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Claques organizadas-Diabos Vermelhos
Diabos Vermelhos é uma claque (torcida, no Brasil) apoiante do Sport Lisboa e Benfica, formada em 1982.
O nascimento dá-se pela união espontânea de um grupo de sócios do SL Benfica que habitualmente se reunia na bancada central do 2º anel do antigo Estádio da Luz. Em Novembro de 1982 aparece a primeira faixa dos D.V. e com ela também as primeiras bandeiras. O grupo começa a formar-se então como uma verdadeira claque, bastante incentivada com a excelente prestação da equipa encarnada na Taça UEFA (finalista em 82/83) e contando com o factor "novidade", rapidamente, juntou muitos jovens adeptos. As características, iniciais, da claque eram muito próprias: caras pintadas (ás vezes também o cabelo), utilização de muitas dezenas de bandeiras, predominantemente só vermelhas e brancas, faixas com o nome da claque com os mais variados símbolos, constante, de símbolos britânicos como a conhecida e tradicional bandeira inglesa ou a "Union Jack" pelas suas cores eram adoptadas no seio da claque. Os tifos (coreografias) apesar de não serem muito originais davam nas vistas pelo "excesso", que parecia ser o lema da altura, dezenas de tochas e potes coloriam o "sector ultras" do Estádio da Luz, e as grandes bandeiras envolviam-se no ar com os muitos rolos lançados. No apoio vocal, os DV eram considerados como uma claque ruidosa, mas como nas outras claques existentes na altura (poucas em Portugal), os cânticos baseavam-se em gritar pelo nome do clube ou, única e exclusivamente, insultar a equipa adversária. No que toca a deslocações os Diabos viajavam bastante para apoiar o benfica, de comboio, de autocarro ou carros particulares as "transfertas" aconteciam. Com o passar do tempo aparecem os "Diabos Vermelhos Norte". Esta secção da claque garantia sempre a presença do grupo nos estádios nortenhos, mesmo quando a coluna principal do grupo não se podia deslocar, ou fossem em pequeno número.
A nível internacional os DV marcaram presença em grandes e históricas jornadas europeias e estiveram presentes em Genova - (Sampdoria); Roma; Marselha; em Estugarda para a final da Taça dos Campeões Europeus (PSV Einhdoven); em Viena D´Austria para a final Taça Campeões Europeus (Milan); Londres - (Arsenal) e muitas outras. As mais recentes foram: Barcelona; Parma; Bruxelas; Milão; Holanda; França; Inglaterra, Espanha etc etc.
Era este o estilo do tifo dos Diabos nos anos 80.
Com o passar do tempo e já com os DV no 1º anel da central, a claque juntava muita gente na Luz bem como nas suas deslocações, das quais se destacavam as que eram feitas aos estádios dos seus rivais Sporting e Porto, onde ás vezes aconteciam incidentes, mas nunca com finais trágicos, pois nessa altura as lutas eram espontâneas e leais, não eram premeditadas e planeadas e baseavam-se na luta(leal) corpo a corpo. Outros incidentes aconteciam, mas em situações facilmente controláveis por todos.
A pouco e pouco os Diabos Vermelhos foram renovando o seu material, aparecem novas faixas e bandeiras começam a ter novas características, se até então predominava o vermelho e branco a partir de uma certa altura começam a utilizar-se cores derivadas e/ou conjugadas com as originais do clube. Aparece então o laranja, o amarelo etc. Tudo isto vem renovar um pouco a imagem da claque que assim se mantém até final da década de 80 inícios de 90.
Numa fase em que a Claque contava com excelentes apoios da direcção do clube criou-se uma ruptura no seio do grupo, isto em inícios de 1992, chegando mesmo a haver dois grupos em sítios diferentes do estádio, com o mesmo nome "Diabos Vermelhos". Todo este processo que envolveu o abandono de alguns membros da claque fez com que o grupo batesse no fundo, embora tenha conseguido ficar com o nome original Diabos Vermelhos. A fractura no seio do grupo ditou a queda da claque, que nunca tinha tido mais de 500 inscritos mas que de qualquer forma, juntava sempre muita gente que não era sócia, o grupo dividiu-se e a afluência de jovens começou a escassear de tal forma que mais ou menos em 92/93, a claque chega a ter cerca de 10 elementos na bancada!
