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Historial do Benfica.

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Claques organizadas-Diabos Vermelhos

Diabos Vermelhos é uma claque (torcida, no Brasil) apoiante do Sport Lisboa e Benfica, formada em 1982.

O nascimento dá-se pela união espontânea de um grupo de sócios do SL Benfica que habitualmente se reunia na bancada central do 2º anel do antigo Estádio da Luz. Em Novembro de 1982 aparece a primeira faixa dos D.V. e com ela também as primeiras bandeiras. O grupo começa a formar-se então como uma verdadeira claque, bastante incentivada com a excelente prestação da equipa encarnada na Taça UEFA (finalista em 82/83) e contando com o factor "novidade", rapidamente, juntou muitos jovens adeptos. As características, iniciais, da claque eram muito próprias: caras pintadas (ás vezes também o cabelo), utilização de muitas dezenas de bandeiras, predominantemente só vermelhas e brancas, faixas com o nome da claque com os mais variados símbolos, constante, de símbolos britânicos como a conhecida e tradicional bandeira inglesa ou a "Union Jack" pelas suas cores eram adoptadas no seio da claque. Os tifos (coreografias) apesar de não serem muito originais davam nas vistas pelo "excesso", que parecia ser o lema da altura, dezenas de tochas e potes coloriam o "sector ultras" do Estádio da Luz, e as grandes bandeiras envolviam-se no ar com os muitos rolos lançados. No apoio vocal, os DV eram considerados como uma claque ruidosa, mas como nas outras claques existentes na altura (poucas em Portugal), os cânticos baseavam-se em gritar pelo nome do clube ou, única e exclusivamente, insultar a equipa adversária. No que toca a deslocações os Diabos viajavam bastante para apoiar o benfica, de comboio, de autocarro ou carros particulares as "transfertas" aconteciam. Com o passar do tempo aparecem os "Diabos Vermelhos Norte". Esta secção da claque garantia sempre a presença do grupo nos estádios nortenhos, mesmo quando a coluna principal do grupo não se podia deslocar, ou fossem em pequeno número.

A nível internacional os DV marcaram presença em grandes e históricas jornadas europeias e estiveram presentes em Genova - (Sampdoria); Roma; Marselha; em Estugarda para a final da Taça dos Campeões Europeus (PSV Einhdoven); em Viena D´Austria para a final Taça Campeões Europeus (Milan); Londres - (Arsenal) e muitas outras. As mais recentes foram: Barcelona; Parma; Bruxelas; Milão; Holanda; França; Inglaterra, Espanha etc etc.

Era este o estilo do tifo dos Diabos nos anos 80.

Com o passar do tempo e já com os DV no 1º anel da central, a claque juntava muita gente na Luz bem como nas suas deslocações, das quais se destacavam as que eram feitas aos estádios dos seus rivais Sporting e Porto, onde ás vezes aconteciam incidentes, mas nunca com finais trágicos, pois nessa altura as lutas eram espontâneas e leais, não eram premeditadas e planeadas e baseavam-se na luta(leal) corpo a corpo. Outros incidentes aconteciam, mas em situações facilmente controláveis por todos.

A pouco e pouco os Diabos Vermelhos foram renovando o seu material, aparecem novas faixas e bandeiras começam a ter novas características, se até então predominava o vermelho e branco a partir de uma certa altura começam a utilizar-se cores derivadas e/ou conjugadas com as originais do clube. Aparece então o laranja, o amarelo etc. Tudo isto vem renovar um pouco a imagem da claque que assim se mantém até final da década de 80 inícios de 90.

Numa fase em que a Claque contava com excelentes apoios da direcção do clube criou-se uma ruptura no seio do grupo, isto em inícios de 1992, chegando mesmo a haver dois grupos em sítios diferentes do estádio, com o mesmo nome "Diabos Vermelhos". Todo este processo que envolveu o abandono de alguns membros da claque fez com que o grupo batesse no fundo, embora tenha conseguido ficar com o nome original Diabos Vermelhos. A fractura no seio do grupo ditou a queda da claque, que nunca tinha tido mais de 500 inscritos mas que de qualquer forma, juntava sempre muita gente que não era sócia, o grupo dividiu-se e a afluência de jovens começou a escassear de tal forma que mais ou menos em 92/93, a claque chega a ter cerca de 10 elementos na bancada!

