Há guerra na Ucrania

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Procurador da Ucrânia está a investigar assassinato de civis em Bakhmut


Até ao momento, reporta a Reuters, a Rússia não respondeu às alegações que dão conta do assassinato de civis na sequência do ataque sobre Bakhmut.

Procurador da Ucrânia está a investigar assassinato de civis em Bakhmut



Os mísseis e artilharia russa atingiram, esta quinta-feira, um distrito residencial na cidade ucraniana de Bakhmut, matando três homens e duas mulheres e ferindo mais nove, disse o procurador-geral da Ucrânia. De acordo com a Reuters, a ocorrência está já a ser investigada como um crime de guerra.


"Cinco mortos e nove feridos devido ao bombardeamento de Bakhmut pelos invasores", informou o procurador-geral da República da Ucrânia na rede social Telegram. "Foram iniciados procedimentos criminais".


A investigação determinou já que os "projéteis dos ocupantes voltaram a atingir o bairro residencial da cidade", esta quinta-feira. Até ao momento, reporta a Reuters, a Rússia não respondeu às alegações que dão conta do assassinato de civis na sequência do ataque.


Sobre este tema, o gabinete do procurador-geral explicou que o gabinete regional de Donetsk lidera as investigações prévias ao julgamento e procedimentos criminais ao abrigo da secção do código penal da Ucrânia que cobre as violações das leis e costumes da guerra.


A Ucrânia, recorde-se, quer um tribunal especial para processar os líderes militares e políticos russos, que culpa pela guerra. O Tribunal Penal Internacional lançou a sua própria investigação sobre alegados crimes contra a humanidade e crimes de guerra, mas carece de jurisdição para processar a agressão na Ucrânia.



Apesar de a Rússia dizer que tem tentado evitar ferir civis no decorrer dos confrontos no terreno, facto é que Bakhmut, na região de Donetsk, tem estado no centro das atenções por parte das suas tropas.




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Um ano após guerra na Ucrânia. "Em vários sentidos, russos já perderam"


A analista de política externa Constanze Stelzenmüller considera que "em vários sentidos, os russos já perderam a guerra" na Ucrânia, atendendo aos crimes que cometeram, o que tornará a Rússia num "estado pária".


Um ano após guerra na Ucrânia. Em vários sentidos, russos já perderam



Em entrevista à Lusa, a diretora do Centro para os Estados Unidos e Europa da instituição de investigação Brookings, com sede em Washington, destacou que "a Rússia não está a cumprir minimamente as leis da guerra", atacando alvos civis, desde início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro do ano passado.


"Estão a atacar civis, habitações, infraestruturas críticas, a deportar crianças e entregá-las posteriormente para adoção", descreveu a analista alemã, à margem da conferência 'O Mundo Livre e os seus Inimigos', promovida esta semana em Lisboa pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, lembrando que "tudo isso são violações das Convenções de Genebra".


Especialista em assuntos de política externa da Alemanha, Europa e transatlântica, a antiga editora de defesa e segurança internacional na secção de política do semanário alemão Die Zeit disse que "a lista já é bem longa" e, ao contrário de outras guerras que cobriu como jornalista, "muitos desses crimes estão gravados em registos que são passíveis de uso judicial" e permanecerão para sempre.


"Mesmo que [o presidente russo] Vladimir Putin nunca enfrente um tribunal de justiça, é possível que os russos mintam sobre eles, mas não é possível para o resto do mundo ignorar esses factos", sustentou, o que conduz à ideia de que este quadro "torna bastante difícil que os russos encontrem um fim para esta guerra em termos que, como alguns apologistas alemães sugeriram, os ajudariam a salvar a face".


É nesse sentido que defendeu que, "sem dúvida, e em vários sentidos, os russos já perderam" a guerra na Ucrânia, o que se relaciona com o isolamento de Moscovo, após as atrocidade que cometeu, em que "é quase impossível agora ter uma conversa com diplomatas russos sobre qualquer assunto neste contexto".


Constanze Stelzenmüller tem dificuldade em prever o desfecho da guerra, mas basicamente coloca dois cenários, no primeiro dos quais "a Ucrânia recupera seu território", o que "para a Rússia seria uma enorme derrota estratégica".


Se forem dados os armamentos certos, "a Ucrânia tem uma perspetiva realista de recuperar pelo menos o seu território continental", afirmou a especialista, mas a lentidão demonstrada pelos países aliados sobre os equipamentos a fornecer e em colocá-los no teatro de operações é um obstáculo para atingir este objetivo: "É preciso ser um pouco pessimista em relação aos prazos da operação militar russa e da resistência ucraniana", alertou.


Noutro cenário, as forças de Moscovo prosseguem a ofensiva, pois apesar da diminuição dos seus recursos económicos e de estarem a matar os seus próprios cidadãos, "ainda têm muitos recursos militares que lhes permitem continuar a matar pessoas na Ucrânia e noutros países, se assim o quiserem".


A analista não vê, contudo, "um cenário em que a Rússia não saia como um estado pária", somando "muitas derrotas" na opinião pública.


"Quanto mais eles fazem isso, mais união encontrarão na oposição internacional, não apenas no ocidente, mas presumivelmente em algum momento também em países das regiões não ocidentais do mundo", sublinhou, acrescentando que, com o passar do tempo, até "aqueles países que estão inclinados a tentar ser neutros começam a achar que isto é ofensivo para eles também".


Constanze Stelzenmüller insistiu que o mundo está perante "uma invasão intencional, brutal, cínica e sádica de um país independente, soberano e pacífico que é seu vizinho e seu parente cultural" e também de "uma violação ultrajante das regras fundamentais da ordem internacional.


"Se a Rússia vencer, tudo o resto estará em disputa", advertiu: "se a Rússia perder, terá de haver muito trabalho de reparação a fazer, em primeiro lugar, na Ucrânia".


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"Prontos para ser usados". França envia 14 veículos de combate à Ucrânia


De acordo com as forças armadas francesas, 14 veículos blindados de combate AMX-10RC já foram enviados e podem ser usados, "uma vez que as tropas ucranianas já receberam treino".


Prontos para ser usados. França envia 14 veículos de combate à Ucrânia



França já enviou 14 veículos de combate blindados AMX-10 para a Ucrânia, depois de anunciado, no mês passado por Emmanuel Macron, numa conversa com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o compromisso do envio.


De acordo com as forças armadas francesas, citadas pelo Kyiv Post esta sexta-feira, 14 veículos blindados de combate AMX-10RC já foram enviados para a Ucrânia e "estão prontos para ser usados, uma vez que as tropas ucranianas já receberam treino".


No telefonema entre os presidentes no início do mês de janeiro, Macron tinha deixado claro que iria enviar veículos de combate blindados AMX-10.


"Esta é a primeira vez que veículos blindados de fabrico ocidental vão ser fornecidos em apoio ao exército ucraniano. Existem discussões em andamento sobre a entrega de mais viaturas", revelou, na altura, fonte do Eliseu, citada pela Reuters.