A falta de alternativas da anterior direcção do grupo fez com que aparecesse uma nova organização impulsionada, principalmente, por dois dos maiores núcleos dos DV - Almada e Olivais. Esta nova organização nunca deixou acabar o grupo e poucos ou muitos lá estavam sempre nos jogos do Benfica no Estádio da Luz ou fora dele. Ainda na época de 92/93 foi feita a renovação dos sócios da claque e no final da época apenas haviam 87 inscritos, no entanto a união deste grupo organizador e a sua decisão de levar este projecto em frente ia dar os seus frutos, embora não tenha sido fácil, principalmente quando a direcção do clube tirou todos os apoios ao grupo, por este ter utilizado por várias vezes bandeiras com cruzes suásticas e por muitos dos seus membros serem skinheads e se conectarem com a extrema direita. Apesar dos símbolos terem desaparecido o apoio jamais voltou. (informação retirada do próprio site da claque). Os acontecimentos no Restelo marcaram a claque perante toda a sociedade portuguesa, não pelos confrontos, que não passaram de verbais, mas sim pela exibição da referida suástica, com o tempo a politização do grupo acalmou, enquanto a politica ia desaparecendo nos Diabos Vermelhos outros grupos nacionais tentaram dar nas vistas da mesma forma e as atenções foram afastadas. Começa a aparecer novo material, desde bandeiras e faixas aos cachecóis, algo de novo estava a aparecer e o grupo a renascer das cinzas. Sempre fieis ao seu Sport Lisboa e Benfica e ao novo ideal do grupo cria-se um lema que serviu de cavalo de batalha "Connosco Quem Quiser, Contra Nós Quem Puder". Este lema levado á risca criou um espírito de união tão forte que o grupo se fechou sobre si próprio e foi isto que susteve o grupo, o facto de não haver a preocupação se eram 20 ou 2000, ou se jogavam com um grande ou com um pequeno. As palavras de ordem do seu lema diziam tudo. A pouco e pouco o grupo vai crescendo e vão aparecendo novos núcleos pelo país fora, a velha tradição das bandeiras e das fumaradas infernais mantém-se, mas também se começa a inovar coreograficamente: em 93/94 no derby lisboeta dessa época os Diabos espantaram tudo e todos com uma espectacular coreografia com cerca de 150 bandeiras gigantes, nesse jogo até quem lhes tinha passado a "certidão de óbito" não resistiu a aplaudir. Ainda nessa época os Diabos voltam a surpreender com a utilização pela primeira vez em Portugal de frases com placas de esferovite e na noite em que o SLB jogava com o Bayer Leverkusen quando apareceu na bancada a frase "O nosso amor é o Benfica" e todo o estádio se levantou a aplaudir. Ainda nessa época fazem mais coreografias visto como os 2000 balões com o Parma e a infernal tochada com o Porto. No final dessa época, com o SLB a sagrar-se campeão, os Diabos prepararam o "jogo da festa" com o Vitória Guimarães e considera-se que foi este jogo que relançou os Diabos. Num regresso aos velhos tempos foram usados 30 potes, 100 tochas e 2500 rolos para além das enormes bandeiras no relvado. Pena este jogo ter sido o primeiro de vários anos sem o Benfica voltar a ser campeão até 2004/05.
Com o início da época 94/95 a claque continuou a crescer acompanhando o seu Benfica em todos os jogos do Nacional e da Taça, as deslocações começaram a ser mais numerosas e o número de elementos nos jogos em casa também aumenta. A destacar nesta época uma nova fase coreográfica na claque, que a pouco e pouco vai testando a possibilidade de realizar coreografias com a colaboração dos restantes sócios do clube... Um risco, pois os adeptos mais velhos do clube nunca tinham visto nem participado em nada destas coisas. Assim, no jogo com o Anderlecht é elaborada uma coreografia que consistia na bandeira nacional em papel crepe e em volta balões vermelhes e brancos. Apesar de pequena saiu com um resultado satisfatório. No jogo com o Milan resolveram alargar horizontes e enchem a zona central da Luz com papel crepe vermelho e branco. O mote estava dado e as coreografias iam continuar. De destacar ainda no jogo com o já dominador Porto para o Campeonato Nacional, quando num fabuloso golo de Isaías os Diabos incendiaram o recreativo com largas dezenas de tochas, numa finta á Policia que as tinha proibido aquando da entrada das equipas. Realce também para as deslocações à Bélgica - (Anderlecht) e a Itália - (Milan) cada uma delas com um bom número de adeptos.