A falta de alternativas da anterior direcção do grupo fez com que aparecesse uma nova organização impulsionada, principalmente, por dois dos maiores núcleos dos DV - Almada e Olivais. Esta nova organização nunca deixou acabar o grupo e poucos ou muitos lá estavam sempre nos jogos do Benfica no Estádio da Luz ou fora dele. Ainda na época de 92/93 foi feita a renovação dos sócios da claque e no final da época apenas haviam 87 inscritos, no entanto a união deste grupo organizador e a sua decisão de levar este projecto em frente ia dar os seus frutos, embora não tenha sido fácil, principalmente quando a direcção do clube tirou todos os apoios ao grupo, por este ter utilizado por várias vezes bandeiras com cruzes suásticas e por muitos dos seus membros serem skinheads e se conectarem com a extrema direita. Apesar dos símbolos terem desaparecido o apoio jamais voltou. (informação retirada do próprio site da claque). Os acontecimentos no Restelo marcaram a claque perante toda a sociedade portuguesa, não pelos confrontos, que não passaram de verbais, mas sim pela exibição da referida suástica, com o tempo a politização do grupo acalmou, enquanto a politica ia desaparecendo nos Diabos Vermelhos outros grupos nacionais tentaram dar nas vistas da mesma forma e as atenções foram afastadas. Começa a aparecer novo material, desde bandeiras e faixas aos cachecóis, algo de novo estava a aparecer e o grupo a renascer das cinzas. Sempre fieis ao seu Sport Lisboa e Benfica e ao novo ideal do grupo cria-se um lema que serviu de cavalo de batalha "Connosco Quem Quiser, Contra Nós Quem Puder". Este lema levado á risca criou um espírito de união tão forte que o grupo se fechou sobre si próprio e foi isto que susteve o grupo, o facto de não haver a preocupação se eram 20 ou 2000, ou se jogavam com um grande ou com um pequeno. As palavras de ordem do seu lema diziam tudo. A pouco e pouco o grupo vai crescendo e vão aparecendo novos núcleos pelo país fora, a velha tradição das bandeiras e das fumaradas infernais mantém-se, mas também se começa a inovar coreograficamente: em 93/94 no derby lisboeta dessa época os Diabos espantaram tudo e todos com uma espectacular coreografia com cerca de 150 bandeiras gigantes, nesse jogo até quem lhes tinha passado a "certidão de óbito" não resistiu a aplaudir. Ainda nessa época os Diabos voltam a surpreender com a utilização pela primeira vez em Portugal de frases com placas de esferovite e na noite em que o SLB jogava com o Bayer Leverkusen quando apareceu na bancada a frase "O nosso amor é o Benfica" e todo o estádio se levantou a aplaudir. Ainda nessa época fazem mais coreografias visto como os 2000 balões com o Parma e a infernal tochada com o Porto. No final dessa época, com o SLB a sagrar-se campeão, os Diabos prepararam o "jogo da festa" com o Vitória Guimarães e considera-se que foi este jogo que relançou os Diabos. Num regresso aos velhos tempos foram usados 30 potes, 100 tochas e 2500 rolos para além das enormes bandeiras no relvado. Pena este jogo ter sido o primeiro de vários anos sem o Benfica voltar a ser campeão até 2004/05.

Com o início da época 94/95 a claque continuou a crescer acompanhando o seu Benfica em todos os jogos do Nacional e da Taça, as deslocações começaram a ser mais numerosas e o número de elementos nos jogos em casa também aumenta. A destacar nesta época uma nova fase coreográfica na claque, que a pouco e pouco vai testando a possibilidade de realizar coreografias com a colaboração dos restantes sócios do clube... Um risco, pois os adeptos mais velhos do clube nunca tinham visto nem participado em nada destas coisas. Assim, no jogo com o Anderlecht é elaborada uma coreografia que consistia na bandeira nacional em papel crepe e em volta balões vermelhes e brancos. Apesar de pequena saiu com um resultado satisfatório. No jogo com o Milan resolveram alargar horizontes e enchem a zona central da Luz com papel crepe vermelho e branco. O mote estava dado e as coreografias iam continuar. De destacar ainda no jogo com o já dominador Porto para o Campeonato Nacional, quando num fabuloso golo de Isaías os Diabos incendiaram o recreativo com largas dezenas de tochas, numa finta á Policia que as tinha proibido aquando da entrada das equipas. Realce também para as deslocações à Bélgica - (Anderlecht) e a Itália - (Milan) cada uma delas com um bom número de adeptos.

Com o início da época 95/96 os Diabos voltam a inovar. Para motivar os seus filiados para os jogos fora, criam a faixa "Diabos On Tour" e uma linha de artigos "On Tour" (T-shirt´s, cachecois, etc) e de facto deu resultado: a claque nessa época esteve em todas, inclusive na Madeira, viagem até então inédita para os ultras benfiquistas. Esta época foi a confirmação da Claque. Se alguém duvidava na época 95/96 teve a confirmação que vieram para ficar e durar. Além de boas deslocações surgem novas e originais coreografias europeias com o Bayern Munich, Lierse, Roda nas competições europeias, e no campeonato nacional destacam-se duas das melhores coreografias feitas até hoje nos estádios portugueses, com o Porto e com o Sporting. A nível da taça de Portugal também se podem realçar os "tifos" com o Guimarães, U. Leiria e na final com o Sporting em que os Diabos levam 7 autocarros para o Jamor. Apesar de não ter qualquer tipo de apoio durante toda a época a claque consegue acabar o ano com cerca de 500 inscritos e com um saldo bastante positivo quer a nível coreográfico quer a nível de deslocações. O verão de 1996, apesar de não haver futebol foi bastante activo, pois a época 96/97 começou a ser cuidadosamente preparada nessa altura com as obras na nova sede da claque e com a renovação de muito material e do funcionamente do próprio grupo. Finalmente com instalações para poderem trabalhar e organizar, as coisas começam a ter maior fluidez. Logo no jogo de apresentação frente á Fiorentina os Diabos elaboram um simples mas grande espectáculo com 5.000 balões vermelhos e brancos e com todas as suas bandeiras gigantes no relvado. Nesse jogo aproveitam ainda para "lembrar" aos jogadores que estão lá por eles e pelo mágico Benfica e no início do jogo oferecem a cada jogador material da claque, numa tentativa de aproximação entre os jogadores e os Ultras, que deu resultados evidentes, estabelecendo-se desde esse jogo um diálogo e um respeito mútuo transmitido jogo a jogo da bancada para o relvado e vice-versa. No jogo amigável com os Viola, os Diabos homenagearam também Rui Costa, jogador que se mantém nos corações dos Ultras benfiquistas. As competições nacionais começaram com a Supertaça nas Antas, onde se deslocaram alguns elementos dos DV, que depois de alguns problemas junto ás bilheteiras, vêm a policia proibir a entrada da faixa do grupo no estádio. O campeonato nacional começa no dia 25 de Agosto, num jogo com o Braga, em que o estádio tinha uma excelente moldura humana. Para iniciar bem a época é feita uma coreografia de cartolinas individuais, da qual resulta um belo efeito. A primeira deslocação da época é ao estádio da Póvoa de Varzim, num jogo em que o SLB venceu o Gil Vicente por 0-3, os Diabos conseguiram juntar um razoável número de adeptos que a nível vocal deram um apoio extraordinário. O campeonato segue com um jogos em Setúbal e Leiria onde os Diabos levam um autocarro e realizam um bom tifo de fumos e plásticos. A vitória do Benfica neste jogo motiva bastante os ultras que fazem tudo por estar ao lado da equipa em todos os estádios e em bom número, em Alvalade a concentração marcada para o Estádio da Luz teve uma excelente aderência mais de 350 ultras se reuniram para o jogo com o rival da 2º circular. Poucos anos antes na altura da crise do grupo não iam mais de 40/50 elementos. Os DV no decorrer desta época 96/97 têm conseguido um bom nível em vários planos com especial atenção para os aspectos organizativos da claque mas nunca esquecendo os principais objectivos de qualquer grupo ultra, ou seja, apoio e espectáculo. Em Novembro a claque comemora os seus 14 anos de existência e prepara uma coreografia especial para o efeito: dois lençóis "Desde 1982" e "14 anos", o símbolo da claque em tamanho gigante feito em esferovite e bandeiras vermelhas e brancas. E eis que chega a altura de mais um clássico na Luz desta vez frente ao FC Porto. Numa altura em que os escândalos do futebol português estavam mais calmos após o 25 de Abril, os Diabos preparam uma coreografia inédita em Portugal.

