade de Kramatorsk está localizada na região leste de Donetsk, onde separatistas apoiados pelo Kremlin controlam parcialmente esta região industrial desde 2014, incluindo sua principal cidade, Donetsk.


Depois de ter decretado no ano passado que a região era russa, Moscovo tenta conquistá-la por completo.


"Pessoas pacíficas estão mortas e jazem sob os escombros", destacou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em reação ao ataque russo.
"É a realidade diária da vida no nosso país", sublinhou ainda.


O chefe de Estado ucraniano alertou esta quarta-feira à noite que a situação na frente de combate é "cada vez mais grave".


Zelensky reconheceu que "há um certo aumento nas ações ofensivas dos ocupantes na frente, no leste" da Ucrânia.


O Exército russo está, segundo o governante ucraniano, a "ganhar pelo menos algo agora para mostrar, no primeiro aniversário da invasão, que a Rússia supostamente tem alguma hipótese".


O Presidente ucraniano revelou ainda, no seu discurso noturno dirigido à nação, que iniciou processos disciplinares contra alguns dos funcionários dos serviços alfandegários demitidos.


"Infelizmente, em algumas esferas a única forma de garantir a legitimidade é a mudança dos responsáveis juntamente com a implementação de mudanças institucionais", frisou Zelensky, acrescentando que a mudança é "necessária para garantir que as pessoas não abusam do poder".


Os serviços de segurança e o Ministério Público ucranianos realizaram dezenas de buscas e outras ações em diferentes regiões e contra diferentes pessoas, no âmbito de investigações abertas, explicou o chefe de Estado ucraniano.


Zelensky sublinhou que a integridade dos processos no Ministério da Defesa e nas forças de defesa em geral são "especialmente importantes", acrescentando que qualquer abastecimento ou aquisição interna "deve ser absolutamente limpo e honesto como o abastecimento externo" para as forças ucranianas.


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Polícia russa apreende cartazes contra a guerra de artista com 77 anos


A polícia russa apreendeu hoje os cartazes pacifistas de uma artista, com 77 anos, um dia depois da inauguração da sua exposição em São Petersburgo, indicou o partido oposicionista Iabloko que tinha acolhido o evento nas suas instalações.

Polícia russa apreende cartazes contra a guerra de artista com 77 anos



Inaugurada na terça-feira à noite nas instalações locais deste partido, a exposição era constituída por 20 cartazes e quadros criados entre 2014 e 2022 por Elena Ossipova, conhecida como "a consciência de São Petersburgo" e opositora às guerras.


Hoje, "a polícia apreendeu os quadros pacifistas de Elena Ossipova", indicou o Iabloko, em comunicado.


Os polícias foram ao local, afirmando que tinham recebido um alerta de bomba, segundo a mesma fonte.



O relatório policial, citado no comunicado, indica que a polícia "descobriu nas paredes imagens gráficas desenhadas em telas e cartão, que continham provavelmente informações falsas sobre as forças armadas russas".


Entre os cartazes apreendidos estava um designado como 'Os Olhos da Consciência', com o rosto de uma menina com olhos grandes e uma frase em baixo do cartaz, escrita em russo e ucraniano, a dizer "Mamã, tenho medo da guerra".


O regime do presidente russo, Vladimir Putin, aumentou a repressão dos seus detratores, no seguimento da invasão da Ucrânia pelos militares russos, iniciada há cerca de um ano.


Entre as novidades repressivas está a lei que prevê até 15 anos de prisão para qualquer publicação de informação sobre os militares russos considerada "falsa".


Desde há anos que Ossipova é conhecida como uma feroz opositora da política de Putin e de qualquer conflito armado.


Ela saiu à rua com um cartaz pacifista pela primeira vez em 2002, depois da tomada de reféns no teatro moscovita Doubrovka por combatentes chechenos.


Desde então, raras são as ações de protesto em São Petersburgo que se desenrolam sem a sua presença.


Interpelada pela polícia por várias vezes, costuma ver os seus cartazes apreendidos.


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"Não sou aquela pessoa". Ex-comandante do grupo Wagner pede perdão


Andrei Medvedev pediu que os responsáveis pela milícia russa fossem responsabilizados pela forma como os soldados são tratados.

Não sou aquela pessoa. Ex-comandante do grupo Wagner pede perdão



Andrei Medvedev, o ex-comandante russo do grupo Wagner que fugiu para a Noruega, pediu esta quinta-feira desculpas por combater na Ucrânia, apelando a que os responsáveis por crimes de guerra levados a cabo em solo ucraniano sejam levados à justiça.


Numa entrevista à agência Reuters, Medvedev procurou desculpar-se mais uma vez por ter feito parte da milícia armada russa, que tem combatido na Rússia e que é acusada de cometer atrocidades, tanto na guerra na Ucrânia, como em países como o Mali e a República Centro Africana.


“Muitos consideram-me um bandido, um criminoso, um assassino. Antes demais, queria desculpar-me novamente e repetidamente. Apesar de não saber como é que isto vai ser recebido, quero pedir desculpas", disse Medvedev.