Com o início da época 95/96 os Diabos voltam a inovar. Para motivar os seus filiados para os jogos fora, criam a faixa "Diabos On Tour" e uma linha de artigos "On Tour" (T-shirt´s, cachecois, etc) e de facto deu resultado: a claque nessa época esteve em todas, inclusive na Madeira, viagem até então inédita para os ultras benfiquistas. Esta época foi a confirmação da Claque. Se alguém duvidava na época 95/96 teve a confirmação que vieram para ficar e durar. Além de boas deslocações surgem novas e originais coreografias europeias com o Bayern Munich, Lierse, Roda nas competições europeias, e no campeonato nacional destacam-se duas das melhores coreografias feitas até hoje nos estádios portugueses, com o Porto e com o Sporting. A nível da taça de Portugal também se podem realçar os "tifos" com o Guimarães, U. Leiria e na final com o Sporting em que os Diabos levam 7 autocarros para o Jamor. Apesar de não ter qualquer tipo de apoio durante toda a época a claque consegue acabar o ano com cerca de 500 inscritos e com um saldo bastante positivo quer a nível coreográfico quer a nível de deslocações. O verão de 1996, apesar de não haver futebol foi bastante activo, pois a época 96/97 começou a ser cuidadosamente preparada nessa altura com as obras na nova sede da claque e com a renovação de muito material e do funcionamente do próprio grupo. Finalmente com instalações para poderem trabalhar e organizar, as coisas começam a ter maior fluidez. Logo no jogo de apresentação frente á Fiorentina os Diabos elaboram um simples mas grande espectáculo com 5.000 balões vermelhos e brancos e com todas as suas bandeiras gigantes no relvado. Nesse jogo aproveitam ainda para "lembrar" aos jogadores que estão lá por eles e pelo mágico Benfica e no início do jogo oferecem a cada jogador material da claque, numa tentativa de aproximação entre os jogadores e os Ultras, que deu resultados evidentes, estabelecendo-se desde esse jogo um diálogo e um respeito mútuo transmitido jogo a jogo da bancada para o relvado e vice-versa. No jogo amigável com os Viola, os Diabos homenagearam também Rui Costa, jogador que se mantém nos corações dos Ultras benfiquistas. As competições nacionais começaram com a Supertaça nas Antas, onde se deslocaram alguns elementos dos DV, que depois de alguns problemas junto ás bilheteiras, vêm a policia proibir a entrada da faixa do grupo no estádio. O campeonato nacional começa no dia 25 de Agosto, num jogo com o Braga, em que o estádio tinha uma excelente moldura humana. Para iniciar bem a época é feita uma coreografia de cartolinas individuais, da qual resulta um belo efeito. A primeira deslocação da época é ao estádio da Póvoa de Varzim, num jogo em que o SLB venceu o Gil Vicente por 0-3, os Diabos conseguiram juntar um razoável número de adeptos que a nível vocal deram um apoio extraordinário. O campeonato segue com um jogos em Setúbal e Leiria onde os Diabos levam um autocarro e realizam um bom tifo de fumos e plásticos. A vitória do Benfica neste jogo motiva bastante os ultras que fazem tudo por estar ao lado da equipa em todos os estádios e em bom número, em Alvalade a concentração marcada para o Estádio da Luz teve uma excelente aderência mais de 350 ultras se reuniram para o jogo com o rival da 2º circular. Poucos anos antes na altura da crise do grupo não iam mais de 40/50 elementos. Os DV no decorrer desta época 96/97 têm conseguido um bom nível em vários planos com especial atenção para os aspectos organizativos da claque mas nunca esquecendo os principais objectivos de qualquer grupo ultra, ou seja, apoio e espectáculo. Em Novembro a claque comemora os seus 14 anos de existência e prepara uma coreografia especial para o efeito: dois lençóis "Desde 1982" e "14 anos", o símbolo da claque em tamanho gigante feito em esferovite e bandeiras vermelhas e brancas. E eis que chega a altura de mais um clássico na Luz desta vez frente ao FC Porto. Numa altura em que os escândalos do futebol português estavam mais calmos após o 25 de Abril, os Diabos preparam uma coreografia inédita em Portugal.