Os anos foram passando e a claque foi desenvolvendo a sua estrutura, o número de elementos presentes nos jogos tanto em casa como fora foi aumentando, e em certo momento devido ao crescimento da claque, esta viu-se obrigada a mudar a sua posição no estádio do 1º anel da bancada central para a chamada curva norte no 2º anel. Quando a claque se desenvolvia mais rapidamente e este crescimento era mais visível que nunca, esta viu-se confrontada com situações anormais, existindo uma época bastante conturbada onde as relações com a outra claque do Benfica não eram as melhores. Nessa mesma época alguns dos seus membros foram esfaqueados e a sede do grupo foi incendiada com um artefacto incendiário lançado de madrugada para a casa de banho da infra-estrutura. O choque foi grande pois não era só a sede que tinha sido incendiada, era também uma parte do estádio da luz visto que esta se encontrava na sua estrutura – a comunicação social pegou durante vários dias no caso, chegado a existir directos de frente da sede. No entanto a claque encontrava-se mais unida que nunca, com uma estrutura que rapidamente actuou requalificando a sede, sendo que esta passado 3 dias esta já estava pronta para ser novamente usada, com nova pintura e tudo o que existia anteriormente.

O crescimento da claque era imparável, o numero de sócios foi aumentando e tanto no antigo estádio da luz como no novo, chegaram a estar milhares de membros que ocupavam vários sectores contínuos, em certos jogos a direcção do Benfica chegou mesmo a ceder certa de 2 milhares de bilhetes para a claque vender aos seus associados num só jogo. A claque chegou a ter mais de 5000 membros registados, embora numa recontagem recente (época 2005/06) este numero tenha sido reduzido para pouco mais de 1 milhar de membros afectivos, esta diminuição de membros no papel e na bancada contrasta claramente com o sucesso desportivo do clube que foi campeão na época 2004/05, uma diminuição que coincide com a mudança de direcção na claque, e também com certas alterações na orientação pois para ser membros desta passou a ser necessário ser sócio do Sport Lisboa e Benfica.

Actualmente os Diabos Vermelhos deslocam-se a todos os jogos nacionais e internacionais, apoiando o Benfica por todo o mundo e em diferentes modalidades embora com diferentes dimensões no apoio, no estádio da luz estes podem ser encontrados no sector 21 do piso 0.


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Nine Tails

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Claques organizadas-No Name Boys

Os No Name Boys ou Иo Иame Boys são uma claque apoiante do Sport Lisboa e Benfica, formada a 4 de Março de 1992

História

Foi fruto de uma cisão no seio da claque Diabos Vermelhos,[carece de fontes?] grupo de apoio organizado ao Sport Lisboa e Benfica. Quando os seus elementos se afastaram dos Diabos Vermelhos, o objectivo seria serem eles mesmos a continuação do grupo original. No entanto, o nome "Diabos Vermelhos" havia já sido registado por elementos que ficaram com a direcção dessa mesma claque, ficando então este grupo de dissidentes "sem nome", daí Иo Иame - não interessa o nome mas sim o conteúdo, terá sido mais ou menos a ideia.[carece de fontes?]