Os veículos blindados do tipo AMX-10 RC, de fabrico francês, são veículos de reconhecimento armado com alta mobilidade, com capacidade para transportar quatro pessoas. Têm como objetivo ajudar Kyiv a travar a ofensiva russa.


Segundo o Ministério das Forças Armadas francês, citado pelo jornal The Guardian, o AMX-10 de fabrico francês é um veículo de reconhecimento armado com alta mobilidade, com capacidade para transportar quatro pessoas.


Após o anúncio em janeiro, Zelesnky agradeceu o apoio que considerou "muito importante para restaurar a segurança de todos os ucranianos e a paz de todos os europeu". "Devemos pôr fim à agressão russa este ano e não adiar nenhuma das capacidades defensivas que podem acelerar a derrota do Estado terrorista", rematou.


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Morre um terceiro voluntário francês que combatia pelas forças de Kyiv


Um voluntário francês que combatia nas fileiras ucranianas morreu na quinta-feira, durante confrontos com as forças russas, adiantou hoje fonte da família aos órgãos de comunicação franceses.


Morre um terceiro voluntário francês que combatia pelas forças de Kyiv



Este é o terceiro francês a morrer depois de integrar a chamada Legião Internacional, formada por voluntários estrangeiros que combatem pela Ucrânia contra as forças russas desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.


Andreas Gallozzi, de 22 anos, morreu nos combates na região de Lugansk, segundo comunicou a legião à sua mãe, Edith.


Gallozzi tinha servido num regimento de paraquedistas do Exército francês, mas foi forçado a deixar o serviço devido a problemas de saúde e não hesitou em corresponder ao apelo da Ucrânia que exortou voluntários estrangeiros a combater por Kiev após o início da invasão russa, acrescentou a sua mãe.


A invasão russa causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.


Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.


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Um ano de guerra na Ucrânia: Putin "faz bluff" com ameaça nuclear


A ameaça de escalada nuclear da guerra na Ucrânia é "bluff" e uma estratégia dissuasiva do presidente russo Vladimir Putin, defendeu à Lusa a cientista política ucraniana Nataliia Kasianenko, professora na Universidade Estadual da Califórnia em Fresno.


Um ano de guerra na Ucrânia: Putin faz bluff com ameaça nuclear



"Penso francamente que Putin está a fazer bluff no que toca a armas nucleares e ao poder nuclear", afirmou a analista, em entrevista. "É a única coisa que a Rússia pode usar como dissuasivo do Ocidente, contra o poder militar ocidental".


Quase um ano depois da invasão da Ucrânia, tem havido alusões a uma escalada tanto por parte de Putin como dos seus aliados. Em janeiro, o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, avisou que "a derrota de um poder nuclear numa guerra convencional pode desencadear uma guerra nuclear".


Mas a politóloga Nataliia Kasianenko analisa as ameaças no contexto de um conflito que não correu como esperado pelo Kremlin e uma aliança mais forte que o previsto em torno da Ucrânia.


"Acredito que o presidente russo está a usar a carta nuclear de forma a ameaçar o Ocidente e evitar que os países ocidentais ofereçam mais apoio ao povo ucraniano", disse. "Penso, francamente, que o presidente entende que se tentar usar armas nucleares a retaliação vai ser forte e Putin não poderá sobreviver a isso".



Um perigo mais imediato, considerou, é a preparação de um ataque renovado para coincidir com o primeiro aniversário da invasão de 24 de fevereiro de 2022.


"Estamos preocupados porque ouvimos falar de planos de novos avanços do lado russo e há tropas a serem reunidas na fronteira", disse Kasianenko, referindo relatos de 300 a 500 mil militares preparados para voltar a entrar.


"Sabemos que o presidente Putin adora aniversários, por isso esta data de 24 de fevereiro é algo que os ucranianos não estão ansiosos por ver", continuou. "Há muitos receios de que haja uma nova tentativa de invasão alargada para tomar a capital Kiev".


A sombra de uma escalada na guerra paira sobre uma situação interna difícil na Rússia, embora Kasianenko afaste a ideia de que Putin possa ser desafiado.


"Houve muita discussão sobre a erosão do poder e as lutas internas na Rússia em 2022", referiu. "Alguns otimistas acreditavam que talvez os generais percebessem que o plano de Putin de ocupar a Ucrânia em poucos dias falhou e tentariam tomar o poder. Não vimos isso a materializar-se".


A analista disse que a ideia de que Putin estaria sozinho na sua determinação de ocupar a Ucrânia não corresponde à realidade. "Tem apoiantes e as elites que o alimentam com certas narrativas, que lhe dizem que a Rússia pode e vai ganhar esta guerra", continuou. "Não estou otimista quanto a um golpe, não estou otimista que haverá uma revolução na Rússia que tire Putin do poder".


Kasianenko frisou que os russos que são contra a guerra já deixaram o país, numa vaga de fugas que atingiu os milhões desde o início do conflito. "As outras pessoas estão em silêncio e a tentar evitar a política, porque têm medo", frisou. "A natureza da opressão na Rússia intensificou-se de forma dramática desde a primavera de 2022".


A solidez da aliança transatlântica também contribuiu para o isolamento russo. Apesar da discussão nos círculos políticos -- dos Estados Unidos a alguns países europeus -- o apoio tem-se mantido consistente. A própria China, que até aumentou o consumo de energia russa, não se colocou em definitivo ao lado do Kremlin como se temia.


"A China tem tentado andar na linha e basicamente apelar aos dois lados, ao Ocidente e à Rússia", disse Kasianenko. "Em termos de apoio militar e diplomacia, parece que os chineses estão a enviar uma mensagem de que a guerra não é uma coisa boa para a comunidade global e os chineses prefeririam ver a guerra a terminar".


Natural de Kharkiv, no leste da Ucrânia, Kasianenko acredita que Putin só estaria disposto a terminar o conflito agora se a Rússia pudesse manter os territórios que ocupou.


"Mas esses não são termos que os ucranianos estariam dispostos a aceitar, considerando quantas pessoas morreram a lutar pela Ucrânia e o facto de que uma percentagem tão grande do território foi brutalmente ocupada", afirmou. "Os ucranianos não estão disponíveis para negociar nesses termos. Não é apenas uma questão de parar o conflito e a guerra, é o custo para a Ucrânia".


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Um ano de guerra: Tensão, escassez e silêncio nas áreas ocupadas


Quase um ano depois do início da invasão russa, os ucranianos que vivem sob a administração ocupante enfrentam tensão, escassez de bens e medo da vigilância do Kremlin, disse à Lusa a cientista política ucraniana Nataliia Kasianenko.


Um ano de guerra: Tensão, escassez e silêncio nas áreas ocupadas



Com a maior parte da família ainda na Ucrânia, a analista partilhou o relato daqueles que vivem sob ocupação desde a primavera de 2022 sobretudo em Berdyansk, uma cidade no sul do país a 85 quilómetros de Mariupol que tinha 100 mil habitantes quando estalou o conflito.