Os anos foram passando e a claque foi desenvolvendo a sua estrutura, o número de elementos presentes nos jogos tanto em casa como fora foi aumentando, e em certo momento devido ao crescimento da claque, esta viu-se obrigada a mudar a sua posição no estádio do 1º anel da bancada central para a chamada curva norte no 2º anel. Quando a claque se desenvolvia mais rapidamente e este crescimento era mais visível que nunca, esta viu-se confrontada com situações anormais, existindo uma época bastante conturbada onde as relações com a outra claque do Benfica não eram as melhores. Nessa mesma época alguns dos seus membros foram esfaqueados e a sede do grupo foi incendiada com um artefacto incendiário lançado de madrugada para a casa de banho da infra-estrutura. O choque foi grande pois não era só a sede que tinha sido incendiada, era também uma parte do estádio da luz visto que esta se encontrava na sua estrutura – a comunicação social pegou durante vários dias no caso, chegado a existir directos de frente da sede. No entanto a claque encontrava-se mais unida que nunca, com uma estrutura que rapidamente actuou requalificando a sede, sendo que esta passado 3 dias esta já estava pronta para ser novamente usada, com nova pintura e tudo o que existia anteriormente.
O crescimento da claque era imparável, o numero de sócios foi aumentando e tanto no antigo estádio da luz como no novo, chegaram a estar milhares de membros que ocupavam vários sectores contínuos, em certos jogos a direcção do Benfica chegou mesmo a ceder certa de 2 milhares de bilhetes para a claque vender aos seus associados num só jogo. A claque chegou a ter mais de 5000 membros registados, embora numa recontagem recente (época 2005/06) este numero tenha sido reduzido para pouco mais de 1 milhar de membros afectivos, esta diminuição de membros no papel e na bancada contrasta claramente com o sucesso desportivo do clube que foi campeão na época 2004/05, uma diminuição que coincide com a mudança de direcção na claque, e também com certas alterações na orientação pois para ser membros desta passou a ser necessário ser sócio do Sport Lisboa e Benfica.
Actualmente os Diabos Vermelhos deslocam-se a todos os jogos nacionais e internacionais, apoiando o Benfica por todo o mundo e em diferentes modalidades embora com diferentes dimensões no apoio, no estádio da luz estes podem ser encontrados no sector 21 do piso 0.
"W"
Diabos Vermelhos é uma claque (torcida, no Brasil) apoiante do Sport Lisboa e Benfica, formada em 1982.
O nascimento dá-se pela união espontânea de um grupo de sócios do SL Benfica que habitualmente se reunia na bancada central do 2º anel do antigo Estádio da Luz. Em Novembro de 1982 aparece a primeira faixa dos D.V. e com ela também as primeiras bandeiras. O grupo começa a formar-se então como uma verdadeira claque, bastante incentivada com a excelente prestação da equipa encarnada na Taça UEFA (finalista em 82/83) e contando com o factor "novidade", rapidamente, juntou muitos jovens adeptos. As características, iniciais, da claque eram muito próprias: caras pintadas (ás vezes também o cabelo), utilização de muitas dezenas de bandeiras, predominantemente só vermelhas e brancas, faixas com o nome da claque com os mais variados símbolos, constante, de símbolos britânicos como a conhecida e tradicional bandeira inglesa ou a "Union Jack" pelas suas cores eram adoptadas no seio da claque. Os tifos (coreografias) apesar de não serem muito originais davam nas vistas pelo "excesso", que parecia ser o lema da altura, dezenas de tochas e potes coloriam o "sector ultras" do Estádio da Luz, e as grandes bandeiras envolviam-se no ar com os muitos rolos lançados. No apoio vocal, os DV eram considerados como uma claque ruidosa, mas como nas outras claques existentes na altura (poucas em Portugal), os cânticos baseavam-se em gritar pelo nome do clube ou, única e exclusivamente, insultar a equipa adversária. No que toca a deslocações os Diabos viajavam bastante para apoiar o benfica, de comboio, de autocarro ou carros particulares as "transfertas" aconteciam. Com o passar do tempo aparecem os "Diabos Vermelhos Norte". Esta secção da claque garantia sempre a presença do grupo nos estádios nortenhos, mesmo quando a coluna principal do grupo não se podia deslocar, ou fossem em pequeno número.