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Presidentes da direcção

* José Rosa Rodrigues (1904-1905)
* Dr. Januário Barreto (1906)
* Luís Carlos de Faria Leal (1906-1908)
* João José Pires (1908-1910)
* Alfredo Alexandre Luís da Silva (1910-1911)
* António Nunes de Almeida Guimarães (1911)
* José Eduardo Moreira Sales (1912)
* Dr. Alberto Lima (1913-1915)
* Dr. José Antunes dos Santos Júnior (1915-1916)
* Félix Bermudes (1916-1917 / 1930-1931 / 1945)
* Dr. Nuno Freire Themudo (1916-1917)
* Bento Mântua (1917-1926)
* Engº Alberto Silveira Ávila de Melo (1926-1930)
* Manuel da Conceição Afonso (1931-1932 / 1936-1938 / 1946)
* Vasco Rosa Ribeiro (1933-1936)
* Capitão Júlio Ribeiro da Costa (1938-1939)
* Dr. Augusto da Fonseca Júnior (1939-1944)
* António Afonso da Costa e Sousa (1945-1946)
* Brig. João Tamagnini de Sousa Barbosa (1947-1948)
* Dr. Mário Lampreia de Gusmão Madeira (1949 -1951)
* Joaquim Ferreira Bogalho (1952-1956)
* Engº Maurício Vieira de Brito (1957-1961)
* Dr. Antônio Mundrunga (1962-1963)
* Adolfo Vieira de Brito (1964 / 1967-1968)
* Dr. António Catarino Duarte (1965)
* José Ferreira Queimado (1966 / 1977-1980)
* Dr. Duarte António Borges Coutinho (1969-1976)
* Fernando Martins (1981-1987)
* João Maria dos Santos Júnior (1987-1992)
* Jorge Artur Rego de Brito (1992-1994)
* Manuel Damásio Soares Garcia (1994-1997)
* Dr. João A. de Araújo Vale e Azevedo (1997-2000)
* Dr. Manuel Lino Rodrigues Vilarinho (2000-2003)
* Luís Filipe Vieira (2003-)
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Presidentes da Assembleia Geral

* Eduardo Da Silva Rego (1906-1907)
* António Freire Sobral (1907-1908)
* Dr. João Carlos Mascarenhas de Melo (1908-1931)
* Cosme Damião (1931-1935)
* Augusto da Fonseca (1935-1939)
* Cap. Júlio Ribeiro da Costa (1939-1940)
* Ten. Cor. António Ribeiro dos Reis (1940-1944;1948-1956)
* Eng.º Alfredo Ávila de Melo (1945)
* Brig. João Tamagnini de Sousa Barbosa (1946)
* Mário de Noronha (1947)
* Eng.º Augusto Cancela de Abreu (1957-1963)
* Dr. Edmundo Lima Basto (1964)
* Dr. Sidónio Ritto (1965-1966)



* Prof. José Maria Gaspar (1967-1968)
* Justino Pinheiro Machado (1969-1970)
* Dr. Mário de Oliveira (1971-1974)
* Dr. António Martins Canaverde (1975-1976)
* Dr. Juíz Adriano Afonso (1977-1980;1987-1994)
* Dr. Juíz Araújo e Sá (1981-1983)
* Prof. Dr. Martins da Cruz (1983-1987)
* Dr. José Manuel Martinez (1994-1997)
* André Ramon Navarro (1997-2000)
* Paulo Pitta e Cunha (2000-2003)
* Manuel Tinoco de Faria (2003-2006)
* Dr. Manuel Lino Rodrigues Vilarinho (2006-)


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Eusébio da Silva Ferreira-Biografia

Origens

Nascido na então Lourenço Marques, hoje Maputo, capital da colónia portuguesa de Moçambique, ficou conhecido como Pantera Negra. Eusébio, como também é conhecido é descendente de pai natural de Malange, província angolana situada no norte do país.

Desde cedo, Eusébio mostrou uma ligação muito forte ao chamado "desporto-rei", tendo mesmo entrado numa pequena equipa de bairro criada para as crianças se divertirem e passarem o tempo com uma ocupação útil. A equipa chamava-se "Os Brasileiros", em honra dos heróis das crianças, que actuavam na selecção "canarinha". A admiração pelos craques era tal que as crianças adoptaram como alcunhas, os nomes pelos quais eram conhecidos os internacionais da selecção sul-americana. No que toca a Eusébio, adoptou o nome de "Didi". Para muitos, Didi foi o grande craque da selecção brasileira "pré-Pelé", e jogava no meio-campo, essencialmente com uma função de criador de jogo.

Mais tarde, Eusébio procurou inscrever-se no clube "O Desportivo", mas não foi aceite. A vontade de jogar futebol falou mais alto do que o clubismo, por isso, dirigiu-se ao Sporting de Lourenço Marques. Tendo sido aceite nesta filial moçambicana do clube leonino de Lisboa, Eusébio jogou de leão ao peito até à sua ida para Portugal. O negócio da transferência do menino de 18 anos ficou mais tarde marcado pela polémica, devido à luta que houve entre os dois rivais de Lisboa para conseguir o passe do rapaz. No entanto, o Sport Lisboa e Benfica ofereceu mais por um contrato, e Eusébio rumou à Luz. Corria o ano de 1960. Logo na primeira época de camisola vermelha vestida, o "Pantera Negra" ajudou o Benfica a conquistar a sua segunda Taça dos Campeões Europeus consecutiva.

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Eusébio e o Sport Lisboa e Benfica