O antigo comandante russo garante que "não é aquela pessoa" que combateu na guerra na Ucrânia, admitindo que se juntou ao grupo e que "há momentos da [sua] história que as pessoas não vão gostar, mas ninguém nasce inteligente".


Andrei Medvedev tem vindo a admitir, em entrevistas realizadas após a sua fuga para a Noruega, a falta de coordenação e a grande brutalidade sistémica que tem sido implementada nas forças armadas russas e no grupo Wagner, descrevendo ordens contraditórias pelas hierarquias mais altas e opressão violenta de pessoas que pedissem para abandonar a guerra (algumas terão sido mesmo executadas).


No entanto, o ex-comandante não confirmou a prática de crimes de guerra e de atrocidades contra civis, dizendo repetidamente que não fazia parte desses grupos.


Ainda assim, Medvedev afirmou que é "assustador perceber que há pessoas que se consideram nossos compatriotas, e que viriam matar-nos num instante ou sob as ordens de alguém".


“Eu decidi manifestar-me publicamente contra isto para garantir que os responsáveis são punidos em certos casos e tentarei dar a minha contribuição, por mais pequena que seja,", prometeu.


O ex-militar escapou da Rússia no passado dia 13 de janeiro, conseguindo atravessar a fronteira dos dois países na região do Ártico. Medvedev conseguiu fugir, apesar da apertada segurança na região, revelando que ouviu tiros e cães atrás de si enquanto atravessou o rio gelado que separa Rússia e Noruega.


O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, um dos mais próximos aliados de Vladimir Putin (e uma personagem cuja influência tem sido muito criticada por entidades ocidentais), desvalorizou os testemunhos de Medvedev, considerando-o "muito perigoso" e contando que este maltratava prisioneiros quando trabalhava para a sua milícia.


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Sanções afetaram imagem da Rússia como "exportador de armas credível"


O Ministério da Defesa do Reino Unido avisa que a capacidade dos russos de fazerem a manutenção dos equipamentos exportados vai ficar mais difícil durante pelo menos três anos.

Sanções afetaram imagem da Rússia como exportador de armas credível



A guerra na Ucrânia tem levado ao limite a produção bélica russa e, avisa esta quinta-feira o Reino Unido, as exportações de armas estão a sofrer com o declínio na reputação da Rússia como um "exportador de armas credível".


No último relatório sobre a situação na Ucrânia, os serviços de inteligência do Ministério da Defesa britânico afirma que "o papel da Rússia como um credível exportador de armas está a ser muito provavelmente minado pela sua invasão na Ucrânia e pelas sanções internacionais".


A guerra, explica o Reino Unido, apenas veio a intensificar uma tendência que já se vinha registando, já que "mesmo antes da invasão, a percentagem da Rússia no mercado de armas internacional estava a cair". "Agora, confrontada com exigências conflituosas, a Rússia vai certamente priorizar o desenvolvimento de novas armas para as suas próprias forças na Ucrânia, em vez de exportar para parceiros", acrescenta.


No entanto, os serviços secretos britânicos referem que esta mudança na produção de armamento será difícil, já que as várias sanções económicas, aplicadas por vários países ocidentais e por aliados da NATO por todo o mundo, está a causar uma escassez de componentes que "está a afetar provavelmente a produção de equipamentos, como veículos armados, helicópteros de combate e sistemas de defesa antiaérea".


"Além disso, a capacidade da Rússia de manter serviços de apoio para contratos de exportação em vigor, como o provisionamento de partes suplentes e manutenção, será seriamente dificultada durante os próximos três a cinco anos", finaliza o Reino Unido.


As dificuldades de armamento na Rússia não são recentes. No ano passado, perante a escassez drástica de armas para combater na Ucrânia, o regime passou a comprar equipamentos a países como a Coreia do Norte e o Irão. O uso de drones iranianos para atacar infraestruturas civis tem sido, aliás, muito criticado por governos ocidentais, apesar de tanto Teerão como o Kremlin negarem repetidamente a realização de encomendas após o início da guerra.


O presidente russo, Vladimir Putin, também já advertiu publicamente a produção de armas no país, pedindo em dezembro que esta fosse acelerada para corresponder às exigências da guerra.


Segundo o Wilson Center, citado pela Sky News, a Rússia continua a ser o segundo maior exportador de armas do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos. A indústria russa é responsável por 20% das exportações globais de armas, o que corresponde a uma receita de 13,6 mil milhões de euros por ano.

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"Suicídio nuclear?" Os objetivos de Putin, segundo ex-ministro russo


O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou que Putin "sonha em intimidar e humilhar com sucesso o Ocidente" e que esse "é o seu objetivo estratégico".


Suicídio nuclear? Os objetivos de Putin, segundo ex-ministro russo



Andrei Kozyrev, o primeiro ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa após a dissolução da União Soviética, considerou, esta sexta-feira, que o presidente russo, Vladimir Putin, sabe que “desencadear uma guerra nuclear é suicida”, mas tem como objetivo "intimidar e humilhar" o Ocidente.