A nível internacional os DV marcaram presença em grandes e históricas jornadas europeias e estiveram presentes em Genova - (Sampdoria); Roma; Marselha; em Estugarda para a final da Taça dos Campeões Europeus (PSV Einhdoven); em Viena D´Austria para a final Taça Campeões Europeus (Milan); Londres - (Arsenal) e muitas outras. As mais recentes foram: Barcelona; Parma; Bruxelas; Milão; Holanda; França; Inglaterra, Espanha etc etc.
Era este o estilo do tifo dos Diabos nos anos 80.
Com o passar do tempo e já com os DV no 1º anel da central, a claque juntava muita gente na Luz bem como nas suas deslocações, das quais se destacavam as que eram feitas aos estádios dos seus rivais Sporting e Porto, onde ás vezes aconteciam incidentes, mas nunca com finais trágicos, pois nessa altura as lutas eram espontâneas e leais, não eram premeditadas e planeadas e baseavam-se na luta(leal) corpo a corpo. Outros incidentes aconteciam, mas em situações facilmente controláveis por todos.
A pouco e pouco os Diabos Vermelhos foram renovando o seu material, aparecem novas faixas e bandeiras começam a ter novas características, se até então predominava o vermelho e branco a partir de uma certa altura começam a utilizar-se cores derivadas e/ou conjugadas com as originais do clube. Aparece então o laranja, o amarelo etc. Tudo isto vem renovar um pouco a imagem da claque que assim se mantém até final da década de 80 inícios de 90.
Numa fase em que a Claque contava com excelentes apoios da direcção do clube criou-se uma ruptura no seio do grupo, isto em inícios de 1992, chegando mesmo a haver dois grupos em sítios diferentes do estádio, com o mesmo nome "Diabos Vermelhos". Todo este processo que envolveu o abandono de alguns membros da claque fez com que o grupo batesse no fundo, embora tenha conseguido ficar com o nome original Diabos Vermelhos. A fractura no seio do grupo ditou a queda da claque, que nunca tinha tido mais de 500 inscritos mas que de qualquer forma, juntava sempre muita gente que não era sócia, o grupo dividiu-se e a afluência de jovens começou a escassear de tal forma que mais ou menos em 92/93, a claque chega a ter cerca de 10 elementos na bancada!
A falta de alternativas da anterior direcção do grupo fez com que aparecesse uma nova organização impulsionada, principalmente, por dois dos maiores núcleos dos DV - Almada e Olivais. Esta nova organização nunca deixou acabar o grupo e poucos ou muitos lá estavam sempre nos jogos do Benfica no Estádio da Luz ou fora dele. Ainda na época de 92/93 foi feita a renovação dos sócios da claque e no final da época apenas haviam 87 inscritos, no entanto a união deste grupo organizador e a sua decisão de levar este projecto em frente ia dar os seus frutos, embora não tenha sido fácil, principalmente quando a direcção do clube tirou todos os apoios ao grupo, por este ter utilizado por várias vezes bandeiras com cruzes suásticas e por muitos dos seus membros serem skinheads e se conectarem com a extrema direita. Apesar dos símbolos terem desaparecido o apoio jamais voltou. (informação retirada do próprio site da claque). Os acontecimentos no Restelo marcaram a claque perante toda a sociedade portuguesa, não pelos confrontos, que não passaram de verbais, mas sim pela exibição da referida suástica, com o tempo a politização do grupo acalmou, enquanto a politica ia desaparecendo nos Diabos Vermelhos outros grupos nacionais tentaram dar nas vistas da mesma forma e as atenções foram afastadas. Começa a aparecer novo material, desde bandeiras e faixas aos cachecóis, algo de novo estava a aparecer e o grupo a renascer das cinzas. Sempre fieis ao seu Sport Lisboa e Benfica e ao novo ideal do grupo cria-se um lema que serviu de cavalo de batalha "Connosco Quem Quiser, Contra Nós Quem Puder". Este lema levado á risca criou um espírito de união tão forte que o grupo se fechou sobre si próprio e foi isto que susteve o grupo, o facto de não haver a preocupação se eram 20 ou 2000, ou se jogavam com um grande ou com um pequeno. As palavras de ordem do seu lema diziam tudo. A pouco e pouco o grupo vai crescendo e vão aparecendo novos núcleos pelo país fora, a velha tradição das bandeiras e das fumaradas infernais mantém-se, mas também se começa a inovar coreograficamente: em 93/94 no derby lisboeta dessa época os Diabos espantaram tudo e todos com uma espectacular coreografia com cerca de 150 bandeiras gigantes, nesse jogo até quem lhes tinha passado a "certidão de óbito" não resistiu a aplaudir. Ainda nessa época os Diabos voltam a surpreender com a utilização pela primeira vez em Portugal de frases com placas de esferovite e na noite em que o SLB jogava com o Bayer Leverkusen quando apareceu na bancada a frase "O nosso amor é o Benfica" e todo o estádio se levantou a aplaudir. Ainda nessa época fazem mais coreografias visto como os 2000 balões com o Parma e a infernal tochada com o Porto. No final dessa época, com o SLB a sagrar-se campeão, os Diabos prepararam o "jogo da festa" com o Vitória Guimarães e considera-se que foi este jogo que relançou os Diabos. Num regresso aos velhos tempos foram usados 30 potes, 100 tochas e 2500 rolos para além das enormes bandeiras no relvado. Pena este jogo ter sido o primeiro de vários anos sem o Benfica voltar a ser campeão até 2004/05.