Foi pouco antes do Natal de 1960 que chegou a Lisboa depois de ter assinado um contrato de 350 contos com o Benfica. Estreou-se no Estádio da Luz a 23 de Maio de 1961, num jogo amigável contra o Atlético em que marcou 3 dos quatro golos do Benfica. As peripécias que se sucederam desde a sua chegada atrasaram a assinatura do contrato, o que iria impedir de estar presente em Berna, na noite do primeiro triunfo europeu do Benfica. A sua fama internacional vem do jogo da segunda final europeia do Benfica em 1962, contra o Real Madrid. Não só marcou dois golos como fez uma exibição de luxo com as características que o iriam tornar famoso: a velocidade estonteante e o remate fortíssimo. o France Footbal considera-o já ,nesse ano, o segundo melhor jogador do mundo. Os convites para jogar no estrangeiro obviamente surgiram. A Juventus oferece-lhe 16000 contos, em 1964, numa altura em que ganhava 300 contos no Benfica. A tentação era tão grande que o governo de então o envia para a tropa, não permitindo que se venda um tesouro nacional deste tamanho. O Benfica acabaria por lhe aumentar o salário para 4000 contos. No mundial de 1966 em Inglaterra, torna-se definitivamente uma estrela mundial, um digno rival de Pelé. O epíteto de "Pantera Negra" vai correr o mundo. A facilidade em marcar golos torna-o no melhor marcador do mundial com 9 golos, ajudando a levar Portugal ao terceiro lugar. Após o mundial, os italianos fazem uma nova oferta a Eusébio: 90000 contos... Quando parecia que desta vez nem o governo poderia impedi-lo de aceitar, surge a notícia que os clubes italianos deixam de poder contratar jogadores estrangeiros. A carreira de Eusébio foi recheada de lesóes, tendo sido operado 6 vezes ao joelho esquerdo e 1 ao direito. Nunca deixou de jogar, mesmo em condições dolorosas, até porque sabia que o Benfica dependia muito dele e que os espectadores nao aceitariam bem a sua ausência. Realizaram-lhe uma festa de despedida, em Setembro de 1973, mas continuou ainda a jogar até 1979. Em 1975, aventurou-se nos EUA , mas ao fim de 5 meses estava de volta a Portugal. Jogou ainda pelo Beira-Mar e pelo União de Tomar. Foi 1 vez campeão europeu e 3 vezes finalista europeu, ganhou 11 campeonatos nacionais e 5 taças de portugal, recebeu 7 vezes a bola de prata, como melhor marcador do campeonato nacional e duas vezes a bota de ouro como melhor marcador europeu. Em toda a carreira marcou 733 golos.

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Selecção portuguesa

Estreou-se então na selecção portuguesa a 8 de outubro de 1961. Em 1966, vestindo a camisola das quinas, foi um dos principais protagonistas do Campeonato do Mundo jogado em Inglaterra. Com uma prestação fenomenal, Eusébio foi uma das principais armas portuguesas para uma das melhores campanhas internacionais de sempre. Logo no primeiro Mundial, Portugal chegou aos quartos-de-final, deixando pelo caminho equipas como a da Coreia do Norte (a grande surpresa do torneio, logo depois de Portugal), Hungria (do grande Puskas) e Brasil (um dos principais favoritos, sendo que de entre uma equipa genial se destacava o número 10, Pelé). Portugal acabou por sair derrotado contra a equipa da casa, num jogo que ficou conhecido pelo "Jogo das Lágrimas", e que ficou marcado por contestações à organização do torneio. A marca de Eusébio no Mundial de 66 chegou ainda à lista dos melhores marcadores de golos, tendo ficado no topo da lista como o maior goleador da prova.

Eusébio obteve a sua última internacionalização a 13 de Outubro de 1973. Em outubro de 1963 foi seleccionado para representar a equipa da FIFA no festival das "Bodas de Oiro" da "Football Association", no Estádio de Wembley.

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Final de carreira

Já em final de carreira, Eusébio teve passagens rápidas e menos brilhantes por equipas menores, nomeadamente o Beira-Mar e duas equipas norte-americanas.

Terminou a carreira em 1979, e actualmente faz parte da comitiva técnica da Selecção Nacional Portuguesa.


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Equipas

* 1957-1960: Sporting Clube de Lourenço Marques
* 1960-1975: Benfica (marcando 317 golos em 301 partidas)
* 1975 Boston Minutemen
* 1976: CF Monterrey
* 1976: Toronto Croatia
* 1977: Las Vegas Quicksilver
* 1979: União FCI Tomar




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Títulos-Eusébio

* Campeão europeu de clubes em 1961, 1962;
* Onze campeonatos nacionais;
* Cinco taças de Portugal; 5x Campeão da Taça de Honra : 1963, 1965, 1968, 1973 e 1975 1x Campeão da Liga Norte-Americana : 1976 1x Campeão da Liga Mexicana : 1976




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Campanhas de destaque

* Terceiro lugar na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra
* Vice Campeão da Mini-Copa ou Copa das Nações da Indepêndencia do Brasil : 1972 com 4 golos





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Artilharia

* Melhor marcador da Copa do Mundo de 1966, marcando nove golos;
* Melhor marcador da primeira divisão portuguesa em 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1970 e 1973;
* Melhor marcador da Europa em 1968, 1973
* Melhor marcador da Champions League em 1965, 1966 e 1968





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Grandes jogadores-Guarda Redes

Costa Pereira (23/12/1929 - 25/10/1990) - Segurança e estilo

Representou o Benfica durante 13 épocas. Fez 477 jogos, entre 54/55 (estreou-se no Jamor, juntamente com Coluna, a 5 de Setembro de 54, frente ao FC Porto, em jogo de carácter particular) e 66/67, tendo sofrido 502 golos.

Teve o ponto alto da sua carreira na conquista dos Campeonatos Europeus de Clubes de 1960/61 e 1961/62. Era um guarda-redes que primava pela segurança, pela decisão e pela audácia.

Tinha 1,82 m de altura e 83 quilos de peso, compleição atlética de que sabia retirar o melhor proveito. Revolucionou, com as suas qualidades exemplares, a técnica dos guarda-redes. Suportava cargas com facilidade e era arrojado no "mergulho".

Possuía um estilo elegante e destacava-se, como nenhum outro guardião, no jogo aéreo. Era comum vê-lo arrancar defesas impossíveis. Marcou com toda a sua classe a baliza benfiquista e da Selecção Nacional, que representou em 22 jogos. Para além de ter sido Bicampeão Europeu, conquistou, pelo Benfica, 7 Campeonatos Nacionais e 5 Taças de Portugal.