Numa série de publicações na rede social Twitter, o ex-ministro lembrou que, tal como ele próprio, Putin fez parte dos antigos serviços secretos russos - KGB - e, por isso, “sabe que após a crise dos mísseis cubanos, o Kremlin abandonou a doutrina ilusória de ganhar uma guerra nuclear”.


“[Putin] Herdou a realidade de uma destruição mútua em caso de conflito nuclear. Não mudou. Portanto, desencadear uma guerra nuclear é suicida. Mas ameaçá-la não é”, considerou Koryzev, que foi ministro entre 1990 e 1996, durante a presidência de Boris Yeltsin.


O ex-ministro citou uma série de conflitos entre Washington e Moscovo e, que “após muitas ameaças”, o Kremlin “concordou em negociar e proibir” as armas nucleares.


No entanto, em 2014, o presidente russo “anexou a Crimeia, parte de um país europeu,” e deu início a uma “guerra híbrida”. “Recordou ao Ocidente o seu arsenal nuclear e, de um modo geral, escapou à agressão”, escreveu.


“O apetite vem com a comida, como diz o ditado russo. Há quase um ano que Putin invadiu e começou a destruir a Ucrânia. Duplicou as ameaças nucleares e os bombardeamentos de longa distância a cidades e infraestruturas ucranianas”, disse ainda.


Lembrando que o Ocidente se recusa a enviar mísseis de longo alcance e caças para a Ucrânia, Kozyrev afirmou que Putin “ataca de longe com impunidade” até “a Ucrânia sangrar até à exaustão”.


“Putin não quer cometer suicídio nuclear, mas sonha em intimidar e humilhar com sucesso o Ocidente, em contraste com os seus antecessores soviéticos. Esse é o seu objetivo estratégico, e não apenas a conquista da Ucrânia, que seria o primeiro passo para a grandeza”, considerou.


Andrei Kozyrev tem sido um crítico ativo da invasão russa da Ucrânia. Dias após o início da guerra, afirmou que a ação da Rússia era um “ato bárbaro” e que nunca poderia imaginar um acontecimento semelhante quando era ministro dos Negócios Estrangeiros. Antes, havia pedido aos diplomatas russos para se demitirem dos seus cargos como forma de protesto.


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Comentadores russos discutem prós e contras de assassinar Zelensky


Comentadores de um programa russo defendem um ataque contra Zelensky para "assustar" Kyiv, ao passo que outro afirma que matar o presidente ucraniano não seria "proveitoso" para a Rússia.

Comentadores russos discutem prós e contras de assassinar Zelensky



Comentadores de um programa de televisão russo discutiram os prós e contras de assassinar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Um excerto do programa foi divulgado pelo conselheiro do ministério dos assuntos internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, nas redes sociais.


Segundo o vídeo divulgado no Twitter, um dos comentadores afirma que, caso se decida avançar com um “ataque para eliminar o presidente da Ucrânia”, é preciso “ter em mente” que as tropas russas “talvez não tenham oportunidade para o fazer, tal como não tiveram oportunidade de tomar Kyiv”.


“Mesmo que o presidente Zelensky não esteja num bunker, isso enviará uma mensagem absoluta de que há certas coisas que não iremos tolerar”, respondeu outro comentador, sugerindo que se deveria avançar com um ataque “para assustar” Kyiv.


“Temos de esperar que até que o presidente não esteja num bunker e atacar esse mesmo bunker. É aí que ficará claro que o estamos a querer dizer: ‘Está aqui um aviso. Podemos mesmo fazê-lo. Zelensky pode ser eliminado’”, concordou um terceiro comentador.


Já o primeiro comentador insistiu que, “mesmo que Zelensky seja eliminado”, os resultados não seriam os ideais para a Rússia. “Primeiro, Zelensky seria considerado um mártir internacional, um santo. E depois eles [ucranianos] iriam substituí-lo por alguém não menos eficaz do que ele”, explicou.


“Não haverá prós para nós, no geral, seria uma situação sem proveito para a Rússia”, considerou.


Sublinhe-se que, em janeiro, o autor e analista Chris Whipple revelou no seu livro ‘The Fight of His Life: Inside Joe Biden’s White House’ que o diretor da CIA, Bill Burns, se encontrou com Zelensky, em Kyiv, antes do início da guerra, para o alertar dos objetivos da Rússia, nomeadamente uma conspiração para matar o chefe de Estado.



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Médico norte-americano morre durante voluntariado em Bakhmut


Pete Reed "estava a ajudar ativamente na evacuação de civis ucranianos quando o seu veículo foi atingido por um míssil".

Médico norte-americano morre durante voluntariado em Bakhmut



O médico Pete Reed, veterano da Marinha dos Estados Unidos da América (EUA) e voluntário na Ucrânia, morreu, na quinta-feira, enquanto prestava assistência a civis em Bakhmut, na região de Donetsk. A informação foi avançada por dois grupos de ajuda médica com os quais Reed trabalhou e pela sua família.


Segundo a organização sem fins lucrativos Global Response Medicine (GRM), que o médico co-fundou em 2017, Reed, de 33 anos, estava na Ucrânia desde janeiro.


“Pete foi a base da GRM, servindo como presidente da organização durante quatro anos. Em janeiro, afastou-se da GRM para trabalhar com a Global Outreach Doctors na sua missão na Ucrânia e foi morto enquanto prestava ajuda”, lê-se num comunicado publicado na rede social Twitter.


Já Andrew Lustig, fundador e presidente da Global Outreach Doctors EUA, adiantou que o médico “estava a ajudar ativamente na evacuação de civis ucranianos quando o seu veículo foi atingido por um míssil em Bakhmut, Ucrânia, a 2 de fevereiro de 2023”.


“A morte de Pete sublinha a devastação que a guerra tem causado a civis inocentes, e destaca a importância da ajuda humanitária e médica para as comunidades afetadas. A GoDocs está empenhada em realizar este trabalho em todo o mundo em honra de Pete”, afirmou citado pela estação norte-americana CBS News.


O médico começou a trabalhar como paramédico em 2012, após o furacão Sandy ter atingido o seu estado natal de Nova Jersey, provocando a morte a mais de 200 pessoas. Depois, fez voluntariado no Iraque e no Afeganistão.


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Bucha, Mariupol e Kherson, três cidades que marcaram um brasileiro da ONU


O massacre de Bucha, a evacuação de Mariupol e a reconquista de Kherson foram os momentos que mais marcaram Saviano Abreu, porta-voz do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) na Ucrânia desde março do ano passado.

Bucha, Mariupol e Kherson, três cidades que marcaram um brasileiro da ONU



Tinha passado cerca de um mês desde o início da invasão russa quando o funcionário brasileiro da ONU de 39 anos chegou à Ucrânia e o cenário era de milhões e milhões de pessoas a sair das suas cidades, comboios abarrotados de gente a abandonar o país, estações lotadas e filas gigantes nas fronteiras. "São imagens que ninguém vai esquecer", disse Saviano Abreu em entrevista à Lusa, a partir de um abrigo subterrâneo em Kiev, quando a cidade enfrentava intensos ataques aéreos, recordando o desespero de habitantes que "tinham uma vida normal e da noite para a manhã fugiram das suas casas para sobreviver".


Apesar daquelas imagens que tiveram forte impacto em todo o mundo, ao fim de quase um ano na Ucrânia, outros três momentos marcaram Saviano Abreu, e o primeiro foi logo no início de abril, em Bucha, quando as forças russas abandonaram esta cidade nos arredores de Kiev, deixando um cenário de centenas de mortos, alguns com sinais de tortura, mutilação e abusos sexuais.


"Eu fui poucos dias depois da retirada das tropas russas a Bucha e vi aqueles corpos em valas comuns e aquelas imagens de uma perna, um braço, isso é algo que acho que nunca vai sair da minha cabeça", descreveu, além do cheiro dos cadáveres já em decomposição espalhados nas ruas "num ambiente de destruição", não só daquela cidade como também outras nas redondezas.


Seguiu-se, em maio, a retirada de civis na cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, na qual esteve envolvido, quando as forças russas apertavam o cerco ao complexo siderúrgico de Azovstal, onde se encontrava a última bolsa de resistência ucraniana.


"Foi um momento que também me marcou muito", recordou Saviano Abreu, mas também a população ucraniana, "quando se conseguiu retirar aquelas centenas de pessoas que estavam presas há mais de dois meses nos refúgios subterrâneos da siderúrgica de Azovstal, que tinham ficado ali sem nenhuma condição adequada para sobreviver, sem ver a luz do Sol, sem Internet ou tomar um duche".


No final do ano, as forças ucranianas realizaram uma forte ofensiva e reconquistaram Kherson, no sul do país, que tinha sido uma das primeiras cidades a cair no início da invasão russa.


Esse foi também um momento importante para o porta-voz da OCHA, quando chegou 72 horas depois de as tropas ucranianas retomarem o controlo da cidade, porque "foi o contrário" de todo o sofrimento que tinha testemunhado até então.


"Quando a gente entrava com um comboio humanitário, com as pessoas a aplaudir, a saudar a gente, era uma imagem de comemoração, de esperança, de ver que pelo menos elas esperavam que a situação ia melhorar", lembrou.


Posteriormente a realidade seria diferente, porque as forças russas não desistiram de Kherson e a cidade continua a ser bombardeada, mas, pelo menos naquele dia, ficou na memória de Saviano Abreu "a esperança nos olhos das pessoas, apesar de toda a destruição, dos mercados e supermercados completamente vazios e farmácias sem medicamentos".


Esse cenário de desolação estendia-se a outras áreas da região de Kherson, que tinham estado sob ocupação russa, e em pequenas aldeias ou vilas "não havia uma só casa que não tinha sido ou completamente destruída ou pelo menos danificada", sem pessoas ou muito poucas, quase sempre idosas, que ficaram para trás.


"Muitas desses povoados da frente de batalha perderam 90% da população, porque não tinha condições mesmo de ficar, pessoas que saíram muitas delas apenas com a roupa no corpo, fugindo algumas a pé de Dnipro, Mykolaiv, Kherson, muitos descalços, sem nada", descreveu, repetindo que se trata de "imagens muito duras".

Apesar das infraestruturas de estradas e comboios existentes no país, o desespero incluiu habitantes da própria capital, que "tiveram de sair sem nenhuma outra opção do que caminhar e fugir", recorda. A falta de combustível era outro problema e mesmo colegas de Saviano Abreu abandonaram a cidade a caminhar.


O funcionário brasileiro da ONU não consegue comparar esta crise com outros cenários difíceis nas suas experiências anteriores, como na Somália, Sudão ou Etiópia, porque "sofrimento humano é sofrimento humano, seja onde seja".


Na Ucrânia, o retrato é de dor e de famílias separadas, não há uma pessoa sequer que não tenha tido um familiar, um amigo, alguém que morreu por causa da guerra e o trauma que isso causa é brutal", afirma.


Mas "outras realidades são também muito duras", ressalva Saviano, dando o exemplo de países que enfrentam a seca e alterações climáticas, cujos habitantes em locais mais vulneráveis, sem ajuda humanitária, vão acabar por morrer.


Mas a guerra da Ucrânia "tem algumas especificidades que não vemos noutro lugar", dado o seu impacto mundial na segurança global e crise alimentar. Por isso Saviano Abreu confia que o apoio Internacional "vai continuar", apesar da consciência de que é difícil manter o mesmo nível de atenção dos media por muito tempo, numa guerra que espera que seja prolongada.


Isso significa, advertiu, que "cada dia mais pessoas, população civil, vão sofrer com a guerra, vão morrer por causa da guerra, e continuam a precisar de apoio Internacional e da ajuda humanitária".


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Autoridades ucranianas tentam prever regiões onde russos vão atacar


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discutiu hoje com as altas autoridades militares e dos serviços de informação possíveis novas ofensivas ofensivas russas, havendo indicações de que não serão generalizadas.

Autoridades ucranianas tentam prever regiões onde russos vão atacar



Tanto o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, como analistas do Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW), acreditam que, numa próxima fase, as tropas não atacarão em todas as frentes, ao contrário de 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.


"Não vemos esse risco", disse Reznikov em entrevista publicada hoje pelo jornal Ukraínska Pravda, na qual reforçou que os grupos mais importantes das Forças Armadas russas se encontram "no leste e no sul" do país.


"Os principais riscos são o leste, o sul e depois o norte", segundo o ministro, que descartou um novo ataque contra a capital, Kyiv, à semelhança do que aconteceu no início da invasão, embora as forças ucranianas também se estejam a preparar para esse cenário.


O vice-chefe da secreta militar, Vadym Skibitskyi, também afirmou hoje que a Ucrânia "determinou que a ofensiva do exército russo pode ocorrer nas regiões de Donetsk e Lugansk [leste], bem como possivelmente em Zaporijia [sul]".


Aquela província do sul, controlada apenas parcialmente pela Rússia, abriga a maior central nuclear da Europa, cuja segurança será abordada esta semana em Moscovo pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, que já tinha estado anteriormente em Kyiv.


Na ocasião, em 19 de janeiro, Grossi voltou a alertar para o risco de um acidente nuclear "a qualquer momento" na central ucraniana de Zaporijia, que está sob controlo russo, e insistiu na criação de uma zona de segurança.


"Sabemos, todos os dias, que um acidente nuclear ou um acidente com graves consequências radiológicas pode acontecer a qualquer momento, por isso estou tão preocupado", afirmou aos jornalistas o responsável da AIEA, em Kyiv, onde se avistou com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky


Sobre a situação imitar na Ucrânia, as dúvidas permanecem sobre a data em que ocorrerá uma nova ofensiva russa, sendo admitido pelas autoridades ucranianas que ela pode acontecer simbolicamente por ocasião do primeiro aniversário da invasão, em 24 de fevereiro.


No entanto, o governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, alerta para a concentração de tropas russas nesta região e ponderou, à televisão Belsat, que o ataque possa acontecer mais cedo, já a partir de dia 15.


Os serviços de informações militares ucranianos estimam, por sua vez, um prazo mais alargado. "Em janeiro, registámos que a Rússia planeia mobilizar de 300.000 a 500.000 pessoas para o Exército, a fim de garantir operações ofensivas no leste e sul da Ucrânia na primavera e no verão", disse Vadym Skibitskyi, alto funcionário desta estrutura, números a adicionar ao último recrutamento de 300.000 efetivos em setembro, num ataque que prevê que tenha a duração de dois meses, antecipando a chegada dos tanques pesados ocidentais.


No entanto, o Canadá enviou o primeiro dos seus prometidos tanques de guerra Leopard 2 para a Ucrânia, anunciou no domingo a ministra da Defesa, Anita Anand, e de imediato começará formação das forças ucranianas no seu funcionamento. Outros países ocidentais, incluindo Portugal, já anunciaram a sua intenção de estas viaturas de fabrico alemão, a somar aos blindados Abrams, dos Estados Unidos.


Na semana passada, um contingente ucraniano desembarcou no Reino Unido, com vista à formação nos carros de combate britânicos Challenger 2.


No terreno, as forças russas continuam a reivindicar avanços na direção de Bakhmut, na província de Donetsk, onde intensos combates são travados há largos meses.


"Não importa o quão difícil seja e quanta pressão haja, temos de aguentar", afirmou Volodymyr Zelenski na noite de domingo, antes de pedir hoje ao parlamento para alargar a lei marcial e a mobilização geral em vigor no país por mais três meses.


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Kyiv condenou 25 soldados russos por crimes de guerra


A Justiça da Ucrânia condenou até ao momento 25 soldados russos por crimes de guerra cometidos no país, disse o Procurador Geral, Andriy Kostin, frisando que 92 militares da Rússia estão acusados e outros 260 estão a ser investigados.


Kyiv condenou 25 soldados russos por crimes de guerra



"O ataque contra a população civil é uma estratégia deliberada da Federação Russa que inclui o assassinato, a tortura e a violência sexual", disse Kostin através da rede de mensagens digital Telegram e citado pelo portal de notícias Ukrinform.


Kostin acrescenta que as acusações registadas por Kiev desde o início da última invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022, como das anteriores:


desde a anexação da Crimeia, em 2014 e nas sucessivas ofensivas no Donbass, devem servir de base para julgamentos no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos ou no Tribunal Internacional de Justiça (Nações Unidas).


O Procurador Geral ucraniano recorda também os contactos com os "aliados ocidentais da Ucrânia" no sentido da criação de um tribunal especial para julgar crimes de guerra cometidos contra o país.


As acusações relacionam-se com a agressão militar russa, o genocídio e crimes de guerra.


De acordo com o portal Ukriform, atualmente 39 países e instituições internacionais investigam no terreno, ou junto de refugiados no estrangeiro, testemunhos sobre eventuais crimes cometidos desde o ano passado pelas forças da Rússia.


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"Fiquem em abrigos". Kharkiv alvo de novo ataque com mísseis


"O alerta de ataque aéreo começou após os primeiros ataques", refere a especialista em temáticas de segurança Maria Avdeeva.

Fiquem em abrigos. Kharkiv alvo de novo ataque com mísseis




A cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia antes da guerra, está novamente sob ataque por parte de mísseis russos, lançados a partir de Belgorod.


De acordo com a informação partilhada pelo governador regional, Oleg Synegoubov, através da rede social Telegram, "6 a 10 mísseis inimigos atingiram a parte central de Kharkiv".


"As informações sobre as vítimas e a escala da destruição estão a ser esclarecidas", destacou ainda, pedindo aos moradores de Kharkiv e da região que "fiquem em abrigos".



Na rede social Twitter, a especialista em temáticas de segurança Maria Avdeeva, também deu conta que foram ouvidas seis explosões na cidade.


"O alerta de ataque aéreo começou após os primeiros ataques", refere ainda.


Já na manhã de domingo, vários bombardeamentos perpetrados pelas tropas de Moscovo, em Kharkiv, provocaram cinco feridos e uma universidade ficou muito danificada.


A primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, considerou que o objetivo da Rússia é apenas "transformar cidades em ruínas e matar".


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"Sabemos que a Rússia perderá e vitória [da Ucrânia] mudará o mundo"


O presidente da Ucrânia discursou hoje no parlamento britânico. Zelensky referiu em particular o antigo primeiro-ministro Boris Johnson por ter convencido aliados a ajudar a Ucrânia.


Sabemos que a Rússia perderá e vitória [da Ucrânia] mudará o mundo



Num discurso hoje no parlamento britânico, no âmbito de uma visita inesperada, lembrou que "Londres tem estado com Kiev desde o primeiro dia, desde os primeiros segundos e minutos da guerra" e que estendeu "uma mão amiga quando o mundo ainda não tinha chegado a compreender como reagir".


Zelensky referiu em particular o antigo primeiro-ministro Boris Johnson por ter convencido os aliados a ajudar a Ucrânia "quando parecia absolutamente difícil" e aos deputados em geral pela "coragem e caráter na altura, forte carácter britânico".


Lembrando que em guerras passadas, "o mal perdeu", expressou a convicção de que "a Rússia vai perder" e que "a vitória vai mudar o mundo".


E depois de a Ucrânia ganhar a guerra, continuou, "qualquer agressor, pequeno ou grande, (...) que violar a ordem internacional (...) vai perder".


"Já obtivemos resultados notáveis. E devemos fazer todos os esforços para transformar as nossas conquistas nos alicerces da futura segurança mundial", vincou, referindo a importância de sanções económicas e a criação de um tribunal especial para julgar crimes de guerra.


Aplaudido várias vezes durante o discurso em Westminster Hall, o salão de cerimónias do edifício do Parlamento, onde o corpo da rainha Isabel II esteve em câmara ardente antes do funeral no final do ano passado, Zelensky urgiu os britânicos a continuar a combater a Rússia.


"Não estou a dizer que não haverá mais guerras depois de a guerra acabar. Não. É impossível apagar completamente o mal da natureza humana. Mas está ao nosso alcance garantir com palavras e atos que o lado bom da natureza humana prevalecerá", concluiu.


Zelensky já tinha discursado perante os deputados britânicos por videoconferência em março de 2022 e visitado Londres antes da guerra, em 2020.


Antes, durante o debate semanal na Câmara dos Comuns, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, comprometeu-se a continuar a apoiar a Ucrânia "para permitir uma vitória militar decisiva no campo de batalha este ano".


O Presidente ucraniano chegou hoje para uma visita ao Reino Unido anunciada apenas horas antes da chegada, a segunda ao estrangeiro desde a invasão da Rússia em 24 de fevereiro do ano passado.


Em 21 de dezembro, o líder viajou até Washington, onde foi recebido na Casa Branca pelo Presidente, Joe Biden, e falou perante o Congresso dos EUA.


O chefe de Estado ucraniano também é esperado em Bruxelas esta semana, na sequência de um convite para participar presencialmente numa cimeira do Conselho Europeu, agendada para quinta e sexta-feira.


Depois do discurso, Zelensky deslocou-se ao Palácio de Buckingham para uma audiência com o Rei Carlos III, seguindo-se uma visita a uma base militar em Inglaterra para ver o treino dos soldados ucranianos.



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Rússia sairá enfraquecida da guerra, diz especialista em geopolítica


O especialista em relações internacionais Miguel Monjardino sustenta que, independentemente do que acontecer na Ucrânia, a Rússia sairá enfraquecida da guerra, com um reforço do eixo euro-atlântico e a transição acelerada para um mundo multipolar.


Rússia sairá enfraquecida da guerra, diz especialista em geopolítica



Em entrevista à Lusa, no dia em que apresenta o seu novo livro - "Por Onde Irá a História?" - o professor de Geopolítica e Geoestratégia da Universidade Católica considerou que o Presidente russo, Vladimir Putin, atacou a Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado, achando que iria "ganhar rapidamente e que alteraria a distribuição de poder na Europa a favor da Rússia".


No entanto, quase um ano depois, não só o conflito prossegue, como se assistiu a "um reforço da distribuição do poder a favor da aliança euro-atlântica na Europa, acrescida de uma mobilização muito grande da sua base industrial de apoio à Ucrânia", a que se acrescentaria o pedido de adesão da Suécia e a Finlândia da NATO.


Este reforço, para Miguel Monjardino, é "uma das surpresas políticas da guerra" e, nesse sentido, "independentemente do que venha acontecer na Ucrânia, a Rússia terá à sua frente uma situação muito diferente e bastante mais desfavorável do que aquela que tinha a 23 de fevereiro do ano passado".


Apesar do apoio dos países aliados de Kiev, o especialista em relações internacionais é mais cauteloso quanto ao risco de uma confrontação direta entre a NATO e Rússia.


"Estamos a assistir a uma forma muito curiosa de uma guerra limitada e a limitação desta guerra interessa à Rússia, como interessa a todos os países da NATO", explicou, o que tem sido possível manter até agora, afirmando que os países europeus "estão a agir de uma forma muito curiosa e não forneceram à Ucrânia todo o material que a Ucrânia precisaria desde o início.


Mas vão enviando progressivamente mais material militar e "testando a reação russa e criando factos no terreno", declarou, acrescentando: "Se nos dissessem há um ano que a Alemanha iria fornecer carros de combate, veículos blindados ou sistemas integrados de defesa aérea à Ucrânia, ninguém teria acreditado".


Esse é um dos motivos que o leva a ter alguma prudência na antecipação do futuro, "porque daqui a seis meses podemos estar numa situação muito diferente, em que progressivamente seja fornecido mais material à Ucrânia", o que dependerá muito das circunstâncias do terreno e da avaliação política que for feita quer em Moscovo, quer nos países europeus e nos Estados Unidos.


No seu livro, Miguel Monjardino aborda a guerra da Ucrânia que conduzirá "à evolução do sistema internacional num sentido ou noutro", como "um catalisador da transição, que já estava em curso", e que será acelerado.


Nesta transição, "a não ser que a Ucrânia entre em rapidíssimo colapso, a Rússia sairá enfraquecida", declarou: "Vamos imaginar um cenário em que a Rússia controla todo o Donbass ucraniano, mesmo assim a Ucrânia sobreviverá como um Estado independente e será progressivamente integrada no espaço euro-atlântico".


O especialista recordou que o próprio ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger já veio dizer que não faz sentido, nas atuais circunstâncias, a neutralidade ucraniana que ele propôs há um ano.


"Também acho que em função do preço humano, financeiro e tecnológico industrial, que no fim de contas a Rússia tem de pagar para continuar a fazer esta guerra, esta será uma Rússia mais fraca no sistema internacional e será também uma Rússia mais dependente da China até ao final desta década", reforçou.


Durante a confrontação, segundo o professor universitário, "claramente há países que vão tirar partido e já estão a tentar tirar partido desta transição para uma nova configuração do sistema internacional", analisou, referindo-se à consolidação do polo euro-atlântico, mas não só.


"Nós na Europa, não devemos ter a ilusão de que países como a Índia, a África do Sul, o Brasil, o México e a Indonésia pensam da mesma forma que nós e que aceitarão a ordem internacional como está organizada agora", sustentou, adicionando que essa "seria uma ilusão perigosa" e que o mundo caminha para uma maior multipolaridade, na qual, insistiu "a Rússia será menos influente do que pensava quando começou esta guerra".


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Kyiv aponta "escalada máxima" na frente do Donbass


A Ucrânia apontou hoje uma "escalada máxima" na região leste de Lugansk a menos de duas semanas do primeiro aniversário da invasão militar russa, que poderá indicar o início duma ofensiva de Moscovo na região do Donbass.

Kyiv aponta escalada máxima na frente do Donbass



"O número de ataques dos ocupantes aumentou significativamente", afirmou no Telegram o chefe da Administração militar regional, Serhii Haidai, ao assinalar que "os russos estão a avançar em direção da Kreminna", apesar de não registarem "êxitos significativos".


O norte-americano Instituto de Estudos da Guerra (ISW) verificou que "as forças russas recuperaram a iniciativa na Ucrânia e deram início à sua grande ofensiva em Lugansk".


"O ritmo das operações russas ao longo da linha Svatove-Kreminna no oeste de Lugansk aumentou significativamente durante a semana passada", acrescenta o ISW, para acrescentar que o Exército russo obteve "avanços marginais ao longo da fronteira entre Kharkiv e a região de Lugansk".


Os analistas norte-americanos assinalaram que a presença nesta zona de "pelo menos três grandes divisões russas em operações ofensivas" sugere "que a ofensiva russa começou".


Haidai, que anteriormente qualificou a situação de "escalada máxima", assinalou que o exército russo também continua a bombardear localidades da zona, incluindo Makiivka, que foram "quase totalmente destruídas".



Nos últimos meses, as forças russas centraram os seus esforços nas regiões ucranianas de Lugansk e Donetsk, anexadas pela Rússia em setembro de 2022, em particular em torno das cidades de Vuhledar e Bakhmut.


A conquista destas cidades, em particular de Bakhmut, abriria aos russos o caminho até Sloviansk e Kramatorsk, os principais bastiões ucranianos no Donbass.


Kyiv considera que os russos se vão centrar em controlar totalmente Lugansk e Donetsk, mas também poderão desencadear operações nas regiões de Zaporijia e Kherson, no sul do país e também anexadas por Moscovo.


Andrii Yusov, porta-voz dos serviços de informações da Defesa da Ucrânia (DIU) alertou hoje pela televisão ucraniana que "o principal objetivo [russo] é, de facto, o leste e o Donbass".


"Outras áreas também podem ser afetadas, mas com esses ataques [a Rússia] tentará principalmente distrair e estancar as forças ucranianas" nessas zonas, indicou.


Segundo Yusov, existem atualmente 300.000 "invasores" na Ucrânia, no que representa "um aumento no número, mas não na qualidade do Exército russo".


"As unidades de maior qualidade e as armas de maior qualidade [russas] foram na sua maioria danificadas ou destruídas em território ucraniano durante o ano passado. E certamente não será possível preparar uma força adequada com o mesmo nível" a curto prazo, assegurou.


Também não excluiu que o Exército russo considere a hipótese de iniciar uma ofensiva pelo norte da Ucrânia ou desembarcar no sul, apesar de considerar esta opção de "suicida".


Hoje, e enquanto o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pedia na cimeira de líderes da União Europeia em Bruxelas "decisões rápidas e fiáveis" para deter o avanço da Rússia, o ex-presidente russo Dmitri Medvedev visitava uma fábrica de tanques na região siberiana de Omsk.


Medvedev, também membro do Conselho de segurança russo, assinalou que enquanto o "inimigo mendiga aviões, mísseis e tanques no estrangeiro", a Rússia deve "aumentar a produção de diversos tipos de armas, incluindo tanques modernos".


"Trata-se da produção e modernização de milhares de tanques", disse num vídeo difundido pelo Telegram.


Segundo o grupo de análise holandês Oryx, a Rússia perdeu 1.688 tanques no conflito ucraniano, dos quais 1.000 foram destruídos pelos tropas ucranianas, com 544 capturados, 79 com avarias menores e 65 abandonados.

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