Com o início da época 94/95 a claque continuou a crescer acompanhando o seu Benfica em todos os jogos do Nacional e da Taça, as deslocações começaram a ser mais numerosas e o número de elementos nos jogos em casa também aumenta. A destacar nesta época uma nova fase coreográfica na claque, que a pouco e pouco vai testando a possibilidade de realizar coreografias com a colaboração dos restantes sócios do clube... Um risco, pois os adeptos mais velhos do clube nunca tinham visto nem participado em nada destas coisas. Assim, no jogo com o Anderlecht é elaborada uma coreografia que consistia na bandeira nacional em papel crepe e em volta balões vermelhes e brancos. Apesar de pequena saiu com um resultado satisfatório. No jogo com o Milan resolveram alargar horizontes e enchem a zona central da Luz com papel crepe vermelho e branco. O mote estava dado e as coreografias iam continuar. De destacar ainda no jogo com o já dominador Porto para o Campeonato Nacional, quando num fabuloso golo de Isaías os Diabos incendiaram o recreativo com largas dezenas de tochas, numa finta á Policia que as tinha proibido aquando da entrada das equipas. Realce também para as deslocações à Bélgica - (Anderlecht) e a Itália - (Milan) cada uma delas com um bom número de adeptos.
Com o início da época 95/96 os Diabos voltam a inovar. Para motivar os seus filiados para os jogos fora, criam a faixa "Diabos On Tour" e uma linha de artigos "On Tour" (T-shirt´s, cachecois, etc) e de facto deu resultado: a claque nessa época esteve em todas, inclusive na Madeira, viagem até então inédita para os ultras benfiquistas. Esta época foi a confirmação da Claque. Se alguém duvidava na época 95/96 teve a confirmação que vieram para ficar e durar. Além de boas deslocações surgem novas e originais coreografias europeias com o Bayern Munich, Lierse, Roda nas competições europeias, e no campeonato nacional destacam-se duas das melhores coreografias feitas até hoje nos estádios portugueses, com o Porto e com o Sporting. A nível da taça de Portugal também se podem realçar os "tifos" com o Guimarães, U. Leiria e na final com o Sporting em que os Diabos levam 7 autocarros para o Jamor. Apesar de não ter qualquer tipo de apoio durante toda a época a claque consegue acabar o ano com cerca de 500 inscritos e com um saldo bastante positivo quer a nível coreográfico quer a nível de deslocações. O verão de 1996, apesar de não haver futebol foi bastante activo, pois a época 96/97 começou a ser cuidadosamente preparada nessa altura com as obras na nova sede da claque e com a renovação de muito material e do funcionamente do próprio grupo. Finalmente com instalações para poderem trabalhar e organizar, as coisas começam a ter maior fluidez. Logo no jogo de apresentação frente á Fiorentina os Diabos elaboram um simples mas grande espectáculo com 5.000 balões vermelhos e brancos e com todas as suas bandeiras gigantes no relvado. Nesse jogo aproveitam ainda para "lembrar" aos jogadores que estão lá por eles e pelo mágico Benfica e no início do jogo oferecem a cada jogador material da claque, numa tentativa de aproximação entre os jogadores e os Ultras, que deu resultados evidentes, estabelecendo-se desde esse jogo um diálogo e um respeito mútuo transmitido jogo a jogo da bancada para o relvado e vice-versa. No jogo amigável com os Viola, os Diabos homenagearam também Rui Costa, jogador que se mantém nos corações dos Ultras benfiquistas. As competições nacionais começaram com a Supertaça nas Antas, onde se deslocaram alguns elementos dos DV, que depois de alguns problemas junto ás bilheteiras, vêm a policia proibir a entrada da faixa do grupo no estádio. O campeonato nacional começa no dia 25 de Agosto, num jogo com o Braga, em que o estádio tinha uma excelente moldura humana. Para iniciar bem a época é feita uma coreografia de cartolinas individuais, da qual resulta um belo efeito. A