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Bento (25/06/1948 - 01/03/2007)

- Arrojado, rápido e eficiente

Jogou 20 épocas no Benfica, entre 72/73 e 91/92. Fez 611 jogos, sofrendo 447 golos. Estreou-se pela mão de Jimmy Hagan, a 01/09/72, em Jacarta, num jogo de carácter particular, frente à selecção da Indonésia.

Titular indiscutível da baliza encarnada durante 11 épocas, entre 75/76 e 85/86, Bento é, de todos os guarda-redes que já passaram pelo Benfica, o que detém as melhores performances, com destaque para a série de 11 jogos consecutivos que esteve sem sofrer golos, de 10/11/85 a 05/01/86.

Arrojado, dotado de excelentes reflexos e possuidor de um sentido posicional invulgar, Bento primava pela sua acção entre os postes e fora destes. Era rápido a pensar e a agir, em voo, em mergulho ou a sair a pontapé.

Ficou famoso pelo arremesso da bola à mão para o meio campo, proporcionando rápidos contra-ataques à equipa.
Era, também, para além de bom defensor de grandes penalidades, um bom executante deste castigo, característica que lhe permitiu evidenciar-se no desempate de alguns jogos ou eliminatórias. Mas não só. Marcou mesmo um golo ao Sporting, a 23/06/76. Durante a sua carreira, somou 63 internacionalizações pela Selecção Nacional, que capitaneou em 26 ocasiões. Pelo Benfica, conquistou 8 Campeonatos Nacionais e 5 Taças de Portugal.
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Preud'Homme (24/01/59)

Elástico, seguro e inteligente

Jogou 5 épocas, entre 94/95 e 98/99. Realizou 240 jogos de águia ao peito. Sofreu 218 golos. Estreou-se a 24/07/94, num encontro amigável com o FAR Rabat, disputado no Estádio da Luz, numa altura em que Artur Jorge era o treinador da equipa.

Foi o primeiro guarda-redes estrangeiro a defender a baliza do Benfica. Era um verdadeiro fora-de-série! Um poço de experiência e de segurança. Seguia sempre com atenção o desenrolar do jogo e possuía uma invulgar percepção das jogadas.

Atleticamente, destacou-se pela sua espectacular elasticidade. Em 1994, foi galardoado com o Troféu Yachine, atribuído ao Melhor Guarda-redes do Mundo. Enquanto jogou no nosso país, foi, também, considerado o melhor guarda-redes a actuar em Portugal.

Foi internacional pela Bélgica. Ao serviço do Benfica, ajudou à conquista da 23ª Taça de Portugal, conseguida pelo Clube em 95/96, após vitória por 3-1, na final, sobre o Sporting.

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Grandes Jogadores/Defesas Direitos

Veloso (31/05/1957) - Raça, dedicação e carisma

Após ter representado a Sanjoanense e o Beira-Mar, transferiu-se para o Benfica, na época de 80/81. Na temporada de 94/95, encerrava a sua brilhante carreira, deixando, de imediato, no seio dos adeptos benfiquistas, uma forte saudade, fruto da intensa aura de mística que acumulou ao longo de 15 temporadas ao serviço do Clube.

Fez 658 jogos de águia ao peito, tendo marcado 13 golos. Estreou-se sob o comando técnico do húngaro Lajos Baroti.
Face à entrega e ao espírito de luta que o caracterizavam em campo, impôs-se facilmente na equipa, tendo sido Campeão Nacional e vencido a Taça de Portugal logo na época de estreia.

Era, bem pode dizer-se, a "raça" em pessoa. Humilde, profissional e de uma dedicação extrema, Veloso jamais quebrava ante a adversidade, estimulando muitas vezes a equipa em situações de menor desempenho colectivo.

Foi capitão durante 7 anos. Revelou sempre grande segurança e vigor na sua zona de acção, primando pela disciplina táctica e pela regularidade com que pautava as suas exibições.

Era, por natureza, um polivalente, o que lhe valeu actuar em diversas posições ao longo da sua carreira, tendo mesmo começado como avançado, ao serviço da Sanjoanense.

Disputou a final da Taça Uefa em 82/83 e foi finalista da Taça dos Campeões Europeus em 1988 e em 1990. Fez 40 jogos pela Selecção Nacional. Ao serviço do Benfica, conquistou 7 Campeonatos Nacionais e 6 Taças de Portugal.
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Defesas Direitos

Serra (06/11/1935) - Abnegado, estóico e sereno

Jogou 6 épocas no Benfica, entre 56/57 e 61/62, realizando 146 jogos - 99 a defesa direito - e marcando 1 golo.
Começou nos juniores do Clube, na época de 54/55.

Estreou-se na equipa principal sob o comando técnico de Otto Glória, a 17/02/57, num jogo amigável realizado na Tapadinha, frente ao Belenenses.

Manteve-se como titular até ao final dessa temporada, na posição de defesa central. Foi ainda Otto Glória que, na época de 58/59, o passou para defesa direito.

E foi nesta posição que revelou toda a sua categoria. Jogador de grande abnegação. Era magnífico no corte e na recuperação da bola. As suas exibições caracterizavam-se pelo estoicismo que evidenciava em campo.

Revelando sempre grande serenidade, acorria com facilidade às dobras. Integrava-se também na manobra do ataque, ou não tivesse ele começado no futebol como médio.

Béla Guttmann manteve-o a defesa direito. Em 59/60, foi um dos jogadores mais influentes na conquista do Campeonato Nacional, que deu acesso à campanha europeia de 60/61.

Aos bons dotes técnicos que possuía, aliava um forte espírito lutador. Uma clavícula fracturada, nas Antas, contra o FC Porto, a um mês da primeira final da Taça dos Campeões Europeus, retirou-lhe a possibilidade de consagração no jogo decisivo, ele que fora fundamental na fase eliminatória.

Foi Bicampeão Europeu e ajudou o Benfica a conquistar 3 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal.
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Mário João (06/06/1935) - Enérgico, voluntarioso e persistente

Jogou 5 épocas, entre 57/58 e 61/62. Fez 118 jogos - 48 a defesa direito e 45 a defesa esquerdo - e marcou 4 golos. Começou nos "Aspirantes" do Clube, na época de 55/56.

A 02/02/58, num jogo para o Nacional, realizado na Luz, com o Lusitano de Évora, Otto Glória decidiu fazer mudanças tácticas, concedendo a Mário João a titularidade como médio esquerdo.

Em 59/60, com Béla Gutmann, Mário João fez uma época de grande nível, a melhor da sua carreira de futebolista, alinhando quer como defesa direito quer como esquerdo.

Alcançou a "imortalidade" nas duas finais da Taça dos Campeões Europeus ganhas pelo Benfica. Com um estilo enérgico e decidido, "secava" por completo o adversário que policiava. Era voluntarioso, persistente e apegado à luta. Na final europeia de 61, revelou "alma de gigante", nunca se atemorizando com o facto de não ter sido titular durante essa época - apenas 5 jogos oficiais (!).

Na final de 62, destacou-se pela sua intervenção autoritária e decidida no capítulo da antecipação, revelando-se brilhante a anular os velozes jogadores do Real Madrid. Representou Portugal em 3 jogos. Para além de ter sido Bicampeão Europeu, conquistou 2 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal.
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Gustavo Teixeira (26/12/1908 - 01/01/1987) - Correcto e possante

Representou o Benfica durante 7 épocas, entre 32/33 e 38/39, marcando 4 golos em 229 jogos - 176 como defesa esquerdo. Casapiano de origem, estreou-se no Clube como médio esquerdo, a 27/03/32, nas Amoreiras, num jogo com o Barcelona, integrado nas comemorações do 28º aniversário do SLB. Mas só na época seguinte (32/33) passou a actuar com regularidade na posição de médio centro, em que fez 11 jogos, 4 deles para o Regional de Lisboa, tendo contribuído para a conquista deste título, após 13 anos de "jejum".

Depois de cumprir a época de 33/34 como defesa direito, o treinador Vítor Gonçalves, antigo jogador do Clube, colocou-o no lugar onde viria a mostrar toda a sua classe.

Correctíssimo no desarme, possuía também um poderoso pontapé de "despacho", pondo a bola bem longe, mas colocando-a bem. Distinto no estilo, levava a que o considerassem um jogador científico.

Uma lesão, contraída no 2º jogo da época de 39/40, afastou-o do futebol. Somou 9 internacionalizações, sempre como capitão. Pelo Benfica, venceu 3 Campeonatos Nacionais da I Liga, em 3 anos consecutivos, e 1 Campeonato de Portugal.
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Cruz (12/08/1940) - Inexcedível, descontraído e dinâmico

Jogou 10 épocas, entre 59/60 e 68/69. Fez 447 jogos - 341 a defesa esquerdo - e marcou 1 golo. Começou nos "Principiantes" do Benfica, na época de 1956/57.

A 27/09/59, o treinador Béla Gutmann "deu-lhe" a titularidade como médio esquerdo na equipa principal, por ocasião de um jogo realizado no Estádio 28 de Maio, frente ao Sp. Braga.

Nas duas épocas seguintes, alternou a posição de médio esquerdo com a de defesa esquerdo, mas foi como médio que jogou as finais europeias de 1961 e de 1962.

Com a chegada de Fernando Riera, em 62/63, fixou-se definitivamente a defesa esquerdo, que era o lugar que mais lhe agradava.

Foi nessa posição que disputou mais 3 finais da Taça dos Campeões Europeus, ainda na década de 60. Jogador de elevado brio, defendia com impecável acerto, entendendo-se bem com os colegas mais adiantados no terreno.

Era impressionante a facilidade e a descontracção que revelava em jogos difíceis e frente a avançados poderosos. A sua entrega total e o seu querer impunham-se com facilidade. Lutava do princípio ao fim com grande abnegação.

Era inteligente e implacável na marcação. A vivacidade e o dinamismo que evidenciava dentro de campo permitiam-lhe brilhar com frequência. Representou a Selecção Nacional em 11 jogos. Ao serviço do Benfica, Foi Bi-campeão Europeu, conquistou 8 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal.

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Ângelo (19/04/1930) - Fogosidade e coragem

Representou o Benfica durante 13 épocas, de 1952/53 a 1964/65, tendo somado 386 jogos e 4 golos. Estreou-se no Campo Grande, frente ao V. Setúbal, tendo, então, actuado no posto de médio esquerdo.

Mas estrear-se-ia apenas dois anos depois na equipa principal, num encontro com o Barreirense, realizado também no Campo Grande. Nessa altura tinha já recusado uma proposta para ingressar no FC Porto.

O Benfica era a sua paixão. Ângelo destacou-se pela fogosidade que impunha no despique, gastando as energias que tinha e as que não tinha, até à última a gota de suor.

Possuía um excelente sentido posicional e um perfeito equilíbrio de qualidades atléticas (força, velocidade e resistência). Um batalhador por excelência, sacrificando sem limites o individual em prol do colectivo. Dono e senhor da sua zona de acção.

Eficaz no desarme. Corajoso. Veloz. Bom no drible. Atingiu o ponto alto da sua carreira com a conquista dos 2 títulos de Campeão Europeu de Clubes, em 60/61 e em 61/62. Participou, ainda, na caminhada para a final desta prova nas épocas de 62/63 e 64/65.

Foi 7 vezes Campeão Nacional e venceu 5 Taças de Portugal. Pela Selecção, somou 20 internacionalizações.

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Félix (14/12/1922 - 02/08/1998) - Frio, metódico e atlético

Jogou 8 épocas no Benfica, entre 46/47 e 53/54, marcando 4 golos em 259 jogos - 230 como médio centro ou defesa central. Estreou-se a 08/09/46, no Campo Grande, contra o Olhanense (jogo da festa de despedida do defesa direito Gaspar Pinto), tendo entrado na 2ª parte para ocupar a posição de defesa esquerdo.

O treinador Janos Biri reservou-lhe, durante essa época, o lugar deixado em aberto por Gaspar Pinto. O técnico Lipo Herczka, de regresso ao Benfica em 47/48, utilizou Félix a médio centro, mas foi a chegada do treinador inglês Ted Smith, em 48/49, que alterou tacticamente o futebol benfiquista.
Ted recuou o médio centro, que passou a jogar como um defesa central, para marcar o avançado centro contrário.

Félix tinha um sentido fantástico para o lugar. No seu tempo, chegou a ser - como se diz na gíria - meia equipa, facto que originou, na altura, o uso da expressão "SL e Félix". Jogador de tipo britânico - frio, metódico, seguro das suas capacidades e "dono e senhor" dos terrenos em que actuava -, Félix foi considerado um dos melhores centrais do mundo.

Não soube, porém, terminar em beleza a sua carreira, tomando atitudes que mereceram reprovação disciplinar pelo lado do Clube. Esteve na equipa que conquistou a Taça Latina em 1950. Ajudou o Clube a vencer 1 Campeonato Nacional e 4 Taças de Portugal (consecutivas!). Foi 15 vezes internacional.
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Germano (23/12/1932) - Classe, talento e inteligência

Iniciou-se no futebol ao serviço do Atlético, como Infantil, clube que representou até à idade de sénior. Ingressou no Benfica na época de 1960/61, com 27 anos, depois do Sporting, primeiro, e do FC Porto, depois, terem manifestado interesse na sua aquisição.

Fez 175 jogos pelo Benfica. Marcou 7 golos. Cumpriu a sua última época no Clube em 65/66, após o que se transferiu para o Salgueiros. Foi o melhor defesa do futebol português e um dos mais prestigiados do Mundo. Era um sábio do futebol. Um jogador completo.

Dispondo de uma fisionomia austera mas serena, aliava ao intelecto brilhante que possuía um perfil físico de respeito. Era dotado de uma excelente coordenação motora, fino no trato da bola e autoritário na sua zona de acção. Atleta inteligente, revelava uma cultura futebolística de elevado nível.
Era um espécie de demiurgo da bola, técnica e tacticamente perfeito. Sabia tirar o máximo partido da sua experiência.

Executava na perfeição as suas funções em campo, desempenhando um papel preponderante na organização do jogo da equipa. Inteligente a interpretar a acção da sua turma e a da formação adversária. Intuitivo. Impecável no capítulo da antecipação e exímio no desarme.

Eficaz no jogo aéreo e preciso no passe, a curta, média, ou longa distância. Germano foi o intérprete perfeito da classe e do talento. Por todas estas razões, tornou-se um mito. Pelo Benfica, venceu 2 Taças dos Campeões Europeus, 4 Campeonatos Nacionais e 2 Taças de Portugal.

Ao serviço da Selecção, somou 24 internacionalizações, tendo tomado parte da equipa que conquistou o 3º lugar no Campeonato do Mundo de 1966, em Inglaterra.
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Humberto Coelho (20/04/1950) - Frieza, segurança e autoridade

Ingressou no Benfica ainda como Júnior. Na fase de preparação da época de 68/69, integrou pela primeira vez os trabalhos da equipa principal, tendo rumado ao Brasil a fim de participar no arranque da nova temporada. Fez a sua estreia no dia 8 de Agosto, frente ao Clube de Remo de Belém do Pará.

Daí até ao final da sua carreira, realizou 672 jogos pelo Benfica, tendo marcado 113 golos. Destacou-se pela forma excepcional como desempenhava as funções de líbero, proporcionando grande segurança ao sector mais recuado da equipa e participando muitas vezes na manobra do ataque, subindo com facilidade no terreno e mostrando-se soberano na finalização, sobretudo como cabeceador.

Desempenhou com personalidade e sabedoria as funções de capitão, evidenciando-se pelo modo científico com que "arrumava a casa". Possuidor de um poder atlético admirável, barrava com autoridade a acção ofensiva contrária, desarmando com classe e resolvendo situações de perigo com frieza e método refinados.

Os seus elevados níveis de concentração e a sua capacidade de liderança e de apego à luta mereceram-lhe os melhores créditos a nível nacional e internacional. A consagração europeia teve efeito com duas chamadas à selecção do velho continente, em 1981 e 1982. Já antes, as suas qualidades haviam despertado a cobiça além-fronteiras. Em 75/76, acedeu à proposta do Paris Saint-Germain (França), onde alinhou durante 2 épocas.

Em 77/78, regressou à Luz, para aí terminar a carreira em 83/84. Pela Selecção Nacional cumpriu 64 jogos. Pelo Benfica, foi finalista da Taça UEFA em 1983, conquistou 8 Campeonatos Nacionais e venceu 6 Taças de Portugal.
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