"É tenso. A administração ocupante está a criar novas regras, está a 'encorajar' fortemente as pessoas a obterem passaportes russos", afirmou. "Há escassez de bens de consumo na cidade onde os meus familiares estão localizados, em Berdyansk, porque os negócios locais foram-se embora e não querem colaborar com a administração russa", contou. "Há escassez de bens, há escassez de produtos farmacêuticos e é stressante.".


Numa situação volátil, Kasianenko refere que há medo e instabilidade entre os que sonham com a viragem. "As pessoas estão assustadas, não sabem bem o que esperar. Muitos estão à espera da libertação e têm esperança que o exército ucraniano avance e liberte o sul", contou.


Mas há também habitantes que já só querem paz a qualquer custo. "Várias outras pessoas parecem estar conformadas com a situação. Do que ouço, algumas estão contentes pela ocupação russa daquela área. Pensam que a vida será essencialmente melhor sob o poder russo".


Os motivos, disse Kasianenko, passam muito pela propaganda e por estratégias como a descida dos preços da eletricidade. "Penso que é assim que o governo ocupante está a tentar criar alguma forma de legitimidade e complacência", frisou a analista. "Dizem que os preços vão baixar e as vidas das pessoas vão melhorar financeiramente".


Por outro lado, há uma campanha forte de propaganda nos meios disponíveis, já que a televisão ucraniana foi desligada e os habitantes só têm acesso a meios de comunicação controlados pelo estado russo nas áreas sob ocupação.


"As narrativas que eles avançam são unilaterais, onde os ucranianos são retratados como fascistas e assassinos e o Ocidente é mostrado como o lado inimigo neste conflito", explicou Kasianenko. "As pessoas querem paz, acreditam no que veem e no que leem online".


Neste contexto também há medo de falar. "As pessoas que são contra a ocupação têm de se manter em silêncio e não partilham opiniões além do círculo familiar", referiu. "Nem sequer discutem tais coisas ao telefone, porque não sabem quem pode estar à escuta". O serviço de internet e de telemóvel tem estado com muitas falhas e há quem suspeite que isso está relacionado com a potencial vigilância russa.


A fragilidade das linhas de comunicação e o medo das escutas tornam difícil perceber a percentagem de pessoas que vivem em zonas ocupadas que são realmente complacentes ou estão à espera da libertação. O desejo comum é "que as suas vidas continuem, querem voltar à paz nas suas vidas".


Todavia, Kasianenko não antevê uma resolução próxima do conflito e indica que a guerra deverá continuar pelo menos até ao final deste ano. Longe está a visão esperançada de 2022 de que a resistência ucraniana e o apoio ocidental levariam a repelir os russos totalmente.


"Tenho esperança que vamos ver mais avanços ucranianos, de forma similar ao que vimos no outono do ano passado", indicou, quando a região de Kharkiv e parte da região de Kherson foram libertadas e houve avanços na região de Donetsk. "Mas penso que a guerra vai continuar, pelo menos até ao final de 2023".

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Rússia acusa 680 militares e funcionários ucranianos de crimes de guerra


A Rússia acusou de crimes de guerra 680 funcionários da segurança ucraniana, comandantes das Forças Armadas e dirigentes do ministério da Defesa, disse o presidente do Comité de Investigação da Rússia, numa entrevista publicada hoje pela imprensa russa.

Rússia acusa 680 militares e funcionários ucranianos de crimes de guerra



"Atualmente, 680 pessoas estão a ser processadas. Foram também determinadas medidas para acusar 403 pessoas (...)", declarou Alexander Bastrikin numa entrevista divulgada hoje pela agência de notícias oficial TASS.


De acordo com Bastrikin, entre os acusados de usar meios e métodos de guerra proibidos estão 118 pessoas que são comandantes e líderes das Forças Armadas da Ucrânia e do Ministério da Defesa da Ucrânia.


O presidente do Comité de Investigação da Rússia - subordinado diretamente ao Kremlin - sublinhou que para 136 pessoas foi decretada a detenção à revelia.


Segundo Bastrikin, as ações das forças de segurança ucranianas estão a ser criminalizadas com base no artigo do Código Penal da Federação Russa sobre o uso de armas com propriedades altamente lesivas contra a população civil, incluindo aquelas com ogivas de fragmentação.


Este artigo prevê igualmente a responsabilidade "por maus-tratos à população civil".

O Comité de Investigação da Rússia abriu também mais de 150 processos criminais por informações que "desacreditam" as Forças Armadas russas desde o início da guerra na Ucrânia, há quase um ano, e acusou 136 pessoas no âmbito de este tipo de crime.


"Foram iniciadas 152 acusações criminais, das quais foram processadas 136 pessoas (...)", disse Bastrikin à TASS, acrescentando que "16 sentenças já foram proferidas".



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"Objetivo da Rússia era eliminar a Ucrânia do mapa", diz Biden


O presidente norte-americano, Joe Biden, visitou Kyiv, na Ucrânia, na semana que se celebra o marco de um ano da invasão russa ao país.

Objetivo da Rússia era eliminar a Ucrânia do mapa, diz Biden



O presidente norte-americano, Joe Biden, elaborou, em declarações aos jornalistas junto a Volodymyr Zelensky, esta segunda-feira, na Ucrânia, no início da semana em que se celebra o marco de um ano da guerra, que o mundo estava a "preparar-se para a queda de Kyiv", mas errou porque "todos se uniram para ajudar a Ucrânia a defender-se".


Durante a visita à capital ucraniana, Biden apontou ainda que "um ano depois [do início da guerra], Kyiv continua de pé, a Ucrânia continua independente e a democracia prevalece".


Na ótica de Biden, "o objetivo da Rússia era eliminar a Ucrânia do mapa mas isso está a falhar. A Rússia tem perdido território". "A economia da Rússia está isolada e a sofrer as consequências", reforçou.


"Putin achava que a Ucrânia era fraca e o Ocidente estava dividido". "Pensou que poderia sobreviver a nós [EUA], mas não acho que ele esteja a pensar nisso agora", esclareceu ainda.



Biden tem "toda a confiança" de que a Ucrânia prevalecerá contra a Rússia na "maior guerra terrestre da Europa em três quartos de século".



A visita do presidente norte-americano à Ucrânia, a primeira desde a invasão, foi um momento altamente simbólico destinado a demonstrar o apoio americano duradouro ao país e o seu povo.


No discurso, em declarações aos jornalistas, Biden lembrou que falou com Zelensky falaram enquanto ouvia as sirenes de ataque aéreo.


Há um ano, quando a guerra na Ucrânia começou, os presidentes falaram por chamada telefónica quando "o mundo estava prestes a mudar". Nessa altura, recorda que lhe pediu para reunir os líderes do mundo.


Kyiv "capturou uma parte do meu coração", rematou.


A visita de Biden a Kyiv foi uma 'surpresa' já que a Casa Branca tinha revelado, a semana passada, que Biden não tinha intenção de cruzar a fronteira com a Ucrânia, após ter anunciado que iria visitar a Polónia hoje e amanhã.


Durante a visita, o presidente norte-americano anunciou um pacote de apoio militar à Ucrânia e garantiu ao país o apoio inabalável dos Estados Unidos diante da invasão russa.


A visita de Biden à Polónia, de acordo com a mesma fonte, servirá para assinalar um ano de guerra na Ucrânia e "reafirmar o apoio inabalável dos Estados Unidos à segurança da aliança.


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"Se preço pela vitória é a morte" da população, mais vale largar Bakhmut


Algures entre Izium e a linha da frente em Bakhmut há um hospital 'escondido' que foi recuperado dos escombros da corrupção que assolou a Ucrânia no passado e hoje tem a finalidade de tratar militares em tempo recorde.

Se preço pela vitória é a morte da população, mais vale largar Bakhmut



Vasyl, 39 anos, e Andryi, 30. Cinco quilómetros separavam estes dois militares na linha da frente na região de Donetsk. Hoje estão a menos de 50 centímetros um do outro, em camas separadas, mas no mesmo quarto de um hospital destruído há anos não pela artilharia, mas pela corrupção.


Os antigos líderes, favoráveis à Rússia, desta vila cujo nome por questões de segurança não pode ser revelado, desviaram financiamento para o hospital e estavam preparados para entregar a vila a Moscovo quando a invasão começou, mas acabaram por ser destituídos, assim explica um habitante que se encaminha para a unidade hospitalar que, entretanto, foi reequipada e reconvertida para ser a segunda linha na assistência médica a quem está a combater na primeira.


O hospital está completamente cheio. O rácio é de 1.000 militares nas instalações por cada dez habitantes. A esta unidade chegam apenas os militares com ferimentos ligeiros e há apenas um objetivo: recuperá-los num ápice para que consigam voltar para os pelotões.
É nessa situação que estão Vasyl e Andryi, vítimas dos estilhaços resultantes de bombardeamentos.


"Estive até agora a lutar em Soledar e Bakhmut, mas já cá estou há 11 dias", explica à Lusa Vasyl. Bibliotecário de profissão, diz estar "arrependido por estar a participar na guerra", mas agora sabe que tem "de voltar".


"Não tenho para onde ir, não tenho escolha, tenho de regressar", completa.


Já sobre a situação em Bakhmut, inacessível por causa de uma batalha que dura há semanas entre as Forças Armadas da Ucrânia e os militares do Kremlin apoiados pelos mercenários do grupo Wagner, Vasyl diz que "é muito difícil" e que "é impossível falar sem brincar", já que, para este militar, o humor é a única maneira de conseguir conviver com a brutalidade da guerra.


Mas sobre o desfecho da batalha, o tom já é sério: "Se o preço pela vitória é a morte de toda a população, então mais vale deixá-la [à cidade]".


O caminho de Andryi foi outro. Natural de Suma, uma cidade que foi ocupada, e, entretanto, libertada, decidiu fazer a recruta e continuou a formação militar para se tornar um 'sniper'.


"Era essa a função que vinha para cá desempenhar, mas o anterior 'sniper' morreu, também por causa de estilhaços, e a arma ficou danificada. Por isso fui para a infantaria servir o meu país", explicou.


Dois meses de formação específica e Andryi foi para o terreno, mas apenas dez dias depois de começar a combater, foi apanhado por uma explosão e ficou ferido.


Mas assim que voltar ao terreno e quando que chegar a nova arma, Andryi vai regressar como 'sniper'. Vasyl como soldado de infantaria, e, em princípio, desta vez integrarão o mesmo pelotão, pelo que a amizade que desenvolveram nestas camas de hospital poderá servir como 'âncora' para a tormenta do conflito.


É hora do almoço, uma grande panela de ferro com sopa é transportada por dois militares, um deles leva também dois sacos de pão, até uma cantina improvisada dentro de um gabinete. A equipa médica e militares que supervisionam as instalações aproveitam para descansar um pouco. Quase ninguém fala, ocasionalmente uma pessoa levanta-se para ir buscar mais uma fatia de pão e pergunta se "alguém quer".


A luz dentro desta unidade é reduzida ao máximo, as janelas estão emparedadas e no exterior há sacos de serapilheira cobertos de areia para proteger a estrutura de um bombardeamento.


Há camas no meio de uma sala de espera, que também serve de secretaria do hospital. O segundo piso e metade do terceiro estão completamente ocupados por militares.


A equipa médica militar veio quase toda de Kiev e está em permanência nesta unidade, tal é o volume de militares que dá entrada neste serviço. Só os que requerem intervenções cirúrgicas é que são diretamente transportados para Kharkiv.


Neste hospital apenas se estabilizam militares feridos em combate, que aqui permanecem até poderem regressar. Uma recuperação rápida é sinónimo de um reforço na linha da frente, a braços com uma pressão acrescida que os militares russos têm exercido sobre Bakhmut nas últimas semanas.


Vasyl, o médico, não o militar, chegou a este hospital há pouco mais de dois meses e já está a coordenar tudo. "Como está longe o suficiente da linha da frente, aqui podemos ter alguma calma", elucida.


No entanto, a Federação Russa está há semanas a tentar atingir a unidade hospitalar.


E já estiveram muito perto de o conseguir: "Há dez dias a artilharia caiu muito perto, alguns civis morreram. Nós tentámos salvá-los, mas não conseguimos", relata.



Impedir que a unidade trate de soldados que mais rapidamente podem regressar ao combate "traria vantagens à Rússia", acrescenta o diretor daquele serviço.


Por isso, a localização exata deste hospital não pôde ser revelada, a pedido das autoridades ucranianas.


Vasyl e Andryi deverão receber alta nos próximos dias. Serão novamente contactados pelo comandante a quem obedeciam ou então serão chamados para outra unidade. Tudo indica que da próxima vez vão estar lado a lado na linha da frente, mas enquanto Andryi aponta como inevitável o regresso à linha da frente, Vasyl esperava ser dispensado.
Mas nada indica que tal aconteça.


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Rússia responde ao líder do grupo Wagner e rejeita falta de munições


O Ministério da Defesa russo considerou "absolutamente falsas" as declarações do chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgueni Prigozhin, de que o Exército parou de fornecer munições aos combatentes no Donbass, considerando a decisão uma "traição" do alto comando militar.


Rússia responde ao líder do grupo Wagner e rejeita falta de munições



"O comando do grupo conjunto de tropas (na Ucrânia) dá atenção especial, constante e prioritária ao fornecimento de tudo o que é necessário aos voluntários e soldados das unidades de assalto", afirmou, em comunicado, o Ministério da Defesa, que qualifica os mercenários do grupo Wagner como "voluntários".


O departamento chefiado por Sergei Shoigu sublinhou que, apenas nos últimos dois dias, o avanço total relativamente às posições defensivas das Forças Armadas da Ucrânia das unidades de assalto russas na área da cidade de Bakhmut foi "mais de dois quilómetros e meio".


"O sucesso das operações de combate não teria sido possível sem o total apoio de fogo da ofensiva por artilharia, viaturas blindadas e outras armas de fogo", acrescentou.


No comunicado, o Ministério da Defesa russo enfatiza que, apesar das "difíceis condições climatéricas na área de Bakhmut, 18 incursões de aeronaves de assalto foram realizadas nos últimos dias para apoiar a ofensiva".


"Portanto, todas as declarações 'de cabeça quente' sobre a falta de munições são absolutamente falsas", sublinhou.

Argumentou que somente entre 18 e 20 de fevereiro "os voluntários" dos esquadrões de assalto receberam 1.660 mísseis para lançadores de foguetes múltiplos, 10.171 munições para canhões de artilharia de grosso calibre e morteiros, além de 980 projéteis para tanques.


"Todas as solicitações de fornecimento de munições para as unidades de assalto são respondidas o mais rápido possível. Assim foi e assim será", sublinhou, acrescentando que, nos próximos dias, todos os pedidos apresentados para fevereiro serão totalmente atendidos.


A Defesa russa explicou que as entregas de munições começarão sábado, de acordo com o pedido apresentado para março.


"No total, durante o ano passado, as necessidades de munição dos destacamentos de assalto foram satisfeitas em 140% dos pedidos recebidos. Esta é a nossa prioridade", insistiu.

No comunicado, o ministério diz ainda que as tentativas de "dividir o estreito mecanismo de interação e apoio entre as divisões do grupo russo são contraproducentes e só beneficiam o inimigo".


Na segunda-feira, Prigozhin, que mantém uma relação tensa com o comando político e militar do Ministério da Defesa, denunciou uma "falta total de munições" nas fileiras dos destacamentos mercenários que lutam no Donbass e exigiu mais projéteis.


Prigozhin, conhecido pelos seus estreitos laços com o Kremlin, disse que, até ao momento, a Defesa fez "ouvidos moucos" a todos os seus pedidos.


Frisou ainda que quando o general Sergei Surovikin comandava as forças russas lutando na Ucrânia "não havia problemas com munições".


Na terça-feira, também acusou Shoigu e Gerasimov -- atual comandante das Forças Armadas russas - de "traição" por quererem "destruir" a sua companhia mercenária ao alegadamente proibirem a entrega de munições aos combatentes.


Prigozhin já tinha acusado no passado a Defesa russa de tentar roubar-lhe vitórias, dando como exemplo a operação para tomar o reduto ucraniano de Bakhmut, onde o grupo Wagner conquistou várias cidades.


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Da memória de Chasiv Yar reergue-se a próxima linha de defesa no Donetsk


Chasiv Yar foi eviscerada pela artilharia e hoje não é mais do que o esqueleto de uma cidade que foi lar para mais de 10.000 pessoas, mas das 'ossadas' vai erguer-se um bastião da resistência ucraniana no Donetsk.

Da memória de Chasiv Yar reergue-se a próxima linha de defesa no Donetsk



Chasiv Yar está completamente deserta. A neve cobre tudo nesta pequena cidade no leste da Ucrânia e se derretesse não haveria vestígios da vida que outrora tinha.


A artilharia russa deixou poucos edifícios de pé e os últimos habitantes abandonaram a cidade há dois dias, graças à tenacidade de um grupo de voluntários agora especializado em entrar nas piores áreas do Donetsk para retirar a população. No chão apenas restam as marcas de lagartas, nas paredes buracos dos estilhaços.


A cidade está a 17 quilómetros de Bakhmut, onde há semanas as Forças Armadas da Ucrânia estão a tentar repelir a ofensiva de Moscovo apoiada pelos mercenários do grupo Wagner. O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, deverá anunciar a conquista de Bakhmut na sexta-feira, por ocasião do aniversário do primeiro ano desde o início da invasão da Ucrânia.


Contudo, não há indicações de que a cidade tenha 'caído'. Com tantos avanços e recuos na região, Chasiv Yar está hoje a pouco mais de cinco quilómetros da linha da frente. E aqui só há neve e o som ininterrupto da artilharia, de um lado e do outro.


Ouvem-se duas explosões, uma e imediatamente depois outra. Uma terceira dois minutos depois. Ainda não tinha passado um quarto de hora desde que a Lusa entrou na cidade e pelo menos 12 projéteis tinham atingido esta pequena localidade.


Entre as árvores é possível vislumbrar dois tanques, escondidos para que a artilharia russa não os encontre e destrua. Um pouco adiante há mais um, mais dois, pelo menos 16 tanques estão escondidos e posicionados. Mas há mais.


Ao longe, entre os bombardeamentos, ouve-se o som de lagartas a avançar pela estrada e a quebrar o gelo que a cobria. A bordo três militares ucranianos, que sem pestanejar 'enfiam' o tanque entre as árvores, para o ocultar dos olhos das forças do Kremlin.


"Viemos do trabalho", gritam.


O primeiro a sair do veículo de combate é Aleksandr, comandante de uma brigada que está desde o início da guerra no Donetsk.


Aleksandr dispensa apelido, é apenas conhecido como o homem que conseguiu capturar dois tanques russos e integrá-los na sua unidade de oito.


À Lusa diz que os utiliza para "repelir os antigos proprietários".


Chasiv Yar continua sob ataque, mas Aleksandr está calmo: "A condição para atacar é má, há muita neve, muitas árvores, eles não conseguem avançar e têm má pontaria."


Os projéteis caem, um deles a pouco mais de 200 metros do local onde o comandante desta brigada conversava com a Lusa, mas tanto Aleksandr como os dois militares que o acompanhavam a bordo do tanque continuam a conversar, enquanto preparam o 'manto da invisibilidade' que o vai camuflar entre a neve. À distância é praticamente impossível perceber que entre aquelas árvores está um tanque apontado à linha da frente.


Aleksandr tira as luvas, na mão direita falta-lhe o polegar. A cicatriz é recente. O comandante explica que o perdeu há uns meses, durante uma incursão pelo Donetsk, quando o tanque em que seguia foi atingido e explodiu. Aleksandr e os restantes militares a bordo daquele veículo conseguiram sair e sobreviveram.


E já conseguiu ajustar contas: "A pilotar sozinho já consegui destruir dois!"


À Lusa explica que os 17 tanques que estão apontados à linha da frente e escondidos dos olhos do inimigo são para criar em Chasiv Yar uma linha de defesa para a eventualidade da queda de Bakhmut. O inverno está a chegar ao final, vai ser mais fácil avançar no terreno e de Bakhmut a Chasiv Yar é um instante.


Por agora, "o tempo ainda está do lado ucraniano", mas é preciso estar preparado "para quando não estiver", até porque já há militares russos "a 1.000 metros".


O som dos projéteis continua a irromper pelo silêncio desta cidade reduzida a uma memória.


"Por hoje está feito", diz Aleksandr, enquanto começa a caminhar para um dos poucos edifícios que está intacto.


Está a anoitecer e é possível ver algumas luzes no interior. O que resta da cidade é agora abrigo para os militares ucranianos e poderá vir a ser palco de uma linha de resistência, cada vez mais provável com a situação em Bakhmut a degradar-se.


Cambaleia enquanto caminha pela neve, cansado, mas diz estar disposto a prosseguir. "Vou continuar aqui para defender o meu país, não estou a atacar, só estou a defendê-lo", acrescenta.


Despede-se e entra numa habitação com as janelas emparedadas, não muito longe dos tanques.


Com a chegada da noite e como é habitual em outras cidades, os bombardeamentos intensificam-se, pelo que é impossível permanecer na cidade. Ao longe surge um clarão, mais um projétil que perfurou o solo.


À entrada da cidade estava mais um tanque a ser abastecido e na estrada esburacada e coberta de gelo um camião acaba de chegar com mais um. A próxima linha para resistir está a compor-se.


Na estrada que dá acesso a Chasiv Yar, é possível ver o que restou da batalha em Izium, que esteve sob controlo russo e há quatro meses foi reconquistada.

As aldeias estão completamente destruídas, é possível contar as habitações que ainda têm as quatro paredes. A abóbada de uma igreja tem um enorme buraco e as paredes estão danificadas pelos estilhaços. Só dois baloiços estão intactos, entre a destruição.


Os campos que noutra vida serviram para a agricultura hoje são um cemitério para tanques e os veículos carbonizados de civis apanhados no meio. O cheiro a metal e a eletricidade queimada tingem o ar.


No meio da estrada que liga Izium a Chasiv Yar estão quatro militares ucranianos. O emblema que um deles tem no braço direito não deixa margem para dúvidas: são do Regimento 'Kraken', uma unidade militar voluntária, que tem aproximadamente 1.800 elementos.


"Este está ótimo", diz um dos militares, enquanto aponta para um míssil intacto no interior de um camião praticamente reduzido a cinzas e tombado para a berma. Com cuidado, três elementos retiram o míssil enquanto o quarto dá instruções. É, no mínimo, desaconselhável que o deixem cair.


O míssil é amarrado a uma carrinha Nissan pickup 'quitada'. As portas estão blindadas com partes de outros veículos de combate, os vidros também estão protegidos com placas de metal. Na frente, uma imagem do tridente que representa as Forças Armadas ucranianas está a empalar as águias, o brasão de armas da Federação Russa.


Questionados sobre o aparato, um deles, que preferiu não dizer o nome, apressa-se a mostrar o que estão a fazer. Tira o telemóvel do bolso e mostra o 'render' de um modelo 3D da carrinha com um lança-foguetes no topo.

"A nossa unidade tem pouco armamento, às vezes é preciso improvisar e é isso que vamos fazer", explica.

Nesta parte do Donetsk, com as forças russas a progredir e uma das principais cidades na iminência de 'cair', resta reagrupar, reinventar com o que há à mão e preparar a linha que se espera ser forte o suficiente para repelir os militares invasores e retomar a libertações dos territórios ocupados há quase um ano.

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Ataque informático leva rádios russas a alertarem para bombardeamento


Várias estações de rádio russas transmitiram hoje alertas sobre possíveis bombardeamentos durante um ataque informático massivo aos meios de comunicação russos, quando acontece uma invasão militar da Rússia na Ucrânia.

Ataque informático leva rádios russas a alertarem para bombardeamento



As estações de rádio, que reproduziram sirenes aéreas, pediram à população que se mantivesse alerta e que as pessoas se deslocassem para abrigos o mais rápido possível.


"Há uma ameaça de ataque com mísseis", transmitiram as emissoras, como a Relax FM, a Avtoradio e a Humor FM, entre outras.


Os moradores das cidades de Piatigorsj, Tyumen, Voronezh, Kazan, Magnitogorsk e Belgorod, assim como Ufa e Novouralsk, ouviram o alerta, segundo informações do portal de notícias Meduza.


As autoridades russas anunciaram que houve um ataque informático em larga escala contra os servidores das estações de rádio e afirmaram que "como resultado do ataque contra estes servidores, foram dados alertas para um possível ataque com mísseis".


No entanto, as autoridades russas salientaram que são informações falsas, que pretendem causar pânico na população.


"O que aconteceu será investigado em profundidade", garantiram.


Em junho passado, várias emissoras de rádio do país sofreram um ataque informático que provocou a transmissão de canções patrióticas ucranianas.

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Ataque informático leva rádios russas a alertarem para bombardeamento


Várias estações de rádio russas transmitiram hoje alertas sobre possíveis bombardeamentos durante um ataque informático massivo aos meios de comunicação russos, quando acontece uma invasão militar da Rússia na Ucrânia.

Ataque informático leva rádios russas a alertarem para bombardeamento



As estações de rádio, que reproduziram sirenes aéreas, pediram à população que se mantivesse alerta e que as pessoas se deslocassem para abrigos o mais rápido possível.


"Há uma ameaça de ataque com mísseis", transmitiram as emissoras, como a Relax FM, a Avtoradio e a Humor FM, entre outras.


Os moradores das cidades de Piatigorsj, Tyumen, Voronezh, Kazan, Magnitogorsk e Belgorod, assim como Ufa e Novouralsk, ouviram o alerta, segundo informações do portal de notícias Meduza.


As autoridades russas anunciaram que houve um ataque informático em larga escala contra os servidores das estações de rádio e afirmaram que "como resultado do ataque contra estes servidores, foram dados alertas para um possível ataque com mísseis".


No entanto, as autoridades russas salientaram que são informações falsas, que pretendem causar pânico na população.


"O que aconteceu será investigado em profundidade", garantiram.


Em junho passado, várias emissoras de rádio do país sofreram um ataque informático que provocou a transmissão de canções patrióticas ucranianas.

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Hoje é assim.... mas em 2014 era assado!

 

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Há russos que "não acreditam" que estão a cair bombas na Ucrânia


Ao fim de um ano de guerra, há pessoas na Rússia que "não acreditam" que estão a cair bombas na Ucrânia, disse à Lusa Anastasiia, uma web designer de 29 anos que se refugiou em Portugal com o marido.


Há russos que não acreditam que estão a cair bombas na Ucrânia



A nastasiia sempre trabalhou e conviveu com russos quando vivia na Ucrânia: "Ainda tenho amigos, infelizmente até familiares que apoiam a guerra, mas algumas pessoas continuam a ser contra a guerra", referiu.


"Muitos dos meus amigos e colegas saíram da Rússia a 24 de fevereiro, muita gente. Foram protestar contra a guerra, mas infelizmente foi mau para eles e tiveram de sair da Rússia", contou.


O conflito armado está a dividir "muitas famílias", assegurou. "Estou na Ucrânia e vejo bombas e dizes-lhes isso e eles dizem ´Não, não são bombas. O meu presidente disse-me que não são bombas. Ele protege-vos´".


Vejo estas bombas a cair dentro das casas e eles não acreditam! É muito estranho, mas acho que a propaganda fez muito (...), mas ainda há muitas pessoas contra a guerra", disse Anastasiia quando questionada sobre o contacto com o outro lado da fronteira.

Nem Anastasiia nem o marido pensaram que a guerra podia acontecer, apesar dos avanços russos sobre território ucraniano nos últimos anos, que já haviam ditado a anexação da Crimeia.


Nunca pensei. Mesmo antes da guerra, as pessoas falavam que talvez a guerra acontecesse e eu dizia-lhes como podia acontecer, viriam tanques pelas ruas? Não, não acreditava. E o meu marido também não acreditava, não podíamos acreditar", recordou.


Ao fim de um ano de guerra aberta, a jovem web designer não vê abertura para um acordo político que cesse o conflito iniciado a 24 de fevereiro de 2022 e que provocou a maior vaga de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial. Mais de 14 milhões de pessoas abandonaram as suas casas, entre deslocados internos (6,5 milhões) e refugiados em países europeus (mais de 7,9 milhões).


Na cidade onde nasceu, na Ucrânia central, muitos jovens da sua idade, com 28 e 29 anos, morreram na guerra. Odessa, onde vivia com o marido, também não escapou à incursão russa.


Anastasiia voltou à Ucrânia em outubro para visitar os pais e tentou demovê-los de continuarem no país: "Os meus pais tiveram muitos problemas de saúde, estavam muito nervosos. Pude sentir o que eles sentem na Ucrânia. É assustador, as pessoas habituam-se à guerra, habituaram-se aos ´rockets´ e isso não é muito bom".


A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou na semana passada que cerca de 10 milhões de ucranianos, quase um terço da população que permaneceu na Ucrânia após a invasão pela Rússia, sofrem de problemas mentais e "quatro milhões apresentam sintomas moderados e severos".


Anastasiia acompanha as notícias da Ucrânia através da plataforma digital Telegram. "Estou sempre a ver, cada ataque e tudo o resto", indicou.


Há quase um ano em Portugal, a decisão de regressar ao país fica adiada pelas circunstâncias: "Queremos ter filhos, mas não imagino crianças naquelas condições, sem eletricidade, sem aquecimento".


Por enquanto, os esforços são de integração em Portugal, passando pela aprendizagem da língua, na qual vê mais do que uma vantagem.


"Quando percebes português, consegues entender também um pouco de espanhol e um pouco de italiano. Aprendes uma língua, mas consegues compreender várias línguas ao mesmo tempo", constatou.


Ainda se expressa com mais facilidade em inglês, mas gosta da língua portuguesa e de "canções portuguesas", assim como da diversidade de culturas que lhe faz lembra Odessa, onde existem 140 nacionalidades. E do sol.

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"Quem é o culpado?" Chefe do Grupo Wagner divulga foto de soldados mortos


Ainda que o organismo tenha negado as acusações do responsável, na terça-feira, Prigozhin 'contra-atacou', divulgando uma fotografia que retrata dezenas de soldados do Grupo Wagner sem vida.


Quem é o culpado? Chefe do Grupo Wagner divulga foto de soldados mortos



O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, partilhou, esta quarta-feira, uma imagem de dezenas de soldados mortos daquela milícia militar, atribuindo responsabilidade ao Ministério da Defesa russo, por falta de munições.


Ainda que o organismo tenha negado as acusações do responsável, na terça-feira, Prigozhin ‘contra-atacou’, divulgando uma fotografia que retrata dezenas de soldados do Grupo Wagner sem vida, deitados no chão do leste da Ucrânia, onde a milícia tenta tomar controlo da cidade de Bakhmut.


“Quem é o culpado pela sua morte? Os culpados são aqueles que deveriam de nos ter enviado mais armamento”, disse, em declarações a um blogger russo, numa entrevista citada pela Sky News.


Prigozhin divulgou também um documento enviado ao Ministério da Defesa russo, onde pedia mais armamento e munições. Segundo o mesmo meio, a nota continha detalhes quanto ao número de projéteis usados, solicitados e recebidos, com informação confidencial rasurada.


“Não foi tomada nenhuma medida para nos dar munições”, complementou, considerando que ministro Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Valery Gerasimov, não têm assinado as autorizações que permitiriam o envio de armamento.


“O dobro de nós vai morrer, até não sobrar nenhum”, atirou, assegurando que a milícia continuará a tentar tomar Bakhmut.


De notar que o Ministério da Defesa russo classificou as declarações de Prigozhin como “absolutamente falsas”, dando conta de que “todas as solicitações de fornecimento de munições para as unidades de assalto são respondidas o mais rápido possível”.


Contudo, Prigozhin, que mantém uma relação tensa com o comando político e militar daquele Ministério, denunciou uma "falta total de munições" nas fileiras dos destacamentos mercenários que lutam no Donbass e exigiu mais projéteis. Além disso, acusando que, até ao momento, a Defesa fez "ouvidos moucos" a todos os seus pedidos.


O mercenário russo já tinha apontando o dedo à Defesa por tentar roubar-lhe vitórias, dando como exemplo a operação para tomar o reduto ucraniano de Bakhmut, onde o Grupo Wagner conquistou várias cidades.


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Países do hemisfério sul também estão a doar material a Kyiv


Alguns países do hemisfério sul estão a disponibilizar à Ucrânia meios militares "de forma discreta", por terem relações próximas com a Rússia, afirmou hoje secretário de Estado da Defesa britânico, James Heappey.

Países do hemisfério sul também estão a doar material a Kyiv



"Existe um grande número de países que, discretamente, quer disponibilizar material para mostrar o seu apoio à Ucrânia", disse hoje Heappey, numa conferência de imprensa em Londres.


Sem nomear quais estes países, indicou que alguns se abstiveram na votação na ONU, uma referência à resolução na Assembleia Geral da ONU em março de 2022 para condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia e exigir a retirada imediata das tropas russas.


Nessa votação, 16 abstiveram-se (Argélia, Angola, Burundi, República Centro-Africana, República do Congo, Madagáscar, Mali, Moçambique, Namíbia, Senegal, África do Sul, Sudão do Sul, Sudão, Uganda, Tanzânia e Zimbabué), nove (Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Burkina Faso, Essuatíni, Etiópia, Guiné-Conacri, Marrocos, Camarões e Togo) não participaram na votação e a Eritreia votou contra.


"Quando eu bati à porta [desses países], houve coisas que eles puderam vender ou dar. A coligação de apoio à Ucrânia estende-se muito mais longe do que o está atualmente no domínio público", garantiu.


O secretário de Estado responsável pelas Forças Armadas britânicas disse que tem corrido o mundo como um "traficante de armas" à procura de material e equipamento para entregar à Ucrânia.


Além do próprio inventário, Londres tem feito "aquisição de artilharia, munições, sistemas anti-tanque, sistemas anti-aéreos em todo o mundo, incluindo de alguns países que Putin ficaria furioso se descobrisse que nos estava a vender coisas".


"A maioria dos donativos do Reino Unido não vem do nosso próprio inventário, mas do material que estamos a adquirir em todo o mundo para fazer chegar aos ucranianos", garantiu.


Heappey manifestou-se confiante de que o armamento e equipamento militar doado pelos aliados ocidentais mais recentemente deverá facilitar uma ofensiva da Ucrânia nos próximos meses, cujo sucesso é essencial para manter o apoio popular a Kyiv.


"É nossa expetativa que o nível de donativos e a sofisticação das capacidades que estão a ser doadas significa que é inteiramente realista que uma ofensiva ucraniana nesta primavera ou verão seja bem sucedida", afirmou.


Segundo Heappey, mesmo que uma reconquista de território não dite o fim do conflito, é importante para a população da Europa e da América do Norte "ver uma dinâmica ucraniana".


"Colocámos os ucranianos numa posição em que permanece o consenso político e as pessoas querem continuar a apoiar o esforço de guerra ucraniano, aceitando o custo que isso acarreta", explicou.



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Rússia acusa Ucrânia de preparar invasão em região pró-russa da Moldova


A região pró-russa da Transnístria mantém uma presença significativa de tropas russas e o governo de Chisinau tem acusado o Kremlin de incentivar a sentimentos separatistas.


Rússia acusa Ucrânia de preparar invasão em região pró-russa da Moldova



O Ministério da Defesa russo afirmou esta madrugada que as forças ucranianas estão a preparar uma "provocação armada" na Transnístria, uma região da Moldova com uma população e um governo regional pró-russos e separatistas.


As denúncias do Kremlin surgem numa altura em que Moldova, cujo governo central tem-se aproximado da União Europeia e do ocidente, avisou que os russos poderão estar a fomentar um golpe de Estado no país.


Através do Telegram, o governo da Rússia afirmou que "num futuro próximo, o regime de Kyiev está preparando uma provocação armada contra a república moldava da Transnístria, que será realizada por unidades das forças armadas da Ucrânia, inclusive com o envolvimento da formação nacionalista Azov".


"Para levar a cabo isto, os sabotadores ucranianos que participarem na invasão encenada serão vestidos com uniformes das Forças Armadas da Federação Russa", argumentou o Kremlin.


A Transnístria continua a ser um foco de grande divisão e preocupação na Moldova. A região mantém uma população russófona e pró-Kremlin, depois de, no início dos anos 90, após a dissolução da União Soviética, ter havido um conflito armado entre os separatistas e as forças do governo.


Como parte dos acordos de paz entre a Moldova e as forças separatistas, a Rússia mantém tropas na região, embora recentemente o governo de Chisinau tenha exigido que estas tropas sejam retiradas e argumentando que são uma ameaça à sua soberania.



O novo governo moldavo, que assumiu uma posição europeísta aquando da tomada de posse este mês, tem alertado para as provocações cada vez maiores por parte da Rússia. Ao longo da guerra na Ucrânia, têm sido recorrentes as invasões ao espaço aéreo do país de mísseis e caças russo em direção ao território ucraniano e, recentemente, houve uma manifestação pró-russa nas ruas da capital


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Avião militar russo cai perto da fronteira com a Ucrânia. Piloto morreu


O avião despenhou-se no regresso ao aeródromo na região de Belgorod, "depois de cumprir uma missão de combate". Queda estará relacionada com uma "falha técnica".


Avião militar russo cai perto da fronteira com a Ucrânia. Piloto morreu



Um avião militar russo caiu, esta quinta-feira, no distrito de Valuysky, na região de Belgorod, nas proximidades da fronteira com a Ucrânia. A informação foi avançada pelo governador da região, Vyacheslav Gladkov, na plataforma Telegram, e confirmada posteriormente pelo Ministério da Defesa da Rússia, que adiantou que o piloto morreu.


Segundo o governo russo, citado pela agência de notícias TASS, o avião despenhou-se no regresso ao aeródromo na região de Belgorod, “depois de cumprir uma missão de combate”.


“O piloto morreu”, disse o Ministério da Defesa russo em comunicado, acrescentando que a aeronave se despenhou “num local isolado e não há destruição no solo”.


Uma investigação preliminar aponta uma “falha técnica” como “a causa provável do acidente”.


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Britânico que esteve sob cativeiro russo revela métodos de tortura


Shaun Pinner esteve cinco meses detido após ser capturado, em maio, pelos separatistas pró-russos enquanto defendia a cidade de Mariupol.


Britânico que esteve sob cativeiro russo revela métodos de tortura



Shaun Pinner, um dos cinco prisioneiros de guerra britânicos libertados pela Rússia como parte de um acordo com a Ucrânia em setembro, revelou que foi torturado com choques elétricos durante o tempo que esteve em cativeiro na autoproclamada República Popular de Donetsk, no leste da Ucrânia.


O britânico esteve cinco meses detido após ser capturado, em maio, pelos separatistas pró-russos enquanto defendia a cidade de Mariupol. Em julho, juntamente com o também britânico Aiden Aislin e o marroquino Brahum Saadoun, foi acusado de “participar em combates como mercenário” e condenado à pena de morte.


Em entrevista à Sky News, o ex-soldado contou que foi eletrocutado e que chegou a uma altura em que não conseguia andar. “É como se os músculos estivessem a sair de si, do seu corpo”, explicou.


“No dia seguinte, as minhas pernas incharam muito. O sangue escorria-me das pernas. Estava a sangrar devido aos choques elétricos e as minhas pernas tinham inchado tanto que eu não podia andar”, afirmou.


Pinner recordou um momento em que um soldado cortou as suas calças para ver se tinha alguma tatuagem que o ligasse ao Batalhão Azov. “Ele disse ‘Oh’ porque eu estava a sangrar por todo o lado, em todas as pernas. Estava a gritar, mas depois tive 200 volts a passar por mim, a controlar a minha perna. Estava literalmente de pé e ele eletrocutou-me ali dentro”, contou, acrescentando que ficou “petrificado”.


Na entrevista, o britânico apelou ainda a que o Reino Unido envie para a Ucrânia os aviões de combate pedidos pelo presidente Volodymyr Zelensky. “Eles precisam de apoio contínuo”, afirmou.


Já sobre um possível acordo de paz com a Rússia, Shaun Pinner defendeu que a Ucrânia não deveria avançar já, uma vez que tal implicaria a cedência de territórios. “Uma das coisas que digo às pessoas é: quanto da América ou da Noruega ou do Reino Unido estariam dispostos a perder para falar de paz?”, questionou.


“Duvido que a América desistisse de um centímetro, o Reino Unido também não. Portanto, a Ucrânia é exatamente a mesma coisa”, justificou, acrescentando que “se dermos um centímetro agora, eles voltarão dentro de três anos, cinco anos, e empurrarão um pouco mais - como fizeram com a Crimeia”.

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Zelensky diz que os "assassinos russos têm de ser punidos"


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a Ucrânia só vai parar quando os "assassinos russos forem punidos", dirigindo-se ao país no dia em que se assinala um ano sobre o ataque de Moscovo contra território ucraniano.


Zelensky diz que os assassinos russos têm de ser punidos



"Nunca lhes vamos perdoar. Nunca descansaremos até que os assassinos russos sejam punidos. Por um tribunal internacional, por um julgamento de Deus ou pelos nossos soldados", disse Zelensky.


O chefe de Estado ucraniano destacou também que a Ucrânia "inspirou" e "uniu" o mundo.


"A Ucrânia surpreendeu o mundo. A Ucrânia inspirou o mundo. A Ucrânia uniu o mundo. Há milhares de palavras para o provar", disse Zelensky num discurso que acaba de ser difundido através das redes sociais.

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