primeira deslocação da época é ao estádio da Póvoa de Varzim, num jogo em que o SLB venceu o Gil Vicente por 0-3, os Diabos conseguiram juntar um razoável número de adeptos que a nível vocal deram um apoio extraordinário. O campeonato segue com um jogos em Setúbal e Leiria onde os Diabos levam um autocarro e realizam um bom tifo de fumos e plásticos. A vitória do Benfica neste jogo motiva bastante os ultras que fazem tudo por estar ao lado da equipa em todos os estádios e em bom número, em Alvalade a concentração marcada para o Estádio da Luz teve uma excelente aderência mais de 350 ultras se reuniram para o jogo com o rival da 2º circular. Poucos anos antes na altura da crise do grupo não iam mais de 40/50 elementos. Os DV no decorrer desta época 96/97 têm conseguido um bom nível em vários planos com especial atenção para os aspectos organizativos da claque mas nunca esquecendo os principais objectivos de qualquer grupo ultra, ou seja, apoio e espectáculo. Em Novembro a claque comemora os seus 14 anos de existência e prepara uma coreografia especial para o efeito: dois lençóis "Desde 1982" e "14 anos", o símbolo da claque em tamanho gigante feito em esferovite e bandeiras vermelhas e brancas. E eis que chega a altura de mais um clássico na Luz desta vez frente ao FC Porto. Numa altura em que os escândalos do futebol português estavam mais calmos após o 25 de Abril, os Diabos preparam uma coreografia inédita em Portugal.
Os anos foram passando e a claque foi desenvolvendo a sua estrutura, o número de elementos presentes nos jogos tanto em casa como fora foi aumentando, e em certo momento devido ao crescimento da claque, esta viu-se obrigada a mudar a sua posição no estádio do 1º anel da bancada central para a chamada curva norte no 2º anel. Quando a claque se desenvolvia mais rapidamente e este crescimento era mais visível que nunca, esta viu-se confrontada com situações anormais, existindo uma época bastante conturbada onde as relações com a outra claque do Benfica não eram as melhores. Nessa mesma época alguns dos seus membros foram esfaqueados e a sede do grupo foi incendiada com um artefacto incendiário lançado de madrugada para a casa de banho da infra-estrutura. O choque foi grande pois não era só a sede que tinha sido incendiada, era também uma parte do estádio da luz visto que esta se encontrava na sua estrutura – a comunicação social pegou durante vários dias no caso, chegado a existir directos de frente da sede. No entanto a claque encontrava-se mais unida que nunca, com uma estrutura que rapidamente actuou requalificando a sede, sendo que esta passado 3 dias esta já estava pronta para ser novamente usada, com nova pintura e tudo o que existia anteriormente.
O crescimento da claque era imparável, o numero de sócios foi aumentando e tanto no antigo estádio da luz como no novo, chegaram a estar milhares de membros que ocupavam vários sectores contínuos, em certos jogos a direcção do Benfica chegou mesmo a ceder certa de 2 milhares de bilhetes para a claque vender aos seus associados num só jogo. A claque chegou a ter mais de 5000 membros registados, embora numa recontagem recente (época 2005/06) este numero tenha sido reduzido para pouco mais de 1 milhar de membros afectivos, esta diminuição de membros no papel e na bancada contrasta claramente com o sucesso desportivo do clube que foi campeão na época 2004/05, uma diminuição que coincide com a mudança de direcção na claque, e também com certas alterações na orientação pois para ser membros desta passou a ser necessário ser sócio do Sport Lisboa e Benfica.
Actualmente os Diabos Vermelhos deslocam-se a todos os jogos nacionais e internacionais, apoiando o Benfica por todo o mundo e em diferentes modalidades embora com diferentes dimensões no apoio, no estádio da luz estes podem ser encontrados no sector 21 do piso 